Professores, estudantes e servidores técnico-administrativos da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) são alvo de investigação criminal em meio a embates entre a comunidade acadêmica e a reitoria.
Até o momento, existem 07 inquéritos abertos na Polícia Federal (PF) envolvendo quatro professores, dois estudantes e uma servidora técnica – sendo que nenhum deles foi antecedido por prévia apuração administrativa – foram direto para a PF.
Seis desses inquéritos investigam denúncias de ofensas verbais associadas a momentos de protestos na UFPB, e um deles investiga uma suposta agressão física contra o Reitor Valdiney Veloso Gouveia, em uma reunião após a qual vários estudantes registraram ocorrência na polícia, acompanhados pela Comissão de Direitos Humanos da OAB, relatando terem sido agredidos pela equipe de segurança da instituição.
As professoras Marília Bregalda (Terapia Ocupacional) e Mojana Vargas (Relações Internacionais) estão entre os investigados, e os docentes Márcio Silva (Biologia) e Daniel Antiquera (Relações Internacionais) foram ouvidos pela PF nesta semana apenas por estarem presentes em manifestações realizadas na universidade em defesa da democracia, e também por serem críticos ao trabalho da gestão e da procuradoria.
Os quatro professores são integrantes do coletivo CORDEL, que tem sido um crítico ativo do que chamam de ambiente de perseguição política e autoritarismo na universidade desde a nomeação sem votos de Gouveia em 2020, ainda na gestão Bolsonaro.
Até o momento, o Ministério da Educação não interveio junto à UFPB para solucionar o caso.
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