Balanço do protesto pró-impeachment é tema do Brasilianas desta segunda

Analistas discutem acontecimentos mais recentes do cenário político brasileiro
Participe com as suas perguntas, que podem ser selecionadas durante a gravação. Clique aqui.
 
 
Brasilianas.org – Ao longo de 2015 grupos descontentes com a eleição da presidente Dilma Rousseff organizaram uma série de protestos pelo seu impeachment. A data que levou mais pessoas as ruas no ano passado foi o dia 13 de março e, um ano depois, os coletivos pró-impeachment voltam a chamar as pessoas para as ruas pedindo a saída de Dilma.
 
Desta vez, em 2016, o espírito de inconformidade de parte da massa dos brasileiros vem com uma carga a mais relacionada aos últimos acontecimentos políticos da Lava Jato envolvendo o ex-presidente Lula. Segundo balanço divulgado por organizadores dos eventos e pelas polícias militares das cidades onde aconteceram os protestos, pelo menos, 3 milhões de pessoas foram as ruas em 239 cidades. Os organizadores haviam convocado atos em cerca de 400 municípios do país. Em 2015, as manifestações ocorreram em 212 municípíos.
 
O volume de pessoas que foram às ruas também foi maior. Em São Paulo, por exemplo, em 15 de março de 2015, o Datafolha apontou 210 mil pessoas. Já em 13 de março deste ano, segundo o mesmo instituto, 500 mil pessoas ocuparam a Av. Paulista pedindo impeachment da presidente. Mais uma vez a Polícia Militar de São Paulo divergiu dos cálculos do Datafolha. Para ela, cerca de 1,4 milhão de pessoas foram à Avenida Paulista. No protesto de 15 de março de 2015, a PM calculou 1 milhão de manifestantes. 
 
Para fazer um balanço dos recentes protestos pelo país e da temperatura no cenário político, nesta segunda (14), às 11h da noite, o programa Brasilianas.org exibe debate com o cientista político e professor do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da UERJ, Fabiano Santos, o consultor de empresas americanas e chinesas no Brasil e ex-consultor do IRI-International Republican Institute, braço externo do Partido Republicano, André Araújo, e o professor da Faculdade de Direito da USP e editor do blog Direito e Sociedade do Estadão, Rafael Mafei Rebelo Queiroz.
 
Participe você também, mandando perguntas. Clique aqui.
Como o programa é gravado, horas antes, as perguntas serão selecionadas até às 16h.
 
Confira nesta segunda (14), entrevista completa às 23h, na TV Brasil.
Saiba aqui como sintonizar a TV Brasil.
 
 
 
 
Redação

17 Comentários

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  1. Nem deu 210 mil no ano

    Nem deu 210 mil no ano passado na Paulista; nem 500 mil ontem: TODA A AVENIDA PAULISTA tem 2.730×40 metros (média), o que dá 110.000 metros quadrados, que, multiplicados pela ocupação de solo máxima possível por pessoas – 4 por metro – vai dar 440 mil. ATAPETADO, de ponta a ponta. Onde a folha achou esses 500 mil e a PM de Alckmin esse 1 milhão e meio?

    No Rio não foi diferente: a maior concentração, no pico, que ocorreu na praia de Copacabana o foi entre as esquinas das ruas Júlio de Castilhos e Rua Bolívar, e somente na pistas asfaltadas e calçadão 51 mil metros quadrados com densidade de dois por metro: 105 mil.

    1. Mas vc está partindo da

      Mas vc está partindo da premissa que ninguem entrou nem saiu dessa área em algum momento. Ou acha que todo mundo ficou estático na Paulista das 9 da manha até as 5 da tarde o todo o tempo?

      1. Então me explique

        O data falha e a pm que está agora perseguindo os sindicatos paulstas ( agora virou ilegal sindicatos e ser sindicalizado) contou um a um os que entravam e saiam? Com CPF e tudo?

      2. Tem catraca, RG e turnos p/ “entrar e sair” da avenida?

        Ora, vc parte da premissa (falsa) que havia 4 pessoas / m2 da Consolação até a Bernardino. E vc sabe que não havia.

        Se vc considerar que a densidade de 4/m2 se esvai para longe do centro, digamos para 3, 2 e 1 / m2 nos extremos, vc chega a quase uns 280 mil.

        Se vc trocar 80% do povo (que não é fato também) no período de 14 as 18h que foi o horário do evento, chegaria aos mesmos cerca de 500 mil.

        Isso porque eu estou com muita boa vontade com a sua subjetiva torcida .

  2. Micareta no Prostesto

    http://noticias.terra.com.br/brasil/publico-cresce-e-protesto-em-sp-ganha-abadas-area-vip-e-cover-de-bon-jovi,86cc93479e25410532b9ca08302ea1e507l1noc6.html

     

    Vejam o relato dos protestos, estava mais para uma micareta, já que havia abadás, trio elétrico, sub celebridades e área VIP. Como devem ser levados a sério se estavam buscando diversão em vez de protesto político, mostrando descontentamento real com a situação do País.Jeff

  3. Acho que está havendo

    Acho que está havendo supervalorização das manifestações de ontem por conta do oba-oba que a mídia golpista está fazendo? A esmagadora maioria dos participantes era gente que votou em aécio na eleição que foi insuflada a não se conformar com o resultado da eleição. Acho que está na hora de colocar as coisas em suas devidas proporções. Além disso não se percebe uma consistência de motivos, só uma histérica gritaria de Fora Dilma, Fora PT, Fora Lula e Viva Moro.

  4. Manifestação de domingo

    Ontem a classe média foi ao paraíso. Pelo menos é o que diz a pesquisa do Datafolha sobre o perfil dos participantes da monumental manifestação ocorrida na Paulista.

    Trata-se apenas de uma constatação e não uma forma de desqualificação a priori do movimento, o que não impede de se registrar que a catarse classemedista jamais revelou valores generosos ou formas de meios de aperfeiçoar a democracia.

    Historicamente, quando esse estrato social resolveu abandonar a segurança do lar, do clube ou do condomínio e ocupar o espaço público – que rejeita e teme – houve o golpe de 1964. Collor, o caçador de funcionários públicos lenientes e de gordos holerites, e, bem antes, Jânio Quadros, o homem que varreria a bandalheira, são os típicos produtos desse arranjo voluntarista quando exitoso. O resultado prático dessas investidas dispensa comentários.

    Muito longe de refletir toda a diversidade da sociedade brasileira, o povo que tomou as ruas de São Paulo não despreza apenas os políticos; despreza a própria política como arte e ofício de administrar conflitos, sem aniquilar o oponente.

    Sob a sua ótica mediana, há sempre uma solução “científica” para os problemas, que deve ser adotada preferencialmente sem debates, acordos, ajustes ou reflexões, restando aos perdedores a resignação ou a coerção punitiva. Por essa concepção, essencialmente reducionista, a política é “techné” – relação entre seres humanos e coisas – e não “praxis”, ou seja, relação entre seres humanos.

    A consciência coletiva da classe média enxerga a sociedade como um computador. Basta dar os comandos adequados para as soluções surgirem, peremptórias e inapeláveis, na tela. Tudo muito simples, na medida do alcance de sua racionalidade. Os políticos, os partidos, os maçantes debates no parlamento, os ritos judiciais, as eleições com seus custos e resultados imponderáveis, só complicam.

    A saída, segundo a classe média, é vertical e deve ser imposta por uma autoridade moralmente superior, incorruptível, atemporal e a-histórica. Ou seja, um ser mitológico capaz de revelar a verdade técnica.

    Nos anos 60, esse papel seria desempenhado pelas Forças Armadas. Hoje, cabe aos cavaleiros templários liderados por um juiz de primeiro grau, que, no rastro dos atropelos a direitos e garantias fundamentais, com seu populismo judicial e julgamentos a jato, foi se assenhoreando de certa liderança. É simbólico que a moderna São Paulo da avenida Paulista, com a sua elite internacionalista e poliglota, entronaria o juiz Sérgio Moro. Já o Rio de Janeiro de Copacabana, com sua decadência crônica e seu olhar voltado para um passado glorioso, tenha apelado pela ação redentora de um filho da pátria armada, Jair Bolsonaro.

    As lideranças da oposição formal, que açularam por anos a fio esses instintos por meio de seus amigos na imprensa, foram escorraçadas da avenida, o que foi mesmo uma novidade.

    Aécio, o estuário dos votos de boa parte dos presentes, depois de ouvir verdades inconvenientes, deixou a manifestação sob a advertência de um paisano que trajava a camisa da CBF: “não pense que estamos aqui para lhe entregar o poder de bandeja!”. A frase deve ter-lhe doído mais do que a derrota eleitoral de 2014 e, se lhe ocorre algum conhecimento de história, deve lhe ter trazido a lembrança o papel de Carlos Lacerda no golpe de 64 e sua desenfreada ambição não realizada pelo poder.

    Ainda que expressivos, os movimentos de ontem não vão derrubar o governo. A sua narrativa é uma fábula sem heróis capazes – Moro e Bolsonaro são apostas que se equivalem pelo exotismo – e sem um enredo para o país, o qual, mesmo que elitista e excludente, precisa ir além dos chavões e lugares-comuns. Lobão, Reinaldo Azevedo e Olavo de Carvalho, autores preferidos de muitos dos manifestantes, ainda não alcançaram este nível de formulação.

    O que pode derrubar o governo é a sua atávica incapacidade de liderar o processo. O governo Dilma é um mamute sonolento prestes a hibernar. Resta saber se ainda há energia popular suficiente para despertá-lo.

     

     

  5. Gostaria de ver um único tucano…

    Aguentar por apenas uma semana (não precisa nem ser por um mês) o tipo de perseguição que o PT, Dilma e principalmente Lula sofrem diuturnamente há anos nas mãos do PIG. Gostaria que todos os que acusam de boca escancarada passassem por esse tipo de constrangimento e perseguição por apenas uma semana. Não sobraria um em pé.

  6. Não é só o povo que vai entrar de gaiato

    Nesse trem de impitiman. Deputados e Senadores tambem. Os votos das pessoas que sairam às ruas ontem foi, é e será, daqui a dois anos nas eleições legislativas, do psdb, do dem, do psc do Bolsonaro. O parlamentar que achar que votando a favor da onda vai ficar bem na fita, esqueça, a onda passará, os votos dos que a movimentam já tem dono. Os 97% de votos restantes teram que ser carimpados e o assunto impitiman ja será passado.

  7. 13/mar/16, o melhor q pode-se dizer é: MAIS … do MESMO

    Ou seja, querem contar números (farsescos ou não)

    Esperem até 2018, e terão uma contagem mbem mais científica, relevante e efetiva.

    O resto é passeio dominical na praia ou na Paulista.

    Com direito a abadá e local VIP.

  8. Impedimento

    Considerando o censo de 2010, considerando que nesta época contavam 190 milhões de braileiros, considerando que manifestantes não são 100% de eleitores, considerando que na maior manifestação foram contados 500 mil, considerando que os veículos de comunicação fizeram campanha para o “derruba”, considerando  os estados e a distribuição demográfica, considerando o movimento dos cara-pintadas e os brasil-“livre”, considerando que o estado de São Paulo é reduto do PSDB, pois está na administração por muito tempo, considerano os votos da candidata Dilma, a soberania do voto não pode ser Impedida. 

  9. Ninguém pode negar que os 2

    Ninguém pode negar que os 2 fatos envolvendo o Lula, amplamente explorados pela globo e cupichas, levaram muita gente para as manifestações. Fora trio elétrico e cobertura global de carnaval.

     

    Vamos ver se vai ter essa cobertura no dia 18

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