Jean-Marie Le Pen morre aos 96 anos

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Referência da extrema-direita francesa, político ficou conhecido por declarações racistas; em Paris, muitos foram às ruas para comemorar

Por Kenji-Baptiste OIKAWA – Obra do próprio, via Wikipedia

Atualização às 19h56 para acréscimo de informações

O político Jean-Marie Le Pen, apontado como um dos pioneiros da extrema-direita da Europa, morreu aos 96 anos nesta terça-feira em uma casa de repouso nos arredores de Paris.

Sua morte foi motivo de celebração por muitos em Paris – milhares se reuniram na Place de la République, como é possível assistir no vídeo abaixo.

La fête est belle place de la République pour la mort de Jean-Marie Le Pen.C’est ma France, ça 😍🎥 Luc Auffret

Marcel (@marcelaiphan.bsky.social) 2025-01-07T19:50:42.861Z

Conhecido pelo racismo

Após servir na Indochina e na Argélia, o advogado entrou na vida pública em 1956 e, em 1972, deu uma “fachada respeitável” a neofascistas ao fundar o partido nacionalista de extrema-direita Frente Nacional.

Além de transformar a sigla em um ativo familiar ao colocar filhas, genros e uma neta nos postos de direção do partido, o francês conseguiu levar o partido de extrema-direita a disputar o segundo turno das eleições presidenciais em 2002, sendo derrotado por Jacques Chirác.

Abertamente racista, Jean-Marie Le Pen nunca se arrependeu de declarações que renderam sucessivos processos judiciais – como a defesa da “desigualdade das raças” e a afirmação de que as câmaras de gás eram um “detalhe da história” da Segunda Guerra Mundial.

O posicionamento de Le Pen o levou a ser expulso do partido que fundou em 2011. A filha mais nova, Marine Le Pen, herdou o comando do partido e o renomeou como Reunião Nacional forma de tornar a extrema-direita mais palatável ao grande público.

Nos últimos anos, Marine Le Pen chegou ao segundo turno das eleições presidenciais francesas em 2017 e em 2022, sendo derrotada por Emmanuel Macron.

Com informações da Rádio França Internacional

2 Comentários

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  1. Nem dá para imaginar o gconstrangimento e o vexame da alma/espírito que habitou por anos na desastrosa, na tortuosa e no trevosa existência desse ser. De tão indigna e reprovada ela se comprova que, ao seu fim, conseguiu atrair mais entusiasmo comemorativo, que o pesar emotivo. Talvez, a grande e merecida notícia seja a certeza da libertação total da alma/espírito, que já estando livre e leve siga para a sua purificação da recente e sacrificada coexistência.

  2. O velho líder racista, colonialista e sanguessuga da extrema direita francesa está morto. “Pugnacious” disse à Reuters para não irritar Marine Le Pen. É assim que a democracia morre: com jornalistas clickbait normalizando o fascismo e quase elogiando os fascistas.

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