
A aprovação de uma moção de censura na Assembleia francesa derrubou o governo do premiê Michel Barnier apenas três meses após sua nomeação pelo presidente Emmanuel Macron.
Segundo a Rádio França Internacional (RFI), o projeto foi aprovado por 331 parlamentares e leva o país a um período de grande incerteza política seis meses após a dissolução do Parlamento e de uma eleição antecipada.
A moção de censura foi votada depois que Barnier tentou passar o Orçamento federal para Previdência e Saúde sem votação parlamentar. Em suas últimas palavras no cargo, o premiê destacou que a “realidade” do orçamento francês “não desaparecerá com a magia de uma moção de censura”.
Escolhido por Macron em 05 de setembro, a moção de censura obriga Barnier a deixar o cargo e apresentar sua renúncia a Macron de forma imediata, conforme estabelecido pela Constituição francesa.
O mandato de Michel Barnier é o segundo mais curto da chamada Quinta República francesa, iniciada em 1958, e o segundo a cair desde 1962, na administração de Georges Pompidou em meio ao mandato presidencial de Charles de Gaulle.
Além das tensões políticas, o governo de Macron tenta votar o Orçamento para o país em 2025 em um cenário de instabilidade social: o funcionalismo público programou uma greve para a próxima quinta-feira, enquanto os agricultores seguem mobilizados contra o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul.
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O cara une a direita e esquerda na França e não reconhencem o feito.
Encrenca para monsieur Macron.