Jornal GGN – Há indícios de que atuaram no esquema da “rachadinha” de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) a ex-esposa de Jair Bolsonaro, Ana Cristina Valle, e o coronel Hudson, amigo do mandatário, além de Fabrício Queiroz.
As informações, que já haviam sido divulgadas, foram comprovadas em novo pedido do MP ao Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ). A promotoria do Estado pede a quebra de sigilo bancário e fiscal dos dois.
“O modus operandi da ‘rachadinha’ normalmente está associado à realização de saques de dinheiro em espécie nas contas dos assessores ‘fantasmas’, seguidos da entrega dos valores a funcionários de confiança do gabinete, aos quais incumbe a arrecadação dos valores desviados”, introduziu o MP-RJ, em pedido divulgado pela jornalista Juliana Dal Piva, ao Uol.
“Pelos indícios colhidos no curso da investigação e acima relacionados, essas pessoas de confiança seriam Fabrício Queiroz e Ana Cristina Valle ou Guilherme Henrique dos Santos Hudson”, continuou a Procuradoria.
Assim, quando o filho do presidente, hoje senador, era deputado estadual na Alerj, além da então esposa do mandatário Ana Cristina Valle e de seu ex-assessor e amigo próximo do presidente Fabrício Queiroz, também o coronel Hudson é suspeito de ter participado da “rachadinha”.
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Guilherme dos Santos Hudson é coronel da reserva do Exército, foi colega de Bolsonaro na Academia das Agulhas Negras, nos anos 70, e também é tio da ex-esposa de Jair Bolsonaro. O nome dele já havia sido denunciado em depoimento de Andrea Siqueira Valle Andrea, irmã de Ana Cristina e também sobrinha do militar.
Ela havia afirmado que o coronel era quem recolhia a maior parte do salário que recebia do gabinete de Flávio Bolsonaro. Hudson atuou como assessor de Flávio no ano de 2018.
Nesse novo pedido, o MP-RJ trouze trechos dos áudios de Andrea Siqueira Valle, que admitiu que entregava R$ 7 mil por M~es a Hudson. “O tio Hudson também já tirou o corpo fora também porque quem pegava a bolada era ele. Quem me levava e buscava no banco era ele”, disse.
Segundo as investigações do MP do Rio, o esquema da “rachadinha” do filho mais velho de Jair Bolsonaro contava com um núcleo formado por cerca de 10 familiares de Ana Cristina, outro por Queiroz e também seus familiares e um terceiro por “funcionários fantasmas”.
O pedido do Ministério Público de quebra de sigilo já havia sido negado na Justiça de primeira instância, mas o MP recorreu ao TJ-RJ e aguarda uma decisão.
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