
A pressão de Kiev para proibir a Igreja Ortodoxa Ucraniana violaria a liberdade religiosa, declarou nesta terça-feira (19) o Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk.
Em meados de outubro, o Verkhovna Rada (parlamento ucraniano) aprovou em primeira leitura um projeto de lei sobre a proibição de organizações religiosas ligadas à Rússia.
Desta forma, a Igreja Ortodoxa Ucraniana Canônica (UPT), dependente do Patriarcado de Moscou, poderia ser banida do território ucraniano.
“Também noto a minha preocupação com a liberdade de religião e crença na Ucrânia, dadas as ações contínuas das autoridades contra a Igreja Ortodoxa Ucraniana. Um projeto de lei estabeleceria um procedimento para dissolver qualquer organização religiosa ligada à Federação Russa”, disse Turk.
Segundo o alto comissário, “estas restrições propostas ao direito à liberdade religiosa não parecem estar em conformidade com o direito internacional dos direitos humanos”.
Perseguição à Igreja Ortodoxa
Desde a eclosão do conflito na Ucrânia, o governo do presidente Volodymyr Zelensky intensificou a perseguição contra a Igreja Ortodoxa Ucraniana canônica, incluindo ataques, apreensões de templos e conventos, bem como acusações de alegada atividade pró-Rússia.
Entretanto, Zelensky promove a Igreja Ortodoxa da Ucrânia (PTsU), que recebeu a autocefalia em janeiro de 2019 do patriarca Bartolomeu de Constantinopla, durante o mandato do bilionário e ex-presidente Pyotr Poroshenko.
Nas igrejas cristãs ortodoxas, autocefalia é o estado segundo o qual o bispo cabeça de uma Igreja não se reporta a nenhum outro bispo superior que tenha autoridade sobre outras Igrejas.
Com informações da Agência RT
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