O governo da China abriu seu primeiro mecanismo de estímulos ao anunciar uma cota adicional de títulos no valor de 6 trilhões de yuans (US$ 837 bilhões) para lidar com a chamada dívida oculta dos governos locais, ao mesmo tempo em que se comprometeu a adotar medidas mais “enérgicas” para sustentar o crescimento econômico.
Em entrevista coletiva, o ministro das Finanças chinês Lan Foan afirmou que tal medida vai ajudar a aliviar a pressão de liquidez dos governos locais, liberando recursos para o desenvolvimento econômico.
De acordo com o site South China Morning Post, o movimento de troca de dívida começa “imediatamente”, uma vez que o montante de dívidas mantidas em níveis locais (em torno de 12 trilhões de yuans até 2028) é vista como uma bomba-relógio fiscal.
O aumento da cota para títulos especiais locais será feito ao longo dos próximos três meses, com a liberação de 2 trilhões de yuans por ano, para trazer dívida de alto rendimento e fora do balanço para o orçamento que permite pagamentos de juros mais baixos.
Ao mesmo tempo, 4 trilhões de yuans foram realocados dos orçamentos dos governos locais no processo de troca de dívidas ocultas ao longo de cinco anos, com 800 bilhões de yuans usados anualmente até 2028.
Os 2 trilhões de yuans em dívidas ocultas para reconstruções de favelas — previamente anunciadas e com vencimento em 2029 ou mais tarde — ainda serão pagos conforme os contratos originais.
Embora as autoridades não tenham anunciado medidas de estímulo fiscal direto par a economia, Lan Foan afirmou que outras iniciativas estão em andamento, incluindo uma “política fiscal mais favorável” para o próximo ano.
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