
Jornal GGN – O ministro Luis Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, reagiu com um duro discurso, proferido nesta quinta-feira (9), contra os ataques e ameaças que Jair Bolsonaro destilou durante os atos de 7 de setembro de raiz golpista. Barroso disse que Bolsonaro é um “farsante”, um populista que procura “inimigos” para justificar seus fracassos no comando do País e que não cumpriu com sua palavra sobre transformar a pauta do voto impresso em um assunto encerrado, depois que o Congresso decidiu rejeitar a proposta apresentada por governistas.
Barroso ainda disse que o Legislativo “fez muito bem” em sepultar o voto impresso e afirmou que a contagem pública e manual de votos, exigida por Bolsonaro como condição para participar da eleição de 2022, é “como abandonar o computador e regredir não à máquina de escrever, mas à caneta-tinteiro. Seria retorno ao tempo da fraude e manipulação. Se tentaram invadir o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal, imagine-se o que não fariam com as seções eleitorais”, alertou o ministro.
O presidente do TSE assinalou que é uma “covardia” de Bolsonaro “atacar a Justiça Eleitoral por falta de coragem de atacar o Congresso Nacional, que é quem decide a matéria [voto impresso].”
“Todas pessoas de bem sabem que não houve fraude e quem é o farsante nessa história”, disparou Barroso.
POPULISTA FRACASSADO
Barroso afirmou no TSE que a crise brasileira está inserida em um contexto global de ascensão do autoritarismo, populismo de extrema-direita, do estabelecimento de democracias iliberais. Para o ministro, Bolsonaro reúne todos os atributos de outros líderes que chegaram ao poder por meio do voto e agora estão arrastando seus respectivos países para um “recesso democrático”, implodindo as instituições democráticas por dentro.
Como um bom populista, Bolsonaro ataca o Judiciário como forma de justificar seu fracasso enquanto presidente, indicou Barroso.
“Quando o fracasso bate à porta – porque esse é o destino do populismo – é preciso encontrar culpados, um bode expiatório. Populismo vive de arrumar inimigos para justificar seu fiasco. Pode ser o comunismo, a imprensa, os tribunais”, apontou.
“Ofensa não é coragem. Incivilidade é a derrota do espírito. A falta de compostura nos envergonha perante o mundo. A marca Brasil sofre neste momento uma desvalorização global. Somos vítimas de chacota e desprezo mundial. (…) Não podemos admitir a destruição das instituições para encobrir o fracasso econômico, social e moral que estamos vivendo.”
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Os bolsonaristas ofendem o Barroso com suspeitas sobre sua sexualidade.
Pois bem, foi muito, mas muito mais macho que o machão do Fux, playboy velho medroso.
Parabéns ao Barroso pela coragem que falta a Fux. Espero que ele agora resolva por para andar os processos que existem no TSE contra a chapa Bolsonaro-Mourão, e casse o mandato do genocida.