Enquanto Bolsonaro silencia, Lula atua como presidente e responde às vítimas das fortes chuvas

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
[email protected]

Foi o presidente eleito Lula quem prestou solidariedade e anunciou medidas de governo para impedir catástrofes

Inundação na cidade de Santo Amaro da Imperatriz, na Grande Florianópolis – Foto: Divulgação/ Defesa Civil Santa Catarina

As vítimas das fortes chuvas que atingiram todo o país nos últimos dias não motivaram o presidente Jair Bolsonaro a se manifestar ou se solidarizar. Foi o presidente eleito Lula quem prestou a solidariedade e anunciou as medidas de governo para impedir novas catástrofes no Brasil.

“Minha solidariedade e meus sentimentos para as famílias que estão sofrendo com as fortes chuvas no Paraná, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais e Bahia”, escreveu Lula. “Também gostaria de me solidarizar com os moradores de Tobias Barreto, em Sergipe, e demais cidades do Brasil atingida pelas chuvas”, completou.

Em seguida, anunciou que o Brasil irá “retomar verbas para prevenção de desastres naturais e defesa civil” e assumiu o presidente que ainda não teve seu mandato iniciado que enfrentará “as catástrofes e a mudanças climáticas”.

No litoral do Paraná foi confirmada a morte de duas pessoas e uma em Sergipe, ainda dezenas ou centenas de desaparecidos e milhares de deslocados em regiões que foram inundadas também em Santa Catarina, Bahia, Sergipe, Espírito Santo, São Paulo.

Mas Jair Bolsonaro, o presidente ainda em exercício, não manifestou uma palavra sobre os desastres e as famílias atingidas, e permaneceu em silêncio.

“Democracia é coisa frágil. Defendê-la requer um jornalismo corajoso e contundente. Junte-se a nós: www.catarse.me/jornalggn

Conforme divulgamos aqui, a pasta responsável por previnir desastres ambientais, a de Desenvolvimento Regional, também foi vítima do corte de recursos de Jair Bolsonaro no Orçamento de 2023.

O atual presidente deixou apenas R$ 3 milhões para a prevenção de catástrofes para o ano que vem, e a maior parte dos recursos repassados para o Desenvolvimento Regional veio de emendas de relator e do Orçamento Secreto, mas destinados a outros fins, como o uso em obras, distribuição de equipamentos e veículos, etc.

Lula lamentou “o cenário triste no país” e se comprometeu a trabalhar “para reforçar políticas de prevenção e atendimento”.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

2 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Os golpistas de sempre, da oligarquia colonial parasita, como não aprendem e que é governar de verdade, com qualidade e competência, como Lula já ensinou em seus dois mandatos anteriores, terão que passar mais vergonha durante os próximos 4 anos. Estamos de olho em vocês e não deixaremos nenhum ataque e trambique sem resposta. A população até agora não ouviu nenhum pio de crítica por esse verdadeiro assalto que fizeram pasta responsável por prevenir desastres ambientais, tão comuns nesse período do ano como todos estão cansados de saber. Quais serão as absurdas e inexplicáveis justificativas que os invejosos e incompetentes carrascos de Lula e do povo farão, para justificar tanta omissão?

  2. Bolsonaro deveria ao menos cuidar dos seus . Paraná, Sta. Catarina e o Rio Grande do Sul deram-lhe grandes alegrias. Não é correto ele deixar o povo dele se afogar. Ou seria?

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador