DCM: Escritório de doleiro alegou sigilo profissional para negar à Receita informações sobre contrato com Rosângela Moro

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Eles e a planilha.

no Diário do Centro do Mundo

Exclusivo: escritório de doleiro alegou sigilo profissional para negar à Receita informações sobre contrato com Rosângela Moro

por Joaquim de Carvalho

Esta reportagem é fruto de um projeto de crowdfunding do DCM.

Depois que a coluna Radar, da Veja, informou que o Ministério Público omitiu da investigação da Lava Jato documentos que mostravam a relação profissional de Rosângela Moro com o escritório de advocacia de Rodrigo Tacla Durán, começam a surgir outros dados que dão clareza a fatos que são suspeitos.

O escritório de Tacla Durán foi investigado pela unidade da Receita Federal em São José do Rio Preto, em procedimento de fiscalização conduzido pelos auditores Rogério César Ferreira e Paulo Cesar Martinasso.

No âmbito de suas atribuições, a Receita Federal investiga sonegação de tributos, mas esta pode ser apenas uma consequência da lavagem de dinheiro, que é o que efetivamente o escritório de Tacla Durán fazia.

Na relação, que acompanha o ofício assinado por Flávia Tacla Durán, irmã de Rodrigo, aparece o nome de Rosângela, de Carlos Zucolotto Júnior e do escritório de Zucolotto. Também aparece o advogado Leonardo Guilherme dos Santos Lima, que tem o mesmo sobrenome do procurador da república Carlos Fernando dos Santos Lima.

Flávia não informa detalhes sobre o trabalho realizado pelos advogados para os quais fez pagamentos. Para justificar o não atendimento dessa exigência da Receita, ela apresenta o resultado de uma consulta que fez ao presidente da OAB de São Paulo, Marcos da Costa.

“Conforme verificado na apresentação das presentes informações e documentos requisitados, o presente escritório de advocacia encontra-se devidamente inscrito em seu órgão de regulamentação profissional, sob número 13.242 e, portanto, submetido ao Regime do Estatuto da Advocacia (Lei número 8.906/94), razão pela qual, nos termos do instruído pela Ordem dos Advogados do Brasil, através do referido despacho proferido em 27/07/2015, do presidente da OAB – seccional de São Paulo, Dr. Marcos da Costa, ora acostado em sua íntegra, nos abstemos de apresentar o conteúdo completo dos trabalhos que pressupõe sigilo profissional”, escreve Flávia Tacla Durán.

O submundo que une Tacla Durán a advogados próximos de Sergio Moro começou a ser revelado pela jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, com a informação de que o advogado Rodrigo Tacla Durán, começou a escrever um livro em que pretende contar que o amigo de Moro, o advogado Carlos Zucolotto Júnior, lhe tentou vender facilidades na Lava Jato. Para trocar a prisão em regime fechado por prisão domiciliar, com tornozeleira, teria que fazer pagamentos por fora.

Agora, com o furo de Maurício Lima, do Radar, o cerco ficou mais próximo — a própria esposa do juiz aparece na relação do escritório que apareceu na Lava Jato como operadora de caixa 2 e lavagem de dinheiro para empreiteiras, entre as quais a Odebrecht. Em 2016, Moro determinou a prisão de Tacla Durán, quando este estava na Espanha, mas não conseguiu trazê-lo para o Brasil, pois a Espanha negou a extradição.

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Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

18 Comentários

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  1. Cada vez mais enrolado

    Esta turma da vaza jato aparece cada vez mais enrolada… Agora é pegar o fio da meada e desenrolar este bolo todo, para ver o que sobra ao final.

  2. O Moro já foi mais ixpierrto!!

    Quando ele foi pra cima do escritório da Mossack & Fonseca, em São Paulo, porque achou pegadas dessa lavanderia internacional no apartamento vizinho àquele que não é do Lula, num cortiço de classe média no Guarujá, mandou prender todo mundo da Mossack, porque não eram seus amigos, como o Zucolloto. No ato em que as primeiras investigações encontraram pegadas da GLOBO nos documentos da Mossack-Fonseca, ele mandou soltar todos os funcionários da lavanderia e disse que o assunto não tinha a ver com o caso investigado. Nessa investigação, agora, do Tacla Duran, ele não sabia que lha encontraria pegadas do Zucolloto, sócio da sua polêmica esposa. Não deu tempo de abafar os vazamentos. Perdeu, playboy!!

  3. PUTA QUE PARIU!  REleiam com

    PUTA QUE PARIU!  REleiam com mais cuidado essa chamada, gente:

    DOLEIRO -portanto ilegal- alega SIGILO PROFISSIONAL -portanto ilegal- para negar aa RECEITA FEDERAL “informacoes” sobre MULHER DE JUIZ.

    Deu pra registrar?

  4. com a Receita não tem conversa…

    quando não pegam pela ostentação individual, pegam pela da organização……………………………………..

    como na máfia, o declínio começa quando deixam de ser um segredo

  5. farsa ajato

    Tocar prisão em regime fechado, por prisão domiciliar, só acontece com a participação do juíz, logo podemos concluir que a sentença foi comprada. E quem vendeu? o incorruptivel e impoluto, Sérgio Moro… caiu a mascara do encantador de jumentos…

  6. que tempos vivemos…

    como são aplaudidos em público, podem ser aplaudidos em cana…………………………….

    incluindo juízes, procuradores, ministros e até um Presidente em exercício regular de golpe

    que tempos vivemos

  7. Como pode enganar um pais!
    As

    Como pode enganar um pais!

    As consequências não há como esconder!

    Estão ai escancaradas!

    Desemprego e volta da miséria…

    É impressionante!

  8. Indagações inconvenientes…

    … ficam sem respostas. São questões protegidas por cláusulas de confidencialidade, sigilo profissional.

    A receita até poderia acessar tais mistérios via autorização judicial. Mas, nesse caso, duvido que consiga. 

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