Um navio carregado de explosivos encomendados por uma empresa israelita de armamentos está à deriva na Europa, em meio à conivência governamental portuguesa em torno da simples retirada da bandeira do país da navegação.
Como explica editorial do jornal português Público, o armador do navio MV Kathrin pediu a retirada da bandeira portuguesa ao Registro Internacional de Navios da Ilha da Madeira, uma informação anunciada por fonte do governo de Portugal.
Após conversas “discretas” com o armador alemão, autoridades afirmaram que o assunto estaria encerrado em “dois ou três dias”, mas a bandeira segue estendida há dez dias e o governo não se manifestou a respeito.
Chamando a embarcação de ‘navio da vergonha’, a publicação portuguesa lembra que a embarcação só será recebida por quem for conivente com a estratégia do governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
O caso veio a público no mês de agosto, e o governo português demorou a se explicar – preferindo negociar com o armador mesmo quando o assunto chegou na Assembleia Geral das Nações Unidas, em setembro.
Na ocasião, a relatora especial das Nações Unidas para a Palestina, Francesca Albanese, apelou pela remoção da bandeira portuguesa da embarcação, elogiando inclusive a posição portuguesa em relação à Palestina, ao contrário da “hipocrisia demonstrada por outros países europeus”.
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