
A Polícia Federal indiciou o ex-presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Marcelo Xavier, por não ter tomado providências para combater a insegurança gerada pelos conflitos na região amazônica. A negligência resultou na morte do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips.
Xavier respondeu pela Funai entre 2019 e 2022. Apesar das várias notificações sobre a violência na região, que também vitimou o servidor Maxciel dos Santos, nenhuma providência foi tomada.
De acordo com as investigações, Xavier e Alcir Amaral Teixeira, ex-vice-presidente da Funai, tinham conhecimento do risco de vida dos servidores do órgão desde reunião realizada em 9 de outubro de 2019. Assim, eles teriam assumido o risco de possíveis homicídios.
Em vez de providências às diversas ameaças a Bruno e Dom, os líderes trabalharam pelo desmonte da estrutura do órgão.
O caso
Bruno Pereira e Dom Phillips desapareceram em junho de 2022 na região do Vale do Javari, no Amazonas. Assassinados com armas de caça, os corpos foram encontrados no dia 15 de junho.
Após as reconstituições e investigações do caso, a Polícia Federal afirmou que o traficante Rubens Villar, conhecido como “Colômbia”, foi o mandante dos assassinatos.
Foram indiciados Amarildo da Costa de Oliveira, Oseney da Costa de Oliveira e Jefferson da Silva Lima pelas mortes do indigenista e do jornalista, após denúncia do MPF em junho de 2022, e que agora segue na justiça.
LEIA TAMBÉM:

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.