
Os dados da indústria automobilística, em agosto de 2024, permitem otimismo, dependendo do ângulo que se olhe.
Se analisar a produção total em 12 meses, contra o mesmo período de agosto de 2023, o crescimento é modesto: apenas 1,4%. Se se compara a produção de 9 meses, o ganho é maior: 3,2%. No acumulado de 6 meses, é 5,7% maior e em 3 meses é 14,9%. Significa que na ponta há uma melhoria nítida que, em breve, se refletirá nos dados anuais.
Obviamente, ainda é muito inferior à produção acumulada de agosto de 2014: 25,4% menor.
Houve um crescimento graúdo no licenciamento de automóveis importados: de 48,8% no acumulado de 12 meses.
No caso dos Automóveis, houve aumento de 11,3% no licenciamento total, em relação ao mesmo período do ano passado, mas de apenas 6,3% no licenciamento de veículos nacionais, contra aumento de 48,8% no licenciamento de importados. Com isso, a produção em 12 meses ficou sem crescer.
A estagnação é em 12 meses. Mas também há crescimento gradativo quando se comparam prazos menores em relação ao mesmo período do ano passado.
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Mesmo sem um aumento no número de licenciamentos, continua boa a procura dos automóveis. O não crescimento da produção nacional deve estar relacionado a esse aumento na aquisição dos importados. De forma geral houve aumento de preço dos autos, como a participação de conteúdo local na produção interna reduziu bastante já faz tempo, isso pode fazer diferença para os consumidores que podem ser mais exigentes, que optam por veículos importados . Para o mercado automobilístico existe uma grande oferta de crédito, possivelmente também aos importados. Há que se lembrar do programa para a renovação de frota feito recentemente e rapidamente esgotado pela alta procura.