Eles escolheram a Barbárie (DEFINITIVO).

Vejo que dia a dia pessoas conservadoras, porém nacionalistas, se espantam mais e mais com o flagelo que os setores produtivos do Brasil estão sofrendo a partir das ações do judiciário, que no lugar de punir corruptos, faz tudo para que as empresas brasileiras simplesmente explodam engessando a atividade econômica do país.

Cada dia vejo mais e mais pessoas conservadoras, mas legalistas, se surpreendendo com atitudes de alguns membros do judiciário em conluio com a grande imprensa, tentando desestabilizar o país levando-o para o confronto e até uma distante, mas se aproximando com velocidade, guerra civil.

Estas pessoas demonstram a sua surpresa, pois racionalmente qualquer brasileiro que ame seu país, não entende o porquê de todos estes movimentos. Pessoas como Luis Nassif através de seus programas Brasilianas procuram demonstrar que o país é viável, milhares de profissionais das mais diversas áreas técnicas se prepararam intensivamente para fazer parte deste decolar da nação deixando de ser um gigante deitado em leito esplêndido para ser um verdadeiro gigante, porém aos poucos se vê o sonho cada dia mais longe.

Porém todos estes conservadores nacionalistas e legalistas, que simplesmente não entendem o que está se passando, não devido a sua falta de capacidade intelectual, mas sim pelo absurdo que os fatos vão se precipitando, talvez deixem escapar de seu raciocínio algo bem maior do que vemos na TV e jornais todos os dias, ou seja, há grandes interesses que lutam PELA BARBÁRIE.

Em 26/12/2014 já escrevi no GGN, mais especificamente no fora de pauta, um artigo intitulado ELES ESCOLHERAM A BARBÁRIE, era uma reflexão sobre os motivos porque países como o Iraque e Líbia, que após intervenção direta dos Estados Unidos e da OTAN se transformaram em países com alto IDH em verdadeiros países medievais.

É muito simples a interpretação e quem quiser ver os detalhes e dados que olhem no artigo original, para que os países desenvolvidos continuem com seus altos níveis de vida, não crescendo para os mais pobres, mas multiplicando para os mais ricos, são necessários PRODUTOS PRIMÁRIOS A BAIXO CUSTO.

Com problemas ambientais e pela própria natureza destes produtos primários, se o consumo dos países em desenvolvimento aumentar e a sua população começar a gozar de um pouco dos confortos que existem nos países mais desenvolvidos, estas commodities movidas pela “mão bem visível do mercado” subirão de preço inviabilizando o crescimento para os mais ricos dos países já desenvolvidos (o apetite é feroz).

Quando escrevi o segundo artigo em 09/02/2015, ELES ESCOLHERAM A BARBÁRIE II, simplesmente transferi o raciocínio para a América Latina e Brasil, ou seja, procurei mostrar a importância de desmanchar o crescimento econômico nestes países e a importância que o Brasil tem neste desmonte.

Podemos procurar resumir as hipóteses levantadas de forma simples:

O diagnóstico da existência de limites dos recursos naturais é algo que até as paredes já sabem e com o crescimento do consumo em países do terceiro mundo estes limites seriam rapidamente atingidos. Este consumo levando os países exportadores de recursos naturais ao seguinte paradoxo, ficam mais pobres pelo aumento dos produtos industrializados ao mesmo tempo em que ficam mais ricos pelas exportações dos mesmos. Além disto há um sério agravante, países, como o Brasil, se continuassem se industrializar não necessitariam a longo prazo de gastar suas reservas em importações destes produtos.

Esta é a grande corrida que ocorre na economia global. Nos dias atuais não serve mais nada os países centrais dominarem a indústria e comércio nos países não desenvolvidos, pois na medida em que cresceria o lucro destas empresas industriais nos países em desenvolvimento, aumentaria o consumo nos mesmos e a pressão nos preços das commodities aumentaria.

Logo o que resta aos países centrais, o que foi proposto por Churchill para a Alemanha no fim da segunda guerra, transformar aquele país destruído pela segunda grande guerra num mero produtor de produtos primários. Como naquele tempo quem governava os USA era o grande presidente Roosevelt, que era um discípulo de Keynes e achava que o progresso de todos era a solução, este não aceitou a solução.

Porém os países mais desenvolvidos voltaram a tese de Churchill com um poderoso agravante, se num país que quer crescer não está em guerra conosco, fazemos a guerra por qualquer motivo ou se não for possível forjamos uma revolta interna para provocar o mesmo resultado.

Talvez em 26/12/2014 este argumento não ficava bem claro para a imensa parte da população, em 09/02/2015 também não ficou tão evidente, tanto que em nenhuma destas datas estes artigos foram promovidos ao corpo principal do GGN. Espero que em 12/03/2016 quando forças conservadoras, mas não nacionalistas interessadas em acabar com a soberania do país em todos os sentidos, cultural, industrial e militar, estão em marcha para tentar seguir os ditames dos governos das grandes nações, que as pessoas leiam com cuidado a realidade para não serem pegas de surpresa.

Espero, também, que em 2020 se ainda estiver por aí, não precise escrever um réquiem de uma QUASE grande nação que foi transformada, por traidores, num simples celeiro do hemisfério norte, recebendo em troca espelhos, apitos e bugigangas como fizeram a 500 anos os nossos pobres índios que foram enganados pelo invasor português.

Redação

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