
Jornal GGN – “Eu estou dizendo em alto e bom som, 24 horas por dia: eu desafio a instituição Ministério Público a provar um deslize na minha vida”, disse o ex-presidente Lula, em seu primeiro depoimento desde que aguarda o andamento de seus processos em liberdade.
O líder político foi interrogado, nesta quarta-feira (19), pela Justiça do Distrito Federal no processo do qual é acusado de receber benefícios em troca da edição da Medida Provisória 471, em 2009, que atendeu a empresas do setor automobilístico: “não só não é verdade, como é inverossímil essa ilação”, afirmou.
O inquérito foi aberto a partir da polêmica delação do ex-ministro Antonio Palocci, que acusou o ex-presidente de ter recebido “a promessa” de R$ 6 milhões em supostos pagamentos indevidos como contrapartida à publicação da MP naquele ano.
A denúncia do Ministério Público Federal (MPF) de Brasília inclui ainda o ex-chefe de gabinete do governo Lula, então ministro Gilberto Carvalho, que também é acusado de aceitar essa “promessa” de pagamento.
“Essa Medida Provisória correspondia a um plano do governo de fazer a descentralização das empresas automobilísticas, de estimular a instalação delas no Nordeste e no Centro-Oeste”, já havia explicado o ex-ministro à imprensa.
As acusações partiram de Palocci. A investigação é a que tramita dentro da Operação Zelotes e acusa o ex-presidente de ter editado a MP para beneficiar o setor e, em troca, o ex-presidente teria contado com vantagens indevidas a políticos e intermediários.
Ao ser questionado, o ex-presidente Lula disse que “a única explicação” para tais acusações falsas “era porque ele [Palocci] deveria estar ganhando um prêmio para fazer delação”. Segundo o ex-ministro, que à época do suposto crime sem comprovação não ocupava mais cargos no governo federal, mas era deputado na Câmara, Lula teria tratado do tema com o lobista Mauro Marcondes, do setor automobilístico.
“Eu não discuti a Medida Provisória 471 com Mauro Marcondes em nenhum momento, porque não tinha o que conversar com Mauro Marcondes. Eu não discutia com a indústria automobilística a medida provisoria. A medida provisória era discutida com os ministros e depois chegava a mim depois que já tinha concluído todo o andamento dela até chegar à Presidência da República”, afirmou.
Incomodado com as acusações das quais considera “falsas” e “ilação”, Lula criticou: “Estou cansado de tanta mentira contra mim, tantas insinuações. Eu estou dizendo em alto e bom som, 24 horas por dia: eu desafio a instituição Ministério Público a provar um deslize na minha vida. Eu não posso falar o mesmo de alguns procuradores”.
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ABSOLUTAMENTE TODOS os procuradores da operação lava rato são BANDIDOS.
ISTO É FATO PROVADO.
Basta ouvir o Tacla Duran e o The Intercept.
Inclusive há muitas mensagens trocadas entre aqueles ladrões da quadrilheira operação conhecida por lava jato que provam este FATO.