Matrículas no ensino superior recuam em níveis recordes

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Meta estabelecida pelo PNE está muito longe de ser obtida; série histórica aponta queda inédita durante governo Bolsonaro

Foto: Agência Brasil

A meta estabelecida pelo Plano Nacional de Educação (PNE), de chegar a 33% da população jovem cursando o ensino superior, está longe de ser alcançada, segundo dados do Censo da Educação Superior elaborado pelo Inep.

Se o ritmo de crescimento desacelerou nos últimos anos, o governo de Jair Bolsonaro (PL) foi responsável por um recuo inédito na série histórica.

Cálculos divulgados pelo jornal O Globo mostram que, em 2021, 17,7% da população jovem (18 a 24 anos) estava cursando uma graduação, taxa que era de 17,8% em 2020 e de 18,3% em 2019.

O último censo indica que, ao todo, 8,9 milhões de pessoas estão matriculadas nas universidades, sendo 77% na rede privada. O crescimento mais expressivo foi visto nos cursos de ensino à distância (EAD).

Para os especialistas, a perspectiva não é das melhores, e um dos fatores de impacto são os sucessivos cortes orçamentários para o setor – o governo Bolsonaro estabeleceu no Orçamento 2023 o menor valor para o ensino superior federal em 10 anos, chegando a R$ 5,8 bilhões, ante R$ 11,5 bilhões em 2016.

Além disso, o índice de matrículas vinculadas ao Prouni e Fies chegou ao seu menor nível desde 2013, enquanto as inscrições no Enem foram 60% menores em relação a 2013. Neste ano, 3,4 milhões de brasileiros se inscreveram para fazer os testes.

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Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

1 Comentário

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  1. O estrago causado pelos governos neoliberais golpistas de Michel Temer e Jair Bolsonaro será sentido pelo Brasil nos próximos 10 ou 15 anos. Seria interessante algum economista calcular quanto a deseducação crescente da população brasileira representará de queda em nosso PIB futuro. Suponho que esse tipo de conta possa ser feita pelos especialistas em economia.

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