
Israel ameaçou, pela primeira vez, explicitamente o Líbano e afirmou que caso a trégua com o grupo Hezbollah falhar, os ataques retornarão a acontecer no Líbano, ainda mais fortes e potentes.
Nesta terça-feira (03), o ministro da defesa, Israel Katz, ameaçou a região e informou que responsabilizá o próprio estado libanês por não desarmar os militantes que violaram a trégua, que foi definida após 14 meses de guerra com o Hezbollah.
“Se retornarmos à guerra, agiremos fortemente, iremos mais fundo, e a coisa mais importante que eles precisam saber: não haverá mais exceção para o estado do Líbano (…) Se até agora separamos o estado do Líbano do Hezbollah, esse não será mais o caso.”, disse o ministro.
Em uma visita à fronteira norte, Katz pediu ao governo libanês que “autorize o Exército do Líbano a cumprir sua parte, a manter o Hezbollah longe do Litani e a desmantelar toda a infraestrutura do grupo”.
Mesmo com o período de trégua definido, na semana, as forças israelenses continuaram os ataques contra a região no sul do Líbano, a fim de combater os supostos combatentes do Hezbollah, e ignorando o acordo de interrupção e de afastamento para além do Rio Litani, cerca de 30 km da fronteira. Nesta segunda-feira (2), Hezbollah bombardeou um posto militar israelense, deixando ao menos 12 pessoas sem vida.
Katz ainda classificou o ataque do Hezbollah como “o primeiro teste” e descreveu os ataques de Israel como uma resposta forte.
No momento, Israel e Hezbollah estão passando por um novo conflito, desta vez, um acusa o outro de possíveis violações no acordo, com isso grandes potências como Washington e Paris receberam pedidos de ajuda para tentarem pressionar principalmente Israel, para que o cessar-fogo seja mantido e respeitado.
Entenda o conflito atual
No final de novembro, foi implementado um cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah, após 14 meses de bombardeios israelenses no Líbano. A investigação sobre os efeitos desta guerra indica que mais de um milhão de pessoas foram obrigadas a abandonar suas casas, além de centenas de mortes.
Assim como o Hamas, o Hezbollah e a Jihad Islâmica são considerados por Israel grupos radicais e terroristas, supostamente financiados pelo Irã.
Simultaneamente, o conflito continua na Faixa de Gaza, onde militares israelenses continuam ataques e bombardeios, alegando combater o Hamas e buscar reféns sequestrados desde 7 de outubro de 2023, durante ataque do grupo ao território israelense.
Numa terceira frente de conflito, Israel e Irã trocaram ataques que, embora tenham aumentado a tensão, não evoluíram para uma guerra total. Além disso, o Exército de Israel tem bombardeado alvos de milícias aliadas ao Irã na Síria, no Iêmen e no Irã.
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“supostos combatentes do Hezbollah”, “supostamente financiados pelo Irã”, “alegando combater o Hamas”
Que jornalismo é esse? Israel combate o Hamas e o Hezbollah que são declaradamente (e não supostamente) financiados pelo Irã. Que são grupos declaradamente (e não supostamente) extremistas e que iniciaram a guerra atual.