Além de equipe econômica, ministro da Educação de Temer é cotado por Bolsonaro

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Jair Bolsonaro e Mendonça Filho já integraram juntos bloco de apoio no Congresso, comandado pelo ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, antes de ser condenado – Foto: Reprodução Twitter
 
Jornal GGN – Apesar de carregar a bandeira do “novo” político, o candidato da extrema-direita à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL), está sondando os nomes de Mendonça Filho (DEM-PE), ex-ministro da Educação de Michel Temer, para assumir a mesma pasta em um possível governo Bolsonaro.
 
O ex-ministro que abandonou o cargo no atual governo Temer para disputar o posto de senador, sem êxito, intensificou encontros e articulações junto a Bolsonaro após o resultado das eleições 2018, que não elegeu Mendonça ao Senado. 
 
Mendonça Filho (DEM-PE) chegou a colaborar com a equipe do candidato da extrema-direita e teve reuniões com o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), apresentando o que foi feita durante a sua gestão e deu, inclusive, sugestões para o governo de Bolsonaro.
 
Inicialmente, o DEM apresentou-se como “neutro” nas eleições presidenciais, mas após o quadro dos novos congressistas, os que foram eleitos à Câmara e ao Senado buscam aproximação com a grande bancada do PSL que foi formada nas eleições deste ano, e os que não foram eleitos estão de olho em cargos de primeiro, segundo e terceiro escalão de um possível governo Bolsonaro.
 
Dessa forma, assim como a própria equipe econômica atual do governo Temer deve ser mantida por Paulo Guedes, que já anunciou que tem interesse em nomes que considera “bons” para permanecer no posto, a área da Educação também possivelmente será a mesma do impopular governo de Michel Temer, caso Bolsonaro seja eleito.
 
E as propostas de Mendonça se alinham com o projeto de governo de Bolsonaro. Entre as intenções já publicamente declaradas do ex-ministro da Educação, a “mudança curricular” que buscará “tirar” situações, segundo ele, “ideológicas”, como gênero e sexualidade. 
 
 
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

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