Aécio, sua irmã e parlamentares são alvos de Operação da PF

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Foto: Marcelo Camargo/ABr
 
Jornal GGN – Aécio Neves (PSDB-MG) e sua irmã, Andréa Neves, foram alvos de mandados de busca e apreensão, por Operação da Polícia Federal na manhã desta terça-feira (11). Além deles, o deputado federal Paulinho da Força (SD-SP), e os senadores Agripino Maia (DEM-RN) e Antonio Anastasia (PSDB-MG) também são investigados na ação.
 
A apuração imputada contra o tucano é por compra de apoio político do partido Solidariedade, por R$ 15 milhões, e emissão de notas fiscais frias em doações de campanha e caixa dois. As acusações partiram da delação premiada de Joesley Batista e Ricador Saud, da J&F. 
 
Saud e Batista descreveram o repasse de R$ 110 milhões de propina ao senador tucano. Em maio do último ano, um repasse de R$ 2 milhões em dinheiro vivo ao primo de Aécio, Frederico Pacheco, foi acompanhado em ação da Polícia Federal, com autorização do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF).
 
Mas o caso atual é de suspeita de simulação de serviços para alimentar a campanha do senador, que efetivamente não teriam sido prestados, envolvendo, assim, a participação de empresários que emitiram notas fiscais de fachada. 
 
Denominada Operação Ross, os crimes investigados são de corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Aécio e Andréa Neves tiveram suas propriedades alvos de buscas e apreensões no Rio e em Minas Gerais.
 
Por se tratar de compra de apoio político, os endereços de Paulinho da Força (SD-SP), em São Paulo, também receberam equipes da Polícia Federal. Já as residências de Agripino Maia (DEM-RN) e Antonio Anastasia (PSDB-MG) e os deputados federais Benito da Gama (PTB-BA) e Cristiane Brasil (PTB-RJ) não foram alvos, por negativa do ministro Marco Aurélio Mello, que considerou desnecessária a atuação nas propriedades dos demais parlamentares.
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

6 Comentários

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  1. A quem querem enganar ? Será

    A quem querem enganar ? Será mesmo que esperam achar algo, passado tanto tempo da denuncia ?

    FATO – o escandalo atual envolve BOZO e seus baby-sauros  ..qq carnaval tardio feito a casos manjados deve ser encarado como dissimulação, ou tentativa de desviar a atenção da sociedade pros OGROS que já já tomarão o Planalto de assalto

     

  2. Não confio nessas ações da

    Não confio nessas ações da Polícia Federal, ainda mais com o juiz moro próximo de se tornar chefe da instituição. Parece ser uma ação para fazer com que o grupo tucano ligado ao Dória e ao Moro diminuírem a influência do Aécio no PSDB.

    Os próximos alvos dessas ações pirotecnicas da PF serão a Dilma, o Haddad e os filhos do Lula. Tudo isso é muito estranho!

  3. O Brasil da punição seletiva. Uma rápida reflexão.

    Ontem comentei no Twitter que a prisão, pela Lava Jato, do prefeito de Niterói, Rodrigo Neves (PDT), fazia parte do show do grupo de marketeiros para desviar o foco das denúncias sobre certa família acusada de se apropriar de salário de servidores. Rodrigo Neves, é bom lembrar, sempre teve posições progressitas; apoiou os reitores das universiades federais; apoiou Haddad etc. Bom, acho que está explicado. Sigamos em frente… 

    Hoje, acontece essa operação com buscas em endereços de pessoas ligadas (pessoas ligadas, frise-se) a Aécio Neves, Cristiane Brasil, Paulinho da Força, Agripino Maia etc. Ou seja: uma operação que “chove no molhado” em que tais políticos sequer foram alvos direitos, conforme foi equivodamente noticiado. Por que diabos tais políticos estão soltos? Mais um ‘round’ do show para forjar isenção e desviar o foco das denúncias que realmente importam nesse momento. 

    Para terminar, olha que interessante uma notícia que saiu semana passada: Geddel Vieira Lima e o irmão Lúcio foram denunciados por apropriação de salários de servidores num esquema que, ao longo de 3 décadas, teria rendido R$ 5,2 milhões. Pergunto: tal denúncia lembra de alguma outra que veio à tona também na semana passada? Aquela denúncia em que outra família, em apenas 12 meses, movimentou R$ 1,2 milhões rigorosamente no mesmo esquema – e com provas documentais? 

    Só pra refletir. 

  4. DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS

    Onde está o Espetáculo das Conduções? Das Prisões Provisórias? Do Maior Esquema Criminoso da República? Do Chefe da Quadrilha? Dos Powerpoint’s? E não estamos falando em sitiozinho ou apartamento de classe média. Somente na Suiça ( sem a abnegação e empenho dos Drs. Moro e Dellagnol), o governo daquele país, revelou Conta Bancária do Tucanato com 45 milhões. A outra Conta Bancária em nome da brasileira, quero dizer italiana, Filha de José Serra. Temos gravações, conversas, depoimentos, filmagens, dinheiro em cuecas e em malas, emissários com a propina em mãos, chantagens e extorsões transmitidas ao vivo. Não quero só criminalização e indiciamnetos. Quero ver toda Pirotecnia que somente a dupla do ShowBusiness Judiciário Moro?Dellagnol podem produzir. Porque agora, tanta timidez e sobriedade? 

  5. Alguns ministros do Supremo sabem alemão

    Operação Ross? Esse substantivo vem do alemão é pode significar general ou cavalo de corrida. Que sera esse cavalo de corrida? Aécio ou…

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