Cunha caiu. Temer na berlinda. Surge o Fora Gilmar!, por Marcelo Auler

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Cunha caiu. Temer continua na berlinda. Surge o Fora Gilmar Mendes!

Marcelo Auler

FORA GILMAR MENDES!Abandonado até mesmo por aqueles que o defendiam ardentemente quando ele, por vingança, acatou o pedido de impeachment contra a presidente eleita Dilma Rousseff, deflagrando o início do golpe que cassou 54 milhões de votos, sem que nenhum crime de responsabilidade fosse apontado corretamente, Michel Temer hoje é carta fora do Parlamento. Não se pode dizer que ele é carta fora do baralho, mesmo estando com seus direitos políticos cassados. Apesar de no painel eletrônico, apenas 19 parlamentares jogarem a seu favor – 10 negando sua cassação e nove se abstendo – não se deve duvidar do seu poder de fogo e de arregimentar seguidores.

Paralelamente, Michel Temer, apesar de ter conseguido duas vitórias: o golpe que derrubou Dilma e lhe pos na cadeira da presidência da república; e a cassação de Cunha, continua na berlinda. Já está impedido de se candidatar por decisão do Tribunal Regional Eleitora (TRE) de São Paulo. Mesmo não podendo ser investigado nas denuncias em que seu nome apareceu nas investigações da Lava Jato, não conta com respaldo popular. Vai continuar ouvindo na rua que é golpista e assistindo aumentar o coro que pede Diretas Já.

A estas campanhas – contra Temer e pelas Diretas – surge agora uma nova luta para a sociedade se engajar: o Fora Gilmar Mendes”. Na tarde desta terça-feira (13/10) dois pedidos de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, foram protocolados no Senado Federal. O primeiro, que o Brasil 247  publicou na íntegra há cinco dias, na reportagem  Juristas pedem impeachment de Gilmar Mendes, leva a assinatura dos juristas Celso Antônio Bandeira de Mello, Fábio Konder Comparato, Sérgio Sérvulo da Cunha e Álvaro Augusto Ribeiro da Costa (subprocurador da República aposentado), Eny Raymundo Moreira (eterna dcefensora dos Direitos Humanos e ex-participante da Comissão Estadual da Verdade do Rio( e pelo ex-deputado e ex-presidente do PSB, Roberto Amaral.

crimes de responsabilidade dos juizesUm segundo pedido, também protocolado nesta mesma tarde, leva a assinatura do ex-procurador-geral da República, Claudio Fonteles, do subprocurador da República aposentado Wagner Gonçalves e dos juristas Gisele Guimarães Cittadino, Professora de Direito da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC/RJ), Antonio Gomes Moreira Maués, Professor de Direito da Universidade Federal do Pará (UFPA) e Marcelo da Costa Pinto Neves, Professor Titular de Direito Público da Universidade de Brasília (UnB).

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Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

10 Comentários

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  1. corrijam o texto!!!11  

    corrijam o texto!!!11   “…Michel Temer hoje é carta fora do Parlamento. Não se pode dizer que ele é carta fora do baralho, …”   esse é o Eduardo Cunha e nao o Temer…

    1.  
      Oh Pinheiro! É tudo a mesma

       

      Oh Pinheiro! É tudo a mesma coisa, meu caro! Um, é um bosta. O outro, é uma merda. Ambos portanto, são excrementos, esterco. Pois, são expelidos por aparelho excretor, similares.

      Orlando

  2. Republica de Weimar

    As comparações com o nazismo continuam inevitaveis. Assim que subiu ao poder, apoiado em algumas coalizões, Hitler tratou logo de ir limpando o caminho. Depois de aniquilar e tornar ilegais os partidos de esquerda, foi prá cima de aliados que se mostravam independentes. As SA, de Ernst Rohm, são o melhor exemplo. É o que o grupo mídia/justiça/polícia, comandado por Aécio e Serra, está fazendo. E eu sempre perplexo de ver como os inocentes brasileiros, quase cem anos depois, se deixam enganar da mesma forma.

  3. QUEM TEM CUNHA, TEM MEDO
    EDUARDO CUNHA OU A CRÔNICA DA TRAIÇÃO E DO ABANDONOPor: MIGUEL DOS SANTOS CERQUEIRA   Algumas frases do jornalista e escritor mineiro Oto Lara Resende se tornaram célebre, por agudeza ou mordacidade da ironia, dentre essas se podem citar as seguintes, “Abraço e punhalada a gente só dá em quem está perto” e, ainda, “O mineiro só é solidário no câncer. ”, essa última proferida quando se referiu ao então governador de Minas Gerais, José de Magalhães Pinto, em 1961, na crise que culminou com a renúncia do então presidente Jânio Quadros. De fato o até então todo poderoso ex-presidente da Câmara dos Deputados, que segundo reiteradas notícias em blogs e jornais, através do financiamento de campanhas, arrebanhou dúzias e, talvez, centenas de deputados, de quase todos os partidos, de todos os Estados da Federação, uma vez tendo sido eleito com estrondosa maioria para o comando da chamada Casa dos Representantes do Povo e, ainda, após os acertos e tratativas com a cúpula do PMDB, com os agentes desagregadores do PSDB e com o apelidado pessoal do baixo clero da Câmara dos Deputados, não esperava que essa boa gente, irmãos de fé e camaradas, parafraseando o citado escritor mineiro, não fosse solidária nas horas de agonia, na sua porfia e desgraça, reafirmando o dito “Abraço e punhalada a gente só dá em quem está perto” . Sem sombras de dúvidas, a noite de desamor e traição por seus pares, que viveu o até anteontem deputado, o ex-fiel das Igrejas Assembleia de Deus e Sara Nossa Terra, o excelente economista e astuto conhecedor dos escaninhos da Câmara dos Deputados, o Doutor Eduardo Cunha, só revela o que escritor mineiro Oto Lara Resende tinha toda razão quando afirmou que o, “Abraço e punhalada a gente só dá em quem está perto”. Por certo, conhecedor da alma humana e das misérias da política como poucos, o agora ex-deputado Eduardo Cunha sabia que não poderia confiar em gente que milita na política. Ninguém duvide que não lhe causou qualquer estranheza o fato de aqueles que até ontem lhe davam tapas nas costas e lhe pediam favores, agora traidores repulsivos, se esgueirarem nas profundezas para lhes negar o voto de solidariedade, se absterem de votar para não contrariar a mídia e a uma etérea opinião pública ou, então, o que é mais acintoso, terem a peita de votarem a favor da sua cassação. Certamente que, para o até anteontem todo poderoso Eduardo Cunha, a ausência de solidariedade por seus pares, como se de uma hora para outra ele tivesse se tornado um cão fétido e leproso, só veio confirmar a convicção que de há muito já tinha de que só entre a ralé e os dados a pequenos roubos e furtos impera a irrestrita solidariedade, que não existe um código de ética entre a bandidagem de alto coturno e que a esses últimos a classe política em tudo se assemelha. Definitivamente o agora ex-deputado Eduardo Cunha não se vê ou se viu como um “boi de piranha”, como o bom cristão que é, conhecedor da Bíblia e toda literatura cristã, talvez esteja se vendo como um personagem destinado a cumprir o seu destino, aquele que  através do ato sacrificial traz a salvação de muitos. É bem possível que o agora ex-deputado Eduardo Cunha esteja se vendo com o novo Jesus Nazareu, aquele que foi atraiçoado por seu discípulo dileto, o que detinha a bolsa das ofertas, e posteriormente negado e abandonado pelos seus. É possível que mesmo não acreditando na iminente “parusia”, aquele que agora se vê como aparentemente derrotado, uma vez não venha ser calado com o foi Paulo César Farias, o famoso PC, convicto de que o, “Abraço e punhalada a gente só dá em quem está perto” e, ainda, “O mineiro só é solidário no câncer.”, enormemente fortalecido pela grandiosidade da derrota, convencido que “a vida não vale nada, mas a liberdade é preciosa”, chute o pau da barraca, berre como um bom cabrito e destrone todos que se lhes venderam,  os comprados de sempre, os eternos arrivistas e oportunistas que pululam aos borbotões na vida política partidária. 

  4. Quer dizer então que vocês

    Quer dizer então que vocês FINALMENTE vão tentar colocar o capanga de Fernando Henrique Cardoso na prisão? Que embora eu entenda que vocês brasileiros têm uma história (e várias vezes fatal) incapacidade de ver o óbvio, até vocês deveriam conseguir ver, faz muito tempo, que Gilmar Mendes foi posto como membro do Supremo para proteger Fernando e o partido dele.

  5. Esqueci de incluir no

    Esqueci de incluir no comentário anterior. O fato de que na “justiça” brasileira é possível ter um juíz tão obscenamente parcial e indigno do cargo por tanto tempo sem ninguém fazer (ou não poder fazer) nada ilustra perfeitamente como vocês brasileiros têm um sistema judiciário que só existe no papel.

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