Sugerido por Assis Ribeiro
Do Tijolaço
Antichavistas disseram que eleição na Venezuela era plebiscito. E perderam
Por Fernando Brito
Embora você só estivesse lendo sobre crise, inflação e desgoverno na Venezuela nos jornais brasileiros, o Partido Socialista Unificado Venezuelano e seus aliados do “Grande Polo Patriótico”, em número de votos e em número de cidades, venceram as eleições realizadas ontem naquele país.
Fez 210 prefeituras do país, o que equivale a 76% dos postos em disputa.
Das 24 capitais estaduais, ganharam 15.
E a 49,24% dos votos totais, contra 42,76% .
Seis e meio por cento de diferença, quando há sete meses, nas eleições presidenciais, a diferença havia sido de 1,5%.
Se é verdadeira a tese, lançada pelo próprio derrotado nas eleições presidenciais, Henrique Capriles, de que esta votação seria um plebiscito sobre o governo chavista ele, simplesmente, perdeu.
No discurso que reproduzo abaixo, o presidente Nicolás Maduro promete aprofundar as medidas contra a elevação de preços e os apagões que ele atribui à sabotagem. à “guerra elétrica”
Leia aqui a reportagem sobre as eleições venezuelanas do ótimo Opera Mundi.
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E agora!? O governo Nicolás
E agora!? O governo Nicolás ganhou de lavada! A oposição venezuelana e os críticos de Nicolás e de Chavez (que não morrerá jamais), espalhados pelo mundo, principalmente aqui no Brasil, dirão o que? Aquele papo furado de falta de legitimidade e outras baboseiras que dizem sobre o governo venezuelano cai por terra mais uma vez.
Que os bolivarianos governem
Que os bolivarianos governem a Venezuela para sempre!
Assim aquele País não corre o risco de ultrapassar a gente, já que estamos comendo mosca em termos de progresso….
Calvin, já li um comentário
Calvin, já li um comentário seu defendendo o PIG. Isso explica a sua crítica sobre o progresso do país. Seus olhos não conseguem ver por estarem sujos de esgoto. Corra, Calvin! Vá dar uma boa lavada neles com jato de água roto rooter, é a única maneira de limpá-los. Se a sujeira não sair, use água sanitária. Aproveite e também higienize a sua boca, pois é só ela que está comendo mosquito, assim você irá parar de mascar.
Muito triste a boca de
Muito triste a boca de Cafezá…..onde ele acha que vai chegar com isso?
Meu caro, não posso defender
Meu caro, não posso defender o que a rigor para mim não existe. A não ser que consideres que façam parte desta sigla criada por um blogueiro racista (não foi o Nassif) todos que falam mal de diretrizes deste governo, incluindo Bento XVI, The Economist, Standard & Poors, Financial Times, STF, TCU, etc.
Acho que você é que precisa de lavagem cerebral para limpar aquilo que acusas nos outros….
” … A não ser que
” … A não ser que consideres que façam parte desta sigla criada por um blogueiro racista … “
Um blogueiro que sofreu um processo acusado de racismo por um funcionario de uma empresa cujo dono disse num livro que no Brasil não existe racismo. Cômico!
O problema é que a educação partindo da ditadura e terminado com FHC foi tão ruim que quase ninguém mais consegue interpretar um texto, motivo pelo qual chamam PHA de racista.
Partindo do pressuposto que não consegue entender o porquê do PHA não ser racista, acho muito difícil que entenda de outras coisas. Nestes casos, lavagem cerebral é desnecessária, pois qualquer coisa divulgada na imprensa conservadora encontra terreno fértil nas mentes desprovidas de pensamento crítico.
Cafezá , então um governo que
Cafezá e Calvin, então um governo que decreta a proibição de despedir funcionários em 2014 e o ideal a ser alcançado?
Escrever e ainda ser
Escrever e ainda ser publicado um post pró Maduro, é um crime lesa pátria.
O cara está acabando de exterminar a Venezuela do mapa.
Um mês antes das eleições ele abaixou por decreto,em 50 por cento, o preço de quase todos os produtos- alguns que ainda restaram dos saques em todos supermecados do país.
E de quem é a culpa,segundo ele?
Da imprensa golpista, é claro.E tbm dos capitalistas.
Mas ele ainda consegue limpar o bumbum com papel higiênico…..
O povo não.Aliás ,nem precisa.Não têm comida pra comprar.
Não deixa de ser uma boa estratégia pro povo não precisar de papel higiênico.
Ninguém vai falar que a
Ninguém vai falar que a abstenção foi das maiores principalmente porque as “patrulhas” iam nas filas de votação pró oposição para agredí-los. Nadinha… E que a situação perdeu em todas as grandes cidades…
Agora nadaSegundo o proprio
Tem gente progressista falando:
-Ah e agora?
Agora nada!
Segundo o proprio Madura essas eleiçoes nao serviam de referencia para nda lembra?
Agora serve para demonstrar a superioridade do Chavismo?
kkkkkkkkkk
Putz como a esquerda e desavergonhada na manipulaçao dos fatos e ainda se acha em condiçoes de pregar imparcialidade ( pior que isso ) exigir algo assim dos demais partidos e meios de comunicaçao…
e o povo?
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/12/131209_oposicao_venezuela_dp_cc.shtml
“A oposição ganhou um espaço simbólico que poderá governar e onde poderá demonstrar que é possível fazer as coisas de maneira diferente. No entanto, não ganharam o ‘plebiscito’ que eles mesmos colocaram”, diz David Smilde.
Chegou a segunda-feira, e a Venezuela permanece como estava antes das eleições do domingo: dividida.
As eleições municipais não foram o divisor de águas que muitos imaginaram, mas produziram resultados que podem ser interpretados de diversas formas.
Tanto o governo como a oposição ganharam e perderam, dependendo do ponto de vista
Permanece dividida, tradução, perderam!
kkkkk, as diferentes formas de dar a mesma notícia! não, essa direita tosca não espera o dia em que todos os homens concordem, é só o velho mimimi de sempre
E eu acreditei no pig. Que a
E eu acreditei no pig. Que a situaçao na Venezuela é de descalabro tal, que o povo daria uma derrota retumbante para os bolivarianistas tiranicos. Mais uma vez o pig me enganou. Óh céus!
ass. Calvin, Aliança., Zancetta e Leonidas
E a tendência no tempo, como fica?
Seria bom comparar a diferença destas municipais (6,5%) com as municipais anteriores, comparar com as últimas presidenciais não faz sentido, posto que são dinâmicas eleitorais diferentes.
Por que não comentar que o oficialismo perdeu agora a prefeitura de Barinas (reduto de Chávez)? E que a oposição ganhou nas 5 cidades mais populosas?
Por que não comentar que a diferença nas presidenciais de 2012 foi de 11%? (em 2006, 26%; em 2013, 1,6%. Quanto será em 2018?)
Ok comemorar 210 prefeituras. Por que não falar que em 2008 foram 260?
E assim caminha a informação parcial…
o ambiente não é razoável
Gunter, a análise não é razoável porque o clima não é razoável. As informações que vem da mídia venal é de que a Venezuela está a beira do apocalipse. A maior rede do país, a globo, perde boa parte de seu tempo fazendo piadinhas e tentando desmoralizar o presidente Maduro.
A questão relevante nunca veio à tona. Relevante é o fato de que o povo venezuelano subjugou uma elite retrograda e cruel que se recusava a distribuir renda. Pessoalmente, lamento que tenham escolhido o caminho do socialismo para esta finalidade. Entretanto, este fato é tratado com histeria e total falta de principios e razão pela mídia venal.
Olha, mas eu não estou nem aí
Olha, mas eu não estou nem aí para o que a grande mídia fala. (E talvez nem mais a Globovision seja oposição, parece que mudou o controlador nos últimos meses.)
O ponto é que se trata de duas sequências diferentes – e paralelas – de tendências de curto prazo.
Uma para eleições presidenciais (26% de diferença em 2006, 11% em 2012, 1,5% em 2013 – ???? em 2018)
Outra para eleições municipais (260 prefeitos do governismo em 2008, 210 em 2013, ??? em 2018)
Se uma eventual blogosfera não contempla essas questões, fica com que credibilidade?
Comparar tendências municipais a federais não é feito para o Brasil, porque fazê-lo para a Venezuela? Porque foi o único número que combinava com o discurso?
O interessante não é ser ‘espelho’ de algo equivocado, no caso a grande mídia de lá e de cá, mas retratar mais fielmente os fatos.
Sei lá, pra mim não tem importância a política da Venezuela, só acho que seria melhor enxergar as coisas de modo mais holístico e abrangente, não fazer um artigo pinçando os aspectos positivos só para um lado, é meio como evitar dizer que o rei está nu.
Como você diz, a ausência de programas sociais e iniciativas do tipo era um grave problema. A situação local anterior (e atual oposição) era completamente cega a respeito nos anos 1990.
Só que daqui para a frente teremos a ausência de modelo viável de desenvolvimento como um problema. O populismo cambial e de congelamento de preços levará ao quê?
E ninguém lembra que a Constituição Venezuelana tem o instituto do recall. Será aplicado em 2016?
Caro Gunter
Caro Gunter, vc não está nem aí para a grande mídia, EU não estou nem aí para a grande mídia !
A questão é que vivemos na sociedade da informação, e sinceramente, não sei onde buscar informações confiiáveis sobre a Venezuela .
Você pergunta sobre o populismo cambial e o congelamento de preços. Também não sei, mas estou super curioso para saber o resultado desta combinação num ambiente socialista. Comparar com o congelamento brasileiro não faz sentido.
Bom, Marcelo, mas será que o
Bom, Marcelo, mas será que o modelo da Venezuela é ‘socialista’? Se fosse não seriam necessários decretos, as estatais fixariam seus preços. Há muitos ‘toques’ políticos misturados. Do populismo econômico ao discurso religioso, lá se usa de tudo.
Alguma coisa da confusão econômica no Brasil de 1986 a 1993 talvez ocorra por lá. Não que seja igual, não digo isso. Só que elementos podem se repetir sim. Desabastecimento e inflação, por exemplo.
Concordo que achar análises confiáveis sobre a Venezuela não é fácil. São todas muito apaixonadas e polarizadas.
E também falta que se aborde lá a questão da criminalidade. O grande aumento de violência urbana na última década não combina com o discurso triunfalista. e isso assusta inclusive à classe média baixa.
pois é ,Gunter
Gunter, assim como a Africa do Sul, considero a Venezuela uma experiência muito enriquecedora para humanidade. Sou critico contumaz da grande mídia por esta, e por outras. Um conjunto de criticas equilibradas, imparciais na medida do possível e principalmente bem fundamentadas é o mínimo que espero de um organismo de mídia.
Portanto, quanto maior o organismo de mídia, maior minha critica. Concordo com vc de que a Venezuela não é um socialismo pleno, é uma transmutação maluca que exige mais equilibrio ainda.
E em 2050, ou 2100?
Ganhar por pouca ou muita diferença não irá mudar o conceito político de quem condena a priori o governo venezuelano, como muitos neste blog. Aqui no Brasil a Dilma ganha por pouca diferença, mas já está bom demais para muitos de nós e, ainda, considerando que às vezes o PT também perde em grandes estados e/ou capitais, como Minas Gerais e São Paulo. No Brasil o PT governa, embora a sua representação em municípios, estados e no legislativo, seja proporcionalmente muito menor que a do partido socialista na Venezuela. Foi um grande triunfo na Venezuela sim!
É que para os direitosos, ser
É que para os direitosos, ser eleito pelo povo (maioria absoluta) é golpe. Eles jamais entenderão de democracia participativa. A “bíbila” deles obriga-os a amarem outros países, nunca o seu.
Destaque para a fase pós Chaves
A morte de Chaves colocou um político de menor envergadura para comandar o movimento popular na Venezuela. Ao tirar a figura do caudilho Chaves, naturalmente que o jogo político ficou mais limitado ao confronto de idéias e programas. Acho surpreendente que o PSUV dirigido por Nicolas Maduro, embora com boicote do comércio direitista, tenha conseguido manter a vantagem sobre os poderosos adversários. Venezuela, afortunadamente, não parece depender apenas de Chaves.
Notícias de 2007, ainda tô esperando.
Plebiscito traduz “início do fim” da revolução chavista, diz “The Economist”
Londres, 7 dez (EFE).- A derrota de Hugo Chávez no recente plebiscito sobre sua reforma constitucional representa “o início do fim da revolução bolivariana e de sua influência na América Latina”, escreve em seu último editorial o semanário britânico “The Economist”.
A revista reconhece, no entanto, que a revolução não vai terminar de modo imediato, já que o presidente venezuelano “continua sendo popular, continua mandando em todas as instituições do Estado e controla receita recorde”, além de ter “lustrado suas credenciais democráticas reconhecendo a derrota” nessa consulta popular.
Chávez anunciou, após a divulgação do resultado do plebiscito, que não se dá por vencido e que tentará promovê-lo de novo, mas “se o fizer, provavelmente perderá”, já que “algo fundamental mudou na Venezuela”, publica o semanário.
A “The Economist” destaca em primeiro lugar que a oposição “se revitalizou graças a um novo e vigoroso movimento estudantil, não contaminado pelo passado”, e acrescenta que enquanto isso crescem “a apatia e a desilusão” entre os simpatizantes do chavismo.
Esse último fenômeno pode ser explicado, segundo a revista, como reação “à total incompetência da revolução bolivariana e a uma política econômica perigosamente expansionista”, que tem como conseqüência o fato de “os venezuelanos comuns” não poderem comprar leite até mesmo quando o petróleo chega à barreira de US$ 90 o barril.
Chávez enfrenta agora um dilema, entre passar rapidamente a uma “economia de comando” (centralizada) ou mudar de política, acrescenta a “The Economist”, que afirma ainda que a derrota do dirigente no plebiscito torna mais difícil sua opção pela primeira condição, já que se arrisca a permitir uma divisão nas Forças Armadas e um aumento da violência.
“Sua melhor opção”, diz a revista, “seria dar marcha à ré, fazer as pazes com os moderados de seu próprio campo e esfriar a economia, o que requereria de sua parte uma exibição de humildade que ainda não mostrou e que prejudicaria sua popularidade”.
“Seu erro (de Chávez)”, acrescenta a “The Economist”, é “apegar-se a um socialismo antiquado, que passa pela centralização do poder político e o controle estatal da economia”.
O semanário britânico conclui seu editorial declarando, no entanto, que “sem de forma alguma ameaçar a democracia, pessoas como Chávez e Morales (Evo, presidente da Bolívia) podem tê-la ampliado de fato, já que representam grupos que antes se sentiam excluídos”.
http://noticias.uol.com.br/ultnot/efe/2007/12/07/ult1808u107292.jhtm