A Procuradoria-Geral da República (PGR) apontou, pela primeira vez, uma relação direta entre os planos de golpe de Estado dos quais participavam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e os atos terroristas que depredaram as sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023.
Paulo Gonet, procurador-geral da República, entendeu que “a atuação da organização criminosa investigada foi essencial para a eclosão dos atos depredatórios” e reforçou a conclusão já consolidada na Polícia Federal.
O procurador-geral da República teve de apresentar a manifestação ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, em resposta ao pedido de revogação das medidas cautelares impostas contra Valdemar Costa Neto, presidente do PL.
Costa Neto queria reaver os R$ 53 mil apreendidos pela PF em sua casa, além do fim da proibição de contato com Jair Bolsonaro.
Porém, Gonet afirmou que o pedido não parece ser recomendável, porque os envolvidos com os atos de 8 de janeiro devem ressarcir os danos causados ao patrimônio público, cujo prejuízo estimado é de aproximadamente R$ 26 milhões.
O relatório sobre a tentativa de golpe de Estado e demais crimes cometidos por bolsonaristas no 8 de janeiro será concluído após as eleições. Então, a PGR pode oferecer denúncia, pedir novas diligências ou o arquivamento das investigações.
Para a defesa dos investigados, os investigados não cometeram crime porque, apesar das discussões e da minuta golpista, o plano não foi colocado em prática e não há relação dos planos com a invasão de Brasília.
LEIA TAMBÉM:
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.