Israel endurece posição em conversas sobre cessar-fogo

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Governo de Benjamin Netanyahu estabelece novas condições que podem ser obstáculos para negociações sobre cessar-fogo em Gaza

Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel. Foto: RS/via Fotos Publicas

O primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu negou tentativas de bloqueio de um acordo de cessar-fogo em Gaza, mas documentos revelam que a adição de novas condições às demandas israelenses podem ser um obstáculo a mais para um acordo.

Reportagem do jornal The New York Times revela as novas posições adotadas pelo governo israelense, destacando que as manobras do governo Netanyahu “sugerem que o acordo pode ser ilusório nas negociações programadas para começar esta semana”.

A lista foi apresentada aos mediadores americanos, egípcios e catarianos, e estabelecem condições menos flexíveis a uma listagem inicial apresentada em maio.

Entre outras condições, o documento apresentado pouco antes de uma cúpula na Itália em 28 de julho sugere que as tropas israelenses vão ficar com o controle da fronteira sul de Gaza, uma condição que não estava presente na proposta de maio.

Os israelenses também apresentaram uma posição menos flexível sobre permitir que os palestinos refugiados voltem para suas casas no norte de Gaza quando os combates forem interrompidos.

Além disso, os israelenses incluíram um mapa apontando que Israel seguirá no controle do chamado Corredor Filadélfia, a região de fronteira entre Gaza e Egito. Em maio, a proposta dizia que as tropas israelenses deixariam a região.

Apesar de criticarem a “intransigência do Hamas”, críticos israelenses culpam Netanyahu de forma parcial pelo impasse, uma vez que suas condições podem comprometer as negociações.

Alguns afirmam que esse movimento preza pela estabilidade de seu governo acima da segurança dos reféns (a maioria no Parlamento está condicionada à participação de políticos de extrema-direita à prevenção de um acordo de cessar-fogo).

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1 Comentário

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  1. É cada vez mais evidente, que Israel depende dos EUA para continuar existindo como um estado colonialista-religioso. Mas curiosamente, nas questões relativas a Palestina, são eles que determinam as ações dos imperialistas americanos. Acredito que este modo estranho de agir, se deve ao fato que a maioria dos plutocratas,que realmente são os verdadeiros controladores do império, são sionistas judeus ou sionistas cristãos. Assim, pouco importa para os palestinos, quem será o capataz escolhido nas eleições americanas.

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