Reajuste para policiais gera debandada na Receita Federal

Chefes e ocupantes de função começam a deixar postos de trabalho, e Sindifisco convoca paralisação imediata de todos os trabalhos

Superintendência da Receita Federal, em Brasília.

Jornal GGN – A concessão feita no Orçamento 2022 para o reajuste salarial de policiais causou revolta em outros servidores, levando os auditores da Receita Federal a organizarem um movimento articulado de entrega de chefias.

Segundo o jornal Folha de São Paulo, o Sindifisco (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita) estima que cerca de 500 profissionais deixaram seus cargos comissionados em protesto.

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A expectativa é que o número seja ainda maior, uma vez que ainda não foram consolidados os arquivos obtidos junto às unidades regionais – e o setor de aduanas deve ser um dos mais afetados.

De acordo com nota divulgada pelo Sindifisco, os dados recordes apresentados pela Receita Federal foram fomentados pela expectativa, gerada após palavra afiançada pelos ministros Ciro Nogueira e Paulo Guedes e principalmente pelo próprio presidente Jair Bolsonaro, de que correria a regulamentação do bônus de eficiência, fruto de acordo salarial entabulado há 5 anos.

“No entanto, agora, na discussão da peça orçamentária de 2022 no Congresso Nacional, o assunto, que estava pacificado no âmbito do Executivo, sofreu inesperado revés, com a resistência do relator Hugo Leal em incluir os recursos necessários à regulamentação do bônus e a omissão do governo em fazer valer os compromissos assumidos com a Receita Federal”, diz o sindicato.

“Adicionando insulto à injúria, recursos da própria Receita Federal serão cortados para satisfazer os reajustes acordados com as carreiras policiais, numa demonstração de absoluto desrespeito à administração tributária, que, como nunca, tem se empenhado para prover a sustentação financeira do Estado brasileiro”.

Por conta de tal situação, o Sindifisco Nacional convocou os Auditores-Fiscais “a uma dura e contundente resposta”, com a paralisação imediata de todos os trabalhos e a entrega maciça das funções e cargos de chefia, movimento que já se iniciou e se intensificou no dia de hoje com a confirmação das notícias da retirada da Receita Federal do orçamento conforme havia sido acertado.

Redação

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