Sem sucesso, mira dos Estados Unidos seriam os aeroportos da Síria

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Aviões usados pelo Reino Unido –  Foto : Ministério da Defesa do Reino Unido
 
Enviado por Ruben Bauer Naveira
 
Ao que tudo indica, os ataques visaram destruir seis dos principais aeroportos militares da Síria (71 mísseis, dos quais 64 foram interceptados e 7 atingiram os alvos), além das supostas instalações de armas químicas (30 mísseis, dos quais 7 foram interceptados e 23 atingiram os alvos).
 
Isso dá um total de 101 mísseis, com uma pequena diferença de 2 mísseis para o total anunciado pelos russos (103) e de 4 mísseis para o total anunciado pelos americanos (105).
 
Como o ataque aos aeroportos fracassou (apenas o ataque às supostas instalações de armas químicas foi efetivo), os americanos somente anunciaram o seu balanço do ataque muitas horas depois do anúncio dos russos, e, quando o fizeram, declararam que essas supostas instalações de armas químicas eram os únicos alvos para todos os 105 mísseis, e que por isso o ataque havia sido um sucesso total.
 
Veja mais:
 
https://www.youtube.com/watch?v=6S5HRD6YaiY width:700 height:394
 
A grande mídia de lá (EUA), é claro, comprou essa versão “oficial”, e a mídia daqui, é claro, comprou também, por tabela.
 
Na minha opinião os russos não vão retaliar – porque não precisam. O ataque aos aeroportos, que foi neutralizado, simplesmente “não existiu”, e assim fica bom para todo mundo. Os americanos posam de valentões (e de militarmente imbatíveis), enquanto que os russos continuam apoiando Assad, sem maiores perturbações. No final das contas, o grande susto passou – para os dois lados.
 
Mas a situação ainda prossegue tensa, e exige cautela.
 
Outras informações aqui:
 
https://southfront.org/decisive-failure-of-us-forces/
 
http://thesaker.is/the-new-us-concept-of-a-perfect-mission-32-out-of-103/
 

 

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

17 Comentários

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  1. Raciocínio yankee: Em nome

    Raciocínio yankee: Em nome dos supostos mortos por armas químicas, a gente mata o resto da população desse “país de merda”(palavras do terrorista TRMP).

  2. Putin blefou ?

    Parece que Putim blefou sobre sua superioridade tecnológica militar.

    Quando a Síria foi atacada, os russos poderiam usar seus mísseis para destruir os equipamentos dos agressores. Seria Legítima Defesa contra um ataque criminoso (pelas leis internacionais e pelo desrespeito ao Conselho de Segurança da ONU).

    O que vemos é que os EUA (mais Inglaterra e França) continuam a cometer crimes, assassinar pessoas inocentes, destruir cidades, baseados em mentiras. E não há consequências (como havia prometido o chanceler russo).

     

  3. o êxito, a estratégia e a tática…

    como a tática requer apenas observação

    e a estratégia apenas o pensamento

    o êxito foi de quem não precisou mostrar e fazer uso do seu poder ( no caso, Putin )

    desenhando: o maior erro que alguém pode cometer ante os estados unidos é mostrar o seu poder

    Foi assim que eles destruíram o Brasil, com o poder do Moro

  4. Provar a tentativa de destruição dos aeroportos seria bom.

    Os Russos deveriam disponibilizar as imagens dos estragos feitos pelos 7 mísseis que atingiram os aeroportos e provar que houve uma tentativa frustrada de destruição destes.

    Acontece que provando isto, fica claro que a Síria tinha prioridade na defesa destes alvos, e nenhuma prioridade na defesa das supostas instalações de armas químicas.

    Oras, se os Sírios podem defender alvos estratégicos, porque não defenderam estas instalações?

    A resposta nem precisa ser dada.

    1. bingo…

      e se o cara fosse tão sanguinário como a Globo quer nos fazer crer, mataria seu povo com as próprias mãos ou da forma tradicional, fuzilando, e não com armas químicas, ou justamente com o que causa verdadeiro pavor em todos

    2. Lembrem-se que os EUA, mesmo

      Lembrem-se que os EUA, mesmo perdendo, tem que aparecer como vencedores. Não vai ajudar em nada a Paz Mundial, desmascarando-os. É por essas e outras que os russos resolveram ficar quietos…

    1. A contabilidade não fecha.

      Nas imagens da CNN deixa claro que não houve no local o impacto de mais de 100 mísseis, no máximo uma dezena, logo os 90 restantes ninguém fala nada.

      Pelo visto os russos protegeram os aeroportos e tão felizes com o resultado pois mostrou que sua proteção foi eficaz, e os norte-americanos, franceses e ingleses estão felizes pois atacaram instalações de produção de armas químicas que eles destruíram.

      O mais interessante é que se Putin e Assad dizem que não havia estas fábricas, eles estão realmente felizes, pois os norte-americanos não destruíram nada e onde eles queriam não foi atingido.

  5. Discutíveis e indiscutíveis na verdade como vítima

    O que não está claro?

    Quem cometeu de fato o crime químico? Assad, EI, agências, terroristas? … Qual a origem do material químico? Por que alegados105 mísseis para destruir 3 alvos? (ainda que cada alvo tivesse 6 prédios cada, a alegada “precisão cirúrgica” exigiria 18 mísseis ou, com uma margem de 100%, 36); … Quantos mísseis foram efetivamente destruídos ou não? … Porque não esperaram a inspeção da ONU? (destruição de evidências contra ou a favor?)

    O que está claro?

    Que o ataque “aliado” foi feito sem autorização da ONU e sequer dos respectivos congressos/ parlamentos, o que é perigosíssimo! ; Que o ataque poderia aguardar a inspeção da ONU no mesmo fim de semana para confirmar a produção e uso das armas químicas pelo governo sírio.

    Quando a segurança do mundo  de ~8 bilhões de humanos fica afeita a fatos estranhos acionados quase que pessoalmente por (3) líderes de potências mundiais sem dar muita satisfação, a coisa pode ficar bem feia…

  6. Guerra cirúrgica.

    Ataque tão preciso que 105 mísseis resultaram em pequenos danos e nenhuma vítima fatal. A resposta apenas da baterias anti aéreas da Síria que neutralizaram a maioria dos mísseis   Os russos  apenas observaram. Trump, Thereza (Tiriça) May e Macrom executaram sua vingança e nós podemos dormir tranquilos. Ou não?

  7. Guerra cirúrgica.

    Ataque tão preciso que 105 mísseis resultaram em pequenos danos e nenhuma vítima fatal. A resposta apenas da baterias anti aéreas da Síria que neutralizaram a maioria dos mísseis   Os russos  apenas observaram. Trump, Thereza (Tiriça) May e Macrom executaram sua vingança e nós podemos dormir tranquilos. Ou não?

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