O pedido de exoneração de Milton Ribeiro do cargo de ministro da Educação não deve interromper as investigações sobre o balcão de negócios existente no MEC.
A questão pode ter colocado panos quentes no cenário político, a Polícia Federal, o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Controladoria-Geral da União (CGU) vão continuar a apurar as suspeitas de pagamento de propina para liberação de verbas do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação).
Reportagem do jornal Folha de São Paulo destaca que o foco de investigação do TCU e da CGU deve se concentrar em falhas administrativas na liberação de recursos que fossem favorecer prefeituras.
Dados oficiais apontam uma disparada de liberação de verbas em meio a aprovação de obras, falta de critérios técnicos e priorização de pagamentos a políticos aliados no FNDE.
Tudo isso deve ser mapeado para buscar pontos que venham a indicar atos de improbidade cometidos no MEC durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).
Milton Ribeiro pediu para deixar o governo depois da divulgação de áudios onde afirma dar prioridade à cidades onde a negociação por verbas públicas foi viabilizada por dois pastores evangélicos.
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