Brasil e Rússia puxam menor crescimento global, diz FMI

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Para entidade, riscos podem ser evitados com decisões corretas para política econômica e financeira

Jornal GGN – A taxa de crescimento da economia global deve chegar a 3,2% ao fim deste ano e a 3,5% em 2017, segundo dados divulgados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). O prognóstico corresponde a uma redução equivalente a 0,2% em 2016 e 0,1% em 2017 em comparação às estimativas iniciais, segundo o relatório de perspectiva global divulgado pela entidade. O baixo crescimento do Brasil e da Rússia foi o motivo apontado pelo relatório para a expansão menor que a esperada da economia mundial.

A pesquisa afirma que a possibilidade de Brasil e Rússia seguirem com uma trajetória econômica “incerta” é um risco para a economia mundial, e poderia “empurrar o crescimento global para baixo, em relação à previsão atual”. Fatores como fragilidades financeiras, choques geopolíticos ou discórdias políticas que possam contaminar a situação econômica geral dos países também foram citados.

De acordo com o FMI, os riscos podem ser evitados com decisões corretas dos responsáveis pelas políticas econômica e financeira dos países nas áreas fiscal e monetária.

A pesquisa indica que os Estados Unidos vão crescer 2,4% ao fim deste ano, com perspectiva de modesto aumento em 2017. A demanda interna norte-americana será apoiada por melhoria prevista nas finanças públicas e no mercado imobiliário, o que ajuda a compensar as perdas decorrentes das exportações líquidas provenientes de um dólar forte e produção fraca.

Por outro lado, o quadro na Europa não é dos mais animadores, já que o baixo investimento, alto desemprego e balanços de empresas fracos pesam sobre o crescimento, que permanecerá em 1,5% este ano e 1,6% no próximo ano. No Japão, o crescimento e a inflação são mais baixos do que o esperado, refletindo em particular uma queda acentuada do consumo privado. O crescimento deverá manter-se em 0,5 % positivo, em 2016, e 0,1 por cento negativo em 2017, em razão do aumento previsto da taxa de imposto sobre o consumo.

As nações emergentes e em desenvolvimento terão um crescimento considerado modesto em comparação com os índices das últimas duas décadas: 4,1% este ano e 4,6% em 2017. Segundo o FMI, os fatores para essa modesta performance são a desaceleração do crescimento nos países exportadores de petróleo, com o declínio dos preços do petróleo, e as perspectivas ainda fracas para os exportadores de commodities não-petrolíferas, inclusive na América Latina.

Também influi para o crescimento modesto das nações emergentes a desaceleração da China, as recessões profundas no Brasil e na Rússia, e o crescimento fraco em alguns países da América Latina e do Oriente Médio.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

4 Comentários

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  1. Não dá para confiar mais

    Não dá para confiar mais nesses dados. Economistas independentes dizem que estão a maquiar escandalosamente todas as estatísticas nos países mais ricos. O desemprego, por exemplo, em alguns casos está cinco vezes maior que o anunciado. O mundo agora viive de ilusão virtual e midiática.

  2. Efeito estufa

    Há anos e anos me pergunto perplexo: mas não é isso que o mundo precisa? Não é isso que vai salvar a humanidade? As editorias de economia e meio ambiente precisam conversar…

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