Escolas municipais de São Paulo estão sem serviço de limpeza por atraso em salário

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

Pais foram recomendados a não levar as crianças para as escolas devido a sujeira. Funcionários responsáveis pela limpeza desses locais sofrem com a falta de salário e protestam

GOVSP

Responsáveis por alunos da rede de ensino municipal, da zona Sul de São Paulo, foram surpreendidos mais uma vez esta semana, com a recomendação para manter as crianças em casa. A situação tem como pano de fundo uma paralisação dos  funcionários que fazem as limpezas dessas unidades escolares, em razão de um atraso no pagamento de salários.

Esse é mais um episódio da crise da terceirização de serviços essenciais às escolas da gestão Ricardo Nunes (MDB). Na semana passada, os pais foram comunicados sobre mudança na disposição das merendas, que impede os pequenos de repetir o lanche. O GGN relatou o caso

Agora, os faxineiros que prestam serviço por meio da empresa Soluções Serviços Terceirizados estão parados, aguardando receber o valor de cerca de R$ 1.500 referente ao trabalho realizado no mês de outubro. O pagamento está atrasado desde o último quinto dia útil, quinta-feira (7).

A Soluções Serviços Terceirizados presta serviço de limpeza para ao menos 41 unidades escolares da zona Sul da capital. Segundo relatos desses funcionários, a empresa fez inúmeras promessas de pagamento nos últimos dias, mas o salário segue atrasado. Ao site Metrópoles, esses faxineiros informaram que se preparam para protestar na porta da empresa, localizada em Guarulhos, na Grande São Paulo.

Em meio ao caso, a direção das creches e escolas têm recomendado manter as crianças em casa, já que o ambiente escolar não está adequado para receber os pequenos devido a sujeira. A reportagem do GGN teve acesso aos pedidos feitos aos pais de forma informal, por meio de grupos de mensagem, ou na porta das escolas. 

Em nota, enviado ao Metrópoles, a Prefeitura de São Paulo afirmou, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SME), que a empresa Soluções Serviços Terceirizados foi notificada sobre o atraso nos pagamentos e está sujeita a multa e até a rescisão do contrato. Segundo a administração pública, também foi solicitado o encaminhamento de funcionários para substituição, além do acionamento de outros contratos para garantia do atendimento aos estudantes.

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