Em manobra, mais um ministro pede demissão para atuar como parlamentar

Mais um ministro pede demissão para atuar como parlamentar. João Roma (Republicanos-BA) volta à Câmara para usar emendas parlamentares

FOTO: Divulgação/EBC

Jornal GGN – Mais um ministro pede demissão para atuar como parlamentar. A manobra de deputados que têm cargos de ministro no governo Bolsonaro já virou praxe e é a segunda em uma semana.

Dessa vez, o ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos-BA), pediu demissão “temporária” para tratar de emendas na Câmara.

Na semana passada, o ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), também pediu demissão para “resolver questões do orçamento”, segundo ele.

Na prática, contudo, o deputado licenciado pelo DEM no Rio Grande do Sul voltou à cadeira para poder se beneficiar das emendas de relator, as chamadas RP9 (entenda mais aqui). Ele retornou à Câmara para indicar onde devem ser usadas as emendas do seu estado pelo partido.

A mesma manobra já havia sido feita, também, por Onyx quando pediu a demissão votar a reforma da previdência, em 2019, e o novo presidente da Câmara, somando votos a favor dos interesses de Jair Bolsonaro.

Agora, o ministro da Cidadania adota a mesma estratégia. Deputado federal licenciado, Roma fez a mesma manobra para tomar decisões de interesse do governo e definir aonde serão aplicados os recursos de emendas parlamentares em seu estado, Bahia.

Como o STF (Supremo Tribunal Federal) suspendeu as emendas de relator, as RP9 ou “orçamento secreto”, cabe aos parlamentares usarem por enquanto as emendas parlamentares, ou seja, que são diretamente escolhidas pelos deputados e senadores.

Próximo das eleições 2020 e com as movimentações sendo realizadas, Roma já solicitou R$ 16,3 milhões somente este ano das emendas parlamentares. Já foram aplicadas três delas, com um total de R$ 15,4 milhões. As informações são do Portal da Transparência, divulgadas por reportagem do Uol.

Redação

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