Como o PT blindou o PSDB e se tornou alvo da PF e do MPF

De como o governo Lula profissionalizou a PF mas não a política

Mais do que questões partidárias, a motivação maior da Operação Lava Jato é a revanche de duas operações anteriores que foram sacrificadas pelo jogo político: a Satiagraha e a Castelo de Areia. E é um exemplo eloquente dos erros de Lula e do PT em relação à Polícia Federal.

No primeiro governo Lula, o Ministro Márcio Thomas Bastos mudou a face da PF e do combate ao crime organizado no país. O reaparelhamento da PF, a criação da Sisbin (Sistema Brasileiro de Inteligência), o preparo de procuradores e policiais federais para, junto com técnicos da Receita e do Banco Central, entender os becos intrincados do sistema financeiro, tudo isso fez parte de um processo que mudou o patamar de competência tanto da PF quanto do MPF.

Tinha-se, agora, pela primeira vez no país um sistema de combate ao crime organizado e, ao lado, um modelo político ancestral trafegando na zona cinzenta da legalidade, cujos exemplos anteriores foram as revelações trazidas pelas CPIs do Banestado e dos Precatórios.

Estimulados, os agentes e procuradores saíram a campo para enfrentar o maior desafio criminal brasileiro: desbastar a zona cinzenta onde circulavam recursos do narcotráfico, de doleiros, de corrupção pública e privada, de esquentamento de dinheiro, das jogadas financeiras, e por onde passavam as intrincadas relações entre política e negócios que estavam na base da governabilidade do país.

Quando calhava de delegados e procuradores encontrarem um juiz justiceiro de primeira instância, colocava-se em xeque todo o sistema de blindagem historicamente praticado no país.

Duas das mais expressivas operações – a Satiagraha e a Castelos de Areia – pegavam o coração da máquina tucana.

A primeira centrava fogo em Daniel Dantas, do Banco Opportunity, principal beneficiário do processo de privatização, sócio da filha de José Serra, administrador dos fundos do Instituto Fernando Henrique Cardoso, pessoalmente favorecido por ele, quando presidente da República,  em episódios que se tornaram públicos – como seu jantar no Palácio do Alvorada, cuja sobremesa foi a cabeça de dirigentes de fundos de pensão que se opunham a ele.

A segunda, a Castelo de Areia, pegava na veia os acordos de empreiteiras com os governos José Serra e Geraldo Alckmin. Quem leu o inquérito garantia haver provas robustas, inclusive, dos acertos para tirar das costas dos presidentes de empreiteiras a responsabilidade criminal pelas mortes no acidente com o Metrô.

Satiagraha foi abortada pela ação conjunta do Ministro Gilmar Mendes – defendendo o seu grupo político – e do próprio Lula, afastando Paulo Lacerda da Abin e os policiais que conduziam a operação, depois dos factoides plantados pela Veja e por Gilmar. E também devido às investidas da operação sobre José Dirceu.

Foi a primeira chaga aberta nas relações da PF com o PT e Lula.

No caso da Castelo de Areia, a alegação foi de que a investigação começou a partir de uma denúncia anônima. Especialistas que analisaram o inquérito, do lado das empreiteiras, admitem que não havia erro processual. O inquérito era formalmente perfeito. Terminou no STJ de forma estranha, negociado pelo ex-Ministro Márcio Thomas Bastos, na condição de advogado da Camargo Correia.

Foi assim que o PT, através de seus Ministros e criminalistas, livrou o PSDB dos seus dois maiores pepinos, mas ficou com uma conta alta espetada nas costas.

A revanche veio no pacto da Lava Jato, entre PF, MPF e o sucessor de Fausto De Sanctis: Sérgio Moro – que teve papel central não apenas na Lava Jato mas na AP 470, do mensalão, como assessor da Ministra Rosa Weber.

A rebelião da primeira instância

A anulação da Satiagraha e da Castelo de Areia nos tribunais superiores produziu intensa revolta entre juízes de primeira instância, MPF e PF.

Tome-se o caso da Satiagraha.

A lei diz que decisão de juiz de primeira instância precisa passar primeiro pela segunda e terceira instância até chegar ao STF (Supremo Tribunal Federal). No controvertido episódio da concessão de dois habeas corpus, Gilmar Mendes atropelou a lei e as próprias decisões do juiz Fausto De Sanctis e mandou soltar os detidos.

Houve abusos, sim. O show midiático com a TV Globo, a prisão do ex-prefeito Celso Pitta, já doente terminal e outros. Mas também foi  divulgada uma conversa de Dantas afirmando que o desafio seria passar pela primeira instância, pois nas instâncias superiores havia “facilidades”.

Conseguiu não apenas os dois HCs de Gilmar, como sua participação em dos factoides criados para a revista Veja e, depois, trancar a ação no STJ (Superior Tribunal de Justiça), de onde até hoje não saiu.

Todo o desgaste da Satiagraha e da Castelo de Areia, perante a opinião pública transformou-se em blindagem para a Lava Jato. Com o agravante de, no Ministério da Justiça, encontrar-se o mais inodoro Ministro da história da República.

Se os alvos fossem tucanos e o Ministro relator do STF Gilmar Mendes, não haveria problemas. Gilmar atropelaria a lei e concederia os HCs. E o Ministro Cardozo agiria valentemente em nome do “republicanismo”.

Agora, tem-se na relatoria do STF um Ministro técnico, formalista, sem vinculações partidárias. No Ministério da Justiça, um Ministro anódino, incapaz de conter os abusos “em nome do republicanismo”. Na Procuradoria Geral da República, um procurador geral empenhado com a sua reeleição tendo como principal opositor um colega que critica sua “leniência” (!!!) na Lava Jato. Finalmente, uma imprensa que ajudou a liquidar com a Satiagraha pelas mesmas razões que, hoje em dia, defende a Lava Jato.

Como é um jogo de poder, procuradores, delegados, Moro não se pejam em montar alianças com grupos de midia claramente engajados no jogo de interesses políticos e comerciais, alguns deles em aliança com o crime organizado.

O jogo poderia ter se equilibrado um pouco se o PGR aplicasse a lei e atuasse contra vazamentos de inquéritos sigilosos ou pelo menos aceitasse a denúncia contra Aécio Neves. Seria uma maneira de mostrar isenção e impedir a exploração política do episódio.

Mas hoje em dia a corporação MPF é fundamentalmente anti-PT. A ponto de fechar os olhos quando um ex-PGR, Antonio Fernandes dos Santos, livrou Dantas do mensalão e, logo depois, aposentado, ganhou um mega-contrato da Brasil Telecom, quando ainda controlada pelo banqueiro.

Enfim, o PT colhe o que plantou. E o PSDB planta o que não colheu.

Luis Nassif

146 Comentários

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  1. Juiz Federal Moro não pode ter cônjuge trabalhando para PSDB!!!

    Por gentileza observar o detalhe no parágrafo abaixo a respeito de CÔNJUGE:

     “Hipótese de impedimento de realizar a(uma) auditoria, principalmente a relacionada com a independência do auditor em relação à companhia a ser auditada (vínculo conjugal vínculo de parentesco, vinculo como sócio, vinculo como administrador ou qualquer outra situação de conflito de interesses)”

  2. Como já postei em outro

    Como já postei em outro tópico, talvez a Lava Jato acabe tendo um gosto amargo também para os tucanos.

    Se eu fosse um empresário, por mais simpatizante do PSDB que pudesse ser, preso por uma PF tucana, seguindo ordens de um juiz escancaradamente tucano e fosse mantido preso ilegalmente por vários dias, semanas ou meses, certamente me sentiria irremediavelmente traído.

    Será que o PSDB espera estar nas boas graças de todas essas empresas envolvidas na Lava Jato, onde as motivações políticas são claras como o dia? Será que os empresários e suas empresas se sentirão confortáveis em serem usados como bucha de canhão em uma operação para atingir o PT?

    Com as ilegalidades cada vez mais frequentes, a anulação da Lava Jato nas instâncias superiores se torna mais e mais uma possibilidade muito concreta.

    E aí? O PSDB vai dizer “foi mal, mas agora que foi tudo cancelado, contamos com seu apoio (dinheiro)”?

    1. As vezes acho que são propositais

      os constantes vazamentos e as prisões, acho que ñ querem ir até o fim com o processo, mas, que ele seja anulado para que a oposição tenha como argumento uma manipulação do PT no processo

       

      achismo…

    2. Sim.
      Eles pensam no

      Sim.

      Eles pensam no futuro.

      Sabem que qualquer Governo menos leniente não permitiria nem perto desses abusos que estão ocorrendo.

      Viu a coluna da Monica Bérgamo de hoje ? Estão todos preocupados, na verdade, se a coisa se aprofundar, a Dilma é que vai correr mais riscos.

      1. Claro que estão preocupados,

        Claro que estão preocupados, a Dilma finge que o problema não é com ela, e o Ministro da Justiça que tem por obrigação coibir os abusos de seus subordinados não faz NAAAADDDAAA!

    3. Script

      Os bons homens sempre encontram um excelente acordo.

      Nessa fase a corda vai esticar entre os empresários e o Moro, mais adiante eles se encontrarão na mesma sala e salões.

      Aqueles que ficaram de fora terão de lidar com a justiça.

      O que comanda hoje e fornece combustível à LAVA-JATO é a associação secular de um juiz (Moro) e um meliante. Youssef. Ambos conhecidos intimos de longas datas.

      O que impede a análise e desnudamento dessa patranha é a chancela da grande imprensa.

      Tudo indica é que em sua primeira delação o Alberto recebeu mesmo como prêmio foi autorização para caçar e voltar a se apresentar ao magistrado com grandes animais em sua oferenda.

      1. Complementando, voltar ao que

        Complementando, voltar ao que sempre foi,( corromper impunemente ) sem ser incomodado, vale algum sacrifício para conferir veracidade e convencer a opinião pública ( que a culpa é do PT ).

        Não se esqueça que vender ao País, com as margens que quizer, é o melhor dos mundos.

         

        abçs

        1. Ainda, pelos acontecimentos

          Ainda, pelos acontecimentos dos últimos anos, tudo leva a crer que o objetivo principal é o de convencer o povo ( voto ), levando-o a acreditar que tudo foi dentro da lei e em ambiente democrático.

           

          abçs

      2. Complementando, voltar ao que

        Complementando, voltar ao que sempre foi,( corromper impunemente ) sem ser incomodado, vale algum sacrifício para conferir veracidade e convencer a opinião pública ( que a culpa é do PT ).

        Não se esqueça que vender ao País, com as margens que quizer, é o melhor dos mundos.

         

        abçs

    4. O PSDB quer virar a página

      Enfraquecer as empreiteiras e enterrar antigas alianças com elas.  O interesse é substituir toda a política de conteúdo nacional por tecnologia e serviços de outros países. Imagine o potencial  de corrupção com exclusividade e absoluta certeza de blindagem embutidos em possíveis contratos no exterior!

      É surpreendente a ingenuidade do público e a assombrosa falta de vergonha na cara do consórcio entreguista PSDB-mídia-bancadas fundamentalistas-justiça federal do Paraná. Eles são tão ratazanas que dependem do achacador escroque Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef.

       

  3. Sabe o que eu acho?

    Que vou sugerir ao pessoal do manchetômetro para acompanhar também os Blogs Progressistas e tenho certeza que eles vão constatar que, assim como na Grande Mídia, a maioria dos posts desses blogs também desqualificam o PT e seus membros, em qualquer área, em qualquer assunto.

    Hoje, aqui no Brasil, tudo, mas TUDO MESMO, é culpa do PT.

    Ser esculachado é culpa do PT, ter membros presos sem provas é culpa do PT, a “reação” do Congresso é culpa do PT, a ascensão social sem o devido salto de consciência política é culpa do PT.

    A única coisa que não é culpa do PT é um País que há 12 anos tinha uma economia que girava em torno de US$ 600 bilhões e estava entre a 14ª e 17ª Economia do Globo e hoje é de US$ 2.4 trilhões e está entre 7ª e 5ª Economia global.

    E olha, nem sou petista, mas é impossível não ver.

    A solução, segundo todas as análises nacionais, é o fim do PT.

    Assim mesmo, na base do Fascismo mais deslavado de todo o cnjunto da sociedade.

    Tá difícil!

    Abraços.

  4. O PT colhe aquilo que não plantou.

    O PT, inclui-se aí, sua expressão maior, LULA, terceirizaram a política, presumindo que bastaria desenvolver políticas sociais eficientes a partir do governo.

    Verdade seja dita: apesar dos inegáveis avanços econômicos e políticas sociais relevantes os governos do PT não contribuiram um milímetro com o avanço de Estado brasileiro no caminho da estabilidade democrática e do avanço da cidadania. Fugiu dos temas mais espinhosos: regulação da mídia, desmilitarização das polícias, garantias de direitos das minorias (abertamente), defesa ostensiva dos companheiros justicializados, escolha de pensamentos afins em postos chaves do poder, etc. Cabe aí não confundir vontades de governo com políticas de Estado.

    A situação se mostra tão preocupante que basta a assunção de um governo de direita para retroargimos anos nas relações institucionais. O PT e LULA terão de carregar e assumir tal responsabilidade.

    Alguns críticos sérios e honestos em suas análises já prenunciavam este estágio.

    E aqui vale a expressão de uma certa canção que afirma não ser a vida em sociedade somente pão e água. É preciso ideologia para sobreviver num mundo de interesses distintos e grupos litigantes.

    O PT colhe um Estado de Exceção porque não cultivou e litigou pelo Estado de Direito.

    1. Tem razão, mas fora isso, tem

      Tem razão, mas fora isso, tem também a questão economica, principalmente fiscal, na qual a Dilma foi muito mal e agora entrou em um buraco difícil de sair.

      Tudo isso somado, a situação do partido realmente não é boa.

      1. Imagine que de uma hora para

        Imagine que de uma hora para outra sua receita caia para menos da metade, o que voce faria?

        O grosso das exportações brasileiras, salvo engano , estão nas commodities, e algumas delas como as metálicas, capitaneadas pelo minério de ferro, cairam para menos da metade nos últimos meses, como prever?

        A classe política em sua maioria oportunista e ignorante criam planos mirabolantes para fugir das reformas indispensáveis, criando remendos como por exemplo a resolução 13 do senado federal, que associada ao regime de micro empresa, estimula a sonegação fiscal nos estados.

        Verdadeiros gênios.

        Não adianta culpar a Dilma, o problema não está nela. 

         

        1. Claro que a culpa não é da

          Claro que a culpa não é da Dilma, mas das mentiras dela, das manipulações contábeis, da incompetencia de sua equipe e da farsa da era lula.

          1. Marcio, tenho certeza que

            Marcio, tenho certeza que se pesquizar um pouquinho mais, não precisará ficar repetindo os mantras do Aécio, você deve ser mais inteligente que êle, aposto.

    2. É exatamente isso

      De certa forma eu já venho falando isso há um bom tempo. O Lula não aproveitou o capital político imenso que tinha para enfrentar o PIG (por exemplo) e hoje temos um PT de frouxos. Só para exemplificar: no Governo Lula foram feitas mais de 70 conferências em várias áreas e algumas delas foram relacionadas na área das comunicações e isso só ficaram no papel enquanto o PIG faz o que bem quer e não dá em nada. Quero está errado, mas acho que não tem volta.

       

       

      1. Capital político que virou

        Capital político que virou fumaça porque era como dinheiro falso: tinha aparencia de verdadeiro, mas não valia nada. A única coisa que não acabou foi a grana que ele faturou em cima dos idiotas úteis.

  5. Algumas lições para se tornar

    Algumas lições para se tornar um juiz-celebridade

    25 junho 2015PolíticaDeixe um comentário

    O professor Rogério nos brinda com mais um texto que põe o dedo na ferida, abordando essa nova loucura nacional: o juiz heroi nacional, que atropela leis e regras elementares do direito para prender o “inimigo”, os parentes do inimigo, os amigos do inimigo e os patrocinadores do inimigo.

    ***

    Tudo que você sempre quis saber sobre como melar um processo judicial mas tinha medo de perguntar

    Por Rogério Dultra, em seu blog Democracia e Conjuntura.

    Imagine que você é um juiz criminal e tem dois objetivos: a) transformar-se em herói nacional, prendendo grandes executivos, parlamentares e donos de grandes empresas com estardalhaço e em rede nacional, e, ao mesmo tempo, b) contribuir para destruição de um agrupamento político importante, porém incômodo, abrindo o caminho para que as assim consideradas elites tradicionais retomem o controle do Estado.

    Estes dois alvos, veja, são complexos e trazem um sem número de efeitos colaterais. Deverá evitar, acima de tudo, que os danos se voltem contra você.

    Mas a receita do sucesso é relativamente simples: feche negócio com o Ministério Público, que geralmente quer ver qualquer coitado que passa pela sua frente nas grades; transforme-se em associado eletivo e fonte de informação privilegiada para jornalistas da grande mídia e, o ingrediente fundamental da receita, mele o processo, isto é, evite que ele prospere para além dos factóides que você irá criar.

    Isto mesmo. Se você quer: a) aparecer de paladino da justiça, b) produzir dezenas de imagens simbólicas de empresários algemados e passando necessidade atrás das grades e, no final do tempo que você quiser, c) criminalizar e, ao final, sepultar o maior partido de massas do país, abrindo as portas para o modo usual de governo das elites, faça de tudo para que ninguém seja de fato condenado. Um rico algemado no jornal de hoje vale mais que mil políticos condenados não se sabe quando e nem por quem.

    Estabelecidas as linhas gerais, preocupe-se com os detalhes.

    Um pormenor de peso é o seguinte: uma coisa é o processo penal e outra coisa completamente diferente são os direitos previstos na Constituição. No processo, esses direitos não precisam ser obedecidos. Como você é um juiz e não um constitucionalista, nem defensor de direitos humanos para bandido, não se importe com a Constituição nem com o “devido processo”, ou mesmo com o “princípio” da legalidade (pois é só um valor), com a ampla defesa, nem com esse negócio de presunção de inocência. Se há presunção é porque os indiciados e réus têm culpa no cartório. Em resumo: não perca tempo com direitos fundamentais. Deixe isto para os Ministros do STF (mas lembre-se, o ideal mesmo é que este processo nunca chegue lá. Você não precisa disto: a ideia é que a República caia antes).

    Outra coisa relevante: nunca prenda ninguém com base em provas. Para que perder tempo e dinheiro público com investigações infindáveis, análises contábeis, escutas autorizadas, perícias de documentos, softwares, imóveis e contas, ou com testemunhas inalcançáveis. Prenda sem motivo. A doutrina o autoriza a fazer isto. Até mesmo a associação de magistrados vai apoiar a sua conduta. Praticamente todos fazem a mesma coisa. A diferença importante é que você vai fazer com ricos e políticos. Ma non troppo. Lembre-se: é tudo fogo de palha.

    Agora, se você quer mesmo brilhar em cada passo, preocupe-se que, em todos os movimentos da Polícia Federal, em cada conversa de seu grupo de Procuradores com a mídia e em cada folheada dos autos em segredo de justiça sempre vaze uma coisa. Pode ser um nome, ou melhor, uma lista de nomes de políticos que supostamente poderiam ser investigados, uma conta na Suíça (mesmo que declarada no Imposto de Renda), um bilhete que seja. Cada vazamento gerará uma avalanche de suspeitas, de teses, acusações e defesas que permitirão que os seus réus sejam vistos sempre como mais culpados e mais criminosos. E isto tudo sem que você precise escrever uma linha.

    Vão questionar os seus procedimentos. Afinal, ricos e poderosos geralmente têm bons advogados. Mas, lembre-se, você tem a mídia ao seu lado! Uma notícia de primeira página abafa a voz de qualquer advogado. Com a amplificação dos telejornais, com a repetição das redes sociais e com a chancela da dos periódicos impressos, as suas hipóteses virarão indícios, as suspeitas, provas e as delações – atente-se para as delações! – serão o combustível para a transmutação de qualquer dúvida em verdade. Afinal, um dedo em riste vale mais que mil análises contábeis.

    Outra coisa que vai demandar atenção é o trato com a classe política. Comece perseguindo o segundo escalão. Eles não estão acostumados a lidar com o mundo do direito. Se aproveite disso. Como você precisará de apoio nas cortes superiores para chegar ao estrelato, não se esqueça de bajular os Ministros do Supremo. Dê presentes para eles em forma de militantes presos. Um militante histórico algemado na Proclamação da República não tem preço. E irão te agradecer por isto. Não colocando nenhum óbice seja na prisão dos tubarões graúdos, seja na sua futura indicação. Pense nisto com carinho. Este é o seu gol.

    Mas, lembre-se, não vão deixar você em paz. Se prepare para isto e oriente seus familiares. O silêncio e a constrição são o melhor remédio. Deixe que a mídia faça o seu trabalho. Ela está ao seu lado e irá chancelar cada passo que você der. Ainda assim irão questionar a sua imparcialidade. Finja que não é contigo. Você acabará ganhando algum prêmio empresarial e sairá em editoriais e capas de jornais e revistas como um empreendedor de sucesso! Nem o Tribunal nem mesmo o Corregedor terão coragem de colocar freios em você, mesmo que você acabe falando ou dando declarações esquisitas aqui ou ali. No fundo, estarão todos te aplaudindo (ou com medo da repercussão negativa)!

    Apesar de ser a sua finalidade capital, não deixe o sucesso subir à cabeça. Você será convidado para dezenas de conferências, entrevistas, clubes e jantares. Todos o festejarão no supermercado, no shopping, na farmácia. Mas é você que tem a caneta. A responsabilidade da condução do processo é sua. E quando disserem que está na hora de prender um Presidente, pense duas vezes.

    Quem faz o trabalho sujo das elites tem prazo de validade. Dura o tempo que é útil. A sua principal tarefa é conseguir sair ileso do processo. Esta é a malandragem suprema. Veja: você irá desnudar como o judiciário realmente funciona – irá desagradar não somente a classe dos advogados, mas aqueles que se fiam que a justiça é correta e imparcial e aqueles que sempre se locupletaram dela mas o fizeram em silêncio; você será o vértice da luta de classes no país, pois o seu processo funcionará como catarse de uma violência social que se acumula há séculos, num país cujas elites são, no fundo, escravagistas; você colocará em questão a ordem jurídica, pois o direito e suas regras atrapalham o desenvolvimento de seu processo; você e o seu processo atacarão frontalmente a ordem democrática, já que a voz das urnas não é a voz que você ouve nas conferências, clubes e jantares – a voz das ruas deve ser calada; e você, caro amigo, você é uma peça substituível – um burocrata numa instituição entupida de burocratas com vontade de poder que nem você.

    Então, agora que o seu processo está em andamento, agora que você não pode voltar atrás nem que você queira – e você, convenhamos, não quer –, chegará a hora de encarar o imprevisível. A sua malandragem será ser capaz de improvisar na imprevisibilidade e voltar toda a energia reativa já gerada contra você a seu favor. Esta é a malandragem usual da classe política e da classe empresarial. O seu problema é que você fez direito. Não é nem político, nem empresário. Vai ter que se virar nos trinta. E como dizem no teatro para dar sorte – por que isto tudo, você sabe, é uma pantomima – Merda para você!

     

     

  6. Dúvida

    Me pergunto se os empresários que estão presos, investigados ou mesmo ameaçados:

    – Se sentirão traídos e/ou injustiçados, podendo causar um verdadeiro racha na Casa Grande?

    – Serão reduzidos a pó e servirão de exemplos para quem desafiar o poder da Casa Grande?

  7. Um velho filme se repete

    1. Paulo Lacerda não estava mais na Polícia Federal em 2008. Ele estava na ABIN e foi “saído” em função da farsa do “grampo sem áudio”, protagonizada por dois psicopatas: Gilmar Dantas e Demóstenes Torres.

     

    2. Quando Gilmar Dantas deu 02 Habeas Corpus em 48 horas para Daniel Dantas, no recesso do Judiciário, em 2008, foi apoiado por TODOS os Ministros do STF na volta do recesso, em 1º de agosto de 2008. 

     

    3. Se Lula e Tarso Genro erraram ao tirar Paulo Lacerda da ABIN e o Delegado Protógenes Queiróz da Satiagraha, porque cargas d’água Dilma e Cardozo erram agora, ao manter os agentes públicos nos seus devidos cargos?

     

    4. As Operações Satiagraha e Castelo de Areia estão tramitando no STF. A Castelo de Areia foi praticamente enterrada em fevereiro de 2015, pelo Ministro Luiz Roberto Barroso; a Operação Satiagraha, se não me falha a memória, está sendo relatada pelo Ministro Dias Tóffoli. 

     

    5. Repete-se neste momento o que houve com as CPIs do “”mensalão””. Ou seja, PSDB, PMDB, PP, mídia porca e mafiosa e agentes públicos atuam acumpliciados para livrar a cara de si próprios e para debitar tudo no velho e surrado “a culpa é do PT”.

     

    6. A Castelo de Areia pegava não apenas tucanos, mas também graúdos próceres do PMDB. Um ano depois da deflagração da Operação já referida, o PMDB selava a aliança com o PT para o pleito nacional (Michel Temer como vice de Dilma). Aliança montada milimetricamente por Lula. 

     

    7. O que tem debilitado o PT, desde 2003, é a manutenção de um governo de coalizão. Ao fazer alianças com toda a sorte de mafiosos, de ratos, de picaretas e de gangsteres existentes na face da Terra, o PT obrigatoriamente se sujou com tudo isso, ao mesmo tempo em que acordos múltiplos impediam as investigações contra os meliantes. 

     

    8. A pergunta que não quer calar é a seguinte: sem um governo de coalizão, num Congresso que tem 594 parlamentares, um partido pode governar, sozinho, não tendo sequer 1/6 do número de parlamentares?

    1. Visão torta sobre quase tudo…

      Paulo Lacerda reformulou a PF e saíu de lá para reformular a ABIN.

      Quando uma operação é divulgada, não quer dizer que naquele momento se inicia as investigações. Aquilo é o início da fase pública da investigação. A operação em questão, iniciou-se durante sua administração na PF. Por isso ele, na ABIN, continuou ajudando…porque era operação dele.

      Sobre a CAstelo de areia…

      O fato de estar tramitando, não quer dizer que um inquérito está tendo seu andamento normal.

      Estao tramitando também pedidos do MP para anulação da Lei da anistia. Isso quer dizer o que? Nada!

      CAstelo de areia foi anulada porque LULA resolveu anular. Ponto! Esta tramitando ainda??? Tanto faz!

       

      Sobre o HC de DAniel Dantas, a ilegalidade está NO FATO de pedido de HC ter sido ACEITO(para julgamento) pelo STF. Porque é obviamente ilegal perpetrar HC DIRETAMENTE no STF. E isso é de uma obviedade que fica até ridículo discutir este ponto.

      Uma vez aceito, os Minsitros concordaram. OK, mas isso não quer dizer que o HC era LEGAL porquea ilegalidade não era de mérito e sim de forma…que não foi julgada pelo PLENO. 

      A ilegalidade não é o fato de ter dado o HC, que provavelmente teria sido dado em outra instãncia. A ilegalidade foi ter JULGADO! A imoralidade está na VELOCIDADE em soltar QUEM  não tem FORO provilegiado. Isso é o que se discute e NÃO o HC em sí.

       

      E a ordem recursal descrita pelo NASSIF está incorreta. O tramite tem o STJ antes. O STF só analisa quando há alegação de violação de DIREITOS FUNDAMENTAIS. Não é jurisdição do STF emitir opinião que não seja sobre DIREITOS FUNDAMENTAIS. Tudo o que não trate de direito fundamental é jurisdição do STJ e é última instância.

       

      1. Não entendi as lamúrias…

        Não há nenhuma ou quase nenhuma divergência na tua avaliação sobre a ABIN, a PF, o Paulo Lacerda, os Habeas Corpus no STF ou a Operação Castelo de Areia e Satiagraha. 

  8. Então quer dizer que ficaram

    Então quer dizer que ficaram insatisfeitos com o malogro das operações anteriores, mas estão empenhados em proteger justamente os criadores do cargo de engavetador geral da república e do aparelhamento do estado para blindar figurões? Tem alguma coisa que está soando estranha. Será que alguém acha que num governo de direita eles teriam liberdade para investigar e punir quem não puderam investigar e punir nem no governo Lula?

    1. Eu também descartaria a

      Eu também descartaria a simples “Vendetta” dos membros da PF contra o PT. Se a hipótese da “vendetta” fosse factível, o alvo seria o diretor da PF à época, juntamente com o empresário e ministro do STF Gilmar Mendes (além da VEJA).

      Na minha opinião, trata-se mesmo é de preconceito de classe e de ideologia de direita que rege todas as polícias.

  9. Pô, Nassif…

    “Culpa” do PT, do PT, do PT…

    As ações “morrem” nos intestinos mais grossos e relacionários do poder judiciário e a culpa é do PT, do PT, do PT…..

    Que as crianças grandes da PF, do MP, do proprio juidiciário e sobretudo da imprensa inventem “tiorias” sobre o “projeto de poder” do PT, do PT, do PT é uma coisa, afinal, vivem acusando o “risco”, por exemplo, de que o STF se transforme em uma corte “bolivariana”, mas levar a sério isso como análise….

    É sempre a história de que o PT “combinou com os russos”…

     

    1. Petistas e simpatizantes

      Petistas e simpatizantes convivem com essa perseguição há muito tempo.  O bom disso é que maluco é maluco com todo mundo, depois dos petistas, quem virá? O PT tem que orgulhar-se de ser alvo dos fascistas; chato é ser parte daquele grupo que o fascista apoia ou nem nota a existência. QQ grupo que conte com a boa vontade dos fascistas já deveria estar se questionando. Se os malucos fascistas não estão preocupados com vc, provavelmente, vc é pior do que eles pq ou oferece apoio em forma de omissão ou sequer percebe o que está acontecendo. Ser desafeto de fascista, foi, é e sempre será uma honra. Ninguém menos que os próprios fascistas apontaram o inimigo e é o PT. Ainda bem que o Brasil reelegeu Dilma! Hoje tem um texto muito bom no FB e vou colar aqui:

      http://www.brasil247.com/pt/247/artigos/186407/Capetalismo.htm

       

      ” O diabo anda solto, não se pode mais vestir vermelho que se é achincalhado. Se sair todo de branco, leva pedrada na cabeça. Se usar as cores do arco-íris – todas juntas – será torturado.”

      Portanto, companheiro, se vc tá passeando, de boa; curtindo sua liberdade, em paz, sem ninguém te agredindo fisica/moral/psicologicmente, abre teu olho. Tem alguma coisa MUITO errada com vc e, provavelmente,daqui a 20 anos vai estar se perguntando que diabos aconteceu para termos chegado até aqui?

      ” 

  10. Simplismos.

    Como um panorama rápido, o texto agrada. O problema central é desprezar os detalhes, que neste caso, são determinantes para entender o todo, ou como queiram, a superficialidade.

    Primeiro: Não é impossível que haja múltiplos interesses, mais ou menos “republicanos”, que tenham impelido o presidente Lula e seu ministro da Justiça,MTB, a interferir no jogo.

    O que não há é prova que estas gestões tenham funcionado diretamente (relação de causa e efeito), ao menos o publisher do blog não revela.

    Desconsiderar que no caso da Polícia (qualquer que seja ela, em qualquer nível), mandatários (presidentes e governadores) e seus agentes delegados (ministros e secretários) quase sempre agem de forma reflexiva é erro crucial, e perdoável aos que estão fora destas instiutições, e tendem a enxergá-las por filtros ruins e embaçados por preconceitos e/ou discurso midiático.

    O erro central do presidente não foi interferir nesta ou naquela investigação, nada disso!

    (vamos desconsiderar o PT como parte envolvida, porque governo e partido não se misturam, e nem o PT deliberou sobre o assunto Satiagraha ou Castelo, e nem poderia!!!).

    Nunca o governo, nem o presidente (e aqui sim, nem o partido) pensaram políticas públicas de segurança ou, strictu sensu, de gestão policial em qualquer nível, no máximo convidando antropólogos para dar pitacos sobre como enxugar gelo e acalmar a classe média em pânico. Igualzinho aos governadores.

    Logo, imaginar que aparelhar a PF (ou qualquer outra polícia) fosse dar controle sobre ela é idiotice, e acho que nem o presidente, nem MTB imaginaram tamanha loucura, e se o fizeram, é merecido o revés de hoje.

    Se quisessem (de fato) interferir naquelas ou em quaisquer outras, bastava ao presidente e seu ministro criarem, como toda a pompa e espalhafato, um super-ultra-mega-hiper grupo de elite na PF, subordinado diretamente a eles (passando por cima do Diretor da PF), que centralizasse TODAS as investigações corporativas, de acordo com critérios estrategicamente “subjetivos” e abrangentes.

    O resto é besteira. Na polícia, na PF ou na Scotland Yard a linguagem conhecida e aceita é: de cima para baixo e foda-se o resto.

    Não se controla quem vive de fuçar a vida alheia e tem uma arma nas mãos, sem chicote na mão e um prato de ração na outra. No máximo consegue-se uma adesão precária e sujeita a permanentes repactuações.

    É isso que o PT (ou melhor, o governo) não entendeu. E que o PSDB e sua escumalha sabem há séculos.

    Algo como imaginar que levar miserável para classe C fosse garantir eterna solidariedade política.

    Outra coisa desconsiderada:

    O comportamento dos outros grupos (adversários, aí incluídos a mídia) quando houve as operações frustradas. Por questões de classe, óbvias, mídia e o aparato jurídico tendiam a proteger o pessoal da Casa Grande, ao menos enquanto estivessem ao lado do PSDB.

    Quando o pessoal da grana resolveu jogar com o PT aí o pau comeu no lombo, até como aviso pedagógico.

    Então, “culpar” Lula e MTB é coisa de boboca.

    Eles (Lula e MTB) sabiam, ou intuíam que o “sistema” nunca iria muito além para atingir a si mesmo, ainda mais quando os atores políticos eram organicamente ligados ao “sistema” (PSDB).

    Já no caso do PT e seus operadores, o “sistema” aceita de bom grado amputar a si mesmo em bons pedaços de carne, alguns até nobres, como a Odebrecht e assemelhados, até porque, abrem-se novas oportunidades para outros concorrentes.

    É só olhar o comportamento dos juízes: Gilmar dantas Mendes agiu como agiu, todos os demais fizeram beicinho, mas não sofreu uma advertência, uma admoestação administrativa sequer!!!! Continua julgando impunemente!!!!

    Nenhum juiz, por mais empedernido petista que fosse ousou atacá-lo de forma mais aguda!

    Imagine se um suposto ministro do STF com ligeiras inclinações governistas ousasse agir de forma tão descarada?

    Pois é senhores!

    Gilmar é uma caricatura que exagera os traços que EXISTEM! Ele é uma aberração que nos mostra como o STF é! Não é uma exceção.

    Lula e MTB sabiam disso, e tentarm jogar as cartas que tinham, ou seja, já que a Satiagraha e Castelo iam “fazer água mesmo”, então vamos posar de mediadores.

    É esse cenário que escapa ao publisher do blog, embora ele seja um insider.

    Enfim, a permanente ilusão (do tipo poliana) de imaginar que houve um surto de competência ou de coragem na PF, durante a Satiagraha ou Castelo de Areia, e que foi interrompido pela ação do Lula ou do MTB, e que por isso haveria uma revanche.

    Tolice.

    A polícia (ao lado dos juízes) é instrumento de classe para manutenção do Estado nas mãos da classe que o controla. Não há espaços para “heroísmos”.

    Tudo é calculado.

    Lula e MTB só tentaram angariar algum capital político quando as coisas saíam do controle (aparência apenas, e calculada com cuidado pelos players). Anteciparam o que o Judiciário iria fazer, de um jeito ou de outro.

    Calcularam mal (Lula e MTB)? Só a História e a ciência de informações mais detalhadas podem nos permitir julgá-los. Qualquer outra tentativa é leviandade.

    Quem tocou essas operações sabia até onde iam, e tentavam apenas acumular (também) algum capital político (vide Protógenes, De Sactis ou Sérgio Moro), informações para chantagens futuras e, em alguns casos, um pézinho de meia para a aposentadoria.

    Na PF, agente (“tira”) não “apita” porra nenhuma, e tudo se concentra nas mãos do delegado, e raríssimas vezes, com o escrivão.

    E os delegados têm um cálculo (faro) político e instinto de sobrevivência do tamanho exato dos seus egos.

    Paulo Lacerda não foi vítima, só um apostador que perdeu.

     O publisher do blog imagina um mundo onde Gilmar dantas Mendes ou JB sejam pontos fora da curva. Ou que haja um vigor republicano que nos redimirá, e que surja em instituições como PF, MPF ou STF.

    Recomendamos Gramsci, ou outras leituras mais fáceis.

    Arf. 

  11. Muito bom o artigo.
    As

    Muito bom o artigo.

    As classes dominantes sacirficaram parte de seus primados para poder derotar o PT politica e moralmente. 

  12. http://www.jusbrasil.com.br/topicos/28347430/operacao-chacal

    Este iPad não está colando link aqui na caixa de edição, por isso vai ai na barra do título. Essa novela do DD vem lá da privataria tucana, quando ele se entranhou no Estado brasileiro, há o caso da espinonagem via Kroll que redundou na Operação Chacal, embrião da Sarthiagraha. Comento como leigo, pois se trata de uma trama prá lá de complexa, que envolveu até um ministro do STF, no caso DD, para blindar o banqueiro, Ellen Gracie destruiu (judicialmente) os HD do DD, o banqueiro foi absolvido pelo STF por falta de provas, houve o caso das provas invalidadas pq foram achadas em local diferente daquele indicado pelo mandado de busca. Enfim…

  13. Nassif, com todas estas

    Nassif, com todas estas informações, não cabe uma ação popular? Que tal iniciá-la? Quanto ao Gilmar Mendes, como ficou a acusação feita pelo Joaquim Barbosa, de que sería(?!) ” chefe de jagunços”? Também não caber uma cobrança de explicações?

  14. Que que deu no Nassif?

    Ele outro dia disse que a culpa era do advogado nélio, agora é culpa do pt. Tanta bandidagem no ar e o nassif, primeiro disse que o mordomo é que era culpado, e hoje diz que a vítima, o pt, é que o culpado.. E conta um caso com detalhes dignos da revistinha do esgoto. A bandidagem é explicita por partes dos do pig, psdb e ajudantes, mas o nassif quer achar chifre em cabeça de cavalo, ser diferente. Como se não bastasse as besteiras que as “otoridade” andam dizendo. 

    O pig agradesse penhorado. Só faltava essa!

    Acorda nassif!

     

  15. Reproduzo aqui o fragmento de

    Reproduzo aqui o fragmento de um texto que ajuda a compreender a tese levantada pelo autor do texto:

     

    “A última chance de Florença de assegurar suas liberdades surgiu em 1494, quando os Médici foram novamente exilados e a república foi plenamente restaurada. Nesse momento, porém, os novos líderes da cidade, sob a direção de Piero Soderini, cometeram o erro mais fatal de todos ao deixar de adotar uma política que, segundo Maquiavel, é absolutamente indispensável sempre que ocorre uma mudança de regime. Qualquer um que ‘lê a história antiga’ sabe que, dado  o  passo ‘da tirania para a república’, é essencial matar ‘os filhos de Bruto’. Mas Soderini ‘acreditava que, com paciência e bondade, conseguiria vencer o desejo dos filhos de Bruto* de voltar sob outro governo’, pois julgava que ‘poderia extinguir as facções má’ sem derramar sangue e ‘eliminar a hostilidade de alguns homens’ com recompensas. O resultado dessa espantosa ingenuidade foi que os filhos de Bruto – isto é, os partidários dos Médici -, sobrevivendo, destruíram Soderini e restauraram a tirania dos Médici após o fiasco de 1512.”(Maquiavel, Quentin Skinner, L&PM Pocket, vol. 896, Porto Alegre, 2010, p. 98/99).

    Victor Bulmer-Thomas, do Royal Institute of Foreign Affairs disse que “o verdadeiro Lula é mesmo ‘paz e amor’ “. Ele também poderia ter dito que o pacifismo e a amabilidade do líder petista – que são virtudes num homem comum e defeitos terríveis num estadista – poderiam ser como de fato foram utilizadas contra o próprio Lula. Dilma Rousseff não é Lula e já provou que não é apenas um poste dele. Neste exato momento nossa presidenta também está sendo convocada a matar os filhos de Bruto. Se Dilma não fizer o que for necessário, a Petrobras e o Pré-Sal serão perdidos para sempre e ela mesma poderá acabar como Piero Soderini. O fim da “república florentina” erigida nos trópicos pelo PT ainda não ocorreu. Mas para salvá-la a presidência terá que deixar de ser exercitada com “paz e amor” à moda inventada por Lula.

     

     

    *filhos de Bruto: Júnio Bruto foi o principal arquiteto da destruição da tirania de Tarquínio o Soberbo em 496 aC se transformando num dos pais fundadores da República de Roma.  Os filhos de Bruto haviam participado da tirania e dela se beneficiado, razão pela qual eles foram executados com a aquiescência e a presença de Júnio Bruto.

     

    http://www.jornalggn.com.br/blog/fabio-de-oliveira-ribeiro/dilma-rousseff-e-os-filhos-de-bruto-alimentados-por-lula

    1. O que precisa é os movimentos

      O que precisa é os movimentos sociais estarem preparados para sairem as ruas em defesa do trabalhismo e das conquistas dos últimos anos, se houver violência, paciência, o que não pode é o facismo e a oligarquia incompetentes, retornarem novamente.

  16. Sensacional

    O artigo é perfeito.

    O PT apequenou-se antes, quando ‘abafou’ o caso Daniel Dantas e as contas CC5. Os únicos condenados por conta disso foram o Delegado  Protógenes e o ex-Chefe da Abin e da PF, Lacerda ( exilado em Portugal ).

    O PT tem o poder e não usa.

    O PT deixou seus dirigentes serem presos a partir de um processo sem fundamento jurídico ( AP 470)  e posaram como legalistas ferrenhos.

    O PT está morrendo e Lula ajudou a matá-lo.

    1. Ora Manoel, que poder?
      O que

      Ora Manoel, que poder?

      O que êle poderia ter feito? Revolução?

      O PT chegou à presidência, tendo a maioria humilde do povo a seu favor e o grosso do PIB e das instituições aparelhadas contra, e lhe impondo inumeras dificuldades, mesmo assim, buscou governar para todos, independentemente de condição social, credo e cor.

      Conseguiu níveis de emprego nunca antes atingido, faltou melhorar a renda, mais para isso acontecer há a necessidade de se tributar os mais ricos, e é aí onde mora o problema, por isso toda essa campanha tentando derrubá-lo.

      Ninguem entrega o poder de mão beijada para ninguém, os governos anteriores aderiram, por isso não foram incomodados, nossa elite é fascista e falsa não se iluda, perceberam que podem ser incomodados e estão se expondo.

       

      1. Navas,
         
        Se os níveis de

        Navas,

         

        Se os níveis de emprego fossem sustentáveis não estaráimos hoje batendo recordes de desemprgo em todos os setores, com perspectiva de piora até o final do ano.

        Uma “bolha” de emprego deve ser comemorada? Mesmo?

         

        E qual a conta por trás da equação “Taxação dos mais ricos = melhoria da renda” ?? Taxar os mais ricos aumentaria a arrecadação fiscal, e mais dinheiro no caixa do governo (deste governo!) resultaria na criação de mais ministérios, com mais cargos para distribuir aos “aliados” e assim poder manobrar o congresso, virtude essa que, pelo que temos vistos ultimamente, o PT não tem se não puder se armar de argumento$$$ parlamentare$$$ convincente$$$ …

        Este governo se afogou na própria lambança. E morreu.

        1. São comentários deste nível

          E do hermogenes mais acima que me da a certesa de desejar a volta da direita ao poder. Este povo comeu merda no tempo FHC. Mas parece que já estão com saudades. Que assim seja, vão para a merda novamente. 

          1. Caro Ulisses, estamos

            Caro Ulisses, estamos chegando na merda. Dessa vez pelas mãos do PT. Se você não está, poderia falar qual sua profissão e onde trabalha?

          2. Honestamente, ainda não

            Honestamente, ainda não consigo enxergar a crise que vocês tanto propalam, nossas estradas, principalmente as paulistas, se transformaram em avenidas, fluxo absurdo de veículos, os bares e hoteis ainda bombando, a grande maioria dos meus amigos e vizinhos estão empregados. Vocês não estão se deixando levar pela mídia, que atualmente mais desinforma do que informa?

        2. Uma “bolha” de emprego que

          Uma “bolha” de emprego que durou 12 anos, apesar da crise economica que se instalou no mundo em 2008 e que persiste até os dias atuais. Vamos aguardar um pouco mais, esse governo tem crédito, ela acabou de ser reeleita, vamos deixa-la governar.

      2. 1º) Humildade é condição

        1º) Humildade é condição moral. Diferentemente, pobreza é condição social.

        2º) O povo “pobre” votou no PT, inicialmente, para obter mudanças sociais, por acreditar, muuuuuuito ingenuamente, que um pé rapado no poder lhes seria mais favorável. Incrível essa capacidade que a paixão tem de cegar, a ponto de não se ver um lobo sob a pele de cordeiro.

        3º) Quando o PT ascendeu ao poder, a condição econômica MUNDIAL era extremamente favorável ao desenvolvimento do Brasil. Resultado? O PT usou 1% dessa condição em benefício da Nação e 99% em benefício próprio. É claro que esses números são um chute. Podem variar um pouco. O povão comemorou por poder comprar TV de plasma, ter telefone celular, comer na Esquina do Baião, comprar um Gol usado e melhorar a marca da cachaça consumida.

        4º) Esperava-se que houvesse alguém de juízo no poder que aproveitasse o BOOM mundial para investir no desenvolvimento do Brasil. Investiu-se, porém, contra os cofres das empresas públicas. Investiu-se, também, contra os preços das obras públicas.

        5º) Investimentos dessa natureza trazem consequências terríveis para eleitores e não eleitores do PT, como as que estamos presenciando e como as que estão por vir.

        6º) Tributar os mais ricos para melhorar a renda? Faltou isso? O que faltou foi o governo empregar TODA a arrecadação tributária em benefício do Brasil e seu povo. Enchendo o país de cargos de confiança, nomeando incapazes para cargos elevados, entre outras medidas inconvenientes, o PT remou contra a economia nacional. Ou alguém de juízo perfeito acha que a carga tributária não é absurdamente elevada? Falta tributar as fortunas, como se os afortunados não pagassem impostos?

        7º) Governar com “o grosso do PIB e das instituições aparelhadas contra, e lhe impondo inumeras dificuldades” é uma mentira deslavada. O Brasil continuou a receber altos investimentos e o Governo continuou a arrecadar muito imposto. As instituições foram APARELHADAS, sim, pelo próprio PT, que as transformou em cabides de correligionários.

        8º) O governo não “conseguiu níveis elevados de emprego”. Isso foi ocasionado pela dinâmica da Economia, apesar das inúmeras trapalhadas do Governo. A economia mundial estava em êxtase e o Brasil teve uma chance histórica de alavancar seu desenvolvimento. O mundo comprava muito. O Brasil aumentou a produção para atender à demanda mundial. Empregos foram criados pelo EMPRESARIADO. O Governo do PT não aproveitou a oportunidade que talvez nunca mais ocorra. O bonde passou e nós ficamos na estação. O mau governo deixa suas marcas e os empregos começam a desaparecer.

        1. Caro Hermógenes vou ver se

          Caro Hermógenes vou ver se consigo me contrapor às sua generalizações, porém antes preciso de alguns esclarecimentos:

          1-) Em qual das duas condições voce se enquadra?

          2-) O povo pobre que votou no PT, porventura não ascendeu socialmente?

          3-) No que, especificamente, a condição economica Mundial extremamente favorável não foi aproveitada pelo Brasil, poderia exemplificar?

          4-) Que exemplo poderia nos dar sobre a investida aos cofres de empresas públicas, é possível ser um pouco mais específico?

          5-) Que consequências terríveis os eleitores e não eleitores do PT estão vivenciando, poderia nos dar alguns exemplos?

          6-) Quem são os incapazes nomeados para cargos elevados? Quem deveria ter sido nomeado? Onde e de que forma se deu o aumento da carga tributária?

          7-) Você poderia dar um exemplo de aparelhamento pelo PT em alguma instituição? pode ser qualquer uma.

          😎 Onde se encontrava o EMPRESARIADO, antes do PT assumir?

    1. Eu também acho isso

      Eu também acho isso estranhíssimo.

      Duas coisas estão na moda:a febre de ódio ao PT e quem faz a crítica mais criativa.

      A melhor até agora é: o “erro” do PT foi não ter caído.

  17. Até parece que o PT, um dia

    Até parece que o PT, um dia teve o poder de se impor ao País, a cada momento o obstáculo era um, fácil julgar o passado, gostaria que o autor, nos aponta-se um texto qualquer à época, sugerindo de como se deveria agir sobre o tema.

    abçs

     

  18. O jornal ggn poderia fazer documentários sobre as operações…

    O jornal ggn poderia fazer documentários sobre as operações Satiagraha e Castelo de Areia…

  19. Concordo em partes.
     
    Porém

    Concordo em partes.

     

    Porém isso não aconteceria se não houvessem laranjas podres (ou talvez um laranjal nefasto) no cesto petista.

    Se o PT tivesse blindado o PSDB, sem querer, e não tivesse telhado de vidro, estaria OK.

    Ou se tivesse deixado o caldo tucano entornar, entornaria o de todo mundo.

    Moral da história: Apesar de sempre ter votado no PT, chego à conclusão que o Lula, além de ter se corrompido muito facilmente, não permitiu que “como nunca na história desse país” as investigações de corrupção e de crimes financeiros  tivessem conclusões satisfatórias.

    O Lula entrou no sistema que tanto criticava e agiu como poucos para blindá-lo. Dessa maneira, acabou se soterrando, soterrando os companheiros e deixando apenas duas alternativas aos petistas honestos: chafurdar na lama junto com os de mão suja( não precisamos nem citar os nomes), ou pular fora do barco (Paulo Paim. Marta Suplicy, etc).

  20. Tem uns pontos que o Nassif

    Tem uns pontos que o Nassif toca “em passant”, mas que não deveria, pois pode explicar muita coisa. Porque o governo Lula recuou em relação à Dantas? Ué, não foi a fortuna de Dantas da privataria que irrigou o valerioduto, que bancou o caixa 2 do PT, o que antes fazia com o PSDB?

    A estratégia de sair da adolescência esquerdista para ser viável como projeto de governo, implicou a conciliação no lado A, com aliança com o capital produtivo e conceções ao financeiro, mas também no lado B, os subterrâneos do financiamento da política. 

    Que isso era um terreno reservado só à partidos que representam a elite econômica, todo mundo sabia. Por isso o PT teve que entregar as cabeças do Dirceu e do Genoino. Só que a essa altura do campeonato, no quarto mandato petista, já era para ter se começado a quebrado esse fundamento da Casa Grande & Sensala.

    Para mim só quem poderia liderar esse processo era a presidenta (a não ser que Lula aceitasse perpetuar-se no poder) Sanear o Estado brasileiro, de uma maneira apartidária, e não classista. Mas ela confunde omissão com republicanismo, “prende-se quem for preciso”. E claro só é “preciso” prender petista e quem se aliar e eles. Pois é assim que as coisas funcionam no Brasil. A inércia da máquina é essa. Só se corrige agindo. Não fazendo nada, deixa-se tudo com está

    1. O dinheiro do Dantas, além de

      O dinheiro do Dantas, além de irrigar o mensalão, também irrigou o “Lulinha” naquele caso Gamecorp… 

       

       

  21. texto do nasif

    O que eu acho engraçado é que parece que ninguem consegue vincular para valer o PSDB (partido dos salafrarios disfarçadops de bonzinhos) em toda essa sujeira, prque será?

    Parece que está toda população cega, porque só eu consigo ver que os homens que pertencem ao PSDB são os principais responsáveis por todas as desgraças nesse país. 

    Se o PT é ruim, o que dizer do PSDB. E o pior e que eu não vejo a mídia nem ninguém colocar isso em discussão. 

    Pra mim, os homens do PT e principalmente do PSDB deveriam todos serm escurraçados desse país, de preferência serem jogados em alto-mar sem proteção nenhuma.

    1. Concordo que a Satiagraha e

      Concordo que a Satiagraha e outras deveria ter sido levadas às últimas consequências… agora, subliminarmente o senhor deixar a idéia de que a lava a jato, pelo certo, também deveria ter sido implodida, ora, faça-me o favor…

      1. Pois é, o PT está encastelado


        Pois é, o PT está encastelado no poder desde quando o petista José Sarney assumiu, após a morte do Tancredo.

      2. Aldo

        Além de não saber a duração dos mandatos p/ Presidente,não conhece história. O que acontece no presente é um encadeamento de acontecidos anteriormente. Desenhando : Se seu pai não tivesse conhecido a sua mãe, vc, como filho de ambos, não existiria. Entendeu agora ?

    1. E, hoje tb começou o

      E, hoje tb começou o julgamento sobre marco regulatório de TV por assinatura; está suspenso. Agora só em agosto.

  22. Quer dizer que foi o PT e não

    Quer dizer que foi o PT e não a nossa justiça que nos levou a essa situação? Bem melhor, convenhamos. Os partidos contam, mas coloco a questão acima deles: Quem tem que nos dar satisfação é a justiça. Pelo que não fez. Ou deixou de fazer. E não só os partidos que fizeram o que a justiça lhes permitira fazer. Quando o dono do Brasil foi preso ameaçou derrubar a república se abrisse seu bico. Qual é a importância dele nessa engrenagem onde, nem a prisão de grandes empresários não ruiu a república mas expôs um outro tipo de arbítrio que leva além da insegurança jurídica, prejuízos econômicos e sociais ao Pais. A imprensa livre e mesmo a ologopolizada, num jogo de cena, até denunciam quem está por trás das sacanagens, mas, impotentes para desnudar os maiores causadores, culpam o PT pelos vícios que a casa grande já consagrou e não vai mudar. O caso Banestado, HSBC, Trensalão, Roboanel, Precatórios e a própria FIFA – desta vez não vou citar a compra da reeleição – também podem ser debitados ao PT? Quantos Marcios Thomaz Bastos temos para garantir a harmonia dos nossos poderes?

  23. O artigo se transforma em

    O artigo se transforma em fantasia quando passa a tratar conjeturas como fatos concretos, passa a impressão de uma tentativa pálida de defesa por tabela, ao indefensável. Esse cara vai perdendo crédito…

  24. Os vitimados pela mídia golpista

    Claro …o PT é sempre vítima.  Não que o PSDB, seus integrantes e demais partidos sejam santos, coisa que estão longe de ser, mas, note, que em todos os textos chapa-branca, pró-governo, há sempre a mídia como pano de fundo e como a grande vilã, açoitando os pobres e indefesos petistas, que não tem absolutamente nada a ver com a profunda crise do País – apesar de estarem no cerne do poder executivo há 4 mandatos. Aliás, acredito que os governistas deveriam ser canonizados,  e não incriminados nos escandâlos de corrupção da Petrobrás, dinheiro na cueca, mensalão e tantos outros, afinal, TUDO é culpa da mídia golpista (e da elite branca paulistana, é claro).

    SIM, é preciso ter equilíbrio nas análises e ter cuidado com algumas publicações midiáticas !!!! Mas, isso vale para os dois lados da moeda …não são só os liberais que têm a mídia a favor. Os que se proclamam de esquerda também fazem o mesmo jogo sujo da análise TENDENCIOSA e muitas vezes MENTIROSA (se algum companheiro achar que a Dilma não mentiu na campanha eleitoral, por favor, reveja os vídeos dos debates ou vá falar direto com grão-mestre Lula).      

    Outro ponto, que gostaria de puxar refere-se à memória: ano passado, os governistas (e seus seguidores – blogueiros, jornalistas, revistas e jornais) diziam que a crise econômica era uma grande invenção criada pela MÍDIA GOLPISTA. Hoje, vemos muito bem que não se tratava de uma invenção …ou será que ainda vão insistir que as milhares de demissões, a inflação, aumento das contas de luz, retirada de direitos trabalhistas, e quase destruiçõa do FIES não representam nada ? 

    Em 2009, o governo (e a própria Dilma, à época membro do governo Lula) dizia que as denúnicas de corrupção na Petrobrás também eram INVENÇÃO DA MÍDIA GOLPISTA. Hoje, também estamos vendo que não se tratava de nenhuma invenção.

    QUAL A PRÓXIMA “INVENÇÃO” DA MÍDIA GOLPISTA VAI SE TORNAR REALIDADE ????????

        

  25. Otimo retrospecto, Nassif, mas…

    …pergunto aos meus  gastos botões se nao carregou na tinta ao estabelecer as relações entre causa e efeito. Seria o PT o poder determinante  e absoluto a ponto de colher exatamente o que plantou? Nós é permitido minimizar o papel de outras forças políticas, econômicas, midiáticas e judiciárias? Seria dar muito crédito ao livre-arbítrio, nao? Certamente o PT participou da história, mas eivado pelo jogo pragmático que procura resultados, manipula e é manipulado. Se “ser instrumento da vontade de terceiros é condição da existência” (RN), o que dizer no âmbito da representatividade num estado democrático, constituído de interesses diferentes e contraditórios?  As coisas se passariam de outra maneira? De quem é a falta de recato?

     

  26. erros

    Olá Luis Nassif.

    Erros do PT, Lula e Dilma:

    1 – Não ter prosseguido com a operação  Satiagraha

    2 – Lula apoiou Rui Falcão para presidente do PT

    3 – Dilma manteve o ministro da justição Cardozo

    4 – O PT está acuado esperando alguma atitude do Lula

    5 – O PT mantém em sua base de filiados o  Delcídio Amaral, Vacarezza, André Sanches e Vicente Candido

    6 – Dilma demora para pegar no tranco.  Pensa demais.

    Apesar disto confio na Dilma/Lula ainda.  

  27. O PT BLINDOU AS EMPREITEIRAS E A SI MESMO

    Fica evidente que o PT e o Lula blindaram a si mesmos quando decidiram proteger as empreiteiras. Em momento algum o PT ou o Lula tiveram preocupação em blindar o PSDB. Ora, o próprio Nassif diz que o MINISTRO DA JUSTIÇA do governo petista defendia a Camargo Correia. O próprio Nassif diz que quando foram desarticuladas as investigações ou desqualificadas as denúncias, as empreiteiras envolvidas foram as mais beneficiadas. E que empreiteiras? As mesmas do Petrolão do PT. A única coisa de grave no artigo é a afirmação de que Lula interferiu decisivamente no trabalho da PF e mobilizou o STJ para anular qualquer possibilidade de responsabilização legal dos envolvidos, financiadores das campanhas petistas. Agora, beira o  ridículo tentar transferir as responsabilidades do Lula e do PT ao PSDB, como se fossem os petistas “bons samaritanos”. O Lula e o PT se tornaram alvo da polícia porque agiram como criminosos. Só isso!

  28. É uma narrativa coerente e

    É uma narrativa coerente e verossímil.  Mas não não me parece que os motivos apontados sejam fortes o suficiente para explicar a sanha anti-PT de PF, MPF e juizes. 

     

    Parece  que falta um elemento no enredo. Não sei o que seria. Ideologia não me parece ser forte o suficiente. Interesses corporativos? Difícil acreditar já que o grupo anterior maltratou bastante esse pessoal em termos de verba e remuneração. 

    E deve haver conexão com a falta de vontade de investigar Metro SP, Governo Aecio/Anastasia, etc.

     

    Alguma idéia?

    1. Que acertos, jovem? Não

      Que acertos, jovem? Não percebe que era tudo manipulação da economia? Impressionante como a idolatria cega as pessoas. E O lula vai para onde todos os que cmetem crimes vão. E tenho vergonha de ter tido um presidente tão mau carater como ele.

      1. FHC/LULA

        Comparação entre os períodos FHC/LULA

        1) Todos sabemos que, por trás dos chamados Três Poderes, que configuram o Estado – e, entre eles, o Judiciário, incumbido de preservar a legalidade da ordem capitalista, atua o verdadeiro poder, formado por interesses financeiros, industriais, agropecuários e comerciais, vinculados ao mercado interno e/ou ao comércio exterior, que monopolizam as matérias primas, os meios de produção e os aparelhos de comunicação, de construção da subjetividade e dos valores; 2) Esses interesses constituem aquilo que os Economistas Clássicos chamariam de burguesia, uma espécie de classe dominante que, embora classe, não é um bloco homogêneo de interesses, motivo pelo qual ocorrem, às vezes, sérias disputas entre esses segmentos dentro do Estado, com um ou outra facção procurando atrair para seu lado segmentos dos trabalhadores, da chamada “classe média” e até, raramente, dos que “são parte de parte alguma”, os excluídos; 3) Essa chamada burguesia se organiza como bloco algo unificado unicamente quando se trata da defesa de seus interesses contra as reivindicações do trabalho assalariado, urbano ou rural — segmento que perfaz a imensa maioria da população –, cujo único recurso é a mercadoria chamada força de trabalho, que vende “livremente” ao capital por meio de contrato de trabalho, a preço inferior ao do valor que cria; 4) No meio desseas duas principais classes encontra-se um segmento social, que não constitui uma classe social na acepção dos Economistas Clássicos, que é a insegura “classe média”, constituída de profissionais liberais, pequenos comerciantes, funcionários públicos, artistas, etc., desprovida também dos meios de produção e das matérias-primas — monopólio do capital; 5) Essa “classe média” tem a ilusão de que, com muita perseverança e por meio de um esforço contínuo de poupança ao longo de toda a vida, possa, um dia, vir a acasalar-se com a classe burguesa e, em sendo assim, obviamente, devota enorme desprezo tanto aos trabalhadores quanto ao segmento social que se lhe encontra abaixo — classicamente chamado de proletariado-lúmpen, hoje conhecido como “a parte de parte alguma”;6) Essa “parte de parte alguma” é constituída de favelados, desempregados, de trabalhadores precarizados, sem vínculo de emprego, à base de “bicos”, mendigos e dos que vivem à margem da lei, cujo contingente vem aumentando constantemente ao longo do capitalismo — aqui e em qualquer parte do mundo –, sistema econômico que tem como uma das suas principais armas, no confronto com os trabalhadores, a introdução contínua da tecnologia poupadora de mão de obra, e da repressão do Estado, nos momentos de crise; 7) É sabido que o valor das matérias-primas, da força de trabalho e dos meios de produção — trabalho pregresso congelado — é transmitido, inclusive pela depreciação, às mercadorias fabricadas, bem como que a força de trabalho, ao longo da jornada de trabalho, gera mais valor do que o valor que lhe é pago como salário para custear os bens necessários à sua vida e reprodução (famílias e filhos), com o valor excedente sendo apropriado pela classe detentora dos meios de produção; 8) Nesse processo, inelutavelmente, com a concentração e a monopolização crescente da renda em uma classe, em detrimento dos trabalhadores e da “da parte de parte alguma”, a chamada classe média também sofre um processo de aviltamento de sua renda, posição social e, o que é pior, da dissolução de seu sonho utópico de noiva da burguesia, crise para o qual não encontra explicação, tornando-se, por esse motivo, presa fácil dos aparelhos de comunicação, de construção da subjetividade e dos valores; 9) Ora, se, por um lado, temos o clássico desprezo e temor da “classe média” em relação aos segmentos sociais que lhe estão abaixo — qual visão fantasmagórica de um moderno Frankenstein ameaçador –, em permanente ascensão numérica pela automação da produção, pela exclusão e precarização social, por outro, temos o verdadeiro pavor, que lhe assomou o espírito, deste moderno Drácula brasileiro, que somente pode ascender socialmente a partir de 2002, prepresentado por mais de 40 milhões de pessoas, beneficiárias de diversos programas sociais de governo, que vieram “ocupar a sua praia” (no sentido dos benefícios sociais que, antes, lhes eram indisputados); 10) Evidentemente, tomada de tamanha, embora injustificada, insegurança, a “classe média”, a nossa moderna noiva neurótica, “traumatizada”, “fragilizada”, tornou-se alvo propício à manipulação política da elite hegemônica, por meio dos aparelhos de comunicação, de construção da subjetividade e dos valores; 11) É sabido que a burguesia sempre defende a atuação do Estado nos conflitos sociais, à exceção de quando historicamente não o controlava, no regime aristocrático e antes da Revolução Francesa, ou nos raríssimos casos em que esse Estado tenta impor, por pressão dos tralhadores e dos demais segmentos sociais, reformas sociais que lhe ferem os interesses, como vimos no filme de 1964, quando atraiu para satânica parceria essa ingênua “classe média”, posteriormente esmagada e de onde fluíram muitos descontentes para o movimento estudantil; 12) Com o esgotamento das condições econômico-sociais que mantiveram o regime de exceção, houve uma confluência de segmentos sociais descontentes em torno de um partido político, formado originalmente por trabalhadores dos centros industriais, ao qual se agregaram simultanea ou progressivamente trabalhadores rurais e segmentos expressivos da classe média e da intelectualidade, inclusive a incorporação de profissionais liberais, pequenos comerciantes, funcionários públicos, intelectuais e excluídos sociais; 13) Essa frente social veio a se constituir no Partido dos Trabalhadores (PT), verdadeira arena de interesses sociais, “populares”, os mais diversos, embora quase que totalmente constituído de assalariados, embora nem por isso, em conjunturas diferentes, com objetivos diferenciados, daí a falta de uma coerência filosófica e ideológica que balizasse seus Estatutos e Programas ao longo do tempo; 14) Depois de travar disputas eleitorais e perder por força da firmeza original de seus ideário e programa, o PT flexibilizou suas crenças e valores precisamente para atrair o eleitorado da até então algo assustada “classe média” e segmentos do empresariado, o que conseguiu com notável sucesso, a ponto de eleger e reeleger um presidente, e, depois, eleger uma presidenta com a indicação e apoio do antecessor, lastreados, todos, como resultado das políticas de inclusão social de cerca de 40 milhões de brasileiros; 15) Mas, nesse processo, o PT transformou-se, perdeu a pouca consistência de ideário e programa, assemelhando-se a um “partido da ordem”, a ponto de vir a valer-se, em seus esforços eleitorais, dos tradicionais e tolerados esquemas usados pelos partidos políticos, bem como pelo Aparelho Midiático-Jurídico; 16) Com a crise global, deflagrada em 2007 e até aqui sem solução à vista, dado o altíssimo endividamento das famílias e governos nos países avançados, com a decorrente queda do consumo, do investimento e da atividade econômica, que influênciam negativamente a economia de todos os países, inclusive o Brasil, há como que a necessidade de uma nova repartição do excedente social entre a burguesia, os trabalhadores urbanos e rurais, a classe média e os excluídos, recém beneficiados por programas de inclusão social, com impactos previsíveis em termos de políticas sociais, salarial e de emprego. 17) Se segmentos da burguesia acirram a luta entre si, especialmente por parte da reação da fração mais rentista (financeira [juros], de seguros [prêmios] e setor imobiliário [renda da terra], que vive de capital fictício e de bolhas (ganhos de capital) — vide a brutal queda da Selic real, da taxa média anual de 18,32% na octaéride Fernandista, para 8,23% a.a. nos dois períodos Lula, e que deve ficar em torno de apenas 2%.a.a até dezembro –, o mesmo seria de se esperar entre os trabalhadores, a “classe média” e “a parte de parte alguma”;18) É nesse contexto que tem que ser analisado o papel dos aparelhos de comunicação, de construção da subjetividade e dos valores da burguesia, no sentido de atrair a ingênua classe média, mais uma vez, por meio da agitação da bandeira do falso moralismo, a fim de fragilizar e debilitar o partido político que serviu de abrigo a essa ampla frente política que derrotou o regime de exceção, eis que, nesta época de crise global, escasseando os recursos e as oportunidades, frações da burguesia, para reforçarem seus interesses, terão de atrair para sua esfera de influência segmentos sociais, inclusive os até aqui integrantes ou apoiadores do PT; 19) A oportunidade foi criada, qual um ovo da serpente, pelo próprio PT, ao escolher herdar, nada menos que do PSDB – o “Partido modelo” da ordem — um esquema de financiamento de eleição, até antão tolerado, inclusive pelo Aparelho Midiático-Judiciário, sem o menor pudor e sem o menor tremor ético da “classe média”, os quais, no passado recente, “varreram para debaixo do tapete” os seguintes escândalos históricos: a) a confessada compra da revisão constitucional em 1987, para permitir a reeleição do Presidente: b) as fitas gravadas pela Polícia Federal e os fatos escandalosos que vieram a público sobre os favorecimentos de grupos no processo da privatização da Telebras, que, na ocasião, envolviam nada menos que R$ 22 bilhões (moeda da época); c) a apuração do chamado escândalo PCFarias, que resultou em processo com mais de 1.000 páginas, envolvendo 400 empresas, mais de 100 empresários; d) as denúncias, os documentos e os registros de recursos desviados para os “paraísos fiscais”, constantes do livro “A Privataria Tucana”;e) a desmontagem da Operação Sathiaghara, interrompida por um falso “grampo” de conversas entre o “ilustre” ex-Senador Demóstenes Torres e um notório — e “bota” notório nisso — ministro do STF, “grampo” esse desmentido por inquérito posterior da PF; f) a quase que transformação em réu do delegado que chefiou essa operação e do Juiz que supervisionou sua atuação, sem falar na destituição, da Chefia da PF, do delegado Paulo Lacerda, absolutamente inocente no caso; e g) a indisponibilidade de valor expressivo, detidos pelos governos dos EUA e da Inglaterra, com a interrupção da Operação Sathiaghara. 20) A moda, hoje, é elaborar uma idéia ou um conceito para depois procurar conformar a eles a realidade, característica, entre outros, de poetas que pararam no tempo de Rousseau e de seu Contrato Social. Na verdade, são os indivíduos reais, na ação que eles desenvolvem, e nas condições em que produzem e reproduzem sua vida, que se encontram as explicações do processo social. 21) Históricamente, os homens produzem os seus meios de subsistência e sua vida material em vários modos de produção, que variam de acordo com a natureza desses meios de subsistência. Modo de produção no sentido de condições materiais de produção, por exemplo, o atual modo de produção capitalista, a que corresponde uma formação social específica, a sociedade burguesa. 22) O que os indivíduos são confunde-se com o que produzem e com o modo como produzem, ou seja, o que os indivíduos são depende das condições de produção. Chegamos aqui ao princípio das determinações materiais da vida social, de sorte que os processos sociais e políticos passam a ter o princípio de sua inteligência enraizado nas condições materiais de produção. 23) E a produção depende do intercâmbio dos indivíduos entre si, de uma forma de intercâmbio que vem a ser as relações de produção, que parecem depender do grau de desenvolvimento das forças produtivas. Assim, o objeto da análise histórica tem que ser as relações entre as classes sociais, a luta entre as classes, e, no capitalismo, a luta entre a burguesia, proprietária dos meios de produção, e os trabalhadores, vendedores da única mercadoria que não lhes foi usurpada, sua força de trabalho. 24) Mas, a evolução do processo histórico depende, em grande parte, das inovações técnicas que dão origem a meios de produção mais avançados, usados por seus proprietários tanto para sobreviverem na competição como para extraírem mais-valor relativo da força de trabalho, eis que o mais-valor absoluto – o resultante do prolongamento da jornada de trabalho – tem um limite biológico, histórico e social. 25) Assim, essa base material de produção condiciona a esfera das idéias e representações, a ideologia, a esfera da política, do direito, da arte, etc., ou seja, toda a assim chamada superestrutura, que compreende todos aqueles elementos de natureza “não-econômica”, os quais não poderiam ser explicados senão que a partir de sua própria base econômica. 26) Com isso, a moral, o direito, a religião, a metafísica e qualquer outra ideologia, assim como as formas de consciência a que elas correspondem, perdem toda a aparência de autonomia, não tem história nem desenvolvimento. Portanto, nem a moral, o direito, a religião, etc., têm vida própria. É somente com o fim dessa filosofia especulativa, autônoma, que podem findar as frases ocas sobre a consciência, a moral, o direito, etc., e as abstrações separadas da história real. 27) Assim, a classe dominante de cada época histórica apresenta as suas idéias, representações e conceitos como verdades eternas, e os seus ideólogos apresentam as relações sociais de domínio dessa mesma classe como sendo relações eternas, e não como relações provisórias, historicamente determinadas, o que permite que elas sejam apresentadas como a expressão da razão ou da natureza, emprestando um caráter de eternidade a relações sociais transitórias. 28) Os interesses da classe dominante são apresentados como sendo o do conjunto da sociedade, e as suas relações de dominação como a expressão da vontade geral obtida consensualmente. Ela escolhe e apresenta seus institutos, categorias e valores como “positivos”, “bons” ou “desejáveis” por si mesmos, de modo absoluto, obscurecendo que, na sociedade burguesa, eles não são mais do que a liberdade de o capital explorar o trabalhador. Assim, as ideias da classe dominante são as ideias dominantes. 29) Isso significa que o controle dos meios de produção materiais implica o controle dos meios de produção e difusão de ideias e valores, acarretando, assim, a submissão da classe despojada dessses meios à classe que possui esses meios à sua disposição. As ideias da classe dominante são expressão ideal das relações materiais dominantes, embora apareçam como “ideias puras”, provindas das boas intenções ou das reflexões de pensadores desvinculados daqueles interesses. 30) A determinadas relações de produção dominantes deve corresponder uma certa forma política de domínio de classe, e o Estado – incluindo a estrutura jurídica que legitima e defende esse status quo — é compreendido, então, como a forma de domínio pelo qual a classe dominante faz prevalecer os seus interesses comuns de classe. O Estado permite, assim, que os interesses da classe dominante sejam apresentados como sendo os interesses do conjunto da sociedade, como uma comunidade de interesses gerais, com um caráter público, como um domínio impessoal de uma pessoa jurídica, ao qual a idéia mesma de dominação de classe é impensável. 31) Essa representação ilusória de que o Estado possa representar o interesse geral esconde sua função específica: ao garantir a propriedade dos meios de produção, o Estado já garante, por força desse mesmo ato, a posição de domínio da classe que é titular dessa propriedade. Assim, o domínio da burguesia sobre a classe trabalhadora, no âmbito de cada unidade produtiva, estende-se, imediatamente, para o domínio da política. O Estado, portanto, pode ser considerado o resumo oficial do antagonismo na sociedade civil, vez que as contradições de classe, ao adquirirem um caráter político, exigem, dado ao caráter irreconciliável desses conflitos, a existência do Estado. 32) E o Estado, por meio de suas instâncias de atuação, em especial o Aparato Judiciário e repressivo, atua no sentido de conter o antagonismo de classe dentro de limites que permitam a conservação da sociedade na qual domina uma determinada classe, que permitam, portanto, conservar esta dominação de classe 33) Evidentemente, como a memória é curta, a forma de desconstrução psicológica de frações dos trabalhadores e, em especial, da “classe média” — para fazê-la regredir à subjetividade e à maturidade de uma melodramática-lacrimosa ex-atriz de novela (lembrem-se: “Eu tenho medo!”) –, e dos segmentos que experimentaram recente inclusão social e até de fímbrias dos excluídos para a cooptação política, foi acionar todo o poder de fogo do falso moralismo pelos meios de comunicação, de construção da subjetividade e dos valores. 34) Relembremos: Quando não tinha o controle do Estado, a burguesia era anti-constitucionalista e anti-estatal. Quando o conquistou, impôs o Estado à sua imagem e semelhança e o seu Direito (Código Napoleônico). Ao Aparelho Togado atribuiu a defesa de seus interesses. Tornou-se Constitucionalista. Quando se viu ameçada por reformas sociais, nos anos 1960, invocou a “Tradição, a Família e a Propriedade” — esta última seu pilar fundamental –, rasgou a Constituição, desconstruiu o Estado e encarcerou a liberdade. 35) Resta saber se toda essa artilharia pseudo-moralista midiática será capaz de provocar novas acomodações e alianças políticas entre os diferentes atores sociais e em que rumos, à semelhança do populismo demagógico de direita à la Jânio Quadros, nos anos 1950, o qual, posteriormente, tentou um Golpe de Estado por meio de uma renúncia que “gorou”;36) Vamos ver se haverá gente suficiente para formar o bloco dos inocentes úteis, atraídos pelo canto da sereira dos meios de comunicação, de construção da subjetividade e dos valores, coadjuvado agora pelo Aparelho Judiciário, em um novo conjunto de maquinação e manipulação política. Muitos falsos moralistas pretendem apenas surfar nessa nova moda, apoiando, com a ingenuidade característica dos poetas, essa grande armação. 37. Agora, todo o que todo esse esforço do Aparelho Midiático-Judiciário pretende é tentar apagar dos anais da História as grandes realizações dos dois mandatos de um ex-Presidente e ex-metalúrgico, refugiado nordestino que, diferentemente de todos seus antecessores, talvez à exceção de Getúlio Vargas, exerceu o cargo com uma acentuada sensibilização social, que lhe deixou como herança 87% de aprovação popular, segundo o próprio Ibope, instituto de pesquisa notoriamente conservador. Segue abaixo, um pouco de seu legado, que os falsos moralistas, em seu mundo Parnasiano, não viram: Economia Salário Mínimo – Passou de R$ 200,00, em 2002, para R$ 510,00, em 2010. Na comparação com o dólar, subiu de US$ 81 para US$ 288 no período. O poder de compra do mínimo subiu de 1,4 cestas básicas, em janeiro de 2003, para 2,4 cestas básicas em julho de 2010. Emprego Formal – O governo Lula gerou 14,7 milhões de empregos (2003-2010), enquanto o reinado de FHC (1995-2002) criou apenas 5 milhões de empregos. Taxa de desemprego – Em 2002, ela era 9,2%. Em setembro de 2010, baixou para 6,2%, a menor taxa desde o início da medição pelo IBGE. Inflação – Baixou de 12,53% ao ano, em 2002, para 4,31% em 2009. Exportações – Subiram de US$ 60,3 bilhões, em 2002, para US$ 152,9 bilhões em 2009. Reservas internacionais – Passaram de US$ 38 bilhões em 2002 para US$ 275 bilhões em 2010. Dívida com o FMI – FHC entregou ao governo com uma dívida acumulada de US$ 20,8 bilhões, em 2002. Lula quitou toda a dívida em 2005, e, hoje, é credor externo, tendo emprestado US$ 10 bilhões ao FMI em 2009. Investimento Público – A taxa de investimento passou de 1,4% do PIB, em 2003, para 3,2% do PIB (abril de 2010). Risco Brasil – Teve um pico de 1.439 pontos em 2002. No governo Lula, ela baixou para 206 pontos em setembro de 2010. Desenvolvimento Social Estrutura social – Em 2002, 44,7% da população tinha renda per capita mensal de até meio salário mínimo. Em 2009, o índice havia caído para 29,7%, o que significa que 27,9 milhões de pessoas superaram a pobreza entre 2003 e 2009. Programas de transferência de renda – A soma de todos os programas de FHC totalizou R$ 2,3 bilhões, em 2002. Já o Bolsa Família, em 2010, destinou R$ 14,7 bilhões para as famílias mais carentes. Saúde Desnutrição infantil ¬– Caiu de 12,5%, em 2003, para 4,8% em 2008. Taxa de mortalidade infantil – Caiu de 24,3 mortes por mil nascidos vivos, em 2002, para 19,3 por mil em 2007. Saúde da Família – Em 2002, 4.163 municípios eram atendidos por 16.734 equipes. Já em 2010, 5.275 municípios são atendidos por 31.500 equipes. Agentes comunitários de saúde – Eram 175.463 agentes em 5.076 municípios em 2002. Hoje, são 243.022 agentes em 5.364 municípios. SAMU 192 – Hoje, 1.437 municípios são atendidos pelo SAMU, que não existia antes do reinado de FHC. São 1.956 ambulâncias que percorrem o Brasil atendendo casos de urgência. Assistência farmacêutica – Os recursos do Ministério da Saúde destinados à distribuição de medicamentos no SUS passaram de R$ 660 milhões, em 2002, para R$ 2,36 bilhões em 2010. Educação Analfabetismo – A taxa de analfabetismo no Brasil caiu de 11,9% da população, em 2002, para 9,6% em 2009. Ensino Técnico – O número de escolas técnicas cresceu duas vezes e meia no governo Lula. No final de 2010, já existiam 214 novas escolas. FHC só construiu 11 escolas técnicas. Prouni – Garantiu acesso à faculdade para 748,7 mil jovens de baixa renda. Com FHC, o programa não existia. Universidades Federais – Lula criou 15 novas universidades e inaugurou 124 novos campi, a maioria pelo interior do país. FHC, o príncipe da Sorbonne, criou apenas uma universidade. Matrículas no ensino superior – o número de matrículas no ensino superior cresceu 63% entre 2003 e 2009, passando de 3,94 milhões para 6,44 milhões. Política urbana Investimentos em habitação – Os recursos aplicados no setor foram R$ 7 bilhões em 2002. Em 2009, foram R$ 63,3 bilhões. Minha Casa, Minha Vida – O governo Lula criou o Minha Casa, Minha Vida, com a meta de construção de um milhão de moradias. FHC nunca investiu em programas de habitação popular.

        Comparação entre os períodos FHC/LULA

        1) Todos sabemos que, por trás dos chamados Três Poderes, que configuram o Estado – e, entre eles, o Judiciário, incumbido de preservar a legalidade da ordem capitalista, atua o verdadeiro poder, formado por interesses financeiros, industriais, agropecuários e comerciais, vinculados ao mercado interno e/ou ao comércio exterior, que monopolizam as matérias primas, os meios de produção e os aparelhos de comunicação, de construção da subjetividade e dos valores; 2) Esses interesses constituem aquilo que os Economistas Clássicos chamariam de burguesia, uma espécie de classe dominante que, embora classe, não é um bloco homogêneo de interesses, motivo pelo qual ocorrem, às vezes, sérias disputas entre esses segmentos dentro do Estado, com um ou outra facção procurando atrair para seu lado segmentos dos trabalhadores, da chamada “classe média” e até, raramente, dos que “são parte de parte alguma”, os excluídos; 3) Essa chamada burguesia se organiza como bloco algo unificado unicamente quando se trata da defesa de seus interesses contra as reivindicações do trabalho assalariado, urbano ou rural — segmento que perfaz a imensa maioria da população –, cujo único recurso é a mercadoria chamada força de trabalho, que vende “livremente” ao capital por meio de contrato de trabalho, a preço inferior ao do valor que cria; 4) No meio desseas duas principais classes encontra-se um segmento social, que não constitui uma classe social na acepção dos Economistas Clássicos, que é a insegura “classe média”, constituída de profissionais liberais, pequenos comerciantes, funcionários públicos, artistas, etc., desprovida também dos meios de produção e das matérias-primas — monopólio do capital; 5) Essa “classe média” tem a ilusão de que, com muita perseverança e por meio de um esforço contínuo de poupança ao longo de toda a vida, possa, um dia, vir a acasalar-se com a classe burguesa e, em sendo assim, obviamente, devota enorme desprezo tanto aos trabalhadores quanto ao segmento social que se lhe encontra abaixo — classicamente chamado de proletariado-lúmpen, hoje conhecido como “a parte de parte alguma”;6) Essa “parte de parte alguma” é constituída de favelados, desempregados, de trabalhadores precarizados, sem vínculo de emprego, à base de “bicos”, mendigos e dos que vivem à margem da lei, cujo contingente vem aumentando constantemente ao longo do capitalismo — aqui e em qualquer parte do mundo –, sistema econômico que tem como uma das suas principais armas, no confronto com os trabalhadores, a introdução contínua da tecnologia poupadora de mão de obra, e da repressão do Estado, nos momentos de crise; 7) É sabido que o valor das matérias-primas, da força de trabalho e dos meios de produção — trabalho pregresso congelado — é transmitido, inclusive pela depreciação, às mercadorias fabricadas, bem como que a força de trabalho, ao longo da jornada de trabalho, gera mais valor do que o valor que lhe é pago como salário para custear os bens necessários à sua vida e reprodução (famílias e filhos), com o valor excedente sendo apropriado pela classe detentora dos meios de produção; 8) Nesse processo, inelutavelmente, com a concentração e a monopolização crescente da renda em uma classe, em detrimento dos trabalhadores e da “da parte de parte alguma”, a chamada classe média também sofre um processo de aviltamento de sua renda, posição social e, o que é pior, da dissolução de seu sonho utópico de noiva da burguesia, crise para o qual não encontra explicação, tornando-se, por esse motivo, presa fácil dos aparelhos de comunicação, de construção da subjetividade e dos valores; 9) Ora, se, por um lado, temos o clássico desprezo e temor da “classe média” em relação aos segmentos sociais que lhe estão abaixo — qual visão fantasmagórica de um moderno Frankenstein ameaçador –, em permanente ascensão numérica pela automação da produção, pela exclusão e precarização social, por outro, temos o verdadeiro pavor, que lhe assomou o espírito, deste moderno Drácula brasileiro, que somente pode ascender socialmente a partir de 2002, prepresentado por mais de 40 milhões de pessoas, beneficiárias de diversos programas sociais de governo, que vieram “ocupar a sua praia” (no sentido dos benefícios sociais que, antes, lhes eram indisputados); 10) Evidentemente, tomada de tamanha, embora injustificada, insegurança, a “classe média”, a nossa moderna noiva neurótica, “traumatizada”, “fragilizada”, tornou-se alvo propício à manipulação política da elite hegemônica, por meio dos aparelhos de comunicação, de construção da subjetividade e dos valores; 11) É sabido que a burguesia sempre defende a atuação do Estado nos conflitos sociais, à exceção de quando historicamente não o controlava, no regime aristocrático e antes da Revolução Francesa, ou nos raríssimos casos em que esse Estado tenta impor, por pressão dos tralhadores e dos demais segmentos sociais, reformas sociais que lhe ferem os interesses, como vimos no filme de 1964, quando atraiu para satânica parceria essa ingênua “classe média”, posteriormente esmagada e de onde fluíram muitos descontentes para o movimento estudantil; 12) Com o esgotamento das condições econômico-sociais que mantiveram o regime de exceção, houve uma confluência de segmentos sociais descontentes em torno de um partido político, formado originalmente por trabalhadores dos centros industriais, ao qual se agregaram simultanea ou progressivamente trabalhadores rurais e segmentos expressivos da classe média e da intelectualidade, inclusive a incorporação de profissionais liberais, pequenos comerciantes, funcionários públicos, intelectuais e excluídos sociais; 13) Essa frente social veio a se constituir no Partido dos Trabalhadores (PT), verdadeira arena de interesses sociais, “populares”, os mais diversos, embora quase que totalmente constituído de assalariados, embora nem por isso, em conjunturas diferentes, com objetivos diferenciados, daí a falta de uma coerência filosófica e ideológica que balizasse seus Estatutos e Programas ao longo do tempo; 14) Depois de travar disputas eleitorais e perder por força da firmeza original de seus ideário e programa, o PT flexibilizou suas crenças e valores precisamente para atrair o eleitorado da até então algo assustada “classe média” e segmentos do empresariado, o que conseguiu com notável sucesso, a ponto de eleger e reeleger um presidente, e, depois, eleger uma presidenta com a indicação e apoio do antecessor, lastreados, todos, como resultado das políticas de inclusão social de cerca de 40 milhões de brasileiros; 15) Mas, nesse processo, o PT transformou-se, perdeu a pouca consistência de ideário e programa, assemelhando-se a um “partido da ordem”, a ponto de vir a valer-se, em seus esforços eleitorais, dos tradicionais e tolerados esquemas usados pelos partidos políticos, bem como pelo Aparelho Midiático-Jurídico; 16) Com a crise global, deflagrada em 2007 e até aqui sem solução à vista, dado o altíssimo endividamento das famílias e governos nos países avançados, com a decorrente queda do consumo, do investimento e da atividade econômica, que influênciam negativamente a economia de todos os países, inclusive o Brasil, há como que a necessidade de uma nova repartição do excedente social entre a burguesia, os trabalhadores urbanos e rurais, a classe média e os excluídos, recém beneficiados por programas de inclusão social, com impactos previsíveis em termos de políticas sociais, salarial e de emprego. 17) Se segmentos da burguesia acirram a luta entre si, especialmente por parte da reação da fração mais rentista (financeira [juros], de seguros [prêmios] e setor imobiliário [renda da terra], que vive de capital fictício e de bolhas (ganhos de capital) — vide a brutal queda da Selic real, da taxa média anual de 18,32% na octaéride Fernandista, para 8,23% a.a. nos dois períodos Lula, e que deve ficar em torno de apenas 2%.a.a até dezembro –, o mesmo seria de se esperar entre os trabalhadores, a “classe média” e “a parte de parte alguma”;18) É nesse contexto que tem que ser analisado o papel dos aparelhos de comunicação, de construção da subjetividade e dos valores da burguesia, no sentido de atrair a ingênua classe média, mais uma vez, por meio da agitação da bandeira do falso moralismo, a fim de fragilizar e debilitar o partido político que serviu de abrigo a essa ampla frente política que derrotou o regime de exceção, eis que, nesta época de crise global, escasseando os recursos e as oportunidades, frações da burguesia, para reforçarem seus interesses, terão de atrair para sua esfera de influência segmentos sociais, inclusive os até aqui integrantes ou apoiadores do PT; 19) A oportunidade foi criada, qual um ovo da serpente, pelo próprio PT, ao escolher herdar, nada menos que do PSDB – o “Partido modelo” da ordem — um esquema de financiamento de eleição, até antão tolerado, inclusive pelo Aparelho Midiático-Judiciário, sem o menor pudor e sem o menor tremor ético da “classe média”, os quais, no passado recente, “varreram para debaixo do tapete” os seguintes escândalos históricos: a) a confessada compra da revisão constitucional em 1987, para permitir a reeleição do Presidente: b) as fitas gravadas pela Polícia Federal e os fatos escandalosos que vieram a público sobre os favorecimentos de grupos no processo da privatização da Telebras, que, na ocasião, envolviam nada menos que R$ 22 bilhões (moeda da época); c) a apuração do chamado escândalo PCFarias, que resultou em processo com mais de 1.000 páginas, envolvendo 400 empresas, mais de 100 empresários; d) as denúncias, os documentos e os registros de recursos desviados para os “paraísos fiscais”, constantes do livro “A Privataria Tucana”;e) a desmontagem da Operação Sathiaghara, interrompida por um falso “grampo” de conversas entre o “ilustre” ex-Senador Demóstenes Torres e um notório — e “bota” notório nisso — ministro do STF, “grampo” esse desmentido por inquérito posterior da PF; f) a quase que transformação em réu do delegado que chefiou essa operação e do Juiz que supervisionou sua atuação, sem falar na destituição, da Chefia da PF, do delegado Paulo Lacerda, absolutamente inocente no caso; e g) a indisponibilidade de valor expressivo, detidos pelos governos dos EUA e da Inglaterra, com a interrupção da Operação Sathiaghara. 20) A moda, hoje, é elaborar uma idéia ou um conceito para depois procurar conformar a eles a realidade, característica, entre outros, de poetas que pararam no tempo de Rousseau e de seu Contrato Social. Na verdade, são os indivíduos reais, na ação que eles desenvolvem, e nas condições em que produzem e reproduzem sua vida, que se encontram as explicações do processo social. 21) Históricamente, os homens produzem os seus meios de subsistência e sua vida material em vários modos de produção, que variam de acordo com a natureza desses meios de subsistência. Modo de produção no sentido de condições materiais de produção, por exemplo, o atual modo de produção capitalista, a que corresponde uma formação social específica, a sociedade burguesa. 22) O que os indivíduos são confunde-se com o que produzem e com o modo como produzem, ou seja, o que os indivíduos são depende das condições de produção. Chegamos aqui ao princípio das determinações materiais da vida social, de sorte que os processos sociais e políticos passam a ter o princípio de sua inteligência enraizado nas condições materiais de produção. 23) E a produção depende do intercâmbio dos indivíduos entre si, de uma forma de intercâmbio que vem a ser as relações de produção, que parecem depender do grau de desenvolvimento das forças produtivas. Assim, o objeto da análise histórica tem que ser as relações entre as classes sociais, a luta entre as classes, e, no capitalismo, a luta entre a burguesia, proprietária dos meios de produção, e os trabalhadores, vendedores da única mercadoria que não lhes foi usurpada, sua força de trabalho. 24) Mas, a evolução do processo histórico depende, em grande parte, das inovações técnicas que dão origem a meios de produção mais avançados, usados por seus proprietários tanto para sobreviverem na competição como para extraírem mais-valor relativo da força de trabalho, eis que o mais-valor absoluto – o resultante do prolongamento da jornada de trabalho – tem um limite biológico, histórico e social. 25) Assim, essa base material de produção condiciona a esfera das idéias e representações, a ideologia, a esfera da política, do direito, da arte, etc., ou seja, toda a assim chamada superestrutura, que compreende todos aqueles elementos de natureza “não-econômica”, os quais não poderiam ser explicados senão que a partir de sua própria base econômica. 26) Com isso, a moral, o direito, a religião, a metafísica e qualquer outra ideologia, assim como as formas de consciência a que elas correspondem, perdem toda a aparência de autonomia, não tem história nem desenvolvimento. Portanto, nem a moral, o direito, a religião, etc., têm vida própria. É somente com o fim dessa filosofia especulativa, autônoma, que podem findar as frases ocas sobre a consciência, a moral, o direito, etc., e as abstrações separadas da história real. 27) Assim, a classe dominante de cada época histórica apresenta as suas idéias, representações e conceitos como verdades eternas, e os seus ideólogos apresentam as relações sociais de domínio dessa mesma classe como sendo relações eternas, e não como relações provisórias, historicamente determinadas, o que permite que elas sejam apresentadas como a expressão da razão ou da natureza, emprestando um caráter de eternidade a relações sociais transitórias. 28) Os interesses da classe dominante são apresentados como sendo o do conjunto da sociedade, e as suas relações de dominação como a expressão da vontade geral obtida consensualmente. Ela escolhe e apresenta seus institutos, categorias e valores como “positivos”, “bons” ou “desejáveis” por si mesmos, de modo absoluto, obscurecendo que, na sociedade burguesa, eles não são mais do que a liberdade de o capital explorar o trabalhador. Assim, as ideias da classe dominante são as ideias dominantes. 29) Isso significa que o controle dos meios de produção materiais implica o controle dos meios de produção e difusão de ideias e valores, acarretando, assim, a submissão da classe despojada dessses meios à classe que possui esses meios à sua disposição. As ideias da classe dominante são expressão ideal das relações materiais dominantes, embora apareçam como “ideias puras”, provindas das boas intenções ou das reflexões de pensadores desvinculados daqueles interesses. 30) A determinadas relações de produção dominantes deve corresponder uma certa forma política de domínio de classe, e o Estado – incluindo a estrutura jurídica que legitima e defende esse status quo — é compreendido, então, como a forma de domínio pelo qual a classe dominante faz prevalecer os seus interesses comuns de classe. O Estado permite, assim, que os interesses da classe dominante sejam apresentados como sendo os interesses do conjunto da sociedade, como uma comunidade de interesses gerais, com um caráter público, como um domínio impessoal de uma pessoa jurídica, ao qual a idéia mesma de dominação de classe é impensável. 31) Essa representação ilusória de que o Estado possa representar o interesse geral esconde sua função específica: ao garantir a propriedade dos meios de produção, o Estado já garante, por força desse mesmo ato, a posição de domínio da classe que é titular dessa propriedade. Assim, o domínio da burguesia sobre a classe trabalhadora, no âmbito de cada unidade produtiva, estende-se, imediatamente, para o domínio da política. O Estado, portanto, pode ser considerado o resumo oficial do antagonismo na sociedade civil, vez que as contradições de classe, ao adquirirem um caráter político, exigem, dado ao caráter irreconciliável desses conflitos, a existência do Estado. 32) E o Estado, por meio de suas instâncias de atuação, em especial o Aparato Judiciário e repressivo, atua no sentido de conter o antagonismo de classe dentro de limites que permitam a conservação da sociedade na qual domina uma determinada classe, que permitam, portanto, conservar esta dominação de classe 33) Evidentemente, como a memória é curta, a forma de desconstrução psicológica de frações dos trabalhadores e, em especial, da “classe média” — para fazê-la regredir à subjetividade e à maturidade de uma melodramática-lacrimosa ex-atriz de novela (lembrem-se: “Eu tenho medo!”) –, e dos segmentos que experimentaram recente inclusão social e até de fímbrias dos excluídos para a cooptação política, foi acionar todo o poder de fogo do falso moralismo pelos meios de comunicação, de construção da subjetividade e dos valores. 34) Relembremos: Quando não tinha o controle do Estado, a burguesia era anti-constitucionalista e anti-estatal. Quando o conquistou, impôs o Estado à sua imagem e semelhança e o seu Direito (Código Napoleônico). Ao Aparelho Togado atribuiu a defesa de seus interesses. Tornou-se Constitucionalista. Quando se viu ameçada por reformas sociais, nos anos 1960, invocou a “Tradição, a Família e a Propriedade” — esta última seu pilar fundamental –, rasgou a Constituição, desconstruiu o Estado e encarcerou a liberdade. 35) Resta saber se toda essa artilharia pseudo-moralista midiática será capaz de provocar novas acomodações e alianças políticas entre os diferentes atores sociais e em que rumos, à semelhança do populismo demagógico de direita à la Jânio Quadros, nos anos 1950, o qual, posteriormente, tentou um Golpe de Estado por meio de uma renúncia que “gorou”;36) Vamos ver se haverá gente suficiente para formar o bloco dos inocentes úteis, atraídos pelo canto da sereira dos meios de comunicação, de construção da subjetividade e dos valores, coadjuvado agora pelo Aparelho Judiciário, em um novo conjunto de maquinação e manipulação política. Muitos falsos moralistas pretendem apenas surfar nessa nova moda, apoiando, com a ingenuidade característica dos poetas, essa grande armação. 37. Agora, todo o que todo esse esforço do Aparelho Midiático-Judiciário pretende é tentar apagar dos anais da História as grandes realizações dos dois mandatos de um ex-Presidente e ex-metalúrgico, refugiado nordestino que, diferentemente de todos seus antecessores, talvez à exceção de Getúlio Vargas, exerceu o cargo com uma acentuada sensibilização social, que lhe deixou como herança 87% de aprovação popular, segundo o próprio Ibope, instituto de pesquisa notoriamente conservador. Segue abaixo, um pouco de seu legado, que os falsos moralistas, em seu mundo Parnasiano, não viram: Economia Salário Mínimo – Passou de R$ 200,00, em 2002, para R$ 510,00, em 2010. Na comparação com o dólar, subiu de US$ 81 para US$ 288 no período. O poder de compra do mínimo subiu de 1,4 cestas básicas, em janeiro de 2003, para 2,4 cestas básicas em julho de 2010. Emprego Formal – O governo Lula gerou 14,7 milhões de empregos (2003-2010), enquanto o reinado de FHC (1995-2002) criou apenas 5 milhões de empregos. Taxa de desemprego – Em 2002, ela era 9,2%. Em setembro de 2010, baixou para 6,2%, a menor taxa desde o início da medição pelo IBGE. Inflação – Baixou de 12,53% ao ano, em 2002, para 4,31% em 2009. Exportações – Subiram de US$ 60,3 bilhões, em 2002, para US$ 152,9 bilhões em 2009. Reservas internacionais – Passaram de US$ 38 bilhões em 2002 para US$ 275 bilhões em 2010. Dívida com o FMI – FHC entregou ao governo com uma dívida acumulada de US$ 20,8 bilhões, em 2002. Lula quitou toda a dívida em 2005, e, hoje, é credor externo, tendo emprestado US$ 10 bilhões ao FMI em 2009. Investimento Público – A taxa de investimento passou de 1,4% do PIB, em 2003, para 3,2% do PIB (abril de 2010). Risco Brasil – Teve um pico de 1.439 pontos em 2002. No governo Lula, ela baixou para 206 pontos em setembro de 2010. Desenvolvimento Social Estrutura social – Em 2002, 44,7% da população tinha renda per capita mensal de até meio salário mínimo. Em 2009, o índice havia caído para 29,7%, o que significa que 27,9 milhões de pessoas superaram a pobreza entre 2003 e 2009. Programas de transferência de renda – A soma de todos os programas de FHC totalizou R$ 2,3 bilhões, em 2002. Já o Bolsa Família, em 2010, destinou R$ 14,7 bilhões para as famílias mais carentes. Saúde Desnutrição infantil ¬– Caiu de 12,5%, em 2003, para 4,8% em 2008. Taxa de mortalidade infantil – Caiu de 24,3 mortes por mil nascidos vivos, em 2002, para 19,3 por mil em 2007. Saúde da Família – Em 2002, 4.163 municípios eram atendidos por 16.734 equipes. Já em 2010, 5.275 municípios são atendidos por 31.500 equipes. Agentes comunitários de saúde – Eram 175.463 agentes em 5.076 municípios em 2002. Hoje, são 243.022 agentes em 5.364 municípios. SAMU 192 – Hoje, 1.437 municípios são atendidos pelo SAMU, que não existia antes do reinado de FHC. São 1.956 ambulâncias que percorrem o Brasil atendendo casos de urgência. Assistência farmacêutica – Os recursos do Ministério da Saúde destinados à distribuição de medicamentos no SUS passaram de R$ 660 milhões, em 2002, para R$ 2,36 bilhões em 2010. Educação Analfabetismo – A taxa de analfabetismo no Brasil caiu de 11,9% da população, em 2002, para 9,6% em 2009. Ensino Técnico – O número de escolas técnicas cresceu duas vezes e meia no governo Lula. No final de 2010, já existiam 214 novas escolas. FHC só construiu 11 escolas técnicas. Prouni – Garantiu acesso à faculdade para 748,7 mil jovens de baixa renda. Com FHC, o programa não existia. Universidades Federais – Lula criou 15 novas universidades e inaugurou 124 novos campi, a maioria pelo interior do país. FHC, o príncipe da Sorbonne, criou apenas uma universidade. Matrículas no ensino superior – o número de matrículas no ensino superior cresceu 63% entre 2003 e 2009, passando de 3,94 milhões para 6,44 milhões. Política urbana Investimentos em habitação – Os recursos aplicados no setor foram R$ 7 bilhões em 2002. Em 2009, foram R$ 63,3 bilhões. Minha Casa, Minha Vida – O governo Lula criou o Minha Casa, Minha Vida, com a meta de construção de um milhão de moradias. FHC nunca investiu em programas de habitação popular.

         

      2. Vai deizer que você não

        Vai deizer que você não ganhou dinheiro nesses últimos 10 anos? Que seu patrimônio e sua renda aumentaram? Aconteceu para dezenas de milhões de pessoas no país. Isso é manipulação?

        E o crescimento dos mercados de consumo? Do acesso a bens e serviços? Aumento vertiginoso do emprego formal? Aumento da renda real da população?

        Nada que esta acontecendo agora e nos próximos meses vai apagar tudo isso.

        Você é que está cego pela ideologia.

        E se a questão é ter vergonha de presdentes, temos uma concorrÊncia bem forte: Medici, Geiosel, Figeuredo, Sarney, Collor. Dureza não?

         

         

  29. aldo o PT não está no poder

    aldo o PT não está no poder há 3 décadas. Vá ler um pouco de história pra depois falar. VIVA O PT.

    1. Menos Batista. Menos. será

      Menos Batista. Menos. será que você não tem percepção de que o cara digitou errado  ou vacilou na afirmação. 

      Talvez êle estivesse querendo dizer 3 mandatos anteriores a este corrente. Todos os quatro afundando o país gradualmente conforme o andamento do andor. 

  30. A farsa dos bons homens públicos. Até aqui tudo é uma piada.

    Tenho vergonha de tudo que leio. Mais vergonha tenho da triste realidade nacional. Nossos representantes políticos, empresários, e muitos de nossos eleitores, independente da bandeira que levantem. Envergonham um País chamado Brasil. De marketink pago por você eleitor, pelo alongamento da aposentadoria, bem como ineficácia de acesso aos sistemas de saúde, educação e segurança, batem no peito dizendo um errado e outro a oposição. Oposição a quê? Se existe a corrupção em massa política: vereadores, deputados, prefeitos e o bobo da corte. A única oposição que temos é a da moralidade social. Estamos diante um momento imoral e tanto os políticos, como empresários deveriam ser depenados para compensar o que nos roubaram, seja qual forma de corrupção que aplicaram. E nós, bem … acordem já estamos presos, em nossa celas falta uma boa alimentação, cuidados médicos, e segurança. Escravos feitos os Hebreus diante Homens Deuses, sejam políticos, sejam eles do Direito.

    O que vemos é a realidade. O saco de laranja já foi todo contaminado. Nada foi feito pelo direito do voto. Embaixo de tanto achismo politiqueiro, como a sujeira do tapete, se prolifera o mofo da insanidade da escravidão da eleição. Nossos homens públicos, e representantes da sociedade privada capitalista, entre o meu primeiro, se sobrar migalhas aos pobres, gargalham de nós, pobres contribuintes assalariados, palhaços que pensam que eles valem a pena ser mantidos, ou mesmo pagos caramente por nada.

    Na atualidade, o impeachment caberia a todos os políticos, seja ele da esfera municipal, estadual ou federal. O que se viu em tele jornais nestas últimas três semanas, prova que é mais fácil pé de jabutica dar laranja, que reunir representantes sérios em uma Câmara para defender nossos interesses antes da gula deles. A corrupção no meio político não é mais um café da manhã, ou almoço que o reforça para mais um dia de vida, é uma transfusão feita a dentada de vampiro a quem nasce no Brasil. Você cidadão, pensando o Estado brasileiro, com sua unidade federativas, a cada segundo paga imposto, e neste mesmo segundo é roubado. E não adianta reclamar, pular, ou se suicidar. Serás roubado mesmo morto. Porque você não para de contribuir nunca depois que nasce. Graça a outros semi Deuses, ou Deuses, porque pela propriedade abstrata de quem tem voz, podendo não ter caráter, terá sempre vez para te cobrar pela vida eterna.

    Em vez de tanta conversa mole: seu partido roubou. Não, foi o seu, Vamos pra rua para destituir todos eles. Criamos uma nova constituição. Nela suspendemos a eleição de todos os descedentes dos políticos atuais. Levantamos se eles participaram de corrupção. Tomamos os bens dos políticos e empresas corruptoras. Vendemos para preencher a pendência que eles tem conosco nos cofres públicos.  Governar não é tão difícil. Impossível é manter ladrões nas representações políticas, públicas. Se todos brasileiros soubessem o que estes agentes públicos tem que produzir. Poderia cobrar, como são cobrados em suas empresas, suas famílias. O Estado existe para limitar, mediar, assuntos da sociedade. Não dos representantes políticos. Não da iniciativa privada (que se diz privada, mas parece pelo que vemos aqui ou ali no jornal,  são empresas que se solidificaram com nossos recursos público, dinheiro de contribuições pesadas, corrompendo nossos representantes). São os políticos corruptos, iguais aos empresários corruptos. Aliás, o câncer não é a política, e sim os facilitadores. Se empresários perdessem seus bens. Pensariam duas vezes antes de se envolver nesta mazela de caráter. E depois, se os políticos mantivessem esta conduta, onde eles corrompem as empresas em seu benefício, poderíamos inovar. Lembrem-se que eles nos fazem nús diante a mudar isto. Pela força violam nossas entranhas, facilitam a violência da criança, do idoso, do homem comum que só quer trabalhar e aposentar. Se querem uma evolução no caráter político, castrem seus atuais representantes, para que não façam cria. Talvez, com uns 200 anos de purificação pública, e do Direito, do que é político, podemos realmente ter uma Estado útil a sociedade. O que temos até aqui. É uma piada.

    Finalizando: A maior mentira de 2015 é que se vive mais no Brasil, por isto tem que se aposentar mais tarde. Explicamos: brasileiro nunca viveu, talvez raramente, alguns. Mas a maioria sobrevive pagando conta e sentido dores. E quanto mais sobrevive, mais sofre. A equação para pagar sua aposentadoria é simples. São imbecis os economistas e defensores desta “corrente” da escravidão, em favor deles aparecerem na TV para vomitar insanidade, desconhecimento. Insistem em enxertar o modelo atual, e não conseguem enxergar saída. Aposentáveis, parem só um minuto, será que quando você aposentar realmente você não vai contribuir mais para o INSS? Não se tem saáida? Piada!!!!

    Pode ser criado, numa proposta parecida ao da previdência que conhecemos, um fundo para correção das aposentadorias no INSS devido o aumento de sua SOBREVIDA. É constitucional se viver plenamente. Fique velho, tenha problemas de saúde, e avalie realmente se é isto uma vantagem (a sobrevida). Soluções:

    I – Pode se taxar as grandes fortunas, pois ela na maioria das vezes foi conseguida em cima do que se entende como exploração/corrupção. Desde o império, até agora pelo assalariamento. Emn cima do dinheiro da corrução, 20% do recuperável deve ir para o novo fundo. Afinal, a sociedade, o povo, recebendo menos saúde, menos educação, nenhuma segurança, já perdeu no início do processo e não dará mais para usufluir dos benefícios sociais. Faça um raio X do seu esqueleto, e veja quanto você já foi açoitado. Não aceite alongamento da aposentadoria, é um crime em massa, você não vai usufluir. Só estes ratos gordos, políticos e do Direito, viverão sobre sua miséria.

    II – Reduzir a alíquota do IRRF dos aposentados, pensionistas, etc. Do que coube a redução, cria-se uma contribuição para capitalizar o no Fundo de Pensão que irá equilibrar a previdência atual.

    III – É um abuso político te enganar, mas ele te enganam, mereciam a forca por isto, mas se vocês não votarem neles, nem em seus filhos, nem nos netos, já ajuda. Você aposentado, gasta mais, em remédio, em comida, em diversão, que outra pessoa na ativa que não tem tempo ou necessidades peculiares pela idade. Assim, você contribui mais. É um efeito tipo CPMF. Quem gasta mais, paga mais. Então já que você estão a mercê de sofrer até morrer, afinal além de escravos, esquecidos socialmente, pode exigir dos que nos representam, parte do ICMS, ISS, Contribuições Sociais, que se paga nas empresas. É! Poderáimos, exigir 1%, 2% ou 3% do que se paga em tributos para a composição do novo fundo para auxílio ao INSS atual.

    Por quê? Porque você, e seus antepassados, e talvez seus descendentes, são, foram, ou serão escravos na produção de recursos para pagar esta gentalha que te representa. E já que acorrentados, nada podemos. Pelos menos, que tenhamos uma aposentadoria digna, para que em nossos tempo de folga, façamos de nossos netos, que não votarão nos seus netos, bons cidadãos, e uma nova representação política social e do Direito.

    Vivo no País, onde todos se acham bonitos porque usam paletós. Se acham Deuses, se acham elite. E na verdade a maioria é só imundície.

  31. plantio e colheita

    a excelente análise abre uma nova e imprescindível perspectiva para a compreensão da operação Lava Jato. note-se que a “república do Paraná”  é hoje, como em 1954 foi a  “república do Galeão”, um decisivo agente político. a quem servem? qual o plano?

    “tudo isso fez parte de um processo que mudou o patamar de competência tanto da PF quanto do MPF.”

    portanto, estão cientes dos impactos na economia e das implicações políticas do que estão fazendo, assim sendo se tornam responsáveis pelas conseqüências. dizem-se decentes, sábios, corajosos e que não levam em conta interesses pessoais. mas seriam também sábios, decentes e corajosos para os interesses daqueles igualmente sábios, decentes, corajosos e que também não levam em conta interesses próprios?

     “Como é um jogo de poder, procuradores, delegados, Moro não se pejam em montar alianças com grupos de midia claramente engajados no jogo de interesses políticos e comerciais, alguns deles em aliança com o crime organizado.”

    estão reproduzindo os mesmo erros básicos do lulismo, buscando aliados entre aqueles que também deveriam combater. e o que se trata aqui senão de “governabilidade”, da busca de condições para executar uma estratégia?

    a “república do Paraná” faz o seu plantio. em breve chegará o tempo de sua colheita.

    .

  32. É mais um artigo querendo

    É mais um artigo querendo mostrar que os ataques ao PT são culpa do próprio PT. 

    Não vejo lógica no artigo. E além disso, a PF e o MPF não podem agir na base da vingança, continuam responsáveis por agirem com viés político para condenar o PT e aí sim salvar o PSDB e os corruptos do PSDB. Como se explica que o MPF prende empresarios do tremsalão de SP e ninguém do governo? Será falta de indícios? Piada?

    Por outro lado já está acossando o governador de Minas com muito menos justificativa.

    Fala, sério!

    O PSDB e seus sustentadores na direita e na mídia preferem destruir o país, e para isso é preciso culpar o PT e o LULa por tudo e mais alguma coisa, inclusive pelos ataques que ele próprio PT vem sofrendo, a aceitar a justiça social.

  33. Tem Dia Que É Noite, Sem, Ser Dia e Pagar Imposto…

    Não bastasse o presidente da república do Paraná explicando o inexplicável a cada furo ou glosa em sua farsa premiada, culminando com esse inimaginável e absurdo factóide da “destruição do E-mail”, escancarando o quanto de “seriedade jurídica” o move, temos que aguentar também, conjecturas do fundo do baú da infelicidade, mostrando-nos versão outra daquilo que já nos é há muito, escancaradamente apresentado esticado no chão da conspiração, da maneira mais arreganhada e sem mêdo de consequências. Assim não pode, Assim não dá! diria igual ao morto-vivo desesperado em resgatar-se do pé de página em que está posto, ainda em vida.

    Protesto feito, conta agora aquela do papagaio.   

  34. Fico triste quado leio texto

    Fico triste quado leio texto como esse, rechiado de achismo, tando para o PT quando para o PSDB, imaginação para criar boas teorias da conspiração, sem apresenta provas ou evidencia, qualquer um tem, distribui por ai a ideia de que se pode fala quer alguém fez isso, ou aquelo, sem apresenta uma única evidencia, apenas falando que as evidências estão ai! Mas ai aonde? Ser está, tão ai poque não trouxe para a reportagem, estou me convencendo que a internet esta tonando a imprensa a cada dia mas preguiçosa, escreva qualquer coisa só pra conseguir mas um click.

    1. Mas a burrice escancarou nas

      Mas a burrice escancarou nas redes sociais e invadiu a praia do Blog. Ô Marcosaz, deixa de ser ignorante. São fatos conhecidos de quem tem um mínimo de informação. Vá catar coquinho no Google para ver se aprende. Com um pouco mas de informação, é possível que sua alegria volte.

  35. Então tá…
    Primeiro se usa

    Então tá…

    Primeiro se usa uma operação policial  para alterar o resultado de uma eleição. Na continuidade delegados da Policia Federal se portam como polícia política, se prende sem cumprir os ritos, se ataca somente um partido político (sim porque o Psdb levou 10 milhões para não ter CPI e o o Psb do Eduardo Campos já esta com um buraco que chega a 15 milhões de roubo da Petrobrás e nunca se viu falar de depoimento dos tesoureiros desses partidos para saber que fim levou o dinheiro e as doações legais para o PT são ilegais), se vaza todas as informações contra um só governo (porque a parte da corrupção do governo FHC segundo o proprio procurador não interessa)  e o culpado disso tudo é o PT,  bode expiatório de sempre.

    Ficamos assim: erros anteriores justificam a quebra de direitos constitucionais e a perseguição a um grupo político. Tudo numa operação suspeitíssima de quebrar empreiteiras num momento de crise nos Estados Unidos e nos países centrais da Europa. Qual a corretagem para quebrar empresas do porte de uma Odebrecht? E de entregar a Petrobrás ao mercado com a riqueza das reservas do pré sal?.

    E os mimadinhos da PF, da procuradoria e do judiciário agem com total ilegalidade porque estão com raivinha. Sei… Conta essa pros Revoltados On Line, para os baluartes da honestidade do Psdb e para a imprensa brasileira. Só não esperava que o Nassif fosse justificar tanta canalhice e desonestidade em  cima dos erros do proprio PT, que já apanha o suficiente em cima da grande imprensa para continuar apanhando nos blogs alternativos.

    Não é PT, Nassif, é o Brasil e sua independencia. É a maturidade de nossas instituições que estão perdendo feio neste jogo nauseante. 

    E é também o que disse hoje o grande independente Luiz Fernando Veríssimo (que escreve no Globo e no Estadão) sobre o momento do Brasil ” É inútil tentar debater com o ódio exemplificado pela reação à entrevista do Jô e argumentar que, em alguns aspectos, o PT justificou-se no poder. Distribuiu renda, tirou gente da miséria e diminuiu um pouco a desigualdade social — feito que, pelo menos pra mim, entra como crédito na contabilidade moral de qualquer governo. O argumento seria inútil porque são justamente estas conquistas que revoltam o conservadorismo raivoso, para o qual “justiça social” virou uma senha do inimigo.”

     

     

    1. Companheira,
      Os estúpidos e

      Companheira,

      Os estúpidos e ignorantes dificilmente conseguem ver os avanços e os méritos do Governo.

      O nosso problema, por sua vez, é a dificuldade de não aprender com os erros.

      Um desses erros não é apontar a culpa da mídia, é não reduzir a força que o oligopólio possui.

      É difícil? Sim. Deveriam tentar? Sim. Faz parte do jogo político, capital político é para usar.

      Se um político de esquerda não entender isso, esqueça.

      As Tevês educativas estão por aí, adoraria assistir à elas, não à Globo.

      Mas onde está o recurso? O apoio do Governo Federal que ao fim é quem possui a liderança federativa?

      A alteração da lei que permitiria, por exemplo, ter receitas com a propraganda comercial?

      O Governo precisa orientar, conduzir, APLICAR.

      Existe a ideia, mas há incompetência para sua materialização.

       

       

  36. O artigo de Nassif traduz a

    O artigo de Nassif traduz a pura e dura realidade, infelizmente.

    O PT fez de tudo para evitar arestas que pudessem entornar o caldo politico e, assim, ilegalmente, livrou a cara do PSDB.

    O que se esqueceram foi de conbinar com os russos: é preciso haver cavalheiros para haver acordo de cavalheiros.

    E lá Aécio é algum cavalheiro? Serra? Pois é.

    Principalmente, o PT não combinou com quem realmente manda: a mídia oligárquica.

    O pior de tudo (o pior mesmo) é que se um presidente de direita fizesse o que o PT fez para livrar da cadeia alguma agremiação politica, aliada ou não,e toda a a militancia que eu conhço estaria pedindo o impichment do presidente.

    Se há algum motivo para inpichar Dilma é esse: entortou a Lei para ajudar tucanos. É de doer…

  37. É muito interessante ver que nos últimos tempos,

    a cada post novo do Nassif, fazem comentários nicks do estranho ao boçal (tem até cavalo!), e com texto que parecem CTR-C/CTR-V do que tem de pior nos sites de globo ou abril, em alguns casos parecem reencarnações dos “intelectuais do SNI”.

    Imagino que o centro nervoso do golpe acha o nosso blog a última trincheira ainda não dominada pela boçalidade da mídia corporativa.

    NO PASARAN!

  38. Aparentemente o governo não

    Aparentemente o governo não tem nenhum controle sobre a PF. Não seria o caso de chamar um “Levy” (homem de confiança do mercado) para o ministério da justiça, ou seja, um homem(mulher) de confiança do meio jurídico/policial. algo como um Marcio Thomaz Basto, ou um Nelson Jobim, chamado à época para enfrentarr a crise aérea?

  39. Bom texto

    Só não entendi prá que o Ministro mudar a face da PF se na hora em que ela investiga, o Ministro trabalha para que a investigação da PF não dê resultado.

    Mudou a cara só para inglês ver ?  Ou era só prá pegar a dona da Daslu ???

    No mais, afirmar que um juiz federal, citado nominalmente, faz alianças com o crime organizado, é uma acusação bem pesada., 

    1. Zé… sem procuração pra

      Zé… sem procuração pra defender o Nassif, mas, o que ele disse é que o juiz montou alianças COM EMPRESAS DE MÍDIA QUE NEGOCIAM COM O CRIME ORGANIZADO. É diferente de acusar o juiz de, diretamente, fazer esses acordos. Pega leve, né?

  40. Sua lógica é torta Nassif

    Sua lógica é torta Nassif …

    Quem blinda o PSDB é a Grande Midia e o Judiciário. Lula errou ao afastar Lacerda. Pagou com o Mensalão. Teve ele, Lula, medo de virar um Allende ?

    1. Eu diria que optou por mal

      Eu diria que optou por mal menor. Entre você travar um governo inteiro com uma operação de limpeza, que não tem certeza se será exitosa, e deixar o governo fluir, tentando administrar o outro lado, parace mais sensato apostar no segundo caso. Deu errado! Mas poderia ter dado pior.

  41. Como o Nassif se mostra

    Como o Nassif se mostra abertamente PT e contra PSDB.

    Desde as eleições Nassif se mostra um petista ferrenho, criticando todos que são contra: PSDB, imprensa, MPF e PF.

    Sempre houve jogo político, não só aqui e não agora, mas nunca neste nível de SUJEIRA.

    Francamente IG e Nassif, o que se busca é um mínimo de JUSTIÇA no meio desta lama.

    Lamentável…

  42. Pois é Nassif, a sua

    Pois é Nassif, a sua rememoração desses episódios só fazem confirmar a tese do historiador Evaldo Cabral de Mello de que todo o enigma brasileiro se resume em mau caratismo (corrupção) e incompetência. Infelizmente o PT, em quem sempre votei, seguiu rigorosamente a regra histórica. E vai pagar caro pelos erros. Infelizmente leva junto uma tentativa de viabilizar um projeto de esquerda no país. A essa altura penso ser tremendamente desapontador rever a linha do tempo e perceber que a maior liderança operária da história do país está hoje na berlinda por ter se tornado um camelô de obras das mega empreiteiras do país no exterior. Algumas dessas empresas tiveram sua carreiras internacionais viabilizadas graças às obras superfaturadas na época da ditadura, como foi o caso da Odebrecht na Bahia, com a construção da Barragem de Pedra do Cavalo, para fornecimento de água de Salvador, como denunciado – por meios alternativos – na época. Esperei em vão que a esquerda do poder fosse capaz de ajudar a aprofundar a cidadania e a consciência crítica na juventude brasileira. qual nada! Enfim, fomos rendidos, mais uma vez, pela corrupção e incompetência. 

    1. “…Infelizmente leva junto

      “…Infelizmente leva junto uma tentativa de viabilizar um projeto de esquerda no país…”

      .

      Este é o ponto chave da questão. Condição sem a qual não há outras.

      Não adianta esperar objetivos, planos e iniciativas promissoras no campo da “direita”. Para estes o judiciário cumpre o papel dos privilégios a eles.

      O sistema político seduz seus arrivistas. O executivo a chance de operar a roubalheira.

      Sem esquerdas qualificadas para a prática segura de ações “progressistas”, esqueça deste país.

      Àqueles que se incomodam com cadeias entupidas por encarceramento massivo, continuarão enchendo.

      Se se incomoda com a concentração da mídia, continuará as Educativas sem chances.

      As cidades hostis entupidas de carros, esqueça.

      A especulação imobiliária, a agricultura familiar…

       

  43. Gostei

    Há tempos não visitava este portal. Gostei muito do nível dos comentários nesta notícia.

    Realmente fica evidente o que já se sabe, do jogo de forças por trás dos poderes nos governos.

    Do ponto de vista de análise do texto e das idéia do Nassif, ótimo, mas olhando para os fatos reais do momento no país, o que o PT fez pode? O que o Lula fez pode? Dilma, que herdou uma herança maldita (dela mesma) e quebrou o país, pode?

    Porque não deu certo se os companheiros estão no poder há quase 13 anos?

    Será que é porque Margareth Tatcher estava certa quando dizia que o socialismo era um sucesso até que acabasse o dinheiro dos outros?

    Sabem, não sou rico, trabalho todos os dias e gostaria muito que todos os brasileiros tivessem acesso ás oportunidades que tive mas, mesmo assim, não creio que Venezuela e Cuba sirvam de exemplos pra nós, e isso me amedronta no PT.

    Aqui somos um país de ricos e pobres, mas os dois citados são países de pobres apenas.

    Há uma diferença entre o PT utópico e o real. Eu falei do real, pois infelizmente ele existe.

    Teve a oportunidade de fazer melhor, mas infelizmente fez pior, como George Orwell já havia demosntrado em seu “A revolução dos bichos”.

  44. Avançaram o sinal das classes dominantes

    Precisamos considerar que os membros da operação Lava Jato exageram na dose, e avançaram o sinal, certamente empolgados com os holofotes da maior parte da grande mídia, que de toda maneira tenta tira Lula da disputa eleitoral de 2018.

    Ao prender alguns dos principais membros da classe dominante, com intimidade em vários ramos do poder, maior até que o da Presidenta Dilma, inclusive com ampla influência nas forças armadas, no legislativo e no judiciário, a operação Lava Jato vai ser suspensa de alguma forma.

    Nas próximas semanas veremos o desmonte da operação Lava Jato, muito provavelmente com revisão dos processos em estâncias superiores, inclusive com punições por “exageros” cometidos pelos membros da operação Lava Jato, tanto da polícia como do judiciário.

     

  45. Carta aos Brasileiros

    Acho que o grande problema foi o que não estava explicitado na Carta “Ao povo brasileiro” de Lula escrita antes da posse: a não investigação das falcatruas ocorridas no governo FHC. Hoje essa turma posa de honesta e tenta de toda maneira sabotar o governo de Dilma. 

  46. Incrível imaginar que uma

    Incrível imaginar que uma instituição ficou a mercê de um sentimento pueril, levando aparatos institucionais para saciar apelos emocionais. Só isso é demais. Fora isso, o alvo passou a ser apenas Lula e o PT, deixando Gilmar, Daniel Dantas, Antônio Fernandes e outros de fora. A seletividade soa absurda. Isso me faz pensar que operacionaliza-se aquela regra: na dúvida, penaliza-se o estranho, o diferente, aquele que faz parte, mas não é um dos nossos. O PT e Lula nunca pertenceram aos grupos e sociedades fechadas, auto intituladas elites jurídicas, econômicas, intelectuais etc. Ou seja, eles entraram no baile, mas nunca foram presença bem vista. 

    Creio que esse sentimento explica-se por essas bases também. Afinal, o PT e Lula fizeram muito pela PF e pelo MPF, e também pelo combate a corrupção. Mas diante da fumaça das emoções, isso é fato irreconhecível, seria um dado natural. Aí fica aquela frase, malandro é aquele que não constrói cordas (mesmo que sejam necessárias), pois sabia que alguém algum dia poderia querer usá-la em seu enforcamento. Triste país. 

    Quantos pontos fora da curva serão necessários para destruir Lula e o PT? Para um persistente como esse nordestino, seriam quatro? A cina de retirante é cíclica?

  47. Bem, sendo assim só nos resta

    Bem, sendo assim só nos resta largar tudo e partir para ignorância. Se é o que entendi??… 

    Orlando

  48. Ótimo artigo, Nassif

    Muito bom mesmo. Grandes erros políticos, nas duas operações da PF, fora outros.

     

    E aqui, perguntamos: há viés na PF? Se há, isso não seria errado? Por que não pegar também o PSDB em seus erros? Se há, não seria falta de senso de dever tratar apenas dos corruptos de um lado?

  49. Infelizmente.

    Tanto a operação Satiaghara como a Castelos de Areia envolve políticos, empreiteiras, banqueiros, juízes, advogados, ou seja, uma gama enorme de gente com poder. Leiam o wiki e ficarão surpresos com certos nomes como Michel Temer vice presidente da república e líder do PMDB. Quer dizer não é só PT e PSDB é toda uma classe política SUJA, IMUNDA, ENOJANTE de diversos partidos. O Brasil chafurda na lama institucionalizada. Não há saída fácil para por fim a este modelo que suga a sociedade em todos os níveis. Uma nova ditadura esta a caminho, infelizmente.  

  50. História Política

    O PT tomou a vanguarda das forças de esquerda que nos estertores do Regime já possuía massa crítica densa e robusta o suficiente para furar o bloqueio – a importância do crescimento das cidades, transporte, comunicação – e promover debates.

    Estas vanguardas com valores coletivos, confiança e entusiasmo teve seu primeiro grande momento na Assembléia Constituinte. oO segundo, a conquista da Presidência em 2002.

    Até que houvesse suficiente e substancial apoio da população foi preciso a eleição de centenas de vereadores, deputados estaduais, federais, prefeitos, governadores.

    O PT fora por mérito e competência passando e desenvolvendo uma séri de políticas voltadas para elevar o nível de bem-estar da população carente, especialmente as que possuem menos recursos de mobilização.

    Retornando a 2002, a história de Lula e seu grupo de apoiadores principais e secundários foi o ataque ao cume, não se preocupavam com o ato de governar. 

    O Partido possuía ótimos e interessantes quadros, não a capacidade e os meios para o desenvolvimento de um Projeto de Estado de longo prazo. Nâo obstante conquistas consideráveis e muito relevantes, sempre bom ressaltá-las quando possível, o país está gravemente fragilizado mais uma vez. 

    Sem um balanço adequado das ferramentas macroeconomicas com o equilíbrio político, sem interesse com a racionalidade administrativa e desenhos institucionais, houve o tocar a máquina de modo precário, na intuição, na experiência.

    É difícil separar o homem do mito, quando se consegue nota-se uma série de decisões pouco ponderadas do Lula em várias circunstâncias.

    Numa entrevista concedida à Carta Capital, Delfim comenta sobre uma tarde em que esteve reunido com o Lula, o “Guido”, Belluzzo na Sede do Banco do Brasil na Av. Paulista. Ficou “definido” que os juros cairiam. O Delfim não sabia explicar por quê tão alta. 

    Aí não é nem toda a pornografia dos juros, mas dinâmica de grupo tão infantil ou temerária.

    Onde estaria a qualidade de uma operação dessas tão estratégica para a condução da política econômica do Governo, numa sala do banco do brasil na paulista com economistas “à paisana” tomando um café?

    Há o caso Cesare Batitisti, o “Chamar às falar do Gilmar”, o Trem Bala, Joaquim Barbosa, Dias Toffoli, todos os ratos do PMDB.

    E a propósito de, ratos, os predadores todos do Estado estão em condições iguais ou melhores que no momento que o Lula assumiu. Quando os apoiadores eles próprios não não engrossam as fileiras da bandidagem.

    Reagrupar todos os ratos nas entranhas da administração sempre foi chamado de “governabilidade”. Chegava-se ao cúmulo de associar esta com perspicácia invulgar.

    Foi o maior de todos os erros: não alterar paulatina e e insistentemente o Sistema Político quem possuía capital político suficiente ao menos para tentar. Nunca soube de sua importância, sempre o confundiu com popularidade.

    Deu no que deu, não sem antes muitos avisos de alguns poucos…

    .

    Convém dizer, que: não há no mundo função que exija maior habilidade ou destreza que a executada por Chefes de Estado. São pessoas super importantes pelo papel que representam e desempenham. 

    Por suas próprias peculiaridades, formação histórica e problemas muito agudos e bem formados de variados tipos, ser o Presidente do Brasil é extremamente difícil. 

     

  51. Explica mas não complica

    Explica mas não complica, Nassif!

    Propõe uma explicação para um lado da questão: o resenttmento contra o PT, por parte dos juízes, do MPF, e da PF; mas, por si só, isso esá longe, muito longe, de explicar por que  toda a omissão ou complacência desses mesmos agentes em relação às suspeitas e denúncias contra políticos do PSDB!

    1. Eu creio que seja a reação do

      Eu creio que seja a reação do “status quo” ao novo.

      A perda de privilégios, o questionamento e claro, a o fato de não serem tão temíveis como acreditavam ser, causa reação na Casa Grande.

      Ninguém abre mão de vantagens e privilégios, os detentores destes reagem violentamente pela manutenção do status quo, a história da humanindade nos mostra isso, é rica de exemplos.

  52. Explica mas não complica

    Explica mas não complica, Nassif!

    Propõe uma explicação para um lado da questão: o ressentimento contra o PT, por parte dos juízes, do MPF, e da PF; mas, por si só, isso está longe, muito longe, de explicar por que  toda a omissão ou complacência desses mesmos agentes em relação às suspeitas e denúncias contra políticos do PSDB!

  53. Enquanto isso, ontem, na

    Enquanto isso, ontem, na surdina, o respeitabilíssimo ministro Fux colocou uma pá de cal sobre a Satiagraha. Agora já era!  Zé Dirceu já tá preso e Lula está na alça de mira. 

  54. O país tem mais de 30

    O país tem mais de 30 partidos; Judiciário e midiático estão, enterrando a Nação viva e só leio o pessoal falando do PT. Peraí! Alguma coisa não tá batendo; se o PT é essa merda toda; qual a razão de ser o ÚNICO alvo do midiciário? os outros partidos não existem, ou seja,  sequer, são levados  sério pelo inimigo cujo objetivo é destruir o vínculo entre a sociedade e a política. O partido que simboliza essa identidde é o PT e por isso está sendo perseguido; nada a ver com qq erro ou acerto.  Todo o esforço do Midiático foi no sentido de fazer o brasileiro odiar política; o PT fez o inverso e colocou o Brasil discutindo política 24h por dia. O Judiciário, sempre foi o poder mais beneficiado com o desprezo da sociedade a classe política; agora apanha tb, até pq teve que mostrar a cara elitizda que sempre teve mascarada pela imagem da Justiça. MP, elevado a condição de bastião da moralidade, pela mídia corrupta, aceitou de bom grado a fantasia que permitiu durante  duas décadas a convivência mais promíscua com o crime organizado que  rendeu, inlusive, denuncias da tribuna do Senado, que tb não é lá grande coisa. no meio dessa nojeira toda, um partido com o qual grande prte da sociedade brasileira se identificou. Nã abriga santos e ainda bem que não; no meio dessa bandidagem aí, tudo o que não precisamos são santos e puros. o crime do PT foi ter trazido o Brasil para a política. Aliás esse é o crime dos governos alinhados da America Latina.

    1. O único partido perseguido….

      Não só é o único perseguido, com o é porque é o único que age e tem condições de agir, ainda, como partido. Exemplo perigossissimo que precisa ser varrido da face da terra.

    2.   Então…se tivesse seguido

        Então…se tivesse seguido o discurso que pregava quando era oposição, nada disso estaria acontecendo. E ainda fica se alinhando com governos fracassados…

  55. A solução contra os togados, neste momento, é os fardados.
    Nassif, lembra que Lulinha I falou em abrir a caixa preta do judiciário? O problema é por aí porque Dilma I criou a lei de informação e expôs as cifras injustificáveis recebidas por vossas majestades. Na mesma linha vai o mp e os delegados da pf: todos sonham em ser deuses, majestades e excelências aqui desta província. É uma verdadeira monarquia dos doutores. Continuando, a nossa elite jurídica odeia empresários do setor produtivo. Produzir? Só se for peça jurídica!? Pasmem, eles chamam de peça!! Coitado do Gurgel, não o PGR que já fora esquecido, falo do engenheiro-inventor. Voltando, eles odeiam quem faz as coisas acontecerem aqui na terrinha. Esse povo ainda vive no feudalismo, se depender deles, nós nos limitaríamos a exportar commodities e ter uma população de miseráveis desempregada. Nada de produzir aqui dentro, nós podemos trocar industrializados por bananas. E haja banana!!! O Estado da arte para eles é dez horas de sustentação oral de um voto que poderia ser dito em 2 minutos. Mas, eles têm tempo demais: duas férias ao ano para comprar em Miami. Alias, ainda vendem 10 dias de cada férias. Ah, ainda recebem 1/3 de cada uma. Em suma, 40 dias no ano para gastar no exterior. Mas não é apenas isso, tem o auxílio moradia, penduricalhos e outros atrasados maravilhosos. Tudo maravilho!! Pois bem, esse povo acha que o poder emana de um concurso público. De preferência, um concurso feito por eles mesmos. Nada de contratar uma banca externa, eles mesmos fazem as provas. Quem passa? Sabe-se lá… É o caso do ministério público: eles mesmos elaboram seus concursos. Isso para escolherem melhor. Mas o PT achou isso lindo e maravilhoso, não foi? Nada fez para proclamar a república no judiciário e mp então… Ah, um adendo, a PF em guerra: agentes contra delegados. O PT mais uma vez amarelou e não republicanizou a PF, deixando o atraso reinar. Dizem que Lula se comprometera em acabar com os cargos de delegados assim como funciona em todo mundo civilizado… Mas amarelou e optou por manter a PF um órgão encastelado. Então… Mais uma explicação aos leitores desavisados: os agentes queriam uma PF aos moldes do FBI. Nos países desenvolvidos, a polícia é técnica e não jurídica. A figura do cargo de delegado é tipicamente tupiniquim. Então, meditemos, porque as vossas majestades querem parar o país só para prender Lula? Eles querem ser protagonistas. Os heróis de togas pretas. Como são vaidosos, a mídia cantou em seus ouvidos, eles caíram no canto da seria. Não há governo para enquadrá-los e tampouco oposição. Na minha modesta opinião, a solução contra os togados, neste momento, é os fardados.

    1. Embora ache simplesmente um

      Embora ache simplesmente um absurdo pensar em atitudes extremas, me parece que cada vez mais tais divindades improdutivas nos levam a uma situação extrema.

  56. Os advogados que auxiliaram

    Os advogados que auxiliaram Daniel Dantas e outros empresários e políticos durante as operações Satiagraha e Castelo de Areia são os mesmos que assessoram vários réus da Lava Jato, e seu discurso, na mídia e na tribuna, é rigorosamente o mesmo também: seus clientes são vítimas de um Estado policial opressor e intransigente, que rasga a Constituição e as liberdades individuais. Esse discurso foi repetido ad nauseam aqui no blog nos últimos meses e aprovado pela imensa maioria dos leitores.

    Então é um contrasenso vir agora criticar o PT por ter ajudado a melar essas operações para blindar o PSDB, posto que, de acordo com a lógica dominante aqui, não houve crime desses senhores e destarte as investigações contra eles foram injustificadas e ilegais. É preciso manter a coerência, a exemplo do jurista Bandeira de Mello, que detonou o STF no julgamento do Mensalão mas também detonou o juiz De Sanctis e a PF por perseguirem Daniel Dantas e outros criminosos de colarinho branco. Ou como dizem os juristas todos são inocentes e os juizes que os prenderam são os verdadeiros bandidos, ou todos são culpados e a mea culpa que se faz hoje em relação à Satiagraha devrá ser feita um dia também em relação à Lava Jato. Mas continuar com essa estória de “uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa”, não engana a ninguém mais.

  57. qual absurdo maior?

    é um absurdo estar preso apenas o tesoureiro do PT, quando vários dos outros partidos também estão envolvidos; é um absurdo qualquer violação das garantias constitucionais; é um absurdo a utilização política das investigações; é um absurdo que grandes empresas brasileiras e nossa economia sejam prejudicadas, atingindo inclusive a soberania nacional;

    e é também um absurdo que ao apoio unilateral a um governo dominado pelo agronegócio (Kátia Abreu), mercado financeiro (Tombini) e banqueiros (Levy), agora se acrescente a defesa acrítica de empreiteiros.

    .

    1. Sobre o agronegócio

        Atualmente 50% das exportações brasileiras são originadas no agronegócio. Imagine se a agricultura brasileira

      estivesse na mão do exército do stédile??

  58. A ameaça é a democracia…

    Os fatos descritos na matéria podem ter contribuído para que o MPF e a PF alimentassem um sentimento de “revanche” contra o PT, contudo, está longe de explicar esse processo  de manipulação que objetiva destruir o PT, ao mesmo tempo em que poupa os partidos de oposição na operação “Lava a Jato”. Existem diversos componentes envolvidos. Desde a boa e velha luta de classes”, passando pela disputa dos holofotes midiáticos, pela disputa do Poder pelo “bloco” composto pelo Poder Judiciário e MPF pela hegemonia política em detrimento do Poder Executivo(representado aquí pelo frágil e omisso Ministro da Justiça). O artigo traz alguns ingredientes que se somam a outros tantos muito mais relevantes, ao meu ver. O “jogo sórdido” em curso não ameaça apenas o futuro de um grande partido político por questões de vingança e nem mesmo por questões eleitorais. A ameaça  verdadeira está na possível consolidação de um “modo operandis” e a constituição de uma nova “jurisprudência” que viola os princípios e garantias que norteiam o “Estado democrático de Direito” e por conseguinte, colocam em “cheque a própria democracia…

  59. Não concordo.

    O PT e o Lula é culpado por tudo, só não é culpado pela falta de carater de ninguém. Cada um na sua. A PF foi tolhida na epoca, por seus próprios erros. O governo a equipou e aparelhou, os delegados queriam aparecer e começaram a fazer caca. O Lula reagiu e estancou a sangria. Deveria ter deixado o barco correr? Não o faria, não é a sua. Ele não é a Dilma. Agora no Brasil se a PF, se o MPF, se a imprensa não são corretos é culpa do PT? 

  60. Nassif,parabens! A análise foi feita com total isenção política.

     Este blog acmpanhou a operação Satiaghra detalhadamente. O texto foi bem elaborado porque o autor acompanha com riqueza de detalhes a história contemporanea brasileira. Todos os protagonistas citados tem referencias históricas bem documentadas neste blog. O PT deu poderes a advogados históricos que defenderam presos políticos na Ditadura, mas se esqueceu que o partido do advogado é o dinheiro. Por outro lado ,o jogo político brasileiro é sujo. Não dá para fazer política só com a visão ideológica qdo há outro opositor que se mantem no poder visando manter o capitalismo selvagem a qualquer preço. Ademais, o PT errou qdo ressuscitou o fantasma da ideologia porra louca da decada de sessenta. Qualquer trabalhador é a favor da propriedade privada e quer liberdade. Neste sentido, o proprio PT fez contra- informação contra si mesmo.

  61. Democratização

    Estamos vivendo um processo doloroso de amadurecimento da democracia, após mais de vinte anos de ditadura, onde parte organizada da sociedade era privilégiada com alianças de poder e afagos do judiciario. Esse é o caminho, infelizmente, para o fortalecimento das instituições no Brasil. Devemos ,como sociedade civil, apoiar toda e qualquer ação investigativa da PF e do MPF, no entanto, a politização dos escandalos é o pior que podemos esperar dessa operação Lava Jato. 

  62. Acho que não é questão de

    Acho que não é questão de vingança do MPF e PF, mas de jogo de interesses e de poder dentro dessas instituições. Lula e Dilma erraram ao ceder aos golpistas (caso do grampo sem áudio, saída de Paulo Lacerda e implosão da Castelo de Areia e Satiagraha) e com isso, permitir o fortalecimento da banda podre, tanto da PF quanto do MPF. E erraram também na nomeação de muitos dos membros do STF, PGR e demais cargos do Judiciário, permitindo com isso, o fortalecimento da oposição dentro do Judiciário. A atual composição do STF, no entanto, melhorou um pouco em relação a que julgou o Mentirão.

  63. Blog da Helena    
    realidade
    Blog da Helena    

    realidade deturpada

    ‘Folha’ e Youssef perdem a memória e inventam notícia pró-PSDB

    Para entender matéria que tenta induzir o leitor a tirar conclusões diferentes do que dizem os fatos, temos que fazer “engenharia reversa” em cima das frasespor Helena Sthephanowitz publicado 04/07/2015 11:30

    Está difícil ler o jornal Folha de S.Paulo pelo tanto que tem deturpado a realidade para fazer campanha política em vez de jornalismo. A manchete de ontem (3) “PT quis trazer R$ 20 mi para eleição de Dilma, diz doleiro” parece ter sido escrita pela assessoria do senador Aécio Neves (PSDB). Para entender a matéria que tenta induzir o leitor a tirar  conclusões diferentes do que dizem os fatos, temos que fazer “engenharia reversa” em cima das frases.

    Na página interna, a notícia espetaculosa vai mudando: “Youssef afirma ter recebido pedido de ajuda para campanha no início de 2014”. Até chegar na letra miúda: “Delator diz à Justiça Eleitoral que foi preso antes de fazer operação e não lembra nome da pessoa que o procurou”.

    O caso é o seguinte:

    1) O PSDB moveu uma  Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE)  no dia 18 de dezembro, dia da diplomação da presidenta Dilma. O processo movido por Aécio Neves pede a cassação da coligação encabeçada por Dilma por, segundo Aécio, “abuso do poder econômico e político” e ainda por “obtenção de recursos de forma ilícita”.  De acordo com despacho do ministro João Otávio de Noronha, corregedor-geral da Justiça Eleitoral, o objetivo do depoimento é questionar se houve propina direcionada à campanha eleitoral, como acusa Aécio.

    2) O PSDB, leia-se Aécio Neves, já que ele como presidente do partido dá as ordens, arrolou como testemunha o doleiro Alberto Youssef. Ocorre que a Folha escondeu de seus leitores essa informação: Youssef é testemunha de Aécio Neves.

     

    Outro detalhe que o jornal esqueceu de mencionar: o advogado do doleiro, Antonio Figueiredo Basto, tem enorme proximidade com o tucanato, a ponto de já ter sido membro do Conselho Administrativo da Sanepar indicado pelo governador do Paraná, Beto Richa (PSDB).

     

    3) Alguém não identificado pela Folha que colheu o depoimento perguntou sobre “reportagem publicada no ano passado pela revista Veja, segundo a qual o PT havia pedido sua ajuda para repatriar os R$ 20 milhões”.

     

    4) Youssef respondeu: “Olha, uma pessoa de nome Felipe me procurou para trazer um dinheiro de fora e depois não me procurou mais. Aí aconteceu a questão da prisão, e eu nunca mais o vi (…) Se não me engano, o pai dele tinha uma empreiteira. Não consigo me lembrar (do nome da empreiteira) (…) Acho que era em torno de 20 milhões”, disse. Também falou “não se lembrar” do sobrenome de Felipe. Disse que foi apresentado por um amigo chamado Charles, que tinha uma rede de restaurantes em São Paulo e que Felipe não pertencia ao seu círculo de relações. A Folha escondeu quem é o tal Charles, ou quem o interrogou não teve a curiosidade de perguntar?

     

    5) Ainda de acordo com a matéria, o doleiro Youssef disse que Felipe não falou em que país estaria o dinheiro. Disse que não teve mais nenhum contato com o tal Felipe e que foi preso cerca de 60 dias depois da conversa. Daí se conclui que a conversa, se ocorreu de fato, teria ocorrido em janeiro de 2014.

     

    6) O doleiro deixa claro que não participou da campanha da presidenta por já estar preso, jogando uma ducha de água fria nas pretensões tucanas.

     

    Na capa da Folha impressa, o suposto Felipe, filho sem sobrenome da suposta empreiteira sem nome, vira “emissário da campanha à reeleição de Dilma Rousseff”. A suposta empreiteira sem nome é transformada no próprio Partido dos Trabalhadores na manchete tortuosa da Folha on-line: “PT quis trazer R$ 20 mi para eleição de Dilma, diz doleiro”. Muita deturpação.

    Nota-se que a Folha diz ter tido acesso a este depoimento de Youssef prestado no dia 9 de junho deste ano. Se a ação na Justiça eleitoral é do PSDB, óbvio que os advogados do partido e a cúpula tucana têm o depoimento há quase um mês em mãos e, muito provavelmente, a imprensa amiga dos tucanos, como é o caso da Folha e outros jornais e revistas, também deve ter tido acesso há um bom tempo.

    Parece que nem a revista Veja quis publicar, pois o “não lembro” de Youssef coloca sob suspeita não para quem ele aponta o dedo, mas o próprio dedo de Youssef.

    O “não lembro” leva o leitor atento aos fatos a desacreditar que a história contada de Youssef não seja verdade. Daí a imprensa atucanada não se interessou em publicar. Só a Folha teve a “coragem”, mas só após dar um jeito de deturpar bastante a realidade.

     

     

    A frágil memória de Youssef reforça as declarações do procurador-geral da República, Rodrigo Janot: “Estava visível que queriam interferir no processo eleitoral. O advogado do Alberto Youssef operava para o PSDB do Paraná, foi indicado pelo Beto Richa para a coisa de saneamento (Conselho de Administração da Sanepar), tinha vinculação com partido. O advogado começou a vazar coisa seletivamente”, afirmou o procurador-geral, em entrevista à própria Folha em 17 de novembro do ano passado.

     

    Mas a Folha também nada disse sobre este detalhe, mostrando que anda com a memória tão fraca quanto Youssef sobre assuntos que, digamos, deixaram de interessar.

     

     

    E por falar em Paraná…

    O delegado José Alberto de Freitas Iegas, ex-diretor de Inteligência da Polícia Federal, confirmou na quinta-feira (2), em depoimento à CPI da Petrobras, que agentes federais instalaram escuta ilegal na cela em que estavam o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, na Superintendência da PF em Curitiba. O depoimento do delegado ocorreu a portas fechadas, a pedido dele. Também prestou depoimento o agente Dalmey Fernando Werlang, apontado como o responsável pela instalação da escuta. Segundo dois deputados, o agente disse que instalou as escutas a pedido do superintendente da PF, Rosalvo Ferreira Franco, e dos delegados Márcio Anselmo e Igor Romário de Paula, que estão à frente da Lava Jato.

    Os delegados Márcio Anselmo e Igor Romário de Paula fizeram campanha eleitoral nas redes sociais para o candidato Aécio Neves (PSDB). Os dois, integrantes da Superintendência da Polícia Federal do Paraná, órgão que concentra as investigações da Lava Jato, registraram ações como o compartilhamento de propaganda de Aécio e ataques a Dilma e ao ex-presidente Lula. Em alguns comentários, os delegados repercutiram, durante o segundo turno, a denúncia sem provas de que Lula e Dilma sabiam dos desvios na Petrobras.

    Os policiais ajudaram ainda a divulgar notícias, sem nenhuma prova, sobre depoimento que estava em sigilo de Justiça, de Paulo Roberto Costa, no qual teria dito que o PT recebia 3% do valor de contratos da estatal.

    http://www.redebrasilatual.com.br/blogs/helena/2015/07/folha-e-youssef-perdem-a-memoria-e-inventam-noticia-pro-psdb-6553.html

     

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