Exclusivo: as denúncias do diplomata Jobim, morto pela ditadura militar

Com correções enviadas por Lygia, filha de José Jobim

Primeiro morto político a ter autorização para mudar certidão de óbito, 39 anos após sua morte, a história do diplomata José Jobim é um caso clássico a ilustrar a falta de limites do regime militar brasileiro.

Não era guerrilheiro, nem militante, nem mesmo um crítico do regime. Era um diplomata aposentado que toda manhã saía de sua casa, usando uma indefectível chapéu, para suas rotinas diárias.

Foi sequestrado, torturado e morto. Na certidão de óbito informava-se que se suicidara. Na semana passada, foi o primeiro morto político a conquistar o direito de retificar o atestado de óbito, graças ao trabalho da Comissão Especial Sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP).

Nos anais da Comissão da Verdade narra-se parte de sua história. Teria mencionado em um coquetel sua intenção de publicar um livro de memórias relatando casos de corrupção ocorridos na construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu. Poucos dias depois, apareceu morto. A versão inicial é que se suicidara.

As circunstâncias da morte foram levantadas pela Comissão da Verdade. Os detalhes de sua denúncia nunca vieram a público.

A história de José Jobim

José era irmão de Danton Jobim, jornalista, professor, político de larga influência no Rio de Janeiro. Ficaram órfãos ainda crianças, tiveram infância pobre e passaram pela Fundação Casa daquela época. Ambos foram criados por  Belmiro Valverde, que depois se tornou grande quadro integralista e que não tinha vínculo sangüineo com a familia Jobim..

No Itamarati, Jobim se tornou amigo de Saraiva Guerreiro e de Azeredo da Silveira, o Silveirinha. Foi embaixador na Colômbia, tendo como adido militar o general Leônidas Pires.

Depois, serviu no Vaticano, tentando quebrar as resistências da hierarquia da Igreja com os militares. Figura de destaque nessas negociações foi Cândido Mendes.

Mais tarde, serviu na Argélia. Lá, foi o único embaixador brasileiro que teve coragem de dar um passaporte para Miguel Arraes.  Da Argélia foi para Marrocos, e depois de aposentou.

Foi do Partido Comunista na juventude, antes da era Luiz Carlos Prestes. Mas se desligou logo. Serviu no Paraguai, no governo JK, como ministro conselheiro e se interessou pelo tema das Sete Quedas, depois, Itaipu.

No governo Jango, participou de negociações com os russos, para que financiassem a futura hidrelétrica de Itaipu. A URSS havia desenvolvido um modelo de turbinas gigantes, a Kaplan. Foi bem-sucedida na implantação de usinas no Egito, que teve 30 anos para pagar, em produtos. Havia a ideia de se repetir o modelo por aqui.

Seguiu-se uma disputa acirrada entre os russos e a Siemens, alemã, presidida na época pelo ex-diplomata Pio Correa, antigo chefe da extrema direita do Itamaraty, o diplomata que criou o serviço secreto da casa.

Espalhou-se que, caso fosse fechado o negócio, o PCB receberia comissão sobre as compras. Quem espalhava essas suspeitas, com cheiro de fake news, visando prejudicar o negócio, era o jornalista Adirson de Barros, que hoje mora em Petrópolis.

O representante comercial dos russos era Mario Pacheco, dono da empresa MAPA e casado com uma filha do marechal Lott. Ele representava os interesses soviéticos no Brasil. E a MAPA era a trading que negociava com a trading de Leningrado.

A missão russa chegou ao Brasil em dezembro de 1963 e foi embora em janeiro de 1964, nas vésperas do golpe militar. Era comandada por um engenheiro de primeiro nível. Era a negociação internacional mais importante daquele momento. A Hidrelétrica de Assuan, no Egito, custou US$ 3 bi. A corrente de comércio brasileira era de US$ 700 milhões. Um acordo com a URSS, seguindo o mesmo adotado nos anos 30 com a Alemanha, significaria enorme desvio de comércio. 

A versão do jornalista Sebastião Nery era a de que Jango já havia acertado com os russos e viajariam me março de 1964 para assinar o pré-acordo.

Os escândalos de Itaipu

Em fevereiro de 64 Jobim foi ao Paraguai como representante do Itamaraty. Preparou longo relatório para ser apresentado a Jango. Com a queda do regime, o relatório foi entregue em maio de 1964 ao general Ernesto Geisel, que era Secretário Executivo do Conselho de Segurança Nacional.

No ano seguinte, foi assinada a Ata das Cataratas, documento inicial da construção de Itaipu. Jobim era embaixador na Colômbia, mas foi chamado a participar como consultor.

Mesmo sem Itaipu, os russos continuaram ativos por aqui. No governo Médici, o apoio a Pacheco passou a ser o Ministro Delfim Netto. Em 1972, Delfim recebeu a missão soviética, mas não se sabe se os russos conseguiram algum negócio.

Os escândalos de Itaipu começaram a vir à tona com um livro de um empresário alemão radicado no Brasil, Kurt Mirow, “A Ditadura dos Carteis”, editado por Ênio Silveira, e de alta octanagem. Com denúncias de alta octanagem, o livro foi boicotado pela mídia e, logo depois, Mirow precisou fugir para a Alemanha, para não ser preso.

José Jobim foi casado com uma irmã de Leda Collor, mãe de Fernando Collor. Eram duas irmãs de gênio fortíssimo.

Em março de 1979, na transmissão da presidência para João Batista Figueiredo, foi convidado por Saraiva Guerreiro para a recepção.

Em uma roda, da qual fazia parte Gilberto Marinho, presidente do Senado pela Arena, Jobim teria dito que estava preparando livro de memórias no qual faria grandes revelações sobre Itaipu. A conversa foi da noite de 15 para 16 de março.

Jobim saiu na tarde de 22 de março para visitar outro jornalista. Grande parte dos seus amigos eram jornalistas, como Marcial Dias Pequeno, braço direito do Chagas Freitas e Chefe da Casa Civil do Rio. Jobim tinha planejado ir ao Palácio da Guanabara e, depois, comprar um blazer. Era metódico, conservador. Desapareceu naquela tarde.

O SNI tinha esquema de monitoramento, mas nada apurou, como jamais, naquele final de governo Geisel, jamais apurou os 58 atentados ocorridos, dos quais só um esclarecido, o do Rio Centro, e parcialmente o da OAB, no qual foi morta uma secretária e identificado o agente Guarani.

No dia 24 de março, pela manhã, o corpo de José Sobim apareceu pendurado em uma árvore na Barra da Tijuca. A narrativa que se criou é que estaria endividado a ponto de pedir dinheiro para o porteiro do Jockey. Uma segunda narrativa, mais maldosa – que me foi contada por Walther Moreira Salles – é que não suportara mais o gênio forte da esposa.

O irmão Danton Jobim transitava muito bem pelos meios jornalísticos. Havia sido do Diário Carioca. Depois, foi nomeado interventor de todo o sistema Última Hora a pedido do próprio Samuel Wainer em 1978, quando exercia o mandato de Senador e presidente da ABI (Associação Brasileira de Imprensa). Faleceu pouco antes de José.  

A versão mais plausível é que a preparação do livro reverberou. O monitoramento do SNI era comandado pelo general Newton Cruz. Em uma reunião super-fechada teria sido selado o. destino de Jobim.

Alertado para seu desaparecimento, Gilberto Marinho, que era muito amigo dele, foi à sua casa. Uma das pessoas presentes, amiga da mulher do Jobim, e viúva de outro diplomata, teve a ideia de ligar para Pio Correa, que conhecia vários delegados e poderia ajudar. Mas ele não estava. Falaram com sua esposa, Tereza Maria Graça Aranha, muito simpática. Quando o marido chegou em casa, logo depois Tereza telefonou dizendo que ele iria tomar providências.

Pio ligou para Rui Dourado, delegado, seu colega de faculdade e do CPOR, de família culta, parente de um grande historiador, Mecenas Dourado. Quando chefiou o Departamento Político do Itamaraty, Pio havia requisitado  Rui Dourado quando esteve no Uruguai

No outro dia, o cadáver do Jobim apareceu na Barra, em uma delegacia cujo delegado titular era justamente Rui Dourado.

 Pio Correa era presidente da Siemens, concorrente da URSS nos projetos de Itaipu. Rui Dourado era seu compadre e seu braço policial. O corpo de José Jobim apareceu na jurisdição de Dourado.

A suspeita inicial é que Pio Correa havia mandado matar Jobim. Mas ninguém julgou razoável a hipótese. O mais razoável é que o SNI sequestrou, levou para um aparelho, foi torturado e morreu. Quando Dourado se meteu na história, acionado por Pio Correa, ligou para amigos que passaram o corpo para ele.

O suspeito número 1 era Newton Cruz, chefe operacional da Agência Central naquele momento.

Jobim foi o primeiro caso de sequestro no período Figueiredo, similar ao que ocorreu com Alexandre Von Baumgarten, sequestrado e torturado depois de se meter em trapalhadas financeiras com militares.

No relatório de Jobim, havia duas pistas sobre a corrupção.

Uma delas envolvia uma figura controvertida, Costa Cavalcanti, que foi presidente da Itaipu Binacional. Jobim tinha verdadeiro asco dele. Pessoas ligadas ao Serviço Secreto da Aeronáutica mencionavam majoração de preços nos custos de comissão de Itaipu para pagar comissão do lado paraguaio e brasileiro. Suspeitava-se que sua provável fonte havia sido Mário Pacheco.

Mas os escândalos foram abafados com sua morte.

O episódio serve para mostrar a face sem álibi da repressão. Torturaram e mataram um cidadão pacato, diplomata aposentado, para abafar um crime do regime.

 

 

Luis Nassif

29 Comentários

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  1. Prezado Mouro
    Bom dia 
    É uma

    Prezado Mouro

    Bom dia 

    É uma pena que nossa juventude não queira saber como funciona uma ditadura militar.

    Só quem passou por ela, respirou muito gas lacrimogêneo sabe.

    Valeu 

  2. A democracia vem sendo

    A democracia vem sendo assassinada desde a ditadura militar. E os militares, cujos salários são pagos pelo povo, a matam em nome da plutocracia.  Esta aponta para seus inimigos e aqueles apertam o gatilho.

  3. Bolsonaro jamais teria sido

    Bolsonaro jamais teria sido exaltado pela homenagem prestada ao torturador-mor do regime ditatorial dento do Congresso, aplaudido por estar sendo sua maior vítima de ocasião a Presidente da República, aviltada por uma gangue de bandidos, se o país tivesse seguido um mínimo do que fizera a Argentina contra seus carrascos de farda. Infelizmente, a tal da anistia liberou geral para que aqueles monstros ficassem impunes, e até prestigiados pelas novas gerações, visto que a História foi mal-contada, e sequer estudada por essa juventude. 

    Falsos suicídios, como o citado, ou o de Herzog, se multiplicavam naqueles anos. Vamos conhecendo, ainda, apenas uma fração pequena do todo. O que poderia sobrar dos que ficaram a chorar lágrimas de sangue senão o silêncio e o medo? Isso também contribui até o presente para o não esclarecimentos de toda a verdade. Esta foi, e ainda está indo para debaixo da terra com os monstros mortos ou em vias de morrer. Se quem praticou as babáries se calam, bem como as famílias dos suicidados e desaparecidos, que chance teríamos de saber, de fato, toda a verdade?

    Ontem vi Ciro em uma de suas entrevistas mostrar sua indignação pelos fatos narrados sobre crianças pequenas que eram obrigadas a verem seus pais sendo torturados. Ele tem sido o único a reproduzir essas histórias. Mas outros poderiam fazê-lo, se nunca é demais dar um mote desses. O conhecimento de muitos brasileiros, incluindo os já formados nas grandes universidades, ou os estudantes de agora, é nada sobre esse período. Talvez por isso ainda tenha um analfabeto, mas sobretudo burro, como o cantor Zezé de Camargo que tem se saído péssimo na fita com suas declarações jumentas.

    Houve muitas manifestações esquisitas no Brasil antes daquelas que pediam Fora Dilma. Ficou esquesito depois foi o silêncio dos coxinhas. Aí, a gente pensava, e muitos diziam que era a frustração por terem votado e Aécio. Aí, o silêncio permanecia, até que resurge do fogo do inferno aquela figura que, odiando Dilma como comunista, que mereceu, a seu modo, toda a tortura, ou que Ustra fez pouco, se poderia ter exterminado todos os comunistas, etc., enfim, esse discurso, ainda presente na cabeça de muitos, alavancou a presença de Bolsonaro no quadro nacional. 

    Os malditos neo-pentecostais da bancada da bíblia se reuniram com os da bancada da bala, e do boi, formando o trio mais odiento, por não terem nenhuma delas, sentido de patriotismo. Ergueram-se as vozes que antes eram a favor de patos amarelos, seguidas de silêncio, mas que agora estão a gritar alto por um descerebrado muitas vezes pior que Eduardo Cunha.

    A maldição GRANDE dos nossos dias nem é tanto Bolsonaro. Em si ele pouco representa. Essa maldição está impregnada, enraizada, nos neo-pentecostais donos das igrejas várias do Brasil e do mundo. Talvez sem exceção, são pessoas, a maioria de homens, que não leem nada, nem mesmo a bíblia. Adentraram, sem pedir licença, a mente do povão, analfabeto, semi-analfabeto, tudo carente de promessas e devaneios. Por uma lógcia macabra, conseguem a cada dia aumentar o número de fieis, e, assim, vão, paulatinamente, enchendo as burras de muito dinheiro, ao mesmo tempo em que empobrece mais seus seguidores, que já não são apenas uns pobres de ideias, mas também pobre do resto, se do pouco que possuem parte terá que ir para os cofres dos malandros.

    Bolsonaro entra com suas cartilha de torturador, de matador, de nazista, agradável aos ouvidos dos sem-estudos, que também são os universitários, como meu sobrinho, e tantos de seus amigos em Brasília e no resto do país. 

    É claro que existem militares e neo-pentecostais que não votam em Bolsonaro. Tem até alguns militares no Youtube esculachando esse camndidato. Se o voto é secreto, não podemos garantir que todos os fiéis de igrejas várias estão de acordo com essa política, se o conteúdo dos discursos do cara contém misoginia, racismo e tanto mais a ferir diretamente uma fatia grande de brasileiros, hoje sentindo-se insultados, ofendidos.

    O problema maior é que Bolsonaro conseguiu um piso, e dele não sai, até sobe. Só nos resta crer na possibilidade de haver um entendimento entre forças de partidos de esquerda, progressistas, ou apenas conscientes da realidade.

    Quando a vaidade der lugar a um consenso tudo pode mudar.

    E só vai mudar se não acontecer, como em outras campanhas, uma farsa como aquelas outras que tão bem conhecemos, e que não está longe de acontecer, sobretudo com essa investigação sobre quem poderia estar por trás de Adélio Bispo.

  4. Exclusivo: as denúncias do diplomata Jobim

    o militares sempre tiveram inveja de FHC.

    é verdade, uma inveja por antecipação. ainda assim, desmedida, irrefreável…

    afinal, apenas FHC conseguiria conter a espiral inflacionária, herança maldita da Ditadura, mesmo às custas de transformá-la na espiral da dívida pública, esta a principal consequência do Plano Real.

    mais ainda, nem mesmo os militares serviram tão bem aos interesses transnacionais quanto FHC.

    talvez seja também por isto que novamente os generais estão à frente de mais um golpe.

    pura inveja!

    jamais admitiram a superioridade de FHC… querem outra oportunidade, para por fim a tanta inveja.

    mas a inveja é uma maldição sempre se propagando, por toda parte e através de todos.

    Lula sempre proclamou com indecoroso orgulho que antes de seu governo “nunca os bancos ganharam tanto dinheiro”.

    FHC nunca o perdoou.

    entretanto, o ungido Haddad já demonstrou ser capaz de deixar a todos os outros literalmente mortos de inveja.

    ninguém melhor do que ele para firmar mais um pacto civilizatório e atender as demandas do grande capital.

    de pacto civilizatório em pacto civilizatório, os desaparecidos se amontoam em algum porão renegado de nossas memórias.

    mas aos Domingos, como hoje, todos eles, os desaparecidos e os seus entes queridos, saem juntos  a passear.

    voltam para nos assombrar.

    e de nós, não sentem qualquer inveja…

    apenas sorriem ironicamente.

    pois sabem sermos merecedores de cada gota de sofrimento atroz, que já tivemos, ainda temos e muito ainda teremos por vir.

    Deus já não tem qualquer misericórdia desta Nação.

    .

        1. ENQUANTO NAVEGAS PELO RIO SÃO FRANCISCO EM 1978…

          Neste mesmo ano de 1978, integrantes do esquadrão da morte (maioria formada pelo aparato repressor do bandidos ditadores) despejavam centenas/milhares de corpos no Rio Guandú (principal fornecedor de água para o povo fluminense/carioca).

          Você precisa “navegar” tão longe para comentar num artigo que trata de crimes dos bandidos do golpe de 64 ?

           

          1. Exclusivo: as denúncias do diplomata Jobim

            que alienado eu sou, não.

            percorrendo o Brasil profundo em 1978!

            se não fosse tão alienado quem sabe estaria numa das primeiras associações de moradores de favelas do Rio de Janeiro em 1978. ou na esquecida greve de motoristas e cobradores em 1979.

            outra coisa, se eu não fosse tão alienado até saberia que a desova massiva no Guandu foi em 1963, e não em 1978…

            e quanto ao teor e tom do meu comentário, talvez sua inteligência e experiência superior estejam muito acima para descer a nível tão rasteiro.

            vídeo: Super-8: Niemeyer 314 – 1978

            [video: https://www.youtube.com/watch?v=93_X7u16Zic%5D

            vídeo: Super-8: O Leão tá solto – 1979

            [video: https://www.youtube.com/watch?v=3dxcCWPzKNs%5D

            .

          2.   Deixa o sujeito. A tara ele

              Deixa o sujeito. A tara ele pelo PT é tão forte que provavelmente vai votar no Boçalnato.

  5. Nassif imagina então esses
    Nassif imagina então esses militares atuais o q não fariam para garantir os negócios bilionários do seu grupinho ideológico/filosófico/ocultista,a prova simplesmente é a conduta do Villas Bôas de completa omissão quanto a entrega do Pré-Sal/Embraer e a manifestação quanto a AMEAÇA A SOBERANIA BRASILEIRA NO CASO ONU/LULA(quanta hipocrisia)ví declarações de militares dizendo q o atual exército é o mesmo do Caxias,camisetas usadas por militares dizendo”O Brasil em primeiro lugar”(mas deixando entregar td)posso dizer seguramente q são AS PROSTITUTAS VERDES OLIVA Q PREGAM A VIRGINDADE só p manter as aparências,aliás,esse grupinho ideológico/filosófico/ocultista age assim mesmo com mentiras/dissimulação/distorção,vale td p conseguirem seus objetivos,se não houver denuncia/antecipação dos seus planos o GOLPE MILITAR É CERTO,até acho q não será de todo mal,já q muitas mudanças no Brasil,só pela força mesmo,o problema é se essas mudanças vai beneficiar só o grupinho ideológico deles (bem provável!)

  6. Numa cidade-estado ou

    Numa cidade-estado ou provincia ou pais o Poder Verbalizador verbaliza a realidade para as massas,  tendo portanto poder estatal de governança, assim como é o caso dos outros 3 poderes: legislativo, executivo e judiciário….o nosso Poder Verbalizador, comandado pela Globo, é simplesmente criminoso….

    Guardei na página do spin ditador

    https://spinditador.blogspot.com/

  7. Itaipu teve tudo…

    construção das linhas de transmissão a mesma coisa………………………………..

    se podemos fazer mais caro, por que se preocupar em construir mais barato?

    o que tem de relatórios técnicos engavetados dá para montar a primeira biblioteca da corrupação do mundo

  8. #Elenão

    Ontem fui à um cabeleireiro brasileiro e resolvi sondar como é que esse estrato esta vendo as eleições. Joguei a isca Bolsonaro e para confirmar minhas suspeitas, as quatro pessoas que trabalham no salão estão com fé no Bolsonaro, desiludidos com a politica, aquele discurso usado para legitimar um voto extremo, ou seja a de que todos os politicos são iguais. Fiz minha parte na tentativa de, com didatismo e muita calma, explicar mais ou menos o que se passa no Brasil, quem é Fernando Haddad,a retorica impregnada na imprensa do antipetismo e quetais. Meu unico consolo é que ao perguntar se iriam votar (nos votamos num so local em Paris), vi que nenhum dos quatro estava disposto à ir votar. Mas se afirmam que Bolsonaro é a “unica esperança de acabar com a corrupção”, é provavel que parte de familiares e amigos dessas pessoas pensem assim também. 

    Na sexta-feira, a brava Claire Gatinois mais uma vez no rastro alheio (dessa vez não de seus colegas de O Globo ou do Estadão, mas do Financial Times) teve direito matéria na capa do jornal Le Monde que, oh surpresa, se mostrava muito pelo aumento da popularidade do nosso bolsodinossauro. Mais uma vez Gatinois fala das consequências da operação Lava Jato, da corrupção desse “partido podre que é o PT” (pois assim transparecem seus textos), pelo fato do ‘Chuchu’ não subir nas pesquisas e de paulistanos preferirem votar no homem das cavernas ao Haddad, mas não explica as causas. Ela me da trabalho, essa Claire Gatinois… Sabado, em um encontro, meu amigo Jacques me pergunta logo de cara porque que o PSDB não passara para o segundo turno, como tem acontecido desde os anos 90, ja que na “reportagem do Le Monde não explicam”. Conversei com outra pessoa que me confirmou que hoje Paulo Paranagua se tornou o grande algoz do PT e de Lula, esses bolivarianistas, e faz de conta que é mais ou menos imparcial, mas sempre deixando aparecer nas reportagens que o problema de o Brasil se encontrar onde se encontra foi a corrupção em que Lula e PT se locupletaram.   

    Por fim, é importantissimo trazer à baila historias como essa do Embaixador José Jobim e tantos outros desaparecidos durante a ditadura por razões as mais futeis possiveis, para que àquele sistema autoritario pudesse continuar. No documentario de João Vicente Goulart, a filha de Jobim explica muito bem o que aconteceu e não resta duvida de que esse senhor foi torturado e assassinado pelo regime. Quem sabe a campanha de Fernando Haddad poderia falar de casos como esse ? De mostrar às pessoas em geral como funcionava o Brasil no tempo da ditadura militar. Ao contrario do que se imagina, muita gente até hoje não acredita ou não da maior importância aos casos de tortura e de assassinatos naquele periodo, mas muitos também não sabem que havia corrupção naquela época, como em todas as outras, alias, seja em maior ou menor grau.

    1. Le Monde

      Essa Claire Gatinois, chegou aqui no Brasil feito cachorro que caiu da mudança. Como correspondente do Le Monde, passou a escrever depois de 2015 (não tenho certeza). Eram matérias copiar/colar dos Marinhos e Frias, press-releases burocráticos da plutocracia paulistana, com ZERO análise do jogo de interessses que rolava e adotou de imediato o discurso da corrupção-do-PT e pedaladas-da-Dilma, triplex-do-Lula, bla bla bla. Fraquíssima.

  9. Golbery, Itaipu, Paraguai

    Nos anos 80, eu tinha um conhecido encolvido no contrabando de video cassetes que disse que Golbey cuidava dos assuntos Itaipu, já que a fronteira do paraguai ( via Paraná, que coincidência não?)  era por onde entrava ios dolares para os milicos e seus apoiadores.

    1. interessante como tudo se confirma em diferentes locais…

      onde trabalhei, e havia milicos em chefias de departamento, um desses só foi reconhecido oficialmente como contrabandista quando o teto falso do laboratório desabou pelo peso das mercadorias lá escondidas

       

      1. agora imagina o que deixou de ser localizado…

        quando resolveram fazer o primeiro levantamento patrimonial anos depois do centro de pesquisas ter sido criado e tocado a pleno vapor em compras para equipar todos os laboratórios…………………………….

        logo depois do desastre FHC, teve gente que saiu, demitida, com plaquinha de identificação patrimonial tucana-“milical” granpeada na bunda

  10. Essas memórias, desse e de

    Essas memórias, desse e de outros casos, permanecem vivas na mémória de quem a tem e preserva. E, nós, os não-desmemoriados lembramos de outra situação que se deu, mais ou menos, à época do caso Jobim. Final de governo Geisel, início do de Figueiredo inicou-se o refluxo dos sapos que o povo brasileiro engolia desde março de 1964. Chegou a um ponto que ninguém mais defendia o governo militar, ao menos impunemente. Quem o fazia era escrachado, confrontado com a desgraça em que se encontrava a Nação. Estávamos fartos, ao ponto de sermos inconvenietes e maleducados. Eu, pessoalmene, lembro de um episódio com certo remorso e vergonha. Estava, como convidado na casa de meu cunhado, militar e, diga-se, um democrata, pessoa certa na circunstância errada, em um jantar com seus subordinados, todos oficiais. Em dado momento, não me recordo bem por conta do tempo e dado ao whisky consumido anres o vinho que, alíiás, deve ter contribuido para meu comportamento, pus-me a falar sobre o regime, ao qual nunca chamei de revolução. Do que mais me recordo é do silêncio. Nenhum dos presentes argumentou comigo, muito, por certo por educação – aquelas eram pessoas polidas sim –  mas, também, por conta do constrangimento que todos sentiam por fazer parte daquilo.

    Agora, esse constragimento, a vergonha pelo cometido foi-se. Foi substiuido pela arrogância, prepotência e violência, irmãs siamesas, filhas da igonorância. Se Bolsonora for eleito e seu modelo de sociedade e de governo for aceito, iniciaremos outro ciclo quando em seu fim, e terá um tão ou mais desastroso que o do golpe de 64, quem ora o defende se quedará, novamente, em silêncio envergonhado.

    Infelizmente, outros jobins perecerão. Espero que desta vez, se chegarmos a tal ponto, os assassinos dos jobins paguem pelos seus crimes.

     

  11. O caso é emblemático

    O caso é emblemático porque mostra um fenômeno recorrente aos regimes totalitários da época: a passagem da repressão política ao crime comum. Elio Gaspari analisou bem em sua quadrilogia.

     O modus operandi típico dos suicídios forjados na época mostra que os agentes da repressão não limitavam sua atuação a inimigos do regime, mas também podiam servir a particulares como asseclas de um mafioso. Previsível. Mas com o tempo, tudo vira lenda. Notem que a maioria dos apoiadores de Bolsonaro são pesoas de uma fixa etária que não viveu aquela época. O mesmo ocorre com os bandos de neonazistas na Alemanha e de saudosos do comunismo na Rússia: são jovns que não viveram aquela época, então podem imaginá-la como quiserem.

     

  12. Mataram Danton Jobim, irmao de José Jobim meses antes

    O Jornalista Danton Jobim, foi também executado pela ditadura militar em 28 fevereiro de 1978, no Hospital dos servidores do Estado RJ. Dias antes Danton foi a uma recepção na ABI,antes havia recebido uma ligação em sua residência para que não comesse nada no banquete, naquela noite,… está pessoa , uma mulher , estava muito nervosa. Danton não ligou , pensou ser um trote. 5 dias após , passou mal com infecção…..28 dias após o ocorrido Danton morre no hospital onde se internou, em entrevista feita com o médico na época cuidou da infecção de Jobim, o mesmo relatou que o diretor a época do Hospital, tinha ordens expressas para que diariamente ligasse  para o gabinete do então Chefe da Casa Civil Gen. Golbety Couto e Silva , informando o estado de São de e sua possível recuperação da infecção, que já havia se nstalafo no coração , o relato do Dr.Iranildo, médico de Jobim , afirmou que através de medicações apropriadas estava conseguindo debelar a infecção….no dia de alta de Danton , estava em seu quarto o seu filho Roberto Jobim, que em depoimento disse que minutos antes da embolia pulmonar que matou O Jornalista Danton Jobim, entrou no quarto no HSE, um, enfermeiro que o aplicou uma injeção enquanto Danton dormia logo após o almoço, para estranheza do seu filho , Danton dormindo o dito enfermeiro aplicou a injeção na sua perna…. ao ir ao banheiro naquele momento Roberto o filho , ouve um chamado do pai….ao retornar do banheiro, já encontra Jobim com sangue na boca e morto . A Família nunca aceitou a versão de morte natural.

     

    obs: José Jobim, irmao muito ligado a Danton já desconfiava que a morte do irmao , não seria natural, andava muito revolto, disse no velório de Danton que isso não ficaria impune…..esse seria um outro caminha também para explicar a também execução de José Jobim.

    Luís  Jobim

    neto de Dantn Jobim

  13. Ruy Dourado e a tese do enfarto ….

    Esta baboseira – o “suicídio” do embaixador – eu assisti in loco. O Delegdo Ruy Dourado, não tendo base em laudo cadavérico que condirmasse sua “tese” de auto-morte, saiu-se com a seguijnte explicação: ” …. o fato de não haver indícios de enforcamento é irrelevante. O embaixador tentou se enforcar e, emocionado, teve um enfarto assim que colocou a corda no pescoço e morreu antes de se enforcar … ”  Lembro da  gargalhada coletiva de jornalistas e até de poliiciais da própria DP que não acretitavam no que estavam ouvindo.

    Também, sobre a hora da morte, não batem as informações oficiais. Coincidentemente EU saia do Motel Serramar – ladeira íngreme e sem boa visibilidade da rua – na alegada hora do “suicídio” e fiquei uns 3 a 4 minutos esperando oportunidade de “entrar” no fluxo do trânsito, com faróis altos do meu então Maverick apontados para a tal árvore (na verdade um arbusto de porte médio) e NÃO HAVIA NADA LÁ. Nem eu nem minha acompanhante casada, não comigo – que no dia seguinte me ligou apavorada – vimos nada e ela temia que se eu prestasse depoimento a envolveria provocando não só um conflito em seu casamento como risco de vida para nós. Nunca me manifestei antes pois a moça ficou muito tempo casada com o marido de então. Mas hoje, ela e eu divortciados e casados com outras pessoas, não resisto em dizer as verdades que ví e ouvi. Justa correção da causa-mortis. Só falta nominar os culpados para mostrar a esta juventude que não viveu uma ditadura que não é um mar de rosas, mesmo você sendo a favor da mesma.

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