
O novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não se preocupa em economizar protagonismo nos conflitos de Israel em Gaza. Com a suspensão da entrega de reféns pelo Hamas, após Israel ter infrigido o acordo de cessar-fogo, Trump fez ameaças aos palestinos, afirmando que Israel irá cancelar, definitivamente, o cessar-fogo se o Hamas não entregar os reféns até sábado ao meio dia.
“O inferno vai explodir”. Assim disse Donald Trump, após o Hamas ter suspendido a libertação de mais reféns no último sábado (08). A decisão do grupo ocorreu após Israel violar os termos do acordo de cessar-fogo, colocando em risco a frágil trégua na região, que estava em vigor desde 19 de janeiro.
O Hamas alega que Israel tem bombardeado e disparado contra palestinos, na contramão do suposto cessar-fogo. Além disso, o grupo afirma que Israel também atrasou o retorno de palestinos deslocados ao norte de Gaza e bloqueou a entrada de suprimentos de ajuda humanitária neste período.
Com base nas múltiplas violações alegadas, o Hamas anunciou a suspensão da entrega de reféns. Em resposta, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, convocou uma reunião junto ao Gabinete de Segurança, na manhã desta terça (11) para decidir os próximos passos.
Entretanto, Donald Trump se antecipou a Netanyahu e já proferiu, ainda nesta segunda-feira, ameaças contra os palestinos.
Trump disse que se todos os reféns mantidos em Gaza não forem devolvidos até o meio-dia de sábado, o acordo de cessar-fogo seria cancelado por Israel.
Também nesta segunda (10), Trump havia adiantado os seus planos de tomar Gaza, tornando o território de propriedade dos Estados Unidos: “Palestinos não terão nenhum direito de retorno se os EUA tomarem Gaza”, afirmou.
Em entrevista à Fox News, Trump disse que os palestinos receberiam “moradias muito melhores” em países vizinhos, em referência à Jordânia e ao Egito. A estes países, Trump também já proferiu ameaças de bloqueios econômicos e ajuda se eles não aceitarem os palestinos realocados de Gaza, segundo os seus projetos.
Da Casa Branca, nesta segunda, Donald Trump disse que os EUA poderiam reter a ajuda aos dois estados árabes. Anteriormente, Cairo rejeitou “qualquer compromisso” que infringisse os direitos dos palestinos.
Nesta terça, o rei Abdullah II da Jordânia, que está em Washington, deve se encontrar com Trump.
Com informações da DW, Fox News, NBC News e agências internacionais.
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