Educação sitiada: Escolas à serviço da militarização das cidades

do Centro de Referências em Educação Integral

Especial produzido em parceria entre o Centro de Referências em Educação Integral e o Portal Aprendiz

Por volta de 700 a.C., na Grécia Antiga, Esparta treinava meninos para se tornarem guerreiros. Marcado por conquistas de territórios e conflitos entre povos, o período histórico demandava da cidade-estado indivíduos fortes, disciplinados, obedientes e prontos para o combate. A agoge – como é conhecida a educação espartana – dividia os aprendizes em ciclos, que variavam de acordo com a idade, e tinham por objetivo desenvolver a excelência física e o domínio emocional e psicológico para lidar com as adversidades da guerra. Os garotos passavam toda a infância e adolescência afastados da família e do convívio social.

O anúncio de que até o final de 2014, sob o pretexto de diminuir a violência e melhorar o desempenho dos alunos, ao menos 19 escolas públicas do estado de Goiás serão repassadas à Polícia Militar, trouxe a educação para o centro do debate sobre a militarização da sociedade.

Alunos do Colégio da Polícia Militar de Goiás Dr. Cezar Toledo desfilam na cidade de Anápolis.

Criadas a partir de uma parceria técnico-pedagógica entre as Secretarias Estaduais de Segurança Pública e Educação, envolvendo também as subsecretarias regionais de ensino, as escolas atendem estudantes do Ensino Fundamental II e Ensino Médio, em todos os períodos, a partir de uma estrutura pedagógica rígida, baseada na disciplina individual e coletiva.

Inseridas em cidades com altos índices de violência – Valparaíso, por exemplo, ocupa o segundo lugar entre os municípios de Goiás, com 80,9 mortes a cada 100 mil habitantes – as instituições de ensino militares são uma promessa do estado para controlar episódios de indisciplina e desvios de conduta, além de ocorrências mais graves dentro ou no entorno das escolas.

Violência em Goiás

Segundo dados do Mapa da Violência 2013, entre 1998 e 2010, o índice de homicídios de Goiás cresceu 119,4% (29,4 homicídios a cada cem mil habitantes), ao mesmo tempo que a taxa do Brasil ficou estagnada em 26,2. Nesse período, cresceu substancialmente o número de assassinatos cometidos tanto no interior do estado (61,5%) como na capital e na região metropolitana (86,6%). Já entre 2011 e 2012, Goiás registrou o quinto maior aumento do país no que se refere aos registros de homicídios dolosos – de 998 para 1.297 ocorrências a cada cem mil habitantes, um aumento de 28,4%, de acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública.

Para concretizar essa proposta, o projeto pedagógico das escolas prevê que os militares lecionem as disciplinas de “Educação Física” e “Noções de Cidadania”. Esta última aborda temas como  a “ordem unida”, orientações de trânsito, Constituição Federal, meio ambiente, etiqueta social, prevenção às drogas e educação religiosa. Além disso, o uso de farda é obrigatório e atrasos às aulas, assim como qualquer desrespeito às regras, geram desconto na chamada “avaliação disciplinar”.

Entenda o funcionamento dos colégios militares de Goiás

Formação versus Adestramento

Para o professor de Ética e Filosofia Política da Universidade de São Paulo, Renato Janine Ribeiro, a militarização das escolas indica a falência do sistema de ensino brasileiro. “Em um período fundamental de formação, ao invés de educar, você adestra e disciplina. O que o governo de Goiás está fazendo é renunciar à formação dos sujeitos.”

Essa renúncia engloba ainda, segundo o advogado e coordenador do Programa de Justiça da ONG Conectas Direitos Humanos, Rafael Custódio, a falta de incentivo à reflexão, ao debate de ideias, à criatividade e à tolerância, “saudáveis” na formação de qualquer ser humano e “incompatíveis” com instituições rigidamente hierarquizadas, como é o caso da Polícia Militar.

“Escolas militarizadas podem deixar pouquíssimos espaços de discussão, de divergência e até de tolerância para que seus alunos possam se manifestar como bem entenderem. Acho que devemos nos perguntar se queremos escolas que criem cidadãos de fato, não apenas cumpridores de ordens”, afirma Custódio, que vê na formação baseada em valores bélicos o oposto do que se espera de uma sociedade mais tolerante e que respeita a diversidade.

A diretora do Instituto Sou da Paz, Melina Fisso, lembra porém que a rigidez, a hierarquia e o excesso de disciplina presentes no ambiente militar estão presentes em muitas escolas – inclusive aquelas que não são administradas pela polícia. A falta de espaços de diálogo, gestões centralizadas e fechadas para a comunidade, apesar de ferirem determinações da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), são comuns no ensino brasileiro.

“A escola é um universo muito fechado. Em muitos casos, a relação dos alunos com o corpo docente e com a direção é praticamente inexistente. Existem poucos elementos de construção coletiva. Ampliando a visão do que significa esse movimento, podemos dizer que há várias escolas com ambiente militarizado”, aponta Melina.

 

Estudantes da CPMG Dr. Cezar Toledo visitam Brasília.

Militarização para quem?

Um aspecto que chama a atenção é a aplicação do modelo militar estar voltado aos jovens pobres que frequentam a rede pública de ensino, já que são eles as principais vítimas da militarização que acontece fora dela. O coordenador de Educação da Faculdade Latino Americana de Ciências Sociais (FLACSO), André Lázaro, vê no sistema das escolas de Goiás mais uma forma de “criminalizar” a juventude pobre.

A educação poderia ser um caminho para a mudança desse paradigma, mas acaba por endossá-lo. É o que acredita Douglas Belchior, que trabalha há anos como educador na rede de cursinhos populares da Uneafro e já conviveu com milhares de estudantes oriundos da rede pública de ensino.

“Vivemos num país racista, desigual, com mais de 500 mil presos. A escola poderia caminhar contra essa lógica punitiva e violenta, dando formação para que os estudantes pensem sobre o mundo em que vivem, tomem decisões. Mas na prática, ela vira um ambiente de reprodução de autoritarismo. Há que se procurar o respeito e o diálogo. Porque os alvos dentro do muro são sempre os mesmos alvos da PM do lado de fora.”

Em consonância com os projetos de militarização encontrados nas cidades – e respondendo à demanda social por soluções rápidas e eficazes para os problemas da educação – o fenômeno parece ter encontrado nas escolas uma oportunidade não apenas de expressar-se, mas também de gerar novos reprodutores dessa lógica.

A professora do departamento de Sociologia da Universidade de São Paulo (USP), Vera Telles, se diz impressionada com as “escolas-fortalezas”, que parecem defender as crianças de inimigos exteriores. “Isso acaba por não formar cidadãos, mas indivíduos preparados para enfrentar uma guerra.”

Segundo a professora, essa gestão evoca a ideia de guerra urbana, na qual as dificuldades da vida cotidiana são tratadas de forma bélica. “Essa lógica dialoga com tendências contemporâneas de militarização do conflito urbano nas metrópoles. As tecnologias de controle vêm em pacotes globais, com zonas de exclusão, drones, vigilância e gestão de multidão.” Para ela, a Copa do Mundo e as Olimpíadas são exemplos de vetores dessas tendências.

Cidades militarizadas

Vera identifica nas escolas militares de Goiás uma faceta do que ela chama de “urbanismo militarizado”, fenômeno que transfere a lógica da guerra para o controle do espaço público. Segundo ela, nesse processo, diversos dispositivos de exceção são inseridos na ordem jurídico institucional e aparecem como “normalidade”, mas são “gambiarras de exceção” que suspendem direitos e acionam o poder discricionário do Estado.

Polícia entra em choque com manifestantes em São Paulo.

“O Estado tem o monopólio da violência legítima; isso é um axioma da formação das sociedades modernas. Mas ele tem que desativar essa lógica, não fomentá-la. O Estado brasileiro costuma se comportar como operador da vingança, do esculacho, do assassinato de ‘suspeitos’, da violência, do terror”, avalia.

No Brasil, a linha que separa o que é civil do que é militar é frequentemente borrada por pegadas de coturnos.  A emblemática frase atribuída a Washington Luís, de que a questão social é uma questão de polícia, nunca deixou de carregar sua verdade com o passar dos anos. No entanto, Vera acredita que o militarismo de hoje não é apenas uma atualização do passado.

“O mais aterrador de tudo isso é que as pessoas, ao terem sistematicamente seus direitos negados, perdem a capacidade de imaginar outras possibilidades de vida, como se fosse a única alternativa enxergar o Outro como um inimigo a ser eliminado”, conclui Vera.

Reportagem: Ana Luiza Basílio, Danilo Mekari, Jéssica Moreira, Julia Dietrich, Pedro Ribeiro Nogueira, Raiana Ribeiro e Roberta TasselliArte: Vinícius Savron e Mayara Barbosa

Redação

17 Comentários

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  1. Ou eh escola publica ou eh

    Ou eh escola publica ou eh escola militar.  Escola publica nao eh centro de recrutagem de sabotadores e espioes, escola militar eh.

    1. Por que será que esse povo

      Por que será que esse povo tem raiva das escolas militares, que estão entre as escolas públicas e particulares com a melhor qualidade de ensino?

      1. Porque sao centros de

        Porque sao centros de recrutamento de sabotadores e espioes.

        Ate mesmo identificacao de futuros assassinosou sociopatas eh possivel nelas -recurso que nem o supremo tem.

      2. De premissa errada só se chega a conclusoes falsas

        Elas NAO TÊM melhor qualidade de ensino. Talvez de um ponto estritamente de conteúdos, sim, mas sao extremamente violentas no trato com os alunos. Desde quando isso é qualidade de ensino? 

        1. Você não sabe do que está

          Você não sabe do que está falando. As escolas militares estão sempre à frente das demais escolas publicas, quando se trata de desempenho de alunos no ENEM. Por exemplo, no Rio Grande do Sul: http://www.mat.ufrgs/~portosil/vest99.html. Olha, tenho uma tia que dá aula em uma dessas escolas e ela garante que nem lá consegue disciplina dos alunos.

          1. Vc sabe q há muitos jovens Q SE SUICIDAM em escolas militares?

            Se isso é qualidade de ensino minha avó é bicicleta. E ela nao tem guidom nem rodas nem pedais. Qualidade de ensino nao é só, NEM PRINCIPALMENTE, aprovaçao em concursos. 

      3. minha opinião sobre as outras respostas:

        Sou uma aluna de um colégio militar e estudei por dois anos para isto.Então aqui está minha opnião as outras respostas:

        1-os colégios militares NÃO são “centros de recrutamento de sabotadores e espioes” muito pelo contrario,sua disciplina busca ensinar o respeito e a noção de uma disciplina consciente,bscando formar bons cidadaõs,ao contrario do que acontece em outras escolas públicas,em que muitos saem de la para o crime;

        2-Se voce estiver por dentro dos ultimos resultados das escolas com melhor qualidade de ensino,saberá que elas têm SIM, – http://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/militares-se-destacam-no-ensino-estao-no-topo-do-ranking-do-ideb-6177638 – (o colégio da foto é onde estudo)

        3-Eu nunca ouvi falar de alunos que se suicidaram só porque eram de colégios militares,então fui pesquisar e se são tantos assim (arnaquista lúcida),porque não achei nenhum resultado em relação a isto?

        As pessoas gostam de falar do que não sabem,não estão lá para realmente saber como é.O sistema disciplinar não é opressor e etc como todos gostam de falar.Muito pelo contrário,as normas impostas estão lá para mostrar um novo modo de agir a alunos que não tinham  mínima noção de respeito.Se os alunos estivessem se sentindo tão “oprimidos” já estariam recorrendo aos seus pais(que são os que mais agradecem e notaram a mudança de comportamento dos filhos)e não estariam aceitando tão bem.Se todos de lá estão felizes com a mudança não se pode saber,mas o fato é que ninguém quer sair e todos disputam vagas para entrar.

  2. EM MINAS É DIFERENTE, MAS É IGUAL.

    Em MG é possível notar uma questão, o governador por principio adora a Polícia Militar, a Policia Cívil esta totalmente destroçada. Porém um fato vem chamando a atenção, são pedaços de escolas, rodoviárias, casas nas comunidades, igrejas transformadas em posto policiais e pagos pelas comunidades, parece até que não há cobrança de impostos para isso. Outro caso que chama a atenção e a policiação dos movimentos comunitários e religiosos das cidades, quase todos com presença forte e até presididas por policiais e o mais interessantes esses saem candidatos a vereadores e deputados formando uma bancadsa por assim dizer “POLICIAL”. Isso é grave pois polícia é para outros fins. Para se ter uma idéia a POLICIA MILITAR de MINAS GERAIS nos ultimo anos fora aumentado seus salário a ordem de mais de 600% enquanto Professores foram aumentados em torno de pouco mais de 25%, pare referenciar um Professor em início de carreira e com graduação e até mestrado em uma Universidade pública mineira ganha em torno de pouco mais de R$ 900,00 reais, já um recruta recem formado na Polícia Militar mineira ganha com piso e progressaõ de carreiira definido hoje e juntando peduricalhos mais de R$ 5.800,00, até piloto pago com dinheiro de impostos para carregar cocaina ganha mais que um professor em MG. O que se nota nesta situação é que Minas Gerais prefere criar bandidos para a policia pegar do que educar. Inverteram a ordem de valores. Em tempo: A criminaliade em MG aumentou junto com os salários dos policiais em quase 600%.  Podem conferir tem ciade pacata de MG que tem mais assassinatos do que uma grande ciadade, e são crimes que nunca descobrem, a conclusão de investigação em MG é de menos de 6%, 94% não dscobrem nada, absolutamente nada, e quando descobrem se for de familias oligarquicas ninguém vai preso. TIRADENTES revira no túmulo de vergonha. A escravidão ainda nãoo acabou em MG. Polícia e justiça aqui é só para os P.P.P….Vergonha. E por falar nisso o piloto do helipóptero dava aula para pilotos do PCC para libertar bandidos, vejam a que ponto chegou MG, e tudo pago com dinheiro público orindo da maior carga tributária de planetas existentes.

     

    1. Corroborando com dados…
      Crimes violentos crescem 22,6% em Minas Gerais no ano de 2013Os dados são da Secretaria de Estado de Defesa Social em comparação com o ano anterior. Os crimes contra o patrimônio no estado subiram 26,7% e os homicídios aumentaram 6,07%. A Grande BH e a capital também registram mais violência

      Luana Cruz

      Publicação: 07/02/2014 11:28 Atualização: 07/02/2014 11:45

      O número de crimes violentos em Minas Gerais cresceu 22,6% em 2103, em comparação com o ano anterior. Os dados são da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) que divulgou, em conjunto com as polícias Militar e Civil, as estatísticas anuais do estado. Os crimes contra o patrimônio também cresceram 26,7% e os homicídios aumentaram 6,07%.

      Em análise apenas da Região Metropolitana de Belo Horizonte, também há crescimento em todos os itens. Os crimes violentos subiram 21,7%, os crimes contra o patrimônio 24,8% e homicídios 9,64%. A capital seguiu a mesma tendência com crescimento de 21,8% nos crimes violentos, 24,35% nas ações contra o patrimônio e 7,38% de nos assassinatos.

      Lembrando que os crimes violentos são os roubos consumados e tentados, sequestros, extorsão mediante sequestro, estupros tentados e consumados, além dos homicídios tentados e consumados. As estatísticas para crimes contra o patrimônio englobam apenas roubos consumados e extorsões mediante sequestro.

       

      Violência em Minas é a maior dos últimos 8 anos
      Renato Fonseca – Hoje em Dia

      16/02/2014 08:01 – Atualizado em 16/02/2014 08:01

      A cada duas horas, a bandidagem tira a vida de um mineiro. Por dia são 11 assassinatos nos 29 municípios com mais de 100 mil habitantes. As médias integram o Informativo de Criminalidade Violenta 2013, divulgado pela Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds). No ano passado foram 4.163 homicídios. Desde 2005 não se registrava um número tão expressivo de mortes.
       
      Há oito anos, 3.825 pessoas perderam a vida de forma criminosa. Considerando o crescimento da população, a taxa para cada grupo de 100 mil habitantes era 15,9 em 2005 e pulou para 20,1, em 2013. Além dos óbitos, as ocorrências de roubos, extorsões e estupros também apresentaram aumento.
       
      Das 29 cidades analisadas, houve queda dos crimes violentos só em sete. Passos, no Sul de Minas, registrou o maior decréscimo. Na outra ponta está Itabira, na região Central, que lidera com folga os indicadores criminais. Lá, as ocorrências mais que dobraram em 12 meses, passando de 173 para 393. Forças de segurança e especialistas da área são unânimes em apontar o tráfico de drogas e o envolvimento de menores como principais motivos para o crescimento da violência.
       
      Caso não ocorram mudanças urgentes na legislação e a forma de atuação da polícia não seja revista, a criminalidade tende a avançar e não dará sinais de trégua. A análise é do sociólogo e coordenador de pesquisa em segurança pública da PUC Minas, Luiz Flávio Sapori. “As polícias Militar e Civil de Minas não trabalham de forma integrada e esta ação, que possibilita a troca de informações, é o primeiro passo a ser tomado. Depois é mudar a legislação, que facilita a volta de criminosos às ruas”, defende Sapori, que também criticou a capacidade ostensiva e investigativa das forças de segurança. Segundo ele, a reposição de profissionais por questões de aposentadoria não tem sido feita.
       
      Para Sapori, a população está acuada e descrente de uma solução. As palavras dele vão ao encontro do pensamento do estudante de Tecnologia da Informação, Rodrigo Pereira, de 20 anos. Morador de Santa Luzia, na Grande BH, ele foi vítima de um assalto em novembro do ano passado. “Roubaram meu carro, celular e dinheiro. Tudo isso em plena luz do dia. Nada foi feito e os bandidos continuam soltos”, diz o universitário.
       
      Na cidade onde ele mora, os crimes violentos aumentaram 17,3%, passando de 842 em 2012 para 988 no ano passado.
       
      Governo promete R$ 600 mi em investimentos
       
      Na tentativa de frear a ação dos criminosos, o governo de Minas promete investir R$ 600 milhões até o fim deste ano. Seis mil novos policiais civis, militares e bombeiros serão integrados às corporações. Em resposta aos alarmantes índices, a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) contrapõe que, entre as cidades do interior, apesar do aumento dos crimes violentos, houve queda nos homicídios em 18 dos 28 municípios analisados.
       
      Segundo a pasta, entre as ações desenvolvidas e que serão potencializadas em 2014 está o aumento de operações realizadas pelas polícias, em especial as “Impacto” e “Divisas Seguras”, que têm a parceria de Ministério Público e polícias Rodoviária Estadual e Federal.
       
      Nestas operações há expedição de mandados de prisão e cautelares de busca e apreensão, além de abordagens de rua. Somente em 2013, as duas operações prenderam mais de 900 pessoas. A Seds ainda destaca a importância de programas sociais, como o Fica Vivo, que será ampliado em 2014.
       
      Leia na edição de segunda-feira a situação em Itabira, cidade que teve o maior salto no percentual de crimes violentos

  3. Sugiro uniformes com camisas

    Sugiro uniformes com camisas verdes ou pretas. E a saudação… Cadê o MP-GO? Cadê a OAB-GO? Cadê o Congresso Nacional? Logo num estado em que cachoeiras de crimes são cometidos sob as vistas do perilampos?

    1. Vai funcionar.
      Ponto para o

      Vai funcionar.

      Ponto para o Perilo (que é bandido).

      Muitos dos alunos oriundos do sistema público das melhroes univerisdades do pais saem de escolas militares. Quase nenhum das escolas públicas civis.

      Cresci em um bairro pobre de BH e, quando fui fazer vestibular na UFMG, da minha turma de bairro apenas um pegou o ônibus comigo para fazer as provas. Negro, aluno do colégio Tiradentes, da PMMG.

      Sempre estudei em escola pública e afirmo : professor civil não tem pulso para puxar os alunos. E sem uma disciplina rígida, ningúem aprende.

      Depois de formados ai sim, os alunos podem pensar livremente. Mas até se formarem, é disciplina.

      Aliás, como PTista é das poucas coisas que critico no PT : o modelo educacional “de formar massa crítica”, Ou modelo francês. Ou construtivista. Balela. A russia usa esse construtivismo – estudei la também ! – mas com muita disciplina. É pressão total. Ai, funciona.

      Aqui querem aplicar construtivismo “ao pé da árvore”. Como se isso fosse ajudar algúem a resolver uma equação diferencial, entender Kant ou escrever uma dissertação.

      Ningém consegue criticar nada sem saber os fatos fundamentais, algebra, ler e escrever. 

      E muito menos comprar a própria comida.  

      Saudações

       

       

      1. Mal informado

        “Muitos dos alunos oriundos do sistema público das melhroes univerisdades do pais saem de escolas militares. Quase nenhum das escolas públicas civis”

        O Sr. está muito mal informado… Colégios militares costumam ter boa aprovação em vestibulares e no Enem, só isso. O destino desses alunos a partir de então não apresenta nada de marcante. A elite econômica e intelectual brasileira teve formação civil.

  4. Militarizacao das escolas eh

    Militarizacao das escolas eh um cenario parecido como o previsto por Robert Heinlein no livro de ficcao “Starship Troopers”. No livro Heinlein esboca uma sociedade onde apenas aqueles que tenham passado pelo federal service (servico militar) podem exercer plena cidadania. Os demais sao considerados de 2a classe, despidos de direitos politicos.

    Nao ficarei admirado se um dia algum “jenio” tentar aplicar as visoes de Heinlein na integra. Assim como o Comunismo, sera mais uma boa ideia na teoria que nao funcionara na pratica.

  5. O que tem de errado ?
    Boas

    O que tem de errado ?

    Boas são as outras escolas ?

    Escola tem que cumprir a função de passar aprendizagem ao aluno com eficiencia. Se está cumprindo este dever, está ótimo.

     

    1. O que ha de errado nas

      O que ha de errado nas escolas militares NAO eh o ensino.  Eh a indoutrinacao.  Uso exemplo tirado direto da religiao pra ver se voces entendem:  nem todo mundo nasceu pra ser beato.  Tem que ter personalidade certa pra ser beato, juiz, puta, policial.  Acontece que a indoutrinacao forcada faz nascer personalidades com aleijoes mentais pois estao sendo forcados a serem o que nao tem estrutura -teoria de mente- suficiente ou adequada.  O que voce ve nesses casos eh gente qeu faz tudo contra os ensinamentos da igreja deles e ainda te joga Jesus na cara porque nao se enxerga -suas mentes foram lavadas e sanitarizadas.  A maior parte dos individuos evangelicos eh o maior exemplo disso:  peconha social que nao se enxerga, discrimina abertamente tudo e todos, e em geral sabotam tudo em que encostam.  Nao tem teoria de mente ali pra encher um buraquinho de dente.  So indoutrinacao.

      Nao “ataco” e nunca “ataquei” quem tem teoria de mente.

      Pra outro exemplo:  se voce trabalhar no Chinatown eh provavel que voce ja tenha ouvido falar de um japones roubando coisa de supermercado, por exemplo.  Mas tem que ser um insider e lidar com milhares de japoneses pra ver ou ouvir falar em um caso desses, de tao raro:  em geral -muitissimo em geral, aparentemente- nao eh parte da teoria de mente deles.  Quem faz isso eh adolescentes brasileiros e americanos.  Entre varios outros, claro.

      O que os brasileiros estao aceitando no Brasil inteiro como teoria geral de mente militar eh a desgraca militar que caiu na cabeca dos brasileiros em 64 e que esta la ate hoje.  O corpus militar brasileiro NAO TEM teoria de mente pra impartir, tem somente indoutrinacao:  nao eh nem perto de suficiente.  Eles fazem tudo contra os ensinamentos militares e AINDA nao sao capazes de ver o que estao fazendo porque foram indoutrinados.

      Nesse estritissimo sentido:  militar = crente.  E os brasileiros estao achando que eh normalissimo ver militar que nao entende merda nenhuma de protocolo social ou criminal, que mata e agride os pobres, que seria incapaz de resolver um unico problema social que aparecer na porta da delegacia, e que de fato…  de fato so destroi tudo em que encosta -vide UPP’s.

      ABAIXO OS CRENTES.  Militares ou nao.

  6. O problema é a destinação social

    Não é a doutrinação o o problema. Doutrinar utilizando a a escola é uma ação pouco eficiente.

    Agora, dizer que a escola ideal para os mais pobres é a escola militarizada isso sim é o problema. Parte de dois princípios terríveis: 1) que a criança pobre está fadada a virar bandido; 2) que as crianças pobres precisam ser disciplinadas e que isso só é possível pela instituição militar.

    É levar ao extremo a mítica frase do último presidente da primeira república acrescendo ou qualificando a polícia como militar.

    Na minha opinião isso é um tapa na cara dos ideais de democracia. 

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