Colômbia corta exportação de carvão para Israel “até que o genocídio acabe”, anuncia Gustavo Petro

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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Colômbia condena ofensiva militar de Israel na Guerra em Gaza. Medida entrará em vigor em cinco dias, após publicação

Presidente da Colômbia, Gustavo Petro. | Foto: Alexa Rochi/Presidência da Colômbia via Flickr

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, anunciou a suspensão da venda de carvão para Israel, em publicação no X (antigo Twitter) neste sábado (8). “Suspenderemos as exportações de carvão para Israel até que o genocídio acabe“, escreveu o colombiano na rede social.

Segundo o decreto do Ministério do Comércio, Indústria e Turismo colombiano, Israel utiliza o carvão como “recurso estratégico para a fabricação de armas, a mobilização de tropas, e a fabricação de aparatos para operações militares”. 

O American Journal of Transportation estima que a Colômbia é o maior fornecedor de carvão para Israel e representa mais da metade das importações do produto pelo país.

De acordo com o anuncio, a restrição entrará em vigor em cinco dias após sua publicação no Diário Oficial. Contudo, ele não afetará as mercadorias que já tem autorização para embarque.

Israel viola o Direito Internacional

O governo colombiano argumenta às operações militares de Israel na Faixa de Gaza “representam uma transgressão de uma norma imperativa do direito internacional, que, por sua vez, faz parte do bloco de de constitucionalidade colombiano”.

Sendo assim, medida irá vigorar “até que sejam integralmente cumpridas as ordens de medidas provisórias emitidas pela Corte Internacional de Justiça no Processo de aplicação da Convenção para a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio na Faixa de Gaza”, diz o documento.

Genocida

Vale ressaltar ainda que, no início de maio, o presidente colombiano rompeu as relações diplomáticas do país com Israel e interrompeu a compra de armas fabricadas no país do Oriente Médio.

Em discurso pelo Dia do Trabalhador, Petro fez duras críticas ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que chamou de  “genocida” por causa da morte de centenas de milhares de palestinos na Faixa de Gaza durante a guerra.

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