Ataque de Israel em Beirute acende expansão da guerra por outros territórios

Hamas, Hezbollah e Irã reagem prometendo retaliação. Líbano diz ter sido arrastado para a guerra. Israel permanece com tática.

Ataque de Israel ocorreu no no sul de Beirute, que é controlado pelo Hezbollah – Foto: Reprodução de transmissões

O ataque de Israel com drone ao sul de Beirute, no Líbano, para matar lideranças do Hamas -entre eles o número 2 do grupo, Salen al-Haouri-, na terça (02), ativou o que pode ser a expansão da guerra de Gaza pelas fronteiras e territórios vizinhos.

Imediatamente após o envio do ataque aéreo de Telaviv à capital libanesa, fora da região de Gaza e da fronteira direta com o Líbano, onde o conflito se estende desde outubro, o primeiro-ministro libanês afirmou se tratar de um “crime” que estava “arrastando o Líbano” para a guerra.

“ARRASTAR O LÍBANO”

“Este novo crime israelita visa arrastar o Líbano para uma nova fase de confrontos depois dos contínuos ataques diários no Sul, que causaram um grande número de mortos e feridos”, escreveu em comunicado o primeiro-ministro Najib Mikati.

Mikati também se comprometeu a apresentar uma queixa contra Israel nas Nações Unidas.

“HAMAS NUNCA SERÁ DERROTADO”

Mas foi a resposta do líder do Hamas, Ismaïl Haniyeh, momentos depois, que deu o tom sobre a consequência da estratégia adotada por Israel: “O movimento [Hamas] nunca será derrotado”, afirmou.

Haniyeh disse que o Hamas “torna-se ainda mais forte e mais determinado” com a morte de seus líderes.

HEZBOLLAH: “ISRAEL NÃO FICARÁ IMPUNE”

Em outro sinal de que a atuação de Israel pode expandir o conflito, definitivamente, para fora da região, foi a manifestação do grupo armado Hezbollah, pró-iraniano, no Líbano.

O grupo xiita libanês declarou que “o assassinato” dos líderes do Hamas “não ficará impune”.

“Assassinar Saleh al-Arouri no subúrbio do sul de Beirute é uma grave agressão contra o Líbano (…) e não ficará impune ou sem resposta”, prometeu o Hezbollah.

O movimento armado já faz ataques diários contra Israel, a partir do sul do Líbano, desde o início do conflito. Em resposta, Israel também fez ataques na região.

IRÃ: “NOVA ONDA DE LUTA CONTRA ISRAEL”

O Irã também comunicou que a morte do dirigente do Hamas “motivará ainda mais a luta contra Israel”, disse porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do país, Nasser Kanaani.

“O sangue do mártir vai, sem dúvida, iniciar uma nova onda nas veias da resistência na motivação para lutar contra os ocupantes sionistas, não só na Palestina, mas também na região e entre todos os que procuram a liberdade no mundo”, disse Kanaani.

“FAREMOS O QUE É BOM PARA ISRAEL”

Mas o governo israelita permanece intransigente. O exército afirmou que “está preparado” para “qualquer cenário”, também em resposta às provocações dos demais grupos armados da região, indicando que a guerra poderá se alastrar.

Com os avanços sobre as fronteiras, até os aliados de Israel, Estados Unidos, pressionam para reduzir a escalada das operações militares.

Nesta quarta (03), o ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben Gvir, afirmou que as pressões, mesmo de aliados, não mudarão as táticas adotadas até agora pelo Estado de Israel. “Os Estados Unidos são nossos amigos, mas, acima de tudo, faremos o que é bom para o Estado de Israel”, disse.

Gvir afirmou que haverá estímulos para a saída em massa dos palestinos de Gaza: “(vamos) incentivar a emigração de centenas de milhares de pessoas de Gaza e permitir que os residentes (israelenses) retornem às suas casas (nos limites de Gaza) e vivam em segurança, protegendo nossos soldados.”

2 Comentários

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  1. Faz sentido. Os maníacos gringos e seus cachorrinhos loucos ingleses querem uma guerra mundial, mas não podem começar uma sem um pretexto. A missão de Israel é criar esse pretexto. Quando Tel Aviv for bombardeada de maneira justa, toda imprensa ocidental dirá que os nazisionistas são vítimas de uma injusta agressão. Teerã será bombardeada, obrigando Rússia e China a se posicionar. E assim o mundo inteiro irá explodir, porque nenhuma guerra entre potências nucleares será apenas convencional. Os bilionários se esconderão em seus bunkers de luxo enquanto bilhões de inocentes são exterminados. Aqueles que sobreviverem morrerão lentamente de contaminação e de fome. Os bilionários serão os últimos a morrer e ninguém verá os vídeos que eles farão clamando por perdão ou implorando a Deus e aos ETs para serem salvos.

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