MPSP pede cassação da chapa de Doria à prefeitura de São Paulo

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Doria e Alckmin em convenção em São Paulo
 
Jornal GGN – As suspeitas de que o governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, utilizou a máquina pública para apoiar a mais cara campanha à prefeitura da capital, ao seu afilhado João Dória (PSDB), aumentaram com o pedido de cassação da chapa pelo Ministério Público de São Paulo.
 
Nesta segunda (26), os promotores de Justiça apontaram que o líder na corrida para o trono da municipalidade de São Paulo, João Dória ao lado do seu vice Bruno Covas (PSDB), cometeu abuso de poder político. 
 
De acordo com o autor da ação impetrada na noite desta segunda, José Carlos Bonilha, houve uma barganha em torno da secretaria estadual do Meio Ambiente, oferecida ao PP, pelo governo Alckmin para que a chapa ganhasse tempo de televisão no horário eleitoral. A medida é considerada desvio de finalidade.
 
Alckmin, o governador que carregou o nome de Dória nas prévias tucanas, também é acusado na peça. Bonilha aponta que o governador do Estado de São Paulo permitiu que a coligação usasse o slogan “Acelera, São Paulo”, que na verdade foi criado pelo publicitário Nizan Guanaes para um projeto estadual.
 
Também, Alckmin é acusado por sair em campanha a favor de Doria, antes mesmo das convenções entre os pré-candidatos do PSDB, ferindo o princípio de neutralidade e igualdade entre os postulantes.
 
O promotor de Justiça acredita que alguma decisão sobre a ação deve sair antes deste domingo, quando são escolhidos os prefeitos dos municípios. Bonilho solicitou como testemunhas para as acusações o senador José Aníbal (PSDB) e o vice presidente do PSDB, Alberto Goldman.
 
Doria respondeu que ainda não tinha sido notificado da ação, na manhã desta terça, mas que fará a defesa “na certeza de que não cometeu ilegalidade”. Alckmin disse, por meio de assessoria, que sua resposta “será suficiente para demonstrar a improcedência da ação”.
 
Em nota à imprensa, o advogado de Doria, Anderson Pomini, afirmou que “pelo que se extrai das notícias, as razões do ilustre promotor reveladas há poucos dias da eleição são frágeis e carecem dos mínimos elementos probatórios”. 
 
“Parte-se de uma premissa equivocada e sem respaldo legal que pretende impedir que o candidato João Doria receba apoio de partidos e de lideranças políticas. Certamente será arquivada, como todas as demais anteriormente divulgadas aos jornais e posteriormente arquivada pela Justiça  Eleitoral”, garantiu a defesa do candidato.
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

4 Comentários

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  1. Me engana que eu gosto. Eles

    Me engana que eu gosto. Eles fazem que fazem para não fazer nada. É tudo fachada.  A não ser que os juizes do TSE paulista façam parte da facção tucana que saiu derrotada na convenção. Sim, porque a Justiça brasileira, com raras exceções, se resumiu a isso. Justiça militante.

  2. Gosta de pescaria ?

       O nobre membro rebelde, do pessedecistico alckminiano opus datico MPSP, já pode ir preparando seus terens de pesca, pois sua próxima investidura, será a de contar peixes nas barrancas do rio paraná.

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