Folha resgata passado guerrilheiro de Aloysio Nunes

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
[email protected]

Da Folha de S. Paulo

Vice de Aécio, Aloysio Nunes lembra de luta armada para derrubar ditadura

Na noite de 9 de agosto de 1968, Aloysio Nunes Ferreira dividia insone uma cama de casal com outras três pessoas, num pequeno apartamento próximo à praça Roosevelt, na capital paulista. Preparava-se para o assalto que se tornou uma das mais célebres ações de guerrilha durante a ditadura no Brasil.

“Às vezes eu lembro da sensação, da incerteza”, contou. “E se não der certo? E se eu for preso? E, se preso, for torturado? E se, torturado, eu falar? Sabe… Era um pavor. Muito medo. Me lembro disso, mas de ter dormido, não.”

O relato -feito pelo hoje senador tucano à Folha, dias depois de ter sido escolhido candidato a vice-presidente da República na chapa de Aécio Neves (PSDB-MG)- é sobre a noite que antecedeu o assalto ao trem pagador Santos-Jundiaí, em 10 de agosto.

Aloysio, na época com 23 anos, integrava a ALN (Ação Libertadora Nacional), organização liderada por Carlos Marighella. A função do tucano foi dirigir o veículo -um Fusca roubado- usado na fuga dos parceiros.

Na guerrilha, Aloysio teve muitos nomes. Notabilizou-se por “Mateus”, mas usou outros, como “Lucas”. “Eram sempre evangelistas”, lembra. Abriu exceção aos codinomes bíblicos quando escreveu para a “Voz Operária”, publicação do Partido Comunista Brasileiro (PCB), e assinou “Nicanor Fagundes”.

“Nicanor pela música do Chico Buarque [“Onde andará Nicanor?, diz o primeiro verso da canção] e Fagundes porque daí ficava NF [iniciais de Nunes Ferreira]”.
Aloysio nunca escondeu sua relação com a guerrilha. Iniciou a militância no PCB quando estudante de direito da USP. Dentro do partidão, seguiu a ala de Marighella, que via como “herói”, e partiu para a luta armada.

DO LADO DE DILMA

Na disputa presidencial de 2010, foi contra a exploração eleitoral da atuação da então candidata Dilma Rousseff (PT) na organização VAR-Palmares, também de guerrilha.

“Fui mais longe do que ela. Mas isso não me impede de hoje ter uma visão absolutamente crítica, não só da tática, mas da concepção desses movimentos”, avalia. “Atacávamos a ditadura por uma via que não era democrática.”

No regime militar, Dilma guardou armas e dinheiro para a VAR-Palmares, mas não há registro de que participou de assaltos e ações armadas.

A revisão de Aloysio sobre sua atuação na guerrilha não é recente. Ironicamente, o próprio Marighella desencadeou esse processo ao providenciar a ida dele para
Paris, em 1968. Com documentos falsos, embarcou com a missão de divulgar a guerrilha do Brasil na Europa.

Passou a acompanhar o partido comunista francês e diz ter visto ali que a saída estava na “revolução com as massas” e não com as armas.

Na França, emplacou textos de Marighella na revista do filósofo francês Jean-Paul Sartre. “Aloysio tinha essa visão de guardar cartas do Marighella. A gente se preocupava, porque aquilo era fogo puro, dinamite [se fossem descobertas]”, lembra a socióloga Ana Corbisier.

Era ela quem traduzia para o francês os textos de Marighella. Amiga de infância do senador, foi quem o abrigou no pequeno apartamento na véspera do assalto ao trem.

Hoje, os dois militam em campos opostos. Ana ficou pouco em Paris e partiu para Cuba. Tornou-se amiga do ex-ministro José Dirceu, exilado na ilha na época.

Filiada ao PT, diz ter sido “uma pena” que Aloysio, de volta ao Brasil, tenha se filiado ao MDB, embrião do PMDB. Depois migrou para o PSDB.

OPÇÃO

No partido, aproximou-se daquele que viria a ser um dos amigos mais próximos, José Serra. A primeira vez que viu Serra, ele era presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes) e fazia um discurso pela mobilização anti-golpe no Comício da Central do Brasil, em 13 de março de 1964.

Depois, os dois se encontraram em Paris, na década de 1970, quando jantaram com um amigo em comum. Serra só lembra de Aloysio já no Brasil. “Tenho com ele grande afinidade eletiva. Quando nos conhecemos, depois do exílio, foi como se fôssemos amigos desde criancinha. Isso facilitou a aproximação política, que se desdobraria por décadas, naturalmente com flutuações”, afirmou.

Em sua gestão no governo de São Paulo (2007-2010), Serra fez de Aloysio chefe da Casa Civil e o homem mais poderoso de seu círculo.

Cabia a ele negociar com prefeitos e deputados, além do acompanhar as principais metas do governo. Durante a eleição de 2010, quando Serra saiu candidato à Presidência, surgiram acusações de que um homem próximo a Aloysio, conhecido como Paulo Preto, havia desviado dinheiro da campanha.

Nada ficou comprovado. Aloysio sai em defesa do engenheiro, a quem chama pelo nome: Paulo Vieira de Souza, ex-dirigente da Dersa.

“O Paulo já era rico antes de entrar no governo e a acusação era absurda”, afirma.

O cacife acumulado durante a gestão Serra e a capilaridade de seus contatos com políticos no Estado o colocaram entre os cotados para a vaga de vice na chapa de Aécio. A aproximação do mineiro, com quem Serra disputou protagonismo no PSDB por anos, levou às “flutuações” mencionadas pelo ex-governador.

“A trajetória do Aloysio foi marcada pela defesa da democracia. Como ele mesmo diz, é um jovem idealista. Não poderia estar em melhor companhia”, disse Aécio.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

59 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Pequenas diferenças!

    A Dilma, na primeira eleição, apareceu como assassina e sendo criticada pelo PIG pelo seu passado “terrorista”. Já este outro é um “herói”.

    Vai entender!

  2. Gente fina é outra coisa

    Essa é a típica reportagem preventiva.

    Aloysio Nunes é o guerrilheiro do bem, Dilma é a guerrilheira do mal e Paulo Preto não tem nada a ver com a história.

     

  3. Diferença

    Tudo bem fazer um estudo biográfico de uma candidato, mas que diferença, não é mesmo ? Sem fichas falsas, sem ilações desonestas, que bom ! Parabéns à folha de São Paulo que, ao que se percebe até aqui, amadureceu, avançou nos últimos quatro anos  na direção da honestidade jornalística. Agora estou convencido !

  4. O PSDB é um partido, uma

    O PSDB é um partido, uma agremiação de pessoas que esqueceram as lutas que lutaram. O principal deles é o FHC, quando disse que esqueçam o que escrevi. Olha só o grande pensamento da múmia paralítica. Então é assim naquele antro político. Se algum dia lutei por alguma causa por favor, esqueçam.

  5. Aloysio 300 Nunes, que usava

    Aloysio 300 Nunes, que usava metralhadora e praticava assaltos, para Folha é guerrilheiro. Dilma, que não usava armas e cuidava apenas da logística das operações, para a mesma Folha é terrorista. E tem gente que ainda duvida da existência do PIG.

  6. Quanta diferença!

    Cadê a ficha falsa com os crimes do meliante tucano?

    Como falei assim que o gajo foi indicado para vice, dessa vez não podem mais usar o golpe baixo da “Dilma terrorista”…

  7. Foi mais longe, à direita!

    “Fui mais longe do que ela. Mas isso não me impede de hoje ter uma visão absolutamente crítica, não só da tática, mas da concepção desses movimentos”, avalia. “Atacávamos a ditadura por uma via que não era democrática.”

    Díficil a vida de eleitor tucano. Há uma grande parcela de eleitores tucanos e anti-pt que vivem chamando a Dilma de terrorista, assassina, comunista e outras sandices.

    E agora? que puta exercício de acomodação, para digerir um vice que foi mais longe na luta armada. 

    Isso em suabiografia, longe de ser demérito, é louvavel. Pena ter ido tão longe que deu a volta, foi para a direita entreguista do país e que usa a política para enriquecimento pessoal e de seus pares.

    Quanto à Folha, é o jornal de sempre. Nenhuma matéria que seja publicada nesta droga de jornal tem outro objetivo que não seja manipular seus leitores. É uma matéria preventiva sim, que procura acomodar os eleitores do PSDB, principalmente os maiores reaças quanto ao passado do Aloisio.

    De quebra vacina cotra as ligações com o Paulo Preto. Como assim nada ficou provado?! Ora, nada foi investigado, foi?

    E essa afirmação do Aloisio, “O Paulo já era rico antes de entrar no governo e a acusação era absurda”, afirma.”

    Prova o que? Raciocínio para infantis…quem já é rico não rouba ou aceita subornos ou coisa que o valha pois não precisa…

    Francamente!!

     

  8.  
    “Passou a acompanhar o

     

    “Passou a acompanhar o partido comunista francês e diz ter visto ali que a saída estava na “revolução com as massas” e não com as armas.”…

    Hummmmm!!  Agora entendi a adesão do Aluysio 300 mil Nunes, ao seio das massas cheirosas da revolução na tucanolândia. É incrível a tragetória convergente de antigos “pecebão” traíras, no rumo da direitona reacionária.

    Orlando

     

  9. Convenhamos… 
    Essa

    Convenhamos… 

    Essa “matéria” não passa de um panfleto pastoso que beira a infantilidade… Piegas até. 

    A ‘livrada de cara” do paulo preto é lapidar.

  10. Onde eu vomito?

    Vai ser ridículo assim lá na Folha

    Querer transformar um sujeitinho ultra conservador, antipático, arrogante e admirador e aproveitador da práticas midiáticas, em herói na luta contra a ditadura nâo cola.

    Isso e mau caratimo.

    Partindo da Folha nâo causa surpresa só vômito.

  11. Tudo quanto é traste…

    comunista fracassado se diz perseguido pela ditadura, até a Miriam Leitão, que diferença faz um a mais um a menos? Bom para os países tipo Vietnam, Cuba e China em que uns comunistas bem sucedidos conseguiram vencer. Ruim para a gente em que os comunistas fracassados na luta armada se deram bem à custas do trabalho de base do PT, Comunidades Eclesiais de Base, etc. que nunca nem se meteram em luta armada, mas acabaram servindo de vetor para esses parasitas.

  12. O Velho 2 pesos e 2

    O Velho 2 pesos e 2 medidas…

    Hummmmm…

    O vice do PSDB é HERÓI, lutou pela resistência e democracia…

    Já a DIlma é a GUERRILEIRA, TERRORISTA…

    Muito intessante…

  13. Quer dizer que o Aloysio, em

    Quer dizer que o Aloysio, em Paris, na companhia do Serra (ué, o Serra não estava nos EUA depois da queda do Allende?), “entendeu”, junto ao PC Francês que o negócio eram as “massas” e não as “armas”. Pois é, a França devia estar passando por uma terrível ditadura, não? Coisa para De Gaulle nenhum botar defeito. Já o Brasil dos anos 1970 era aquele paraíso democrático onde quem quisesse podia expressar livremente as suas ideias e, mais, se candidatar – com chances militares de ser eleito e empossado. A maior hipocrisia, sabem as antas, é “revisar” o passado com os olhos – e os negócios – de hoje. Esse cara é um dos maiores cara-de-pau da (des)política brasileira. Agora, seria interessante vasculhar esse encontrao Aloysio-Serra em Paris no início dos anos 70: aí, tem!

  14. Tão “esquerdista” quanto Cerra…

    Quem sabe um mínimo das táticas de infiltração e cooptação das agências de inteligência que atuaram (e atuam) no controle de outros países e povos sabe que eles aliciam e contratam de jornalistas, sindicalistas, estudantes, vereadores, empresários, deputados, senadores, governadores e outros tantos … até presidentes!

    Onde se enquadraria este “herói” da Fel ha?

     

  15. , 06/07/2014 – 11:18
    Tinha

    Tinha que ser alguem ligado a trilho, trem, metrô…. É a área que mais conhecem. e além do mais, São Paulo se agachou para o aócio, visto não ter ninguem com capacidade para se candidatar a Presidencia, hoje, amanhã e por muitos dos proximos anos.

    Aócio traiu Çerra, que aceitou a traição. 

    A “revolução” de 32 começou por muito menos que esta traição.

    Os coxinhas estão acostumados a se agacharem para Minas.

     

  16. Alguém pode esclarecer porque

    Alguém pode esclarecer porque este “guerrilheiro” também é conhecido pela alcunha de Aloysio “300 mil”?

  17. Engraçado o “dois pesos, duas medidas” da Folha…

    No caso da Dilma ter sido guerrilheira é defeito – a ponto de exibirem ficha falsa pra queimá-la.

    Já pro Aloysio Nunes é qualidade…

  18. surgiram acusações de que um

    surgiram acusações de que um homem próximo a Aloysio, conhecido como Paulo Preto, havia desviado dinheiro da campanha.

    Nada ficou comprovado. Aloysio sai em defesa do engenheiro, a quem chama pelo nome: Paulo Vieira de Souza, ex-dirigente da Dersa.

    “O Paulo já era rico antes de entrar no governo e a acusação era absurda”, afirma.

    Então, decifra-nos a enigmática frase:  Não se larga um amigo ferido na beira de uma estrada.  

    Vocês pensam que todo mundo é idiota?

  19. Eu só fico pensando o que a

    Eu só fico pensando o que a FSP vai ganhar com a eleição dos candidatos do PSDB. Não acredito mesmo que seja só por ideologia, assim como não acreditei nem um minuto que o JB, procuradores e ex presidentes do mesmo, não fossem comprados. E para mim, é mt dinheiro vindo do exterior, a força desse partido. As privatizações e cartéis de empresas formads em SP, não dariam conta de toda essa campanha, durante 12 anos, contra o PT. Eles não se importam em massacrar o povo em benefício próprio. Esses dois Aloysio e Serra eram  agentes infiltrados, tenho quase certeza. A fsp está fazendo o seu papel preventivo, visto que quase ninguem sabe ter sido o Aloysio, motorista do Marighela.

  20. A idade do saber

    Existem pessoas que atingem a terceira idade com sabedoria enraizada em sua alma, porém outras terminam como FHC, José Serra, Aloísio Nunes, Álvaro Dias, etc… O exercício da hipocrisia faz Aloísio Nunes, do nada, relembrar um passado que sempre tentou enterrar. O pior, que tenta exaltar esse passado através de uma empresa que além de apoiar a ditadura apoiou o envio de bomba contra um de seus concorrentes e, também, todos os seus atos que envolveram sequestros, torturas e assassinatos. Isso quer dizer que se preso fosse, o então Matheus (codinome de Aloísio Nunes) poderia ter a sua tortura e/ou a sua morte assistida por Otávio Frias, dono do jornal que hoje exalta o seu passado terrorista. O que dirá a elite golpista, a oposição e a mídia vendida e despudorada sobre essa sinuca de bico em que ficaram, após terem abusado vergonhasamente das covardes e desequilibradas críticas e acusações contra Dilma Rousseff pelo fato dela ter participado da luta armada contra a ditadura assassina que a Folha tanto ajudou e dfendou, conforme denunciou o ex-delegado Cláudio Guerra a comissão da verdade e que parte dessa denúncia reproduzo abaixo:

    “O ex-delegado da Polícia Civil Claudio Guerra afirmou nesta terça-feira, à Comissão Municipal da Verdade de São Paulo, que foi o autor da explosão de uma bomba no jornal O Estado de S. Paulo, na década de 1980, e afirmou que a ditadura, a partir de 1980, decidiu desencadear em todo o Brasil atentados com o objetivo de desmoralizar a esquerda no País.

    Cláudio Guerra disse que recebia da irmandade “por determinadas operações bônus em dinheiro”. O ex-delegado afirmou que os recursos vinham de bancos, como o Banco Mercantil do Estado de São Paulo, e empresas, como a Ultragaz e o jornal Folha de S. Paulo. “Frias (Otávio, então dono do jornal) visitava o DOPS (Departamento de Ordem Política e Social), era amigo pessoal de Fleury”, afirmou.”

    E agora Matheus, digo, Aloísio.

  21. Segunda alternativa

    Uma vez que outros comentaristas já pediram que a Folha publique a ficha falsa do Aloysio, só me resta perguntar a quantos anos de cadeia foi condenado seu cirurgião plástico.

  22. A mafia nao perdoa.  Uma vez

    A mafia nao perdoa.  Uma vez esquerda e golpista (que teimam chamar de revolucionario), nunca mais a pessoa pode evoluir para algo civilizado. 

    1. Entendo que na sua visâo

      Entendo que na sua visâo sofisticada, o que seria algo civilizado seria direita e golpista (que teimavam chamar de revolucionária).

  23. Dois pesos, duas medidas…

    Será que a Folha tem noção da diferença de tratamento? Aguardamos os comentários dos sobreviventes leitores da Folha…

  24. A Folha esta dando tons

    A Folha esta dando tons positivos ao fato dele ter pego em armas

    A tambem Folha já deu tons negativos ao fato de Dilma não ter pego em armas mas ficado bem perto de um revolver

    É um claro metodo de manipulação

    Ate eu fique simpatico ao vice do Aecio

  25. farsa para ingles ver

    minas e manos,

    durante quinquenios jose chirico serra se ocultou atras desse mesmo biombo, com o veu diafano manto de ex-presidente da une e desenvolvimentista. muita gente se deixou enganar. aqui eh o mesmo estratagema. como diria um daqueles velhos barbudos do seculo 19 “a história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa”. o vice do aessio tenta “agregar” essa imagem ao artefato eleitoral de 2014 dos tucanos a fim de engambelar incautos. desconstruir essa farsa com as ideias do presente de aloizio poem no chao este cenario de potenkim.

  26. Ele precisa explicar aos

    Ele precisa explicar aos companheiros como foi sua salvação no episódio da emboscada de Marighella.

    Segundo a esposa e a mãe de Carlos Marighella, este não sabia dirigir. Quem dirigia para ele, era justamente o Aloysio Nunes Ferreira.

    No dia da emboscada, Marighella apareceu morto na cadeira do motorista, enquanto o verdadeiro motorista, só apareceu anos depois, já filiado ao PSDB.

    Como é que uma pessoa escapa de uma emboscada e reaparece, anos depois,  do lado dos emboscadores?

    E hoje é senador da República e candidato a vice-Presidente na chapa do PSDB.

  27. esquerda caviar

    Há suposições sobre esse homem que não foram devidamente exploradas pelo jornal que adotou a palavra suposta como jargão informativo.

    Supostamente ele não foi preso no assalto, seus comparças de operação sim e  assim que caiu o primeiro ele supostamente sumiu e o dinheiro do assalto também sumiu (com ele ?),antes de aparecer em paris fez uma suposta tour pelo velho mundo ,supostos esquerdistas que o encontraram em Paris adimiraram a suntuosidade com que vivia ,supostamente dando origem ao termo exilio a caviar (depois adaptado para esquerda caviar),depois de constatar esse confortavel exilio passou a ser visto com uma suposta desconfiança de seus ex colegas de esquerda ,,supostamente por esse desconforto com seus ex colegas ingressou no MDB ao retornar a vida partidária ,enfim esse homem tem uma rica hstória pra contar !

    1. Senhor Ataide Coutinho,

      Senhor Ataide Coutinho, depois de tantas suposicoes de vossa parte, eu tambem sinto-me no direito de fazer algumas a seu respeito. Suponho que o senhor seja uma pessoa pouco letrada. Suponho que o senhor deve ter um guru  da velha esquerda  a lhe contar historias distorcidas (marca registrada dos companheiros). Suponho igualmente que o senhor tenha arranjado este “bico” ahi no  QG da campanha para escrever (?) estas bobagens.Suponho finalmente que o RH do comite deveria selecionar melhor seus contratados.

  28. A matéria da Folha mostra um

    A matéria da Folha mostra um personagem idealista, quase romântico. Todos seus atos são justificados por uma força maior, quase divina. É um texto idílico, que o torna um heroi. Gostaria que a Folha tivesse o mesmo zelo e polidez quando divulgou em primeira página a ficha mentirosa e assassina contra a Dilma.

  29. são posicionamentos reveladores da Folha……………..(?)

    que devemos discutir sempre, evidentemente…………………….como duvidosos simplesmente?

    sim, podemos  encarar o fato dele estar do outro lado agora como uma simples ironia da História

    mas, se é assim, por que diabos encaram a Dilma de forma diferente?

    o fato dela estar onde está agora não seria também uma simples ironia da História?

    por que deve ser noticiada como terrorista e os outros não? responda lá ou afasta em cálice

  30. Para mim, não é o caso

    Para mim, não é o caso paradigmático o fato do Aloysio ter saído da guerra contra a ditadura e hoje ser o que é. Existe uma espécie de gente cuja vida política depende da ocasião.

  31. História

    Quem combateu a ditadura por idealismo(os jovens por natureza são sonhadores) deve ser lembrado sempre , servindo de exemplo para futuras gerações. Política partidária é outra faceta da história de cada um e, por isso, ninguém tem o direito de reduzir  a honra do  passado de qualquer indivíduo.

  32. folha higiênica pra quem precisa.

    O defeito em Dilma; a virtude em Aloysio Nunes.

    Esperemos a ficha falsa do tucano.

    Êta, mídia sebosa.

  33. Essa figura quer ser um

    Essa figura quer ser um contraponto  para Dilma a partir do passado guerrilheiro comum. E pára por aí, não vai muito além disso. Ele, por acaso, foi torturado?  Aécio com certeza irá usar de golpes baixos criando supostas  situações que tentem desqualificar Dilma no seu passado num debate televisivo. Inclusive vale a pena lembrar aquela situação em que uma figura do DEM (Zé Agripino?) na CPI do mensalão, se não me engano, que disse, com a intenção de desqualificá-la,  que Dilma havia mentido num tribunal militar, ou seja, de exceção. E se não estaria mentindo então na CPI.  E que ela desmontou na hora. Quem sabe se isso não foi uma assessoria de algum  ex- esquerdinha. Prestem atenção! Não passa de uma tentativa de afirmar ser uma dupla eclética, Aécio, o  liberal neto de Tancredo, e Aluysio, o ex-guerrilheiro (agora um senhor zeloso de sua nova condição classe A do bairro nobre paulista). Tudo farinha do mesmo saco, o saco atual.

  34. O passado do Aloysio Nunes ….

     

             Seria algo muito interessante saber o resultado de  uma profunda investigação sobre  “o Processo desencadeado

    pelo próprio  Marighella”,    que transformou o terrorista Aloysio no divulgador da guerrilha brasileira na Europa.

     

                                  “A revisão de Aloysio sobre sua atuação na guerrilha não é recente.                                                                                            Ironicamente, o próprio  Marighella  desencadeou esse processo                                                                        ao providenciar a ida dele para Paris  em 1968.                                                                                                                                 Com documentos falsos, embarcou com a missão de divulgar a guerrilha      
                                   do Brasil na Europa.”

     

              IRONICAMENTE,  eu diria:      aí  tem …………

                                                                                                       Diniz !

    1. Concordo plenamente com

      Concordo plenamente com vc…. que aí tem! tem e muito. Em sua entrevista no jornal estado de são paulo fica claro aonde ele quer chegar. Quanto mais ele fala, mais ele se enrrola. Divulgar a  guerrilha na Europa  além de irônico, é risível…kkkkkkkkkkkkkkkkkk. Só quem não viveu os anos de chumbo neste país pode acreditar nesta história. Os movimentos revolucionários desta época não tinham quadros(pessoas) suficientes para divulgar a guerrilha no Brasil , imaginem na Europa!!!!!!! Isto não passa de conversa para boi dormir. Maia uma vez perde a oportunidade de ficar calado.

  35. Piada!

    “A aproximação do mineiro, com quem Serra disputou protagonismo no PSDB por anos, levou às “flutuações” mencionadas pelo ex-governador.”

    Conta outra! É óbvio que ele foi escolhido por Serra, não por Aécio…!

  36. folha resgata passado guerrilheiro de aloysio nunes

    Eu sempre tive conhecimento que alguns ex- militantes do PCB , atualmente, são mais à direita do que a propria direita sempre conservadora e reacionária. O que me surpreende nesta  declaração é o oportunismo em ter vindo à tona no momento político em que o autor sai candidato a vice-presidente da repulblica e,  diga-se de passagem, acompanhado expressivamente de uma direita que pretende uma política de arrocho para a classe trabalhadora, privatizaçoes, esvaziamento das conquistas sociais adiquiridas nesses 12 anos de governo do PT e assim por diante. E , observe-se que,este relato é alardeado por um veículo de comunicação  que historicamente serviu a ditadura e hoje dá espaço ao pensamento mais reacionário que temos na sociedade brasileira.Não sei a  que tipo de leitor o PIG pretende atingir. Mas sei, que quem conhece a história de nosso país não se deixará enganar.E, na minha visão, o autor do depoimento perdeu a chance de ficar calado ,uma vez que, o seu eleitorado é bastante diferenciado em termos de classe social e ideologicamente falando do eleitorado do PT. Entendo esta declaração como um ato de desespero   pq. o risco de perder eleitores é muito grande. E onde estava o SR. quando   MARIGUELA  morreu?  

     

      1. Agora, mais de um ano após o

        Agora, mais de um ano após o golpe, me pergunto: será que você não se envergonha de ter apoiado essa corja?

  37. se um eventual governo tucano

    se um eventual governo tucano de providencial austeridade britânica pós-guerra a toda contraprova anticartel com a coisa pública… doutor Aécio presidente pode dar exemplo de austeridade cívica espartana fazendo economia de dispêndio funcional e otimização de recursos humanos ao fazer do rodado nas quebradas sampa-paris, o doutor Aloysio, um servidorflex 2 em 1 (cargos públicos): vice-presidente e exímio motorista da presidência tucana.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador