Um artigo premonitório sobre a vitória de Trump

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
[email protected]

Jornal GGN – Em 27 de julho de 2016, Michael Moore, diretor vencedor do Emmy e do Oscar, escreveu o artigo abaixo. No texto ele lista os cinco motivos que garantiam a vitória de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos. Ele é claro, cristalino e já começa pedindo desculpas por ser o portador de más notícias. Quase quatro meses antes ele garantia que o cidadão americano já deveria ir treinando para falar Presidente Trump, e o trata de palhaço desprezível, ignorante e perigoso, um sociopata.

Leia o artigo premonitório a seguir.

do Brasil Post

5 motivos pelos quais Donald Trump será o próximo presidente dos Estados Unidos

por Michael Moore

Publicado: 27/07/2016

Amigo:

Sinto muito por ser o portador de más notícias, mas fui direto com vocês no ano passado quando disse que Donald Trump seria o candidato republicano à Presidência. E agora trago notícias ainda mais terríveis e deprimentes: Donald J. Trump vai ganhar a eleição de novembro.

Esse palhaço desprezível, ignorante e perigoso, esse sociopata será o próximo presidente dos Estados Unidos. Presidente Trump. Pode começar a treinar, porque você vai dizer essas palavras pelos próximos quatro anos: “Presidente Trump”. Nunca na minha vida quis estar tão errado como agora.

Vejo o que você está fazendo agora. Está sacudindo a cabeça loucamente – “Não, Mike, isso não vai acontecer!”. Infelizmente, você está vivendo numa bolha anexa a uma câmara de eco, onde você e seus amigos vivem convencidos de que o povo americano não vai eleger um idiota como presidente.

Você alterna entre o choque e a risada por causa dos últimos comentários malucos que ele fez, ou então por causa do narcisismo vergonhoso de Trump em relação a tudo, afinal de contas tudo tem a ver com ele. E aí você ouve Hillary e enxerga a primeira mulher presidente, respeitada pelo mundo, inteligente, preocupada com as crianças, alguém que vai continuar o legado de Obama porque isso é obviamente o que o povo americano quer! Sim! Outros quatro anos disso!

Você tem de sair dessa bolha imediatamente. Precisa parar de viver em negação e encarar a verdade que sabe que é muito, muito real. Tentar se acalmar com fatos – “77% do eleitorado é composto por mulheres, negros, jovens adultos de menos de 35 anos; Trump não tem como ganhar a maioria dos votos de nenhum desses grupos!” – ou com a lógica – “as pessoas não vão votar num bufão, ou contra seus próprios interesses!” – é a maneira que seu cérebro encontra para te proteger do trauma. Como quando você ouve um estampido na rua e pensa “foi um pneu que estourou” ou “quem está soltando fogos?”, porque não quer pensar que acabou de ouvir alguém sendo baleado. É a mesma razão pela qual todas as primeiras notícias e relatos de testemunhas sobre o 11 de setembro diziam que “um avião pequeno se chocou acidentalmente contra o World Trade Center”.

Queremos – precisamos – esperar pelo melhor porque, honestamente, a vida já é uma merda, e é difícil sobreviver mês a mês. Não temos como aguentar mais notícias ruins. Então nosso estado mental entra no automático quando alguma coisa assustadora está realmente acontecendo. As primeiras pessoas atingidas pelo caminhão em Nice passaram seus últimos momentos na Terra acenando para o motorista; elas acreditavam que ele tinha simplesmente perdido o controle e subido na calçada. “Cuidado!”, elas gritaram. “Tem gente na calçada!”

Bem, pessoal, não se trata de um acidente. Está acontecendo. E, se você acredita que Hillary Clinton vai derrotar Trump com fatos e inteligência e lógica, obviamente passou batido pelo último ano e pelas primárias, em que 16 candidatos republicanos tentaram de tudo, mas nada foi capaz de parar essa força irresistível. Hoje, do jeito que as coisas estão, acho que vai acontecer – e, para lidar com isso, primeiro preciso que você aceite a realidade e depois talvez, só talvez, a gente encontre uma saída para essa encrenca.

Não me entenda mal. Tenho grandes esperanças em relação ao meu país. As coisas estão melhores. A esquerda ganhou a guerra cultural. Gays e lésbicas podem se casar. A maioria dos americanos têm uma posição liberal em relação a quase todas as questões: salários iguais para as mulheres; aborto legalizado; leis mais duras em defesa do meio ambiente; mais controle de armas; legalização da maconha. Uma enorme mudança aconteceu – basta perguntar ao socialista que ganhou as primárias em 22 Estados. E não tenho dúvidas de que, se as pessoas pudessem votar do sofá de casa pelo Xbox ou Playstation, Hillary ganharia de lavada.

Mas as coisas não funcionam assim nos Estados Unidos. As pessoas têm de sair de casa e pegar fila para votar. E, se moram em bairros pobres, negros ou hispânicos, não só enfrentam filas maiores como têm de superar todo tipo de obstáculo para votar. Então, na maioria das eleições é difícil conseguir que pelo menos metade dos eleitores compareça às urnas.

E aí está o problema de novembro — quem vai ter os eleitores mais motivados e mais inspirados? Você sabe a resposta. Quem é o candidato com os apoiadores mais ferozes? Cujos fãs vão estar na rua das 5h até a hora do fechamento da última urna, garantindo que todo Tom, Dick e Harry (e Bob e Joe e Billy Joe e Billy Bob Joe) tenham votado? Isso mesmo. Este é o perigo que estamos correndo. E não se iluda. Não importa quantos anúncios de TV Hillary fizer, quão melhor ela se portar nos debates, quantos votos os libertários roubarem de Trump — nada disso vai ser capaz de detê-lo.

Você precisa parar de viver em negação e encarar a verdade que sabe que é muito, muito real. Eis as 5 razões pelas quais Trump vai ganhar:

1. A matemática do Meio-Oeste, ou bem-vindo ao Brexit do Cinturão Industrial. Acredito que Trump vá concentrar muito da sua atenção em quatro Estados tradicionalmente democratas do cinturão industrial dos Grandes Lagos — Michigan, Ohio, Pensilvânia e Wisconsin. Estes quatro Estados elegeram governadores republicano desde 2010 (só a Pensilvânia finalmente elegeu um democrata). Nas primárias de Michigan, em março, mais eleitores votaram nos republicanos (1,32 milhão) que nos democratas (1,19 milhão). Trump está na frente de Hillary nas últimas pesquisas na Pensilvânia e empatado com ela em Ohio. Empatado? Como a disputa pode estar tão apertada depois de tudo o que Trump tem dito? Bem, talvez porque ele tenha dito (corretamente) que o apoio de Clinton ao Nafta (acordo de livre comércio da América do Norte) ajudou a destruir os Estados industriais do Meio-Oeste.

Trump vai bater em Clinton neste tema, e também no tema da Parceria Trans-Pacífica (TPP) e outras políticas comerciais que ferraram as populações desses quatro Estados. Quando Trump falou à sombra de uma fábrica da Ford durante as primárias de Michigan, ele ameaçou a empresa: se eles realmente fossem adiante com o plano de fechar aquela fábrica e mandá-la para o México, ele imporia uma tarifa de 35% sobre qualquer carro produzido no México e exportado de volta para os Estados Unidos. Foi música para os ouvidos dos trabalhadores de Michigan. Quando ele ameaçou a Apple da mesma maneira, dizendo que vai forçar a empresa a parar de produzir seus iPhones na China e trazer as fábricas para solo americano, os corações se derreteram, e Trump saiu de cena com uma vitória que deveria ser de John Kasich, governador do vizinho Estado de Ohio.

De Green Bay a Pittsburgh, isso, meus amigos, é o meio da Inglaterra: quebrado, deprimido, lutando. As chaminés são a carcaça do que costumávamos chamar de classe média. Trabalhadores nervosos e amargurados, que ouviram mentiras de Ronald Reagan e foram abandonados pelos democratas. Estes últimos ainda tentam falar as coisas certas, mas na verdade estão mais interessados em ouvir os lobistas do Goldman Sachs, que na saída vão deixar um cheque de gordas contribuições.

O que aconteceu no Reino Unido com a Brexit vai acontecer aqui. Elmer Gantry é o nosso Boris Johnson e diz a merda que for necessária para convencer a massa de que essa é a sua chance! Vamos mostrar para TODOS eles, todos os que destruíram o Sonho Americano! E agora o Forasteiro, Donald Trump, chegou para dar um jeito em tudo! Você não precisa concordar com ele! Você nem precisa gostar dele! Ele é seu coquetel molotov pessoal para ser arremessado na cara dos filhos da mãe que fizeram isso com você! DÊ O RECADO! TRUMP É SEU MENSAGEIRO!

E aqui entra a matemática. Em 2012, Mitt Romney perdeu por 64 votos no colégio eleitoral. Some os votos de Michigan, Ohio, Pensilvânia e Wisconsin. A conta dá 64. Tudo o que Trump precisa para vencer é levar os Estados tradicionalmente republicanos de Idaho à Geórgia (Estados que jamais votarão em Hillary Clinton) e esses quatro do cinturão industrial. Ele não precisa do Colorado ou da Virgínia. Só de Michigan, Ohio, Pensilvânia e Wisconsin. E isso será suficiente. É isso o que vai acontecer em novembro.

2. O último bastião do homem branco e nervoso. Nosso domínio masculino de 240 anos sobre os Estados Unidos está chegando ao fim. Uma mulher está prestes a assumir o poder! Como isso aconteceu?! Diante da nosso nariz! Havia sinais, mas os ignoramos. Nixon, o traidor do gênero, nos impôs a regra que disse que as meninas da escola têm de ter chances igual de jogar esportes. Depois deixaram que elas pilotassem aviões de carreira. Quando mal percebemos, Beyoncé invadiu o campo no Super Bowl deste ano (nosso jogo!) com um exército de Mulheres Negras, punhos erguidos, declarando que nossa dominação estava terminada. Meu Deus!

Este é apenas um olhar de relance no que se passa na cabeça do Homem Branco Ameaçado. A sensação é que o poder se lhes escapou por entre as mãos, que sua maneira de fazer as coisas ficou antiquada. Esse monstro, a “feminazi”, que, como diz Trump, “sangra pelos olhos ou por onde quer que sangre”, nos conquistou — e agora, depois de aturar oito anos de um negro nos dizendo o que fazer, temos de ficar quietos e aguentar oito anos ouvindo ordens de uma mulher? Depois disso serão oito anos dos gays na Casa Branca! E aí os transgêneros! Você já entendeu onde isso vai parar. Os animais vão ter direitos humanos e uma porra de um hamster vai governar o país. Isso tem de acabar!

3. O problema Hillary. Podemos falar sinceramente, só entre nós? E, antes disso, permita-me dizer que gosto de Hillary — muito — e acho que ela tem uma reputação que não merece. Mas ela apoiou a guerra no Iraque, e depois disso prometi que jamais votaria nela de novo. Mantive essa promessa até hoje. Para evitar que um protofascista se torne nosso comandante-chefe, vou quebrar essa promessa. Infelizmente acredito que Hillary vá dar um jeito de nos enfiar em algum tipo de ação militar. Ela está à direita de Obama. Mas o dedo do psicopata Trump vai estar No Botão, e isso é o suficiente. Voto em Hillary.

Vamos admitir: nosso maior problema aqui não é Trump — é Hillary. Ela é extremamente impopular — quase 70% dos eleitores a consideram pouco confiável e desonesta. Ela representa a política de antigamente: faz de tudo para ser eleita. É por isso que ela é contra o casamento gay num momento e no outro está celebrando o matrimônio de dois homens. As mulheres jovens são suas maiores detratoras, o que deve magoar, considerando os sacrifícios e batalhas que Hillary e outras mulheres da sua geração tiveram de enfrentar para que a geração atual não tivesse de ouvir as Barbara Bushes do mundo dizendo que elas têm de ficar quietas e bater um bolo.

Mas a garotada também não gosta dela, e não passa um dia sem que um millennial me diga que não vai votar em Hillary. Nenhum democrata, e seguramente nenhum independente, vai acordar em 8 de novembro para votar em Hillary com a mesma empolgação que votou em Obama ou em Bernie Sanders. Não vejo o mesmo entusiasmo. Como essa eleição vai ser decidida por um único fator — quem vai conseguir arrastar mais gente pra fora de casa e para as seções eleitorais –, Trump é o favorito.

4. O eleitor deprimido de Sanders. Pare de reclamar que os apoiadores de Bernie não vão votar em Clinton — eles vão votar! As pesquisas já mostram que um número maior de eleitores de Sanders vai votar em Hillary este ano do que o de eleitores de Hillary que votaram em Obama em 2008. Não é esse o problema. O alarme de incêndio que deveria estar soando é que, embora o apoiador médio de Sanders vá se arrastar até as urnas para votar em Hillary, ele vai ser o chamado “eleitor deprimido” — ou seja, não vai trazer consigo outras cinco pessoas. Ele não vai trabalhar dez horas como voluntário no último mês da campanha.

Ele nunca vai se empolgar falando de Hillary. O eleitor deprimido. Porque, quando você é jovem, não tem tolerância nenhuma para enganadores ou embusteiros. Voltar à era Clinton/Bush para eles é como ter de pagar para ouvir música ou usar o MySpace ou andar por aí com um celular gigante. Eles não vão votar em Trump; alguns vão votar em candidatos independentes, mas muitos vão ficar em casa. Hillary Clinton vai ter de fazer alguma coisa para que eles tenham uma razão para apoiá-la — e escolher um velho branco sem sal como vice não é o tipo de decisão arriscada que diz para os millennials que seu voto é importante. Duas mulheres na chapa — isso era uma ideia boa. Mas aí Hillary ficou com medo e decidiu optar pelo caminho mais seguro. É só mais um exemplo de como ela está matando o voto jovem.

5. O efeito Jesse Ventura. Finalmente, não desconte a capacidade do eleitorado de ser brincalhão nem subestime quantos milhões de pessoas se consideram anarquistas enrustidos. A cabine de votação é um dos últimos lugares remanescentes em que não há câmeras de segurança, escutas, mulheres, maridos, crianças, chefes, polícia. Não tem nem sequer limite de tempo. Você pode demorar o tempo que for para votar, e ninguém pode fazer nada. Você pode votar no partido, ou pode escrever Mickey Mouse e Pato Donald. Não há regras, E, por isso, a raiva que muitos sentem pelo sistema político falido vai se traduzir em votos em Trump. Não porque as pessoas concordem necessariamente com ele, não porque gostem de sua intolerância ou de seu ego, mas só porque podem.

Só porque um voto em Trump significa chutar o pau da barraca. Assim como você se pergunta por um instante como seria se jogar das cataratas do Niágara, muita gente vai gostar de estar no papel de titereiro, votando em Trump só para ver o que acontece. Lembra nos anos 1990, quando a população de Minnesota elegeu um lutador de luta livre para governador? Elas não o fizeram porque são burras ou porque Jesse Ventura é um estadista ou intelectual político. Elas o fizeram porque podiam. Minnesota é um dos Estados mais inteligentes do país. Também está cheio de gente com um senso de humor distorcido — e votar em Ventura foi sua versão de uma pegadinha no sistema político. Vai acontecer o mesmo com Trump.

Voltando para o hotel depois de participar de um programa da HBO sobre a convenção republicana, um homem me parou. “Mike”, ele disse, “temos de votar em Trump. TEMOS que dar uma chacoalhada as coisas”. Foi isso. Era o suficiente para ele. “Dar uma chacoalhada nas coisas”. O presidente Trump certamente faria isso, e uma boa parcela do eleitorado gostaria de sentar na plateia e assistir o show.

(Na semana que vem vou postar minhas ideias sobre os calcanhares de aquiles de Trump e como acho que ele pode ser derrotado.)

Este artigo foi originalmente publicado pelo HuffPost US e traduzido do inglês.

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

35 Comentários

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  1. Quem se importa.
    Ninguém

    Quem se importa.

    Ninguém lembra o nome do Imperador romano no poder em 476 dC.

    Em pouco tempo Trump também será esquecido.

    De fato ele é apenas um homem rico e arrogante que vai peidar molhado na Casa Branca por algum tempo. 

  2. Ecos

    QUe Deus se apiede do Brasil . ” Cunha talvez se referindo a Temer quando votou a favor do impeachment”

    Que Deus se Apiede………..”  ……… eleição de Trump

  3. Obrigado, Michael: lavou minha alma!

    “Ele é seu coquetel molotov pessoal para ser arremessado na cara dos filhos da mãe que fizeram isso com você! DÊ O RECADO! TRUMP É SEU MENSAGEIRO!”

    1. Acho que a irrelevância com que Moore tratou a belicosidade ….

      Acho que a irrelevância com que Moore tratou a belicosidade de Hillary me confirma a visão deste personagem, para ele “America first” o resto que se exploda.

      1. Leia a frase até o fim, Rogério

        “Infelizmente acredito que Hillary vá dar um jeito de nos enfiar em algum tipo de ação militar. Ela está à direita de Obama. Mas o dedo do psicopata Trump vai estar No Botão”.

  4. Does Hillary Get it?

    Robert Reich, Ex secretaro do trabalho de clinton (autor de “A Proxima Fronteira Ameicana), também já perguntava “Does Hillary get it?”.

    Em poucas palavras, a coisa estava polarizada entre o establishment e o anti establishment. Todos enxergavam iso. So que a clinton pagou pra ver…

    Deu no que deu. Foram décadas de massacre da classe média e dos mais pobres por causa do conluio entre wall street e washington (tanto em governos republicanos quanto democratas). Trump cresceu mostrando buscar espaço aos cotovelos entre os dois.

    Portanto, a questão, agora, é se o estamento financeiro, a burocracia de washington, mais os pesos pesados da economia e a imprensa vão deixá-lo se mexer; e como ele vai reagir….

     

     

    Does Hillary Get It?

    Saturday, July 23, 2016

    Does Hillary Clinton understand that the biggest divide in American politics is no longer between the right and the left, but between the anti-establishment and the establishment?

    I worry she doesn’t – at least not yet.  

    A Democratic operative I’ve known since the Bill Clinton administration told me “now that she’s won the nomination, Hillary is moving to the middle. She’s going after moderate swing voters.”

    Presumably that’s why she tapped Tim Kaine to be her vice president. Kaine is as vanilla middle as you can get.

    In fairness, Hillary is only doing what she knows best. Moving to the putative center is what Bill Clinton did after the Democrats lost the House and Senate in 1994 – signing legislation on welfare reform, crime, trade, and financial deregulation that enabled him to win reelection in 1996 and declare “the era of big government” over.

    In those days a general election was like a competition between two hot-dog vendors on a boardwalk extending from right to left. Each had to move to the middle to maximize sales. (If one strayed too far left or right, the other would move beside him and take all sales on rest of the boardwalk.)

    But this view is outdated. Nowadays, it’s the boardwalk versus the private jets on their way to the Hamptons. 

    The most powerful force in American politics today is anti-establishment fury at a system rigged by big corporations, Wall Street, and the super-wealthy.

    This is a big reason why Donald Trump won the Republican nomination. It’s also why Bernie Sanders took 22 states in the Democratic primaries, including a majority of Democratic primary voters under age 45.

    There are no longer “moderates.”  There’s no longer a “center.” There’s authoritarian populism (Trump) or democratic populism (which had been Bernie’s “political revolution,” and is now up for grabs). 

    And then there’s the Republican establishment (now scattered to the winds), and the Democratic establishment.

    If Hillary Clinton and the Democratic Party don’t recognize this realignment, they’re in for a rude shock – as, I’m afraid, is the nation. Because Donald Trump does recognize it. His authoritarian (“I’ am your voice”) populism is premised on it.

    “In five, ten years from now,” Trump says, “you’re going to have a worker’s party. A party of people that haven’t had a real wage increase in 18 years, that are angry.”

    Speaking at a factory in Pennsylvania in June, he decried politicians and financiers who had betrayed Americans by “taking away from the people their means of making a living and supporting their families.”

    Worries about free trade used to be confined to the political left. Now, according to the Pew Research Center, people who say free-trade deals are bad for America are more likely to lean Republican.

    The problem isn’t trade itself. It’s a political-economic system that won’t cushion working people against trade’s downsides or share trade’s upsides. In other words, a system that’s rigged.

    Most basically, the anti-establishment wants big money out of politics. This was the premise of Bernie Sanders’s campaign. It’s also been central to Donald (“I’m so rich I can’t be bought off”) Trump’s appeal, although he’s now trolling for big money.

    A recent YouGov/Economist poll found that 80 percent of GOP primary voters who preferred Donald Trump as the nominee listed money in politics as an important issue, and a Bloomberg Politics poll shows a similar percentage of Republicans opposed to the Supreme Court’s 2010 Citizens United v. FEC decision.

    Getting big money out of politics is of growing importance to voters in both major parties. A June New York Times/CBS News poll showed that 84 percent of Democrats and 81 percent of Republicans want to fundamentally change or completely rebuild our campaign finance system.

    Last January, a DeMoines Register poll of likely Iowa caucus-goers found 91 percent of Republicans and 94 percent of Democrats unsatisfied or “mad as hell” about money in politics. 

    Hillary Clinton doesn’t need to move toward the “middle.” In fact, such a move could hurt her if it’s perceived to be compromising the stances she took in the primaries in order to be more acceptable to Democratic movers and shakers.

    She needs to move instead toward the anti-establishment – forcefully committing herself to getting big money out of politics, and making the system work for the many rather than a privileged few.

    She must make clear Donald Trump’s authoritarian populism is a dangerous gambit, and the best way to end crony capitalism and make America work for the many is to strengthen American democracy.

     

  5. Calma gente, Trump ganhou mas

    Calma gente, Trump ganhou mas não levou, pois ainda teremos os seguintes desdobramentos:

    – Hillary vai pedir recontagem dos votos;
    – Os Democratas, após muita celeuma e escandalização na mídia, reconhecerão o resultado após a recontagem, mas mesmo assim, ainda inconformada, a candidata derrotada insistirá que o governo eleito é ilegítimo;
    – O FBI começará uma uma investigação sobre Trump sob a alegação de que o presidente teria recebido “agrados” de uma empreiteira. Embora bilionário, Trump teria recebido polpudos presentes, como um iate de alumínio de 4 mil dólares, pedalinhos personalizados com os nomes de seus netos e uma kitinete no Bronx, avaliada em impressionantes 30 mil dólares;
    – As convicções do FBI sobre Trump aumentarão quando, em uma investigação sigilosa fartamente noticiada na imprensa, forem interceptadas diversas mensagens trocadas entre os principais donos de empreiteiras americanas e os agentes perceberem que nelas uma mesma palavra é repetida insistentemente: “friend”;
    – Daqui a 6 meses o vice-presidente entregará pessoalmente a Trump uma carta (devidamente vazada dias antes) se queixando de ser um vice decorativo. Logo em seguida o vice e o presidente do congresso se declararão indepentes do presidente e articularão seu pedido de impeachment, baseados num suposto crime de responsabilidade chamado “fiscal pedal” pela mídia. Pela lei americana, o “fiscal pedal” é considerado crime apenas se for cometido por presidentes, no caso de governadores é considerado como um mero deslize;
    – Em meio ao friendgate e ao pedalgate, ao receber um prêmio da mídia americana o presidente da Suprema Corte dirá que “o escárnio está vencendo o sonho americano” e que “não tenho provas de que Trump seja culpado de nada, mas nossa vasta literatura basta para condená-lo”;
    – Ao final de tudo isso, Trump é deposto. E os votos de seus eleitores? Ah, o voto é uma quimera…

    Opa, peraí, esqueci que o roteiro acima só é válido em republiquetas bananeiras abaixo da linha do Equador. Sendo assim, Trump, pode governar tranquilo…

  6. Jogos Vorazes

    Acabou a Gincana. Depois de mais de 200 anos de disputa entre republicanos e democratas, em eleições do tipo Gincana (como o filme “Jogos Vorazes”), onde o verdadeiro poder canaliza qualquer candidatura para os únicos dois lados aceitos e tutelados. Aparece o ganhador para esta próxima temporada: o Boi Caprichoso. O Boi Garantido volta para o curral, até a próxima Gincana.

    A eleição americana é um conjunto de etapas confusas, que consideram Estados chave, delegados, superdelegados e dezenas de armadilhas para que nunca, na historia americana, alguém que não seja Democrata ou Republicano chegue até a Casa Branca (não digo “ao poder”, pois o poder já está ocupado pelo capital financeiro). São eles os paladinos da democracia que exportam aquela “PAX” para o mundo?

    Os EUA deram um show de falsa democracia “para inglês ver”. Agora, serão mais 4 anos de continuação do imperialismo, com uma nova marionete na Casa Branca.

    1. Pera aí, parecem que não entenderam o artigo do cara!

      O que está claro no artigo do More foi que certo ou errado o discurso do Trump foi para o operariado norte-americano e tanto Bolsonaro como Caiado não vão por este lado.

  7. Até parece…

    Ninguem é bilionário por um acaso e nem chega a presidência dos EUA sem ter capacidade de governar, que aliás nos EUA é mais fácil – ele terá assessores para tudo!

    A máquina de guerra vai continuar, a CIA vai continuar, a NSA vai continuar!

    Até parece que ele vai governar sozinho e decidir tudo!

    Algumas coisas mudarão, mas terão que passar por coisas caducas e que estão com valores distorcidos no Brasil – Congresso e Judiciário!

    O Brasil com o golpe ficou sem os Brics e agora, com o republicano sem a ALCA dos EUA!

    A Europa gosta de democracia e vai olhar para o Brasil sempre de CIMA PARA BAIXO!

    Perdemos lugar no mundo, agora nem a parceria da america latina temos mais…

    Obra dos golpistas…

    Então, o que sobrou para os golpistas é vender e/ou hipotecar todos os serviços e riquezas do Brasil!

  8. ótima visão de Michael Moore

    Moore deu um banho de conhecimento e análise da conjuntura político social dos EUA.

    Mostrou as incoerências de Obama que, quando chegou à Presidência prometia realizações de mudanças dos EUA, de uma economia voltada para a produção, de uma nova política internacional, sem agressões e sem ingerência nos países, mas o que vimos? Um defensor de Wall Street, um transgressor dos assuntos internos dos países, um belicista que é responsável pela destruição síria, enfim, o mais do mesmo, com novos métodos de desestabilização das Nações “inimigas”, um presidente apenas mais refinado e com pinta de bom moço.

    Todos estão vendo, como no Brasil, o povo americano dar uma guinda à direita, não vejo dessa forma. Como analisa bem Moore no que se refere aos Estados importantes na eleição americana, no Cinturão Industrial, Trump falou aos corações e mentes do médio trabalhador americano que está sofrendo com a política economica industrial. Enganou-os, creio que sim, pois não mudará muito, mas falou o que as pessoas querem que aconteça e isso foi o bastante.

    Vejo igualmente a mesma questão nestas eleições municipais do Brasil, os vencedores de direita atingiram os corações e mentes do povo votante somado ao fato de que aqui como nos EUA acontecer um desinteresse de outra parte do povo que não viu em nenhum dos candidatos ares de mudança.

    Lógico que aqui, a pecha de corrupção tangida no PT e por contaminação à toda a esquerda, também foi um fator primordial, mas o que vejo é que falta à esquerda um conhecimento mais apurados, mais sensível da realidade do povo em geral.

    A esquerda brasileira está perdida com análises irrelevantes e acadêmicas quando o que falta é parar de olhar o próprio umbigo e voltar seus olhos para o povão, ver realmente suas necessidades, seus desejos, construir uma plataforma política em conjunto e não colocando programas pré-estabelecidos.

    Que queremos, saúde, habitação, escolaridade decente, lazer enfim, dignidade/cidadania, é público e notório  mas como conversar, ouvir e dialogar com o povo de maneira igual para que se atinjam esses objetivos?

    Sair do pedestal, abandonar o academicismo, cair a ficha, botar a mão na massa e se sujar nela é disso que precisamos

     

     

     

     

     

     

    1. Não acho, é tão fdp como qualquer político norte-americano.

      A sua preocupação com o militarismo explícito de Clinton e contrabalançada com um militarismo não explicito de Trump.

      1. E não discordo disso

        O que me chamou a atenção na análise dele foi principalmente demonstrar o conhecimento e “sensibilidade” de Trump no trato com os trabalhadores de estados industriais.

        Não estou defendendo as posições de Moore, mas  ele foi cirurgico na previsão da vitória de Trump

        Um abraço!

         

  9. Só há um problema em Moore, matar milhões fora dos USA é uma mer

    Só há um problema em Moore, matar milhões fora dos USA é uma mera formalidade.

    No discurso de Moore, muito bem afinado a realidade do norte-americano médio ele deixa escapar uma pequena frase que mostra tão pouco confiável pode ser o seu discurso “Infelizmente acredito que Hillary vá dar um jeito de nos enfiar em algum tipo de ação militar.”.

    Ou seja, Hillary Clinton enfiar em algum tipo de ação militar é um mal menor, pois nestas ações podem morrer alguns milhões de estrangeiros desde que as baixas militares norte-americanas sejam minimizadas.

     

    1. Mortos não-americanos são

      Mortos não-americanos são estatísticas para essa gente…

      Michael Moore é uma espécie de Piçolista americano. Está preocupado com costumes… podem morrer milhões de não-americanos, o que importa são os gays americanos poderem casar…

      E ele é obtuso, pois parece que a aventura militar que Hillary queria matar os americanos era nuclear…

  10. Do Twitter

    Aquele pessoal do Nordeste não sabe votar… Não, péra!

    “Eleição de Trump não muda nada a relação com os EUA”, diz Michel Temer: as calças continuam arriadas e o Serra de quatro.

    Trump é 45º presidente americano. Finalmente, tucanos ganharam alguma coisa no voto.

    Trump, Temer, Crivella, Dória. Isso é o combo dos inferno.

    Influência de textões de brasileiros sobre a eleição americana é de -0,57%, diz estudo (do Sensacionalista)

    This isn’t an episode.  This isn’t marketing. This is reality (da conta oficial da série Black Mirror)

    Desconfio que os níveis do nosso grau de inferioridade voltaram aos patamares normais…

    Alckmin descarta perícia independente para jovens mortos. E vcs preocupados com o Trump lá na casa do c…

  11. Fiquei feliz com esse

    Fiquei feliz com esse resultado porque absolutamente toda a imprensa corporativa, daqui e de lá, apoiou Hillary e ridicularizou Trump, com se fosse a Presidenta concorrendo com um paspalhão. E ela perdeu.

    Logo, não foi só a Hillary que perdeu, foi uma tremenda derrota também para a velha mídia, que a meu ver foi a pior derrotada neste 9/11.

    1. Concordo plenamente.Pra mim

      Concordo plenamente.

      Pra mim foi a melhor notícia desse ano.

      O traidor interino golpista do Brasil torceu pela Hillary. Perdeu.

      A Globolpe e seus apêndices da mídia carcomida tupiniquim, como bons lambedores de botas que são, seguiram suas matrizes americanas na campanha e na torcida descarada para Hillary desde o ano. Perderam.

      A Hillary foi a favor do golpe contra Dilma. Sifu.

      No fundo, pra mim Trump e Hillary são a lesma lerda, mas só o prazer de ver as caras abestalhadas dos jornalistas(?) da Globolpe incrédulos com a vitória de Trump já valeu o dia.

      No mais, nada muda pra nós, continuamos colônia, lamentavelmente…

      1. Dizem que a mesa da Globonews

        Dizem que a mesa da Globonews parecia um velório nesta madrugada com a virada de Trump.

        Na dúvida, olho para o farol da globo e sigo a máxima brizolista: se a globo é a favor, sou contra; se a globo é contra, sou a favor.

        Esse lei é como a da gravidade: não costuma falhar.

         

  12.  Trump vence. Como sabemos,

     Trump vence. Como sabemos, Trump quer construir um muro na fronteira com o México e deseja ainda que esse país pague pelo mesmo. Fala mal das mulheres e de tantos outros.

    Algumas reações.

    Os coxinhas, que até manifestação fizeram a favor de Trump, exultam. Para eles a Clinton era a Dilma dos EUA.

    A esquerda da União Europeia manifesta preocupação. Teme-se o enfraquecimento da OTAN, este bastião da paz mundial. Como diz a piada, a OTAN está ameaçada pela Rússia, que colocou seu país perto das bases dos defensores do mundo livre.

    Paul Mason, do The Guardian, anuncia o fim da globalização e a vitória da “supremacia branca”. Como se sabe, os globalistas adoram os latinos, principalmente sua mão de obra barata. O Le Monde também adverte sobre o perigo Trump. Os esquerdistas The Guardian e Le Monde são fervorosos defensores dos democratas (nazistas) da Ucrânia, que também devem estar preocupados.

    Diversos articulistas destacam que foi a vitória dos vencidos, daqueles que não conseguiram se adaptar a um novo mundo, caracterizado pela meritocracia. Tal como teria acontecido no Brexit, os velhos, os blue colors brancos, ignorantes e racistas vingaram-se irracionalmente dos bem-pensantes, dos instruídos, que deveriam ser os únicos a poderem votar, como nos esclarece o filósofo Jason Brenan na Folha, citando exatamente a ascensão de Trump.

    “O certo é que o sonho de um mundo globalizado, quase fraternal, ruiu espetacularmente com a vitória de Trump.” (Paulo Nogueira, DCM) De fato, a Clinton e o prêmio nobel da paz de 2009 levaram paz e fraternidade aos sírios, líbios, ucranianos, etc. etc.

    Paul Krugman está chocado. Foi uma vitória da ignorância. No NYT, ele e outros colunistas mostram-se incrédulos com a verdadeira América. Nilson Lage reage:

    “O grande erro de intelectuais como Paul Krugman, usualmente objetivos na análise de suas áreas de especialização, é colocar no mesmo baú a questão política da gestão do Estado – projeção enviesada do conflito de classes que move a História – e outras oposições e contradições de natureza cultural que se enquistam no imaginário dos homens.

    (…)

    São problemas sérios, que devem ser estudados, debatidos, discutidos e enfrentados.

    São, porém, outros problemas.”

    Tudo muito confuso, não é?

  13. Garrincha

    Já em 1958, um gênio brasileiro ensinava o caminho das pedras, desprezado por Hillary Clinton, mas seguido persistentemente por Trump.

    O que Trump fez, Hillary deixou de fazer, foi literalmente “combinar com os russos”.

     

  14. Minha amiga está grávida. Apostei que o rebento será mulher.

    Tenho 50% de probabilidade de acertar. Acertei. A diferença é que não descrevi as razões do rebento não ser homem. Moore acertou e disse o porque. Mostrou o pau e matou a cobra.

  15. Que tempos….

    Michael Moore direto no alvo. Ontem a noite meu marido disse e se o Trump ganhar? Respondi: ele vai ganhar! O governo Obama não tomou medidas mais eficazes, além do plano de saude para os mais pobres, no combate às desigualdes que têm aumentado nos Estados Unidos. Esse voto no Trump, como bem diz Moore: é branco, pobre, classe média conservadora e o chute no pau da barraca.

  16. Apesar de estar pouco me

    Apesar de estar pouco me lixando para qual cafageste estará figurando como inquilino daquela casa de massagens branca, vou no resumo: se o Putin gostou, quem sou eu para discordar? Afinal de contas, xadrez é com eles…

  17. Faltou combinar com os russos !

    Alem disso, a GRANDE maioria dos eleitores norte-americanos estão fartos de pagar fortunas por uma guerra que finalmente reconheceram que não é deles e Trump, como disse bem o outro leitor, combinou com os russos.  NÃO DESEJAMOS MAIS GUERRAS, NÃO QUEREMOS ACORDAR NA PROXIMA SEMANA CONTENTES POR NÃO TER ELEITO UM BRONCO porém ESTARMOS FRITOS POR UMA GUERRA NUCLEAR.

    Amigos, está clarro. Qualquer um que não entoar este cantico, será destinado a sombra da história! Abaixo o caminho das pedras:

    1- eliminar o temor do futuro imediato, ou seja, a guerra! Ela elimina QUALQUER solução de curto prazo

    2- Resolver o problema do meio ambiente. A água não só bateu na b…. como está salgando as costas. Mais alguns anos e milhões serão desalojados de suas casas pelo pouco caso que nossa elites fizeram do problema.

    3- (e o mais dificil)  Voltarmos para um sociedade que receba seus moradores (seja inclusiva) pois a atual, despreza, ignora, marginaliza os 99% e estes 99% não aceitarão por muito tempo este jogo de soma zero.

     

    Então, futuros candidatos, saim de cima do muro antes que o muro caia!

     

     

    1. Antes as guerras davam lucro. Agora elas só dão prejuízos

      Antes, as guerras davam lucros. Os imperialistas invadiam um país e o pilhavam. A pilhagem era suficiente não apenas para manter as tropas invasoras no país invadido e pilhado mas para enviar a maior parte do produto da pilhagem para o invasor. A guerra do Iraque mudou essa realidade. Quando os Iraquianos perdiam os poços de petróles, eles os incendiavam. Os EUA agora só recebem os ônus das guerras, e o Trump disse que os países da Otan cooperam muito pouco com esses onus.

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