Jornal GGN – Repetindo FHC na disputa com Jânio Quadros em 1985, o vereador Andrea Matarazzo se apresentou à reportagem do El País como futuro prefeito de São Paulo, mesmo ainda não tendo sido escolhido pelo PSDB como o postulante do partido à cadeira hoje ocupada por Fernando Haddad (PT). Depois do episódio, respondeu a uma série de perguntas feitas pela jornalista Marina Rossi, que assina a matéria publicada nesta quinta (7), na qual o vereador ataca a gestão Haddad em todas as respostas.
Apenas uma ação de Haddad foi reconhecida pelo oposicionista como uma “boa medida”: a criação da Controladoria Geral do Município – que Matarazzo chamou de “corregedoria” – para combater a corrupção na esfera municipal, em 2013.
Para os demais projetos de Haddad abordados pela equipe do El País – ciclovias, corredores de ônibus, abertura da Paulista aos finais de semana – Matarazzo reservou apenas críticas. Na maioria das vezes, sugerindo que Haddad pecou ao não levar tais políticas para além das fronteiras do centro expandido. Em outras, indicando que tais projetos não foram “bem pensados”. Para ele, por exemplo, seria necessário ouvir dos moradores do entorno da Paulista se a abertura da via ao público não incomoda demais. Ou educar os ciclistas, “que acham que são intocáveis” desde que ganham espaço para praticar o modal na cidade.
O vereador, que na entrevista, ironicamente, se auto-classificou como um “coxinha dos Jardins [bairro nobre da capital]”, afirmou que, se eleito, terá a periferia de São Paulo como prioridade. Ele ainda disse que sonha em ser prefeito desde que ocupou o cargo de subprefeito da Sé, na gestão Serra. Lá, percebeu que a cidade de São Paulo é cheia de problemas para a maioria da população.
Suceder Haddad, disse Matarazzo, seria “consagrar” sua carreira política. Para isso, porém, o tucano terá de disputar a cabeça de chapa com Doria e outros nomes, como José Aníbal, Bruno Covas e Ricardo Trípoli.
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