Juros do cheque especial atingem recorde de 311,3% ao ano

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Inadimplência chegou a 5,9% no crédito livre, segundo BC

Jornal GGN – Considerando as operações com recursos livres e direcionados, a taxa média dos juros nas operações de crédito chegou a 32,7% ao ano em maio, o mais elevado patamar da série iniciada em março de 2011, com acréscimos de 0,2 ponto percentual no mês e de 5,6 pontos no período de 12 meses. A taxa alcançou 52,3% ao ano no crédito livre (+0,2 ponto no mês e +9,7 pontos em doze meses) e 11,1% ao ano no crédito direcionado (+0,4 ponto. e +1,9 p.p., respectivamente). Os dados foram divulgados pelo Banco Central.

Nas contratações às famílias, a taxa média situou-se em 42% ao ano, um aumento de 0,6 ponto percentual (p.p.) no mês e de 7,2 pontos em doze meses. No segmento livre, a taxa atingiu 71,7% ao ano, um aumento de 0,7 pontos, enquanto no direcionado alcançou 10,4% ao ano, alta de 0,4 ponto percentual.

Segundo o levantamento, a taxa de juros do cheque especial continuou a subir: a variação cobrada do cheque especial subiu 2,6 pontos percentuais de abril para maio, quando ficou em 311,3% ao ano. Essa é a maior taxa da série histórica do BC, iniciada em julho de 1994. Em 12 meses, a taxa já subiu 79,3 pontos percentuais. A taxa de juros do rotativo do cartão de crédito também avançou e chegou a 471,3% ao ano, com alta de 18,9 pontos percentuais em relação a abril. Em 12 meses, a taxa subiu 111 pontos percentuais

A taxa média das compras parceladas com juros, do parcelamento da fatura do cartão de crédito e dos saques parcelados caiu 1,5 ponto percentual para 148,9% ao ano. A taxa do crédito pessoal, sem considerar operações consignadas (com desconto das prestações em folha de pagamento), caiu 0,9 ponto para 129,9% ao ano. A taxa do crédito consignado caiu 0,1 ponto percentual para 29,6% ao ano. A taxa média de juros cobrada das famílias subiu 0,7 ponto, para 71,7% ao ano.

O custo médio atingiu 21,9% ao ano nos créditos às empresas, declinando 0,2 ponto no mês e aumentando 3,1 pontos em doze meses. No mês, a taxa decresceu 0,5 ponto (30,6% ao ano) nas contratações com recursos livres e aumentou 0,2 ponto, para 11,8% ao ano, no crédito direcionado. No caso das empresas, a taxa de inadimplência subiu 0,3 ponto percentual para 5,4%.

A taxa de inadimplência das operações de crédito, computados os atrasos acima de 90 dias, chegou a 3,8% em maio, (0,1 ponto no mês e 0,8 pontos em doze meses). O nível de atrasos manteve-se estável em 4,3% nos créditos às famílias e aumentou 0,1 ponto, para 3,2%, no segmento de empresas. A inadimplência elevou-se 0,2 ponto, para 5,9%, no crédito livre, e 0,1 ponto para 1,7%, no crédito direcionado.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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