George Santos perde mandato em votação histórica

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Filho de brasileiros, deputado republicano é o primeiro a ser expulso em mais de duas décadas por violações éticas

George Santos, ex-representante da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos. Foto: Ballotpedia

O deputado republicano George Santos é o primeiro parlamentar a ser cassado na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos em mais de duas décadas por violações éticas e o primeiro desde a Guerra Civil que não foi condenado por um crime.

Nesta sexta-feira (01/12), o presidente da Câmara, Mike Johnson, anunciou que 311 parlamentares votaram pela cassação de Santos, e 114 votaram contra a expulsão – sendo que dois se consideraram “presentes”.

Os quatro líderes republicanos da Câmara, incluindo Johnson, votaram pela permanência do mandato do deputado.

Eleito pelo estado de Nova York, Santos é acusado de fraude, lavagem de dinheiro, roubo e roubo de identidade de doadores de campanha e se tornou o terceiro legislador eleito a ser expulso pelos seus pares desde a Guerra Civil.

Dentre os outros cinco parlamentares expulsos anteriormente, três perderam seus cargos por lutarem pela Confederação durante a Guerra Civil.

“A Câmara falou, esse é o voto deles. Eles apenas estabeleceram novos e perigosos precedentes para si próprios”, disse Santos ao saber do resultado da votação.

Questionado se ele ficaria e usaria privilégios de não-membro da Câmara por não ter sido condenado, Santos questionou: “Por que eu ia querer ficar aqui?” para depois afirmar que não precisa mais responder às perguntas dos jornalistas por não ser mais membro oficial do Congresso.

Vale lembrar que, recentemente, Santos recebeu uma comitiva de deputados brasileiros em seu antigo gabinete – entre eles, Magno Malta e Eduardo Bolsonaro.

Processo administrativo

Segundo fontes ouvidas pela CNN norte-americana, a expulsão é tratada administrativamente da mesma forma que a abertura de uma vaga por renúncia ou falecimento do ocupante.

Ou seja: o secretário da Câmara assume o controle do escritório do deputado expulso e toma decisões em nome desse escritório.

Entre outras providências, eles vão decidir como será a limpeza do gabinete de Santos. Seu escritório distrital segue intacto para atender às demandas dos constituintes.

Além disso, o secretário da Câmara vai informar que uma vaga no terceiro distrito de Nova York (onde Santos foi eleito) foi aberta, e que a governadora democrata Kathy Hochul deverá agendar uma eleição especial para cobrir essa vaga.

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1 Comentário

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  1. Mais um Zé Roela despachado para o esgoto mediante uma descarga. “He was a piece of shit”, disse baixinho um deputado gringo ao outro durante a votação. 😁😁😁😁

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