Em entrevista ao programa Cai na Roda, da TVGGN, a deputada estadual Marina Helou (Rede Sustentabilidade) defendeu a correligionária Marina Silva, que não participou nem comentou o evento de oficialização do apoio da Rede à candidatura presidencial de Lula (PT) na eleição de outubro de 2022.
O evento que confirma a aliança entre PT e Rede ocorreu em 28 de abril. Apesar da ausência de Marina, sentida por Lula, o senador Randolfe Rodrigues (Rede), um dos coordenadores da campanha petista, afirmou que o apoio da Rede a Lula é “incondicional”.
Questionada pela reportagem do GGN se o silêncio de Marina Silva expõe uma divisão na Rede em torno de Lula – como aconteceu com alguns setores dentro do PSOL, que defendiam uma candidatura independente do PT – Helou respondeu que os políticos da Rede estão liberados para apoiar Lula ou Ciro Gomes (PDT).
“A Rede, na verdade, deliberou na sua Executiva Nacional que todos os filiados podem apoiar ou o Lula ou o Ciro. Uma cláusula de independência define que, ao não apoiar Bolsonaro, existe a possibilidade dos mandatários terem outras escolhas”, explicou Marina Helou.
Além disso, a parlamentar defendeu a postura de Marina Silva em relação à candidatura de Lula.
“O que a Marina fez, com muita propriedade, foi falar ‘o apoio tem que ser mais do que simplesmente uma construção personificada: tem que ser a partir de um programa, de uma base, de uma visão de futuro, de temas importantes em que a gente possa ajudar'”, defendeu Marina Helou.
“E isso está sendo construído. É uma contribuição importante para o sucesso da campanha do Lula, porque ele não vai crescer e se estabelecer se ele não conseguir ampliar as propostas dele, com um plano de governo que seja alinhado ao nosso tempo”, declarou a parlamentar.
Na visão de Helou, é preciso que o petista tenha “a parte de sustentabilidade, do meio ambiente, bem estruturada”. Ainda, segundo ela, “é importante sim ter a gasolina mais barata”, mas é “muito mais importante” pensar no processo de transição para uma matriz energética mais limpa, por exemplo.
Para a deputada estadual, a agenda ambiental impõe uma discussão sobre o potencial energético nacional, o valor que essa matriz pode ter na economia e, consequentemente, a não-dependência do petróleo, inclusive com mudança de discurso no âmbito das relações externas do Brasil.
Para Helou, a candidatura precisa não só derrotar o bolsonarismo, mas apresentar “um programa (de governo) à altura das necessidades do País”.
Assista à íntegra da participaçao de Marina Helou no Cai na Roda, na TVGGN:
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