Suspeitos de ajudar agressores do Charlie Hebdo vão a julgamento em Paris

Charlie Hebdo, uma publicação satírica, conhecida por sua irreverência e acusada por críticos de racismo, foi atacada depois de publicar caricaturas depreciativas do Profeta Muhammad.

Jornal GGN – Em julgamento aberto, quatorze pessoas foram a julgamento em Paris sob a acusação de ajudar os homens armados que atacaram o semanário Charlie Hebdo e um supermercado há cinco anos, deixando 17 mortos.

Onze desses suspeitos compareceram ao tribunal lotado, nesta quarta-feira, para enfrentar as acusações de conspiração em um ato terrorista ou associação com um grupo terrorista – os outros fugiram para território controlado pelo ISIS na Síria ou Iraque antes dos ataques de janeiro de 2015 nos escritórios da publicação e no supermercado da capital francesa.

Charlie Hebdo, uma publicação satírica, conhecida por sua irreverência e acusada por críticos de racismo, foi atacada depois de publicar caricaturas depreciativas do Profeta Muhammad. Doze pessoas, incluindo alguns dos cartunistas mais famosos da França, foram mortos a tiros quando os irmãos franceses Said e Cherif Kouachi invadiram seus escritórios em Paris em 7 de janeiro de 2015. Um policial também foi morto quando deixaram o local.

No dia seguinte, mais um policial foi assassinado por Amedy Coulibaly, ligada a Cherif Kouachi, quando eles já estavam na prisão. Em 9 de janeiro, Coulibaly matou outros quatro homens durante uma invasão com reféns no supermercado judeu Hyper Cacher.

As pessoas que estavam nessas ações tinham ligações com o Al-Qaeda e o ISIS. Coulibay foi morta no supermercado, quando a polícia o invadiu, Os irmãos Kouachi foram mortos quando os policiais fizeram uma operação em uma gráfica onde estavam escondidos.

Nos próximos dois meses e meio, o tribunal ouvirá cerca de 150 especialistas e testemunhas.

Os suspeitos cúmplices enfrentam acusações que incluem financiamento do terrorismo, filiação a uma organização terrorista e fornecimento de armas aos agressores.

Os réus julgados à revelia incluem Hayat Boumedienne, parceiro de Coulibaly na época dos ataques, e os irmãos Mohamed e Mehdi Belhoucine.

O Charlie Hebdo, à medida que o processo avançava, reimprimiu as caricaturas polêmicas que provocaram indignação no mundo muçulmano quando foram publicadas pela primeira vez.

O diretor da publicação, Laurente ‘Riss’ Sourisseau disse que nunca desistirão. Ele foi ferido no ataque. A republicação das charges já atraiu nova condenação pelo Paquistão, enquanto o presidente francês Emmanuel Macron defendeu a ‘liberdade de blasfemar’.

Os ataques de 2015 geraram uma manifestação de solidariedade em Paris na época, atraindo mais de quatro milhões de pessoas, muitas segurando cartazes com o slogan “Eu sou Charlie”.

Com informações do Al Jazeera.

Redação

1 Comentário

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  1. A barbárie começa desta forma: primeiro censurando simples comentários dos Leitores da Imprensa. A própria Imprensa que se diz Democrata é parte do crime. Depois o Estado censura a Imprensa. O próprio Estado que se diz Democrata é parte do crime. Depois vem o Terror que se crê no Direito de cometer tal barbárie. Somente então, Estado e Imprensa que se julgam libertários e democratas, dizem enxergar a barbárie. Não é surreal?!

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