Dividido, PSOL ainda debate “independência” em relação lulismo. Assista

Para Luciana Genro, PSOL ainda precisa discutir se vai chancelar ou não o programa que o PT apresentará na eleição de 2022

A ex-presidenciável e deputada estadual do PSOL do Rio Grande do Sul, Luciana Genro, afirmou em entrevista exclusiva à TV GGN que o partido ainda está discutindo internamente o grau de independência que deverá manter em relação ao lulismo.

Dividido, o PSOL ainda decidirá se lançará candidato próprio à corrida presidencial de 2022 ou se apoiará o PT no primeiro turno. Guilherme Boulos defende apoio a Lula. Mas outros setores do PSOL defendem que o partido – que nasceu de uma dissidência do PT – marque posição de independência.

Para Luciana, o PSOL ainda precisa analisar também se irá chancelar o programa de governo que o PT apresentará na eleição. Ela fez críticas, na entrevista, ao modo como o PT governou no plano federal, no passado, sem melindrar os interesses de poderosos.

O PSOL estuda a formação de uma federação com a Rede Sustentabilidade. Luciana apontou que o partido tem boas lideranças, como a ex-colega de PT Heloísa Helena. Mas, por outro lado, disse que o senador Randolfe Rodrigues, um expoente da Rede, foi “cooptado” pelo PT, e é cotado até mesmo para ser o coordenador do programa de governo de Lula.

Assista a entrevista completa:

5 Comentários

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  1. Interessante a Sra. Luciana.
    Tenho curiosidade pra saber qual atual posição dela com relação a Lava-jato. Será que o PSOL vai trabalhar de fato pra melhorar a vida do povo ou só quer que seus quadros ganhem cargos no legislativo pra aparecer na imprensa criticando o PT? Esta senhora, uma “ex? – lava-jatista” estaria preparada pra escutar as críticas quanto aos seus erros?
    Quando o PSOL estará maduro a ponto de participar de algum governo de forma a “mostrar pra que veio”?
    Falar qualquer um fala qualquer coisa. Todavia, “fazer” exige disposição para atender interesses de outros atores.
    Parece-me que alguns quadros do PSOL são mais preocupados em criticar PT e Lula que participar de uma reconstrução de um país.

  2. Avalio que Luciana Genro tem boa parte da razão sobre o PSOL se libertar da influência do PT. E a situação se complica mais ainda agora, justamente quando os momentos políticos e as relações institucionais estão sendo regidas por desequilíbrios, pelo jogo sujo das Fake News, pelo total desgoverno e pela surpresa que confundiu, e ainda confunde, a tds que militam e defendem o estado de direito e a democracia. E é aí que se encontra a justificável e dramática razão para se alinhavar o consenso, e não confundi-lo com dependência ou influência de um partido sobre outro. É uma questão nacional, republicana, democrática, legal e corretiva. A união do bem, da oposição e dos interessados em devolver ao Brasil a Ordem, o Progresso, a autoridade moral, legal, social e solidária com a constituição e com a devolução do respeito e dos direitos fundamentais para os cidadãos e cidadãs do Brasil. É verdade que a surpresa do ator invasor até então pouco conhecido fez muitos estragos no país. Também ganhou maldade, ganhou corpo e ainda domina pontos estratégicos do comando. Porém, ele perdeu votos, perdeu seguidores e perdeu a
    exclusividade do comando e da chave do cofre. Enfim, não é apenas o PSOL e PSB, mas toda classe política que quer lutar democraticamente para expulsar o Brazil de hoje, e trazer de volta o nosso querido Brasil de sempre.

  3. Fico surpreso com o tendencionismo nesse diálogo. Em todas as questões sugere-se “culpa do PT”, “somos consequentes e PT, Lula e Dilma, inconsequentes e o Lula repetirá os seus erros””Tudo depende de nossa estratégica e programa diferentes”. “PT governa apenas como “gerenciadores do capital”, entre outras críticas que não sei para que servem, exceto para vender o próprio peixe. Afirma-se que “o PT não fez reformas”. Ora, a questão é: não foi feito por quê? Por que simplesmente não quiseram? Por que não conseguiram? Conseguiram? Qual a prova das afirmações? Se militantes possuem dificuldade até para “dialogar com o patrão”, como a direita cinicamente costuma dizer, é correto dizer que reformas profundas em Congresso, basta ser de esquerda consequente e ter estratégia e programa específicos? Nâo havia no PT? Tudo do PT foi tudo feito para as classes altas? Então, porque foram perseguidos e presos politicamente? Por que houve impeachment? Lembro-me quando a Dilma confirmou taxação sobre grandes fortunas e heranças e elevação de alíquota de IR: no mesmo dia, a Rede Globo, Câmara, Senado e entidades como a FIesp, além de todos os jornais, rádios e TVs e portais de internet, passaram a guerrear diariamente contra o governo. O STF exigia da DIlma explicar até palavras banais em frases. O simples programa Bolsa-Família de 75,00 gerava desgaste monumental. Será que realizar reformas transformadoras é essa facilidade toda e não foram realmetnte feitas porque o PT é o PT? Festival de tendencionismos. Mudar o modo de produção capitalista basta boa estratégia, programa e “consequência”? Em relação às dificuldades do contexto do Governo Dilma, comparo com o conflito hoje observado entre Rússia e Ucrânia mdiaticamente, com o contexto pré-golpe contra os Governos Lula e Dilma: por incrível que pareça, a guerra na Ucrãnia e Rússia pode passar até despercebido para alguns midiaticametne, se comparado com o apocalipse midiático que ocorreu naquele contexto de golpe. Centenas de milhares de famílias inteiras eram levadas à Paulista via TV para protestar contra o Lula, Dilma e PT. Sobre o Joaquim Levy, não é certo dizer que foi um nome planejado desde o início e a Dilma assim mentiu na campanha. Ele somente apareceu em meio à falta de saída que o Governo Dilma estava enfrentando. Nem o PT, nem o MST, ninguém esperava essa decisão. A maioria foi contra, inclusive. Mas hoje está claro que esse nome foi pensado para preservar o governo, que estava por um triz. Qualquer coisa que ela fizesse, reagiriam para derrubá-la. Um mínimo de consideração histórica permitiria observar que naquele contexto, a extensão do processo de golpe foi planejada e produzida por agentes externos ao governo e não resultante de erros internos de gestão e polítca. Pelo contrário, políticas corretas do PT geraram reação brutal contra a Dilma, como p.ex., em relação ao regime de partilha, a defesa da Petrobrás pública e de pesquisa e desenvolvimento radicais e, sobretudo, em relação ao programa de combate à corrupção, na qual a DIlma disse “Doa a quem doer”. A partir dessa e outras ações, houve a mais extensa e profunda ação golpista no Brasil. Além disso, a reeleição da Dilma, embora legitima e com diferença de 3 milhões de votos (Bush ou Clinton – não me recordo exatametne – venceu com poucos votos e não houve essa reação), foi observada como falta de legitimidade e, assim, o golpista Aécio-PSDB e tantos outros, aproveitaram-se definitivametne para o golpe. Logo, não houve essa “idiotia” do PT , mas um processo golpista imposto pela direita, sem precedentes. Acreditar que uma calendário eleitoral e institucional resolveria o caso, é uma hipótese bastante duvidosa, ao lembrarmos o Congresso que impôs o impeachment. Em SP havia bonecos da Dilma e do Lula enforcados ou com roupa de presidiário em todos os lugares. A paralisia de todos os progressistas foi grande. Até cachorro era espancado se tivessse fitilho vermelho na cabeça. Concluindo: hOuve 5 entrevistadoras, mas não houve questionamento com vistas ao contraditório. Deu-se a impressão que o violento e inédito golpe que o Brasil sofreu foi devido à uma suposta “incompetência do PT”, que os resultados positivos dos governos Lula e Dilma foram apenas devido à sorte dos preços de commodities, e que a solução posterior ao golpe, seria apenas da necessidade de superação de supostos “erros que o PT cometeu”. Vale lembrar que houve golpes semelhantes em diversos outros países, inclusive de diferentes continentes sob o mesmo processo. Mas descreve-se o caso brasileiro culpando-se a própria vítima (Governo Dilma)? As prisões políticas, as pautas-bombas, as perseguições penais e midiáticas não contam? Podemos concluir que o golpe de 2016 somente aconteceu por “incompetência” do PT? E que bastava antecipar o calendário eleitoral, que a direita não estaria no poder hoje? Qual “estratégia” é essa que permite mudar o modo de produção capitalista para socialista sem problemas? Milhões de pessoas de esquerda também foram às ruas para evitar e tentar superar o golpe. Mas milhões de pessoas de direita também foram às ruas para impor e manter esse golpe. Quase invadiram o Palácio do Planalto em 2013, com a Dilma dentro. Sinceramente a tendência de dizer que tudo o que se sucedeu resulta de “inconsequência” do PT não é correta. E acreditar que há possibildiade de conquistar o governo e o poder sem condições majoritárias de governabilidade é uma grande abstração. Essa experiência e aprendizagem foi obtida em governos do PT amadurecido. Em suma, se for para menorizar o PT, descrever de forma tão negativa os Governos Lula e Dilma, se torna mais fácil ler e assistir as velhas Folha, Estadão, ouvir Jovem Pan e outros meios dominantes de uma vez. .

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