Quase todas as métricas econômicas nos Estados Unidos mostram que as coisas estão melhorando para a população, mas essa melhora não chega a uma parte importante da população.
“Mesmo que os dados mostrem alguma melhora, há muitos milhões apenas sobrevivendo. Os custos com moradia, assistência médica e seguro estão esmagadores. Algumas comunidades perderam empregos que não estão voltando”, explica a economista Allison Schrager, em artigo publicado na Bloomberg.
“Continua difícil se firmar na economia. A inflação continua sendo um risco. A mudança tecnológica tornou a vida e o sustento das pessoas ainda mais incertos”, ressalta.
Diante desse cenário, a articulista reitera a necessidade de que ocorram algumas mudanças, mas que o comércio não era o problema – e nem mesmo a sua restrição.
Mais tecnologia, menos empregos
Existe um consenso crescente nos Estados Unidos em torno do impacto do livre comércio: embora tenha apoio quase universal, houve uma piora considerável na vida de muitas pessoas
Dados mostram que o comércio com a China é responsável por 10% dos empregos perdidos na indústria norte-americana entre 1999 e 2011, mas foi a automação a principal responsável pela perda de empregos.
“A manufatura se tornou mais tecnológica, exigindo menos trabalhadores com mais habilidades. O resultado é maior produtividade, bem como padrões de vida (…)”, diz Allison Schrager. “O problema é que os novos empregos estão em lugares ou indústrias diferentes, e muitas vezes não é possível para as pessoas se mudarem ou trocarem de emprego”.
Sobre o comércio com a China, a articulista ressalta que existem muitas questões legítimas a serem debatidas, mas a solução não é limitar o comércio ou reviver a manufatura de baixa qualificação nos Estados Unidos, mas sim “diversificar o comércio para outros países, talvez com algumas tarifas direcionadas”.
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