
A retirada do Banco de la Nación Argentina e mais seis empresas da lista de alvos para a privatização da Lei de Bases (a Lei Ómnibus) foi uma manobra para que a Câmara de Deputados não derrubasse a iniciativa por completo – mantendo assim os planos com relação a abertura de capital do Banco Nación (BNA).
Em entrevista à rádio argentina Mitre, o Ministro do Interior argentino, Guillermo Francos, afirmou que a instituição segue “mantendo o estado como acionista majoritário, porque obviamente é a nave insígnia do crédito argentino”.
Nesse sentido, Francos declarou que o país está “em um conceito absolutamente velho de não permitir o trabalho conjunto do capital privado e público”.
A referência usada pelo governo Milei seria a aplicação do modelo usado pelo governo brasileiro, durante o segundo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. Na ocasião, o Banco do Brasil passou a ter ações negociadas na Bolsa de Valores de Nova York.
“Se um banco público no Brasil, sob a presidência de Lula se tornou uma empresa que cotiza na Bolsa e inclui capital privado, por que não podemos fazer o mesmo aqui?”, completou o ministro.
Em sua conferência de imprensa, o porta-voz do governo, Manuel Adorni, corroborou as declarações de Francos. “Para nós, todas as empresas públicas são passíveis de serem privatizadas em algum momento porque entendemos que não é necessário que determinadas funções sigam funcionando por parte do Estado”, afirmou Adorni.
Porém, o porta-voz ponderou que este seria um processo longo, ainda que a atual gestão “sempre vai governar com essa lógica”.
Enviada ao Congresso pelo presidente Javier Milei ainda em dezembro de 2023, a Lei Ómnibus consiste em um pacote de reformas que pretende mudar as regras de regulação de uma grande quantidade de setores econômicos, como o trabalhista, o comercial, o imobiliário, o aeronáutico e a saúde.
Originalmente, o projeto considerava declarar como “sujeitas à privatização” todas as empresas do setor público, incluindo aquelas que fossem mistas ou com participação majoritária do Estado.
Com informações do site Pagina12
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