Último grande comício de Donald Trump é marcado por discursos de ódio e racismo

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

Empresários, comediante e ex-apresentador não hesitaram em proferir suas ofensas racistas

(Arquivo) Donald Trump discursa para apoiadores em comício de campanha no Centro de Convenções Phoenix, em Phoenix, Arizona, em 29 out. 2016 (Crédito: Gage Skidmore/Flickr)

Na corrida pela Casa Branca, Donald Trump encerrou a campanha com um comício no grandioso Madison Square Garden, em Nova York, neste domingo (27). Entre fake news e discursos de ódio, os republicanos deram um show de racismo e intolerância.

Um comediante deu início às declarações mais absurdas, ao descrever Porto Rico como uma “ilha flutuante de lixo”. “Não sei se vocês sabem, mas há literalmente uma ilha flutuante de lixo no meio do oceano agora. Acho que é chamada Porto Rico”, disse Tony Hinchcliffe, do podcast “Kill Tony”.

Hinchcliffe não parou por aí. Entre risadas, debochou dos hispânicos “que adoram fazer bebês”, dos judeus que “são mesquinhos” e dos  palestinos “que atiram pedras”.

Comentários absurdos contra a adversária de Trump, a democrata Kamala Harris, também não foram poupados. O empresário Grant Cardone subiu ao palco e comparou a atual vice-presidente a uma prostituta, ao dizer que “seus cafetões destruirão nosso país“. David Rem, um amigo de infância de Trump, chamou a política de “Diabo” e “Anticristo“.

Para plateia, o ex-apresentador da Fox News, Tucker Carlson, zombou da identidade racial de Kamala, filha de mãe indiana e pai jamaicano, dizendo que ela estava competindo para se tornar “a primeira ex-promotora da Califórnia samoana-malaia e de baixo QI a ser eleita presidente”.

Trump, por sua vez, subiu ao palco com duas horas de atraso. Após ser apresentado por sua mulher, Melania Trump, em uma rara aparição pública. Ele anunciou algumas propostas, evitou criticas diretas a Kamala, repetiu suas falas sobre a política externa e, assim como fez durante toda campanha, afirmou que no dia em que tomar posse, “a invasão migratória de nosso país vai terminar”.

Campanha se manifesta 

Em meio a críticas, a campanha de Trump se manifestou sobre a fala referente a Porto Rico. “Esta piada não reflete as visões do presidente Trump ou da campanha”, disse a conselheira sênior Danielle Alvarez em um comunicado. 

A nota, porém, não desautorizou os outros insultos proferidos pelos Trump contra latinos, judeus e negros.

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