Trump começa a agir e um dos focos é o Departamento de Educação

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

Reeleito, republicano anunciou que pretende abolir pasta do governo federal – mas não se sabe se Congresso vai aprovar decisão

Foto: RS/ Fotos Públicas

O presidente eleito dos Estados Unidos Donald Trump prometeu abolir o Departamento de Educação ao longo de sua campanha, afirmando que a pasta representa o excesso de influência federal na vida das famílias

“Vamos drenar o pântano educacional do governo e acabar com o abuso do dinheiro dos seus contribuintes para doutrinar a juventude americana com todo tipo de coisa que você não quer que nossa juventude ouça”, disse Trump durante comício em Wisconsin.

Como explica a CNN norte-americana, o Departamento de Educação ganhou status ministerial no governo de Jimmy Carter, em 1979, e seu fechamento exige um ato do Congresso norte-americano.

Os apelos pela extinção do Departamento de Educação não são necessariamente novos: o republicano Ronald Reagan pediu a eliminação apenas um ano após o início de seu mandato, em 1980. A operação não foi adiante por conta do pouco apoio no Congresso.

A administração de Trump propôs a fusão dos departamentos de Educação e Trabalho em uma agência federal durante seu primeiro mandato e, embora os republicanos controlassem o Senado e a Câmara dos Representantes na época, a proposta não foi a lugar nenhum.

A expectativa dos republicanos é de obter o poder unificado a partir de janeiro: embora tenham a maioria no Senado, o equilíbrio de poder na Câmara dos Representantes não está definido.

Orçamento bilionário em mãos

Algumas das principais tarefas do Departamento de Educação norte-americano envolvem a administração do orçamento federal apropriado pelo Congresso para escolas de ensino fundamental e emédio, além do gerenciamento dos programas federais de empréstimos estudantis e auxílio financeiro.

Apenas dois dos programas de financiament – Título I, voltado para crianças de famílias de baixa de renda, e o IDEA, que fornece recursos para atender às necessidades de crianças com deficiência – fornecem cerca de US$ 28 bilhões/ano para as escolas norte-americanas.

O Departamento de Educação também distribui cerca de US$ 30 bilhões por ano para estudantes universitários de baixa renda por meio do programa de subsídios Pell e administra o portfólio de empréstimos estudantis de US$ 1,6 trilhão.

O financiamento federal normalmente representa cerca de apenas 10% de todo o financiamento escolar, e o restante tem origem em impostos estaduais e locais. Dito isso, as escolas receberam financiamento federal adicional nos últimos quatro anos para ajudá-las a se recuperar da pandemia da Covid-19.

1 Comentário

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  1. Musk vai pentelhar no Departamento de Eficiência Governamental” dos EUA. Ele vai servir a dois senhores: o setor privado – Tesla e SpaceX – e ao setor público, no Departamento de Eficiência Governamental.

    Independentemente do conflito de interesses público-privado, o certo é que, como disse Jesus Cristo, ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar um e amar o outro ou se dedicará a um e desprezará o outro. Então ou a SpaceX e a Tesla ou o Departamento de Eficiência Governamental dos EUA será desprezado por Musk. Destarte, nesse novo ‘bico’, o Musk certamente se dedicará muito mais às suas empresas do que ao Departamento de Eficiência Governamental

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