“Coração generoso” de Moro foi o que salvou Cláudia Cruz, diz procurador

Foto: Agência Brasil

Jornal GGN – O procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima, membro da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, disse nesta sexta (26) que a única coisa que pode explicar a decisão de Sergio Moro em relação à Claudia Cruz é o “coração generoso” do juiz.

Na noite de quinta, a decisão de Moro sobre a ação penal em que Claudia era acusada de lavagem de dinheiro e evasão de dividas veio a público: o magistrado absolveu a esposa de Eduardo Cunha por falta de provas e não comprovação de dolo. Ele ainda escreveu, no despacho, que a jornalista foi imprudente por nunca se perguntar de onde vinham os recursos que ela despendia com exagero no exterior, já que o marido era apenas um agente público com remuneração limitada.

Moro entendeu que embora Eduardo Cunha tenha comprovadamente algumas contas na Suíça abastecidas com dinheiro de corrupção na Petrobras, a Lava Jato não conseguiu provar que a conta específica de Cláudia Cruz recebeu esses recursos. 

“Nós vamos recorrer, nós discordamos (da absolvição). Cremos que isso decorre muito mais do coração generoso do doutor Sérgio Moro e na interpretação de um fato envolvendo a esposa de uma pessoa sabidamente ligada à corrupção”, disse o procurador.

“Uma pessoa como a senhora Cláudia Cruz, jornalista com nível cultural que ela tinha e ausente qualquer justificativa para ganhos dessa natureza do seu marido, que nada mais era que um deputado, então, portanto com ganhos limitados, nós entendemos que é injustificável absolvição”, acrescentou, segundo relatos do Estadão.

Para a Lava Jato, Claudia, ao gastar milhares de dólares em várias compras luxuosas em lugares como Dubai, Miami, Paris e Roma, “cometeu o crime de lavagem”. “Nós não estamos acusando Cláudia Cruz da corrupção, mas sim de lavagem. Portanto, neste aspecto o comportamento dela não é justificado e é criminoso. Nós vamos recorrer e esperamos, como outros casos nós temos tido sucesso, que no Tribunal [Regional Federal] haja reversão dessa absolvição”, comentou Lima.

Apesar de ter absolvido Cláudia Cruz, Moro mandou sequestrar cerca de R$ 650 mil que ainda restavam em sua conta no exterior, porque pode ser material criminoso.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

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  • Moro é incoerente

    Moro é ridículo! Acha que os cidadãos brasileiros são idiotas? Uma jornalista, curso superior, não ter capacidade de ver que a montanha de dinheiro era incompatível com o salário do Cunha na Câmara?

    E ainda sequestra parte di dinheiro dela por ser de origem criminosa? Cadê a coerência?

    E os coxinhas, manipulados pela mídia PiG, chamando esse cara incoerente de herói, Se não fosse trágico, era pra rir. Mas não tem graça alguma ver o quanto esse juiz é parcial.

  • esse mesmo

    coração generoso foi o que absolveu todos os tucanos envolvidos no roubo de 520 bilhões do Banestado

  • Transformam o Brasil em um

    Transformam o Brasil em um circo e imaginam que somos os palhaços,

     

    depois que tocam fogo no circo ficam com cara de bobos. E hoje é dia de tocar bumbo...............

  • "Coração generoso"... Parece

    "Coração generoso"... Parece até que o sujeito está falando de algum rei, imperador ou coisa que o valha.

  • Coração Generoso?????
    Por

    Coração Generoso?????

    Por onde o marqueteiro dessa turma para orientar que escárnio tem limite?

  • *****
    Moro absolve Cláudia

    *****

    Moro absolve Cláudia Cruz esposa de Cunha. Lei o motivos da sentença:

    "Existem alguns indícios de que todos os valores mantidos por Eduardo Cosentino da Cunha nas contas em nome dos trusts, Orion SP, Netherton Investments e Triumph SP têm origem e natureza criminosas, pois tais ativos nunca foram declarados e eram inconsistentes com os rendimentos e patrimônio declarados de Eduardo Cosentino da Cunha, na época deputado federal.

    Não obstante, até o momento, foi de fato possível rastrear somente os ativos recebidos em um acerto de corrupção, envolvendo o contrato de Benin, sendo que o produto respectivo, de USD 1,5 milhão não foi destinado, sequer em parte, à conta em nome da Kopek.

    Então é prematura a afirmação de que os demais ativos também seriam produto de crimes contra a Administração Pública, sendo necessário aprofundar o rastreamento.

    Poderia, porém, a imputação do crime de lavagem sustentar-se tendo por antecedentes unicamente os crimes financeiros, ou seja, os ativos seriam provenientes de saldos em contas secretas no exterior e que não foram declaradas.

    Nesse ponto, porém, entendo que carece a imputação de suficiente prova do dolo.

    A acusada Cláudia Cordeiro Cruz foi interrogada em Juízo. Alegou em síntese que era esposa de Eduardo Cosentino da Cunha, que confiava em seu marido e que desconhecia o envolvimento dele em crimes de corrupção.

    Quanto à conta no exterior, confirmou que assinou os papéis relativos à abertura da conta em nome da Kopek, mas que tinha, na época, presente que se tratava apenas de um cartão de crédito internacional.

    Atribui a responsabilidade dos fatos a Eduardo Cosentino da Cunha que teria lhe apresentado os papéis para assinar.

    Também afirmou que Eduardo Cosentino da Cunha cuidava da gestão financeira da família e inclusive da apresentação de sua declaração de imposto de renda.

    Cumpre observar que, de fato, não há prova de que ela tenha participado dos acertos de corrupção de Eduardo Cosentino da Cunha.

    Por outro lado, como visto nos itens 283-290, na documentação da conta em nome da Kopek, consta de fato a informação de que a conta foi aberta exclusivamente para alimentar cartões de crédito, entre eles da acusada Cláudia Cordeiro Cruz.

    A conta e seus ativos não foram, de fato, declarados pela acusada nas declarações de ajuste anual de imposto de renda.

    Entretanto, a escusa apresentada pela acusada, de que era o seu marido quem cuidava das suas declarações de rendimento, é plausível.

    Notas:

    - trecho tanscrito do Tijolaço

    - Tão diferente a atitude de Moro em relação à Marisa esposa de Lula

     

  • O nome disto?

    A falta de vergonha deste sujeito, como de resto de todos esta turminha, chega a ser espantosa, ou será que há outro nome para isto?

  • Incompatibilidde entre a renda do Cunha e a luxúria da família

    Cartela Premiada

    O casal era feliz e vivia tranqüilo, até o dia em que a esposa começou a chegar tarde da noite em casa.
    Desconfiado, o marido foi mexer nas coisas da mulher e encontrou um colar de diamantes. Foi, então, conversar com ela:
    — Você pode me dizer o que significa isso?
    — Amor, esse colar eu ganhei no bingo!
    Ele não se convenceu, mas, como não queria encrenca, resolveu engolir a desculpa.
    Como a esposa continuava chegando tarde em casa, o homem voltou a revistar suas coisas. E encontrou um anel caríssimo de esmeraldas. Foi, novamente, questionar a mulher, que respondeu:
    — Mais um prêmio do bingo, querido! Acho que estou numa maré de sorte!
    O marido ficou indignado, mas não discutiu com a mulher. Cada dia ela chegava mais e mais tarde e com jóias mais e mais caras. A desculpa era sempre a mesma: o tal bingo.
    Um dia, justamente na hora em que a esposa estava tomando banho para ir ao bingo, acabou a água. Ainda no chuveiro, ela gritou:
    — Meu bem, traz água para eu acabar o meu banho!
    Sem demora, o marido entrou no banheiro com um copo de água e entregou para ela.
    — Mas como eu vou tomar banho só com um copinho de água, Amor?
    E ele respondeu:
    — Simples, querida, lava só a cartela!

     

    Será que a Cláudia Cruz nunca levou um copo d'água para Eduardo Cunha acabar seu banho?

    Será que o Cargiomegálico $érgio Moro julga as pessoas com bases nas provas ou na generosidde do seu coração?

    Se a Mulher do Moro ganhasse tantos bens luxuosos no bingo, ele não mandaria ela lavar apenas a cartela?

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