Consultoria internacional faz inventário de Estatais brasileiras

Segundo Roland Berger privatização de empresas e outros ativos estatais renderiam entre R$ 400 e R$ 500 bilhões para União 

Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

 
Jornal GGN – Uma pesquisa realizada pela consultoria internacional Roland Berger apontou que a privatização de empresas e outros ativos estatais renderiam entre R$ 400 e R$ 500 bilhões para a União. O levantamento foi divulgado pela Folha de S.Paulo sem informar quem encomendou o estudo. 
 
Aparentemente a Roland Berger fez um trabalho monumental sozinha. Foram avaliadas 496 estatais das quais 219 foram descartadas do cálculo por falta de informações disponíveis e por não serem viáveis de venda. A lista final de empresas públicas com potencial para serem vendidas, portanto, são 168 estatais e 109 subsidiárias da União e de todos os Estados – o governo federal com o maior poder arrecadação (71%), algo em torno de R$ 421 bilhões. A maior fatia seria decorrente da venda da Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e do BNDESPar (braço de participação acionária do BNDES). 
 
A Berger também inclui no levantamento a venda da Eletrobras, Agência de Pesca do Amapá, Sabesp, em São Paulo, Cedae, no Rio, Empresa Baiana de Alimentos, o Jardim Botânico de Brasília e a Companhia de Processamento de Dados da Paraíba. 
 
A matéria da Folha aponta as negociações como um fator positivo à recuperação fiscal da União e dos Estados. No primeiro caso, o governo federal conseguiria cobrir o déficit primário de R$ 149 bilhões acumulados em 12 meses até novembro, já o Rio de Janeiro teria o potencial de levantar R$ 12 bilhões – R$ 11 bilhões com a venda da Cedae. A negociação da Companhia Estadual de Águas e Esgotos inclusive, está sendo estudada no atual acordo de recuperação fiscal do Estado. 
 
Leia também: O custo das estatais hoje e o papel para o desenvolvimento econômico
 
Folha de S.Paulo
 
Privatização de 168 estatais poderia render até R$ 500 bilhões
 
TAIS HIRATA
DE SÃO PAULO
 
Não é só a Eletrobras. É também a Agência de Pesca do Amapá. Não é apenas a Sabesp, em São Paulo, ou a Cedae, no Rio. É a Empresa Baiana de Alimentos, o Jardim Botânico de Brasília ou mesmo a Companhia de Processamento de Dados da Paraíba.
 
A lista de empresas públicas com potencial para serem privatizadas é longa. Mais precisamente, são 168 estatais e 109 subsidiárias, na União e em todos os Estados.
 
O potencial de arrecadação, por sua vez, é elevado: gira entre R$ 400 bilhões e R$ 500 bilhões.
 
Os dados constam de uma pesquisa realizada pela consultoria internacional Roland Berger. Foram avaliadas 496 estatais. Dessas, 219 ficaram de fora do cálculo, por não serem passíveis de venda ou não terem informações disponíveis —o que quer dizer que o montante poderia ser ainda mais elevado.
 
O maior potencial de arrecadação estaria no governo federal. Tomando com base um valor de R$ 421 bilhões com as vendas, 71% estariam concentrados na União.
 
Para ter uma dimensão, os recursos seriam suficientes para cobrir quase três vezes o deficit primário do setor público, segundo o resultado mais recente divulgado pelo Banco Central.
 
O cenário apresentado pelo estudo, porém, é hipotético -não quer dizer que seja factível ou mesmo desejável, segundo Antonio Bernardo, presidente da consultoria no Brasil e na América Latina.
 
“A ideia foi mostrar o potencial máximo para que o Estado reduza a sua participação no mercado, mas isso pode ser feito de diferentes formas que não necessariamente a venda completa da empresa. Há alternativas como concessões ou uma abertura gradual do capital.”
 
O estudo de fato expõe um cenário drástico, mesmo para os maiores entusiastas.
 
Dos R$ 421 bilhões de potencial identificado, a maior fatia (47%) viria do setor financeiro, e a maior parte desse valor seria referente à venda da Caixa Econômica Federal, do Banco do Brasil e do BNDESPar (braço de participação acionária do BNDES) —privatizações que hoje nem sequer são cogitadas e que são, no mínimo, polêmicas.
 
Em seguida, vêm empresas dos setores de óleo e gás (15%), saneamento básico (15%), transportes (8%) e energia (5%).
 
Estados com dívidas altas têm bons ativos
 
Os governos estaduais teriam uma arrecadação de até R$ 121 bilhões com a venda de 132 estatais. O valor seria suficiente para abater cerca de um quinto da dívida pública total das unidades federativas —que era de R$ 604 bilhões em outubro de 2017, segundo o Banco Central.
 
Há, porém, grande variação entre as regiões. São Paulo responde pela maior fatia do valor —R$ 48 bilhões.
 
Em seguida, vêm dois Estados que atravessam graves crises fiscais: o Rio de Janeiro (com potencial de levantar R$ 12 bilhões) e o Rio Grande do Sul (R$ 11 bilhões).
 
Embora muitos economistas rechacem que a venda de estatais seja usada como forma de apenas fazer caixa, governos com altos deficit tendem a acelerar processos de desestatização, afirma Paulo de Carvalho Lins, pesquisador do Ibre/FGV.
 
No caso do Rio de Janeiro, por exemplo, o próprio plano de recuperação fiscal firmado com a União exige a desestatização da Cedae, companhia de água e esgoto do Estado —a ideia é que o valor arrecadado seja usado para o pagamento de dívidas.
 
Para o economista Fabio Giambiagi, as privatizações tiveram um papel importante de minimizar o aumento da dívida pública há quase 30 anos, mas atualmente a situação é diferente.
 
“O impacto das privatizações de 1990 foi muito contestado, porque a dívida ao fim era muito maior, dando a impressão de que havia se privatizado por nada. Mas isso não quer dizer que [as vendas] não tenham sido úteis. Se não tivessem sido feitas, a dívida seria maior ainda.”
 
Hoje, porém, a situação é diferente, porque a natureza do desequilíbrio fiscal mudou: não está mais associado a um deficit das próprias estatais, e sim ao rombo da Previdência —o que muda a lógica das desestatizações.
 
Apesar de o tema ser mais palatável hoje, as privatizações ainda sofrem resistência, em especial da classe política, que tem influência sobre as estatais, mas também da opinião pública, que as veem como uma espécie de patrimônio coletivo.
 
“A oposição é grande, porque mexe com feudos políticos e com sindicatos. Para começar a se fazer uma modelagem de venda, as empresas precisam estar engajadas. É preciso ter acesso à documentação e aos dados, o que não é fácil”, afirma Mauro Penteado, sócio de infraestrutura do Machado Meyer.
 
Para analisar as reais vantagens e a viabilidade das privatizações, seria preciso uma análise caso a caso, diz Sérgio Lazzarini, professor do Insper.
 
“Há estatais boas. Se o objetivo é melhorar, é preciso separar o joio do trigo.”
 
Além disso, antes de pensar na privatização de grandes empresas —principalmente as que têm monopólio do mercado—, é preciso garantir que a regulamentação vigente assegure a concorrência, para evitar novos monopólios ou oligopólios privados, afirma Bernardo.
 
“A privatização é um processo legalmente complicado, porque é preciso mudar os marcos legais, como mostrou o processo da Eletrobras. Além disso, é preciso fortalecer as agências reguladoras. Sem isso, não haverá privatização boa”, diz Lazzarini.
 
Venda de BB e Caixa renderia R$ 117 bi à União
 
A privatização de bancos públicos como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal é, de longe, aquela com maior potencial de arrecadação: só com as duas instituições, o valor seria de R$ 117 bilhões —embora essa possibilidade seja hoje remota.
 
Ao valor, seriam somados outros R$ 63 bilhões com a saída do BNDESPar (braço de participação acionária do BNDES) de empresas privadas.
 
“Não consideramos a venda do BNDES, já que um banco de fomento naturalmente deve ser público. Agora, na Caixa e no Banco do Brasil há necessidade de ter gestão pública? [Os bancos] têm atividades como gerir o financiamento de habitação e do setor rural que poderiam ir para o BNDES”, afirma o presidente da Roland Berger no Brasil, Antonio Bernardo.
 
Para ele, os bancos não são “vendáveis”, mas seria possível iniciar um processo de diluição de capital, em que o governo pudesse ter poder de veto —no Banco do Brasil, isso seria mais factível; na Caixa, em que há deficit de capital e maiores problemas de gestão, seriam necessários mais ajustes.
 
O setor de óleo e gás, dominado pela Petrobras, é outro caso com forte potencial de desestatização —especificamente a Petrobras.
 
“A gestão e a governança melhoraram muito, e há movimentos como a abertura de capital da BR Distribuidora [subsidiária da Petrobras]”, afirma Bernardo.
 
Uma privatização da estatal de petróleo, porém, é altamente controversa: tem forte resistência por parte da população, de políticos, sindicatos e mesmo especialistas.
 
Para Giambiagi, uma privatização da Petrobras não está em cogitação. “Não é uma maluquice, mas não vai acontecer no curto ou médio prazo. Talvez na próxima década.”
 
Um aspecto importante a avaliar é se as empresas privadas promoveriam os mesmos investimentos de risco em pesquisa e desenvolvimento que a estatal de petróleo promove, diz Lazzarini.
 
“Poderiam até ter linhas de crédito, mas vou conseguir realmente estimular empresas privadas a investir em inovação? No setor automotivo isso foi feito, mas não gerou nada”, afirma.
 
Travadas, vendas no saneamento trariam R$ 61 bi
 
A privatização de companhias de saneamento básico detém o principal potencial de arrecadação de recursos para os Estados.
 
A Sabesp, a maior do país, traria R$ 10 bilhões aos cofres do Estado de São Paulo.
 
A Cedae, do Rio de Janeiro, avaliada em cerca de R$ 11 bilhões, também poderá gerar um valor relevante caso sua venda seja destravada —pelo atual acordo de recuperação fiscal do Estado, o valor será usado para abater dívidas.
 
As dez empresas seguintes com os maiores valores do mercado poderiam ser vendidas a uma faixa de R$ 2 bilhões a R$ 5 bilhões cada uma.
 
A entrada de empresas privadas no setor começou há 20 anos, mas entraves legais impedem o seu avanço, diz Alexandre Lopes, da Abcon (associação das concessionárias privadas do segmento).
 
Na avaliação de especialistas do setor, além da resistência política, há dificuldade porque as regras são esparsas. Cada Estado faz uma norma específica, e muitos dificultam a participação de entes privados.
 
Hoje, uma lei específica barra a privatização. Segundo ela, caso o controle da companhia seja transferido, todos os contratos com as prefeituras seriam desfeitos —basicamente, a empresa perderia todos seus ativos.
 
Com isso, restam as opções de concessões, nas quais o setor privado afirma ter desvantagem, segundo Lopes.
 
“Para uma empresa estatal firmar contrato com uma prefeitura, não é preciso nenhuma concorrência, enquanto, para uma privada entrar, isso só pode ocorrer por meio de licitação.”
 
*
 
Redação

18 Comentários

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  1. Vão fazer de tudo
    Para em um próximo governo venderem todas as estatais. O caminho não vai ser difícil. O congresso deve ter MTA gente nova desses partidos liberais, novo, agora!, Livres. As estatais que a venda precisam passar pelo congresso dependem todas de maioria simples para aprovação. Nenhuma é protegida pela CF.bancos públicos e correios com certeza absoluta não passam do próximo governo. Talvez a Petro aguente mais um governo.

  2. Só faltou dizer quanto seria

    Só faltou dizer quanto seria a “corretagem” que os envolvidos receberiam

     

    porque, no final, é o que importa……

    1. só….

      Caro naldo, achou o x da questão. A tal corretagem e ser sócio da Empresa que de Estatal vira S/A. Sociedade Anônima. Anonimamente sócio, pode continuar com o discurso AntiCapitalista. O Brasil da Redemocracia é de muito fácil explicação. 

    2. só….

      Caro naldo, achou o x da questão. A tal corretagem e ser sócio da Empresa que de Estatal vira S/A. Sociedade Anônima. Anonimamente sócio, pode continuar com o discurso AntiCapitalista. O Brasil da Redemocracia é de muito fácil explicação. 

  3. VENDA DAS ESTATAIS.

    Vender tudo para cobrir rombos orçamentários e “outros”, acabar com o dinheiro em poucos dias, e depois o brasileiro (inclusive as gerações futuras) ficar pagando preços majorados e absurdos, PELO RESTO DA VIDA, de tarifas públicas, gasolina, taxas bancárias, energia elétrica, água, gás etc. é um ACINTE.

     

    OBS.: Monopólio/oligopólio privado é muito pior que o público, principalmente nas áreas vitais e absolutamente necessárias para o cidadão, que, pela própria natureza, são oligopolizadas (Bancos, petróleo, água, energia etc. etc.). Exemplo: se privatizaram a CAIXA e o BB, as TAXAS BANCÁRIAS explodem e acabarão os empréstimos que fomentam o desemvolvimento – casa própria, pequenas áreas rurais, pequenas empresas etc. etc. etc. 

  4. A RB presta consultoria ao BNDES

    No OESP, de 17/9/2017:

    Enquanto tenta resistir às investidas do governo para que reduza seu tamanho, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) busca traçar desde já ampla estratégia que garanta sua sobrevivência no futuro.

    A instituição de fomento tenta ganhar tempo para se reciclar e conseguir permanecer relevante no plano nacional diante de medidas que devem atingir em cheio seu poder de fogo, como a pressão do Tesouro para obter mais dinheiro antecipado do banco e a iminente mudança nos juros de seus financiamentos para uma taxa mais alinhada à de mercado, a Taxa de Longo Prazo (TLP).

    Sem abandonar o papel de provedor de crédito em grandes projetos de infraestrutura, a intenção é colocar recursos em projetos que possam alavancar o desenvolvimento do País por meio de outros canais, como tecnologia e formação de pessoas. O banco contratou a consultoria alemã Roland Berger para trabalhar no plano estratégico 2022-2030. Duas palavras devem virar norte de atuação: inovação e interiorização.

    Em: http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,bndes-quer-sobreviver-longe-do-governo,70002003840

  5. consultoria…..

    Anistia de 1979. 40 anos de Redemocracia.  Quem se sujeitava a Interesses Internacionais e era Lacaio de Potências Estrangeiras submetendo a Soberania Nacional? Entregaram todas Estatais 100% Brasileiras. Petrobrás, Embraer, Vale do Rio Doce, CSN, Furnas, Telesp. Telebrás, Portos, Aeroportos, Eletrobrás, Correios,… O que fizeram os tais Progressitas AntiCapitalistas, durante estas 4 décadas seguintes?  O projeto de Nação desenvolvido nestas anos todos é se Lula será ou não será condenado. ESPETACULAR !!! Parabéns por quase meio século. E tem gente que se espanta com o que acontece ao Brasil 2017/18. “Conheceis a Verdade. E a Verdade Vos LIbertará”.

  6. Incitação ao crime contra o patrimônio nacional

    Este “inventário” configura uma incitação ao crime contra o patrimônio nacional. É preciso revelar quem foi o mandante, quem o encomendou. 

  7. tanto faz como fez

    Pessoalmente, aos meus interesses, pouco me importa se vendem ou não vendem essas empresas. Mas, se elas não funcionam, o que falta para fazê-las funcionar? Sigo: o que foi feito com o dinheiro da venda das estatais promovida pelo governo neoliberal do PSDB?  Com essas vendas, a dívida pública ficou maior ou menor? Qual o interesse dos investidores na compra dessas estatais? O que os impede de eles mesmos construirem uma empresa? Uma usina? Uma estrada? Um banco?Tenho uma história que penso ser oportuna: há alguns anos, um irmão meu descobriu que estava contaminado com hepatiteC. Durante cerca de 3 meses se tratou pelo plano de saúde, que a julgar pelo nome é estrangeiro, depois, o plano o chamou e disse que não mais daria continuidade ao contrato. Simples assim. Mais tres meses e meu irmão foi se tratando com clínicas particulares. De pronto, perdeu o carrão, depois, a casa da praia . Um dia uma médica lhe disse que teria que se submeter a um transplante e que iria colocar o nome dele na fila!!! Um outro qualquer ofereceu-lhe para compra, um fígado, porém contaminado, “embora em fase bem inicial!!!”. – Brasileiro é muito bonzinho, como todos sabemos!!!. Estando na fila, passou a se tratar no SUS e, lá, embora om as rudezas que todos sabemos, foi tratado gratuitamente, inclusive com remédios, até que realizou um transplante, tambéem gratuito, e feito no Einstein!!! Repito, no Einstein!!!. A cirurgia foi um sucesso Porém, por essas surpresas que a vida nos dá, alguns anos depois viria a falecer por outro motivo.

  8. O LULA disse sobre isso:O

    O LULA disse sobre isso:

    O Pai de família que sai vendendo a geladeira, a televisão, o sofá para pagar o cartão de crédito!

    Tem uma coisa errada com esse pai…

    Cadê as pessoas que se preocupam com este país?

    Quando vamos sair juntos para a rua?

    Quando não tiver mais jeito?

    Como vamos retomar a Embraer dos EUA?

    O que vai sobrar é que nós nos mataremos nas ruas feito ratos…

    Isso ai dá para pagar um ano de juros?

    E o principal?

    O plano é esse!

    Saquear o brasil e depois mandar desmandar em qualquer presidente de qualquer partido!

    Todos governos a posteriori serão entes administrativos, os impostos vão direto para PEC 55 e para os futuros donos das estatais!

    É absurdo!

     

     

  9. Isso não é reportagem, é encarte publicitário pró-privatista

    Não precisa ser gênio para perceber que a mensagem sublimar dessa encarte publicitário, travestido de reportagem, nada mais é do que aplainar o terreno da opinião pública para dar cabo aos intentos de megaprivatizações no Brasil. Escolhe-se  trabalho de consultoria internacional para dar “lustre objetivo” nas análises para, em seguida, dar voz aos, sempre eles, especialistas de área, que formatam argumentos em defesa do assunto. Óbvio que é para dar base na formação de um engajamento pró-privatização na opinião pública.

    “A oposição é grande, porque mexe com feudos políticos e com sindicatos. Para começar a se fazer uma modelagem de venda, as empresas precisam estar engajadas. É preciso ter acesso à documentação e aos dados, o que não é fácil”, afirma Mauro Penteado, sócio de infraestrutura do Machado Meyer.

    – Trata-se do mesmo e velho batido mote dos “feudos”, um dos principais argumentos que era disseminado pelos privartistas nos anos 90. O tempo passa, o padrão de governança corporativa evolui e os argumentos não mudam. Óbvio que, ao iniciar o processo de mega privatizações, o escritório a que representa o referido senhor será um dos principais legal advisors de potenciais compradores. 

    “Não consideramos a venda do BNDES, já que um banco de fomento naturalmente deve ser público. Agora, na Caixa e no Banco do Brasil há necessidade de ter gestão pública? [Os bancos] têm atividades como gerir o financiamento de habitação e do setor rural que poderiam ir para o BNDES”, afirma o presidente da Roland Berger no Brasil, Antonio Bernardo.

    –  Amigo, vá lá no interior do RS e de SC para ver como é os pequenos proprietários buscam financiamento da safra nas agências do BB. Na certa, com a privatização do BB, passarão a procurar a agência Erechim do Citibank (ok, o Sr. Bill Rhodes ou algum MBA de São Paulo vai estar esperando de braços abertos) ou ligando para algum “0800 agri-desk” do BNDES no Rio de Janeiro. Tá certo. 

  10. Privatização

    A minha opinião é que se privatizar, mesmo pelo valor errado ou com processo suspeito, a nação sai ganhando.

     

    iremos parar de alimentar mercado infrutífero e corrupto

    1. Bom é alimentar o mercado financeiro

      ou as economias dominantes. Isso que é bom.

      Corrupção se combate com controles públicos e transparentes. Agora, entreguismo, somente com o paredón.

  11. Pelo andar da carruagem,

    O Brasil será vendido por inteiro. Não sobrará nada das riquezas nacionais. De certo de modo, é melhor, pelo menos assim o governo ou os especuladores que comprarem terão o compromisso de cobrar investimentos em áreas estratégicas.  Em seguida troquem a língua de nosso povo pelo idioma do país comprador, mudem nossa bandeira e o nome da nação  para Brasix.  

  12. Faltou a Amazonia, porteira

    Faltou a Amazonia, porteira fechada porde rende 5 trilhões de dolares ou retalhadaa pode render até mais. Um pool de bancos

    pode coordenar a oferta, os “economistas do Real” tem credencial para essa privatização, bancos todos tem.

  13. Processo de execução

    Que notícia obscena!

    Essa “consultoria” parece oficial de justiça avaliador em ações de cobrança.

    E tem brasileiro que acha que é rico.

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